Das berlinas aos SUV: os topos de gama da SEAT
A história das berlinas da SEAT começou logo com o seu primeiro automóvel, o 1400. Este viria a ser substituído em 1963 pelo mais evoluído 1500, um modelo com uma carroçaria de cantos angulares e proeminentes, complementada pelos diversos elementos cromados e pelos saudosos pneus com faixa branca na lateral.
O SEAT 1500 distinguia-se igualmente pela lotação de seis passageiros, uma vez que no banco dianteiro, integral, podiam viajar três passageiros. Espaçoso e confortável, o 1500 foi um dos preferidos dos motoristas de táxi e de outros serviços. O motor 1.5 litros produzia 72 cavalos e a caixa de quatro velocidades era comandada por alavanca na coluna de direção. Os 120 km/h eram mantidos apenas com a utilização de um dos seus carburadores, reduzindo o consumo.
Quanto a equipamento, destacavam-se elementos como os travões de disco às quatro rodas, com servofreio, o apoio de braço central no banco da frente, o porta-luvas com fechadura e as luzes de leitura atrás. Ao longo da sua carreira comercial foram sendo introduzidos melhoramentos. São disso exemplo a iluminação dianteira, a adoção de um alternador no lugar do dínamo, bem como alterações mecânicas como a superior compressão do motor e os coletores de escape. Em 1969 recebeu também um motor Diesel.
Seguiu-se o SEAT 132, mais pequeno e leve, e que recorria já a motores de dupla árvore de cames. Com o motor 1.8 litros atingia 170 km/h e os 160 km/h quando equipado com motor 1.6 litros, neste último, associado a uma caixa de cinco velocidades em opção. Ambos utilizavam correia de distribuição, com necessidade de manutenção, mas que tornava o motor muito mais silencioso e refinado.
O 132 possuía soluções inovadoras
como os limpa para-brisas pretos, para evitar reflexos, e os encostos
de cabeça dianteiros, uma solução que causou polémica por poder
causar sono, colocando a segurança em causa, imagine-se. O conforto
oferecido era o seu foco, destacando-se pelos excelentes bancos e
pela suspensão. O motor Diesel chegou em 1978.
Com o final da produção do 132 em 1980, a SEAT saiu do segmento das berlinas, só regressando em 2008 com o Exeo. O motor continuava colocado em posição longitudinal mas havia três motores a gasolina e outros tantos Diesel. Inovou ao oferecer airbag de joelhos para o condutor e também um teto solar que recuperava energia para alimentar a ventilação e assim arrefecer o habitáculo. Em 2009 foi lançada a carroçaria SportsTourer.
O atual representante do segmento é o
Tarraco, o maior dos SUV da marca de Martorell e que pode
inclusivamente contar com uma lotação para sete passageiros. Quase
60 anos depois, o conforto, o espaço e o equipamento continuam a ser
os focos das propostas topo de gama. No entanto, o formato de
carroçaria não podia ser mais diferente, trocando a elegância de
uma clássica berlina pela robustez e irreverência de uma carroçaria
sobreelevada.
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