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Dacia vai reposicionar-se no mercado, para fazer frente à Jeep

By on 22 Agosto, 2023

Já longe vão os tempos em que a Dacia era apenas sinónimo de carros baratos e pouco inspirados. A marca tem crescido em qualidade (e quantidade) e prepara-se para se reposicionar no mercado.

A Dacia tem-se revelado num caso de sucesso, com a sua filosofia a conquistar uma boa fatia do mercado. Com as vendas a aumentar 23% no primeiro semestre deste ano, a Dacia tem se destacado nas vendas na Europa, com uma quota de mercado de 8,4%, com os seus carros constantemente no top 10 dos mais vendidos.

A marca romena irá virar-se para o todo-o-terreno, orientada para o “estilo de vida”, para rivalizar com a Jeep, à medida que avança para novos e maiores segmentos de mercado. A Dacia quer ser mais do que uma marca que faz carros baratos e quer agora chegar a novos mercados, como explicou Laurens van den Acker, chefe do design do Grupo Renault, em declarações ao autocar.co.uk:

“Na minha opinião, não existe um concorrente sério para a Jeep na Europa. Por que é que a Dacia não pode ser esse concorrente? Não existe nenhuma marca [acessível] que esteja ligada ao ar livre, que nos leve para fora da cidade, o que, especialmente desde os tempos da Covid, se está a tornar extremamente relevante. A Dacia é uma marca que está muito bem posicionada para as pessoas que adoram o ar livre. Dá-lhe duas razões para comprar o carro, não apenas uma.”

O novo Duster, que deverá ser conhecido em 2024 irá já refletir essa vontade, com o Bigster, nova aposta da marca a surgir. Um SUV maior e mais caro destinado ao mercado familiar. Quanto a esta nova proposta, van den Acker disse que o aumento do tamanho é uma realidade, não implicando uma mudança de filosofia:

“Maior é verdade, mas premium não”, disse ele. “A realidade é que, se começarmos a fabricar carros maiores, estamos a enfrentar outros concorrentes. Por isso, não podemos simplesmente copiar a receita do Sandero para o segmento C: isso não funcionaria. Por isso, temos de ser muito claros quanto ao que nos espera em termos de concorrência, porque não estamos a jogar o mesmo jogo. Por isso, a Dacia fará o que for correto para ser credível no segmento C sem perder a sua vantagem competitiva [o preço baixo]. Q

Quando todas as marcas estiverem a ficar mais caras devido à transformação para veículos elétricos, nem toda a gente poderá dar esse passo”, afirmou. “Por isso, haverá pessoas que quererão procurar um transporte decente, acessível, essencial e fixe. Espero que a Dacia vá apanhar muitas das folhas que vão cair das árvores”.

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