Cuidados a ter na hora de vender um carro
A partir do primeiro metro em que o stand fica para trás a vida de um veículo passa a estar em sintonia com o uso e desejo do seu proprietário. A aura de ‘novo’ perde-se e é substituída pela de ‘usado’, sofrendo com isso uma desvalorização imediata.
Se há quem compre um carro para “a vida”, o mesmo que dizer, não pensando em se desfazer dele e contando usá-lo até ao limite possível da sua existência, há quem muitas vezes o faça pensando em vir a trocar por outro no futuro. É neste segundo caso que há vários tópicos a ter em conta. Por um lado, detalhes a que devemos dar atenção antes de o colocarmos à venda. Por outro, cuidados que devemos ter durante a sua utilização e que podem fazer a diferença na altura em que nos queiramos desfazer dele. Conheça os principais detalhes a que deve dar atenção percorrendo a galeria acima ou através dos tópicos em baixo.
André Duarte
Pintura: a pintura de um veículo é o seu traje de apresentação. Se esta estiver imaculada irá causar maior impressão e, inegavelmente, terá maior cotação, desde logo visual. Para quem tenha garagem, esta é a melhor solução para a preservar;
Carroçaria: do mesmo modo que a pintura, uma carroçaria apresentável, sem amolgadelas ou batidas só significa que saímos a ganhar;
Pára-brisas: a existência de alguma racha ou fissura no pára-brisas, assim como nos demais vidros, é um fator também penalizador e a que se deve dar atenção;
Faróis: há modelos que com a idade ficam com os faróis gastos e amarelados, algo que penaliza a iluminação. Há líquidos para os limpar e são uma boa forma de lhes dar nova vida, porque nessas condições não vão favorecer nenhum modelo na altura da venda;
Pneus: não precisam de estar novos, mas convém não estarem ‘carecas’ ou a precisarem de serem mudados. Quem gosta de adquirir um modelo a pensar que assim que o comprar irá ter de imediato de começar a investir?;
Estofos: os estofos dizem muito do ‘lifestyle’ de quem usou um modelo. Se há carros que em segundo mão ‘quase cheiram a novo’, também há alguns que parece que viram passar um furacão. Rasgos, cortes, queimaduras de cigarros ou mesmo desgaste, são indicadores que não vão favorecer em nada na altura de nos desfazermos de um modelo. É verdade que o seu uso é natural, mas há sempre cuidados na utilização que podemos ter e que podem fazer a diferença no futuro;
Plásticos no interior: assim como os estofos, os plásticos são também algo a ter em conta. Por exemplo, e para os veículos mais antigos, a diferença entre uma utilização regular de uma pála para o sol e a sua não utilização, pode ser o caminho entre um tablier ‘cansado’ pelos anos de exposição ao sol ou um produto mais apresentável e naturalmente valorizado;
Vidros elétricos: um elemento comum em quase todos os veículos e que nos de maior idade, por vezes, já pode acusar algum desgaste no funcionamento. É sempre bom aferirmos se trabalham em devidas condições;
Líquidos e óleos: óleo, por exemplo, a ‘babar’ no motor ou transmissão, assim como líquidos do circuito de refrigeração são indícios de que algo pode não estar em condições. Pode ser um problema simples de tubagens envelhecidas, ou algo mais. No entanto, é sempre bom ter atenção a este aspeto, que pode ou não favorecer o ato de compra e venda;
Quilometragem: é óbvio que quando compramos um carro é com a intenção de o usar e isso significa quilómetros. No entanto, esta é uma regra básica, quanto menor a quilometragem mais saíra valorizado o nosso modelo na altura de o vendermos. E esta é uma valorização que acontece sempre, não importa a idade do veículo;
Revisões na marca: de facto muitos evitam-nas por poderem significar um preço mais avultado na altura de as fazer. No entanto, são um certificado de qualidade e confiança. Na altura de vender, é dos melhores currículos que se pode apresentar;
Inspeção: este é talvez dos pontos mais valorizados e importantes. Um veículo inspecionado traz o selo de garantia de que quando o adquirirmos vem nas devidas condições de circulação. Se em modelos mais recentes podemos pensar que “é óbvio” que estejam inspecionados, em modelos mais antigos, que, por exemplo, não circulam há algum tempo, não é forçoso que assim seja;
Extras: a palavra “extra” é sempre sugestiva, significando que o veículo vem munido com um valor acrescentado. É verdade que há alguns, de cariz estético, que podem depender do gosto, mas inegavelmente há tecnologia e equipamentos que podem fazer a diferença na altura de apresentarmos um modelo a possíveis futuros proprietários;
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