Donald Trump imiscuiu-se na gestão da General Motors
O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, continua a disparar para todos os lados e, desta feita, imiscuiu-se na gestão da General Motors (GM) a propósito da decisão de Mary Barra de parar a produção na fábrica de Lordstown, no Ohio.
Para o presidente dos EUA, esta é uma decisão que não aceita e, usando como arma o Twitter, fartou-se de escrever, durante o fim de semana, sobre o assunto quase “obrigando” a GM a reabrir a fabrica ou vendê-la a alguém que a possa rentabilizar.
Com muitos pontos de exclamação nas suas frases, Donald Trump começou a verborreia depois de saber do incremento do investimento da Toyota nos EUA.
Um dos exemplos daquilo que Donald Trump escreveu: “Porque a economia está tão boa, a GM tem de deixar a fábrica de Lordstown, Ohio., aberta, talvez de outra forma ou com um novo proprietário. DEPRESSA! A Toyota vai investir 13,5 mil milhões nos EUA e outros se seguirão. A GM TEM DE AGIR DEPRESSA. O tempo é essencial!”
Outra das mensagens deixou claro que Trump deve ter tido um contacto azedo com Mary Barra, ao dizer que “não estou satisfeito que a fábrica esteja fechada quando tudo no resto do pais está a BOMBAR. Pedi-lhe para vende-la a alguém rapidamente. Ela culpou o sindicato UAW, mas eu não quero saber, só quero que ela abra a fábrica!”
Mas Donald Trump foi mais longe ao sugerir à GM que “abra aquela bela, enorme fábrica do Ohio e feche as fábricas na China e no México, onde antes da era Trump tanto investiram, ao invés de o fazerem nos EUA. Tragam os empregos para casa, já!”
A questão é: porque razão o presidente dos EUA se “meteu” neste assunto? Sim ples! O estado do Ohio será fundamental para que Trump consiga a reeleição, por isso está já a fazer campanha e a seduzir o eleitorado do Ohio com esta aparente boa intenção de salvar a fábrica da General Motors.
A GM não respondeu diretamente ao presidente, lembrando que fechou a unidade do Ohio – foi a primeira de quatro unidade de produção que a GM vai encerrar nos EUA em 2019 – no dia 6 de março, quando o último Chevrolet Cruze saiu da linha de montagem.
Num comunicado citado pela Bloomberg, a GM referiu que “para sermos claros, segundo os termos do acordo nacional entre a GM e a UAW, o futuro das unidades de produção será resolvido entre as duas partes”, acrescentando que tentará tudo para realocar os colaboradores nas outras fábricas e departamentos da General Motors.
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