Deco Proteste alerta para aumentos de até 50% com os novos tarifários da Via Verde
A Via Verde vai descontinuar os pacotes de assinatura “Via Verde Livre” e “Via Verde Leve”, passando a comercializar novas modalidades de subscrição. A medida entra em vigor a 5 de janeiro.
A Via Verde anunciou que vai descontinuar os pacotes de assinatura denominados “Via Verde Livre” e “Via Verde Leve” a partir de 5 de janeiro. Esta medida vai ser acompanhada por novas modalidades de subscrição que estão a gerar alguma controvérsia. A Deco Proteste já comentou o caso e, em email enviado às redações, anunciou que “repudia a prática comercial anunciada pela empresa, que sujeita os clientes a aumentos que chegam aos 50%, muito acima dos 3% previstos para a inflação, para manterem o acesso aos serviços que já tinham contratado com o operador, o que só pode estar escudado pelo facto lamentável de não existir concorrência que ameace o domínio inequívoco da Via Verde neste mercado”.
A Deco Proteste critica ainda a medida de “descontinuar a venda de identificadores”, algo que obriga “potenciais clientes a vincularem-se a assinaturas que não desejam e que, em muitos casos, acabam por ser mais dispendiosas para os utilizadores de autoestradas”. A Deco relembra que a “Via Verde opera há décadas como operador único no sistema de cobrança de portagens em Portugal, conta atualmente com cerca de 3 milhões de clientes, para quem esta é a única opção para pagamentos de portagens por débito de forma automática”.
Mas afinal, o que muda?
A partir de 5 de janeiro vão passar a existir as seguintes modalidades:
“Via Verde Autoestrada” – fica disponível mediante o pagamento mensal de 99 cêntimos (com redução de 50 cêntimos se aderir ao extrato eletrónico). Esta assinatura dá apenas acesso ao pagamento de portagens.
“Via Verde Mobilidade” – fica disponível mediante o pagamento mensal de 1,49 euros (com redução de 50 cêntimos se aderir ao extrato eletrónico). Esta assinatura dá acesso ao pagamento de portagens e aos serviços complementares disponibilizados pela Via Verde, como o pagamento de parques de estacionamento ou abastecimentos de combustível, entre outros. No tarifário ainda em curso, o acesso a estes serviços corresponde a uma mensalidade de 99 cêntimos.
“Via Verde Mobilidade Leve” – inclui os mesmos serviços que a “Via Verde Mobilidade”, mas a mensalidade de 1,75 euros é paga exclusivamente nos meses em que o serviço é utilizado. No tarifário ainda em curso, o acesso a estes serviços corresponde a uma mensalidade de 1,20 euros.
E como será feita a transição?
A Via Verde está a contactar todos os clientes de assinaturas e a comunicar-lhes que, a partir de 5 de janeiro, serão conduzidos automaticamente para a nova oferta, com o mesmo leque de serviços disponibilizado anteriormente, mas com um “ajuste” no preço. A transição só não ocorre se o cliente tiver manifestado, por escrito, a sua oposição no prazo de dez dias úteis após ter recebido a comunicação informativa da Via Verde, terminando o contrato que o vincula ao operador.
Após a transição para a nova oferta, a Via Verde concede um período de transição, até 31 de março de 2022, durante o qual os aumentos de preços não serão cobrados aos clientes. A partir de 1 de abril, as novas assinaturas sofrem, em definitivo, a atualização de preços.
Durante o período de transição, os clientes podem ainda optar por aderir a outro pacote de assinatura de entre os três disponíveis na nova oferta da Via Verde. A alteração pode ser feita numa loja Via Verde ou, através da internet, na área pessoal do utilizador.
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