Despedimentos nos grandes fornecedores de peças à vista
É uma era de grandes desafios para a indústria automóvel no geral e os fornecedores de peças sentem de forma muito vincada os efeitos da conjuntura atual. Marcas como a ZF , Bosch e Continental começam a olhar para despedimentos coletivos como solução para fazer face à inflação, ao abrandar da economia e à transição para os elétricos.
O caso da ZF parece ser o mais preocupante, segundo a Automobilwoche , com uma redução de 12 mil postos de trabalho em vista, até 2030, numa informação que terá sido dada pelo representante dos trabalhadores. Há também a possibilidade de deslocalizar algumas fábricas para outros países onde a mão de obra seja mais barata. A Bosch planeia suprimir 1200 postos de trabalho no sector do software, 950 dos quais na Alemanha. A Continental está a ponderar cortar 5.500 postos de trabalho em todo o mundo. A Brose declarou que pretende reduzir os custos de pessoal em 10%.
Já tínhamos referido no passado que os fornecedores de peças enfrentavam grandes dificuldades. Segundo a consultora Bain & Company, o desafio para os fornecedores é que estes estão a sofrer com os custos mais altos de matérias-primas e energia, que podem transferir apenas parcialmente para os fabricantes. Um número crescente de fornecedores enfrenta desafios de liquidez que deverão exigir um apoio especial, inclusive por parte dos fabricantes, para evitar a insolvência.
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