Como dar um ‘pézinho’ na condução autónoma
Quando falamos de carros autónomos falamos de futuro, que tem no presente o seu desenvolvimento. São várias as datas que as marcas apontam rumo à eletrificação total ou aos destinos que irão dar aos seus veículos movidos somente a combustíveis fósseis nos próximos anos. Independentemente disso, no momento presente já há no nosso dia a dia carros com níveis de equipamento que nos podem fazer experienciar, de forma, ainda que muito ligeira, um princípio daquilo que virá a ser a condução autónoma. Para tal, basta termos alguns sistemas de assistência à condução que nos dão essa pequena sensação de autonomia dos veículos. Saiba quais percorrendo a galeria em cima ou vendo os tópicos em baixo.
André Duarte
Nota: os sistema apresentados podem mudar ligeiramente de nome e em algumas características mediante a marcas, mas, no essencial, reportam-se às mesmas funções.
Assistente de aviso de saída da faixa de rodagem: através de um módulo de câmara na área do espelho interior são adquiridas as marcações da via e avaliada a posição do veículo. Se este começa a afastar-se da sua faixa de rodagem, o assistente alerta o condutor – dentro dos limites do sistema, os quais dependem de cada modelo – através de um sinal de aviso acústico, da vibração do volante ou de uma intervenção de correção na direção. É esta correção que, na primeira vez que se experiencia, surpreende e agrada, por ser algo, além de útil, em que sentimos o carro agir independentemente de nossa ação. Nota para o facto de o sistema não reagir se o pisca estiver ativado antes de se deixar a faixa de rodagem;
Cruise Control Adaptativo: utiliza os sensores dianteiros do veículo e mantém uma velocidade e distância constantes em relação ao veículo da frente, acelerando ou travando automaticamente mediante a ação do carro em frente. Caso o trânsito pare, o sistema aciona automaticamente o travão até o veículo ficar imobilizado e acelera até à velocidade desejada assim que a estrada ficar livre. Esta atuação autónoma gera essa pequena sensação de ‘independência’ do veículo em relação a nós. O condutor pode interromper a regulação do cruise control adaptativo e aumentar a velocidade pressionando o acelerador. Se o condutor pressionar o pedal do travão, o cruise control adaptativo é imediatamente desativado;
Assistente de direção e de faixa com assistente de condução em trânsito: é, em traços gerais, a junção dos dois anteriores; um sistema que presta apoio à condução mantendo o veículo no centro da faixa de rodagem, regulando-se pelas linhas divisórias da faixa de rodagem e pela viatura que segue à frente. Mantém automaticamente a distância pré-definida para o veículo que segue à frente e regula automaticamente a velocidade até à imobilização, se necessário;
Assistente de faixa com proteção ativa contra colisões laterais: é talvez o mais comum da lista e muito semelhante ao anterior, mas uma grande ajuda no apoio à condução, interferindo ativamente nesta de modo a evitar uma saída involuntária da faixa, bem como colisões com objetos na zona lateral do veículo. Se o sistema de aviso de embate na traseira estiver ativado e o veículo que segue à frente travar, o veículo reage imediatamente através de sinais acústicos e de travagens e, finalmente, através de uma travagem a fundo;
Controlo de estacionamento à distância: um pequeno luxo que nos permite colocar ou retirar um carro do estacionamento estando fora dele. Parece impossível? De facto deixa quem vê boquiaberto, mas é bem real. Revela-se muito útil, principalmente em espaços apertados, contribuindo para que não nos preocupemos em deixar espaço para abrir a porta, por exemplo. Estando no exterior do veículo, o condutor, através da chave inteligente, controla a manobra de estacionamento. O carro tem de ser colocado em frente do espaço em que tencionamos estacionar, sendo que a manobra pode ser interrompida a todo o momento, bastando para isso que larguemos os botões da chave inteligente para imobilizar de imediato o veículo;
Park Assist: também muito útil é este sistema que nos ajuda a estacionar, em paralelo ou em espinha. Após a solicitação do condutor, o sistema permite a deteção automática de um lugar, conduzindo depois a viatura para o respetivo espaço vago em segurança. Quanto a nós, basta-nos engrenar a marcha-atrás, acelerar e travar;
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