Cuidados a ter com os pneus do seu automóvel
Um automobilista, nos cuidados que deve ter com os pneus do seu carro, deve sempre considerar diversos itens como, por exemplo, o tipo de condução que pretende praticar. Além disso, as condições de armazenamento, uma manutenção intensa e inspeções visuais frequentes são também importantes. Apesar da maioria das marcas não definirem exatamente a idade específica para o fim de vida de um pneu, existem recomendações e informações que podem ajudar a saber quando se devem mudar os pneus de um automóvel. Que, na realidade, são construídos para que possam percorrer muitos milhares de quilómetros, mas essa longevidade depende muito do tipo de utilização que lhes dá. É óbvio que hoje em dia, tendo que ir às inspeção com o carro, vai-lhe ser transmitido se for necessário algo com os pneus, eventualmente até ‘chumbar’ se a ‘coisa’ for demasiado grave, mas regra geral, as coisas resolvem-se sem um chumbo, mas com a necessidade de lá voltar…
Condução poupada
No capítulo da condução, e de forma a prolongar a longevidade dos seus pneus, deve ter em conta diversos pontos:
1 – Nunca circular em grandes velocidades a não ser que seja mesmo muito necessário. Ao fazê-lo está a diminuir a longevidade dos seus pneus devido ao excessivo de calor gerado. Por outro lado, mesmo que sinta que o carro é bem capaz de o fazer porque tudo hoje em dia é muito evoluído, não precisa, por exemplo, quando está a fazer curvas muito longas de levar velocidade exagerada que coloque demasiada carga lateral nos pneus, pois está a desgastá-los de forma completamente desnecessária…
2 – Moderar a velocidade à chuva, de forma a assegurar que a base de contacto do pneu com a estrada seja maior. Quando maior for a velocidade, menos a capacidade do pneu escoar a água que passa pelas ‘ranhuras’ e quando essa capacidade desaparece, o aquaplaning é a consequência. E o que pode vir depois, ninguém quer…
3 – Ter em conta que no piso molhado a distância de travagem é superior três vezes comparativamente a piso seco. A maioria dos carros hoje em dia têm sistemas que ajudam muito, mas toda e qualquer tecnologia tem e sempre terá os seus limites. Até pode ter um carro exatamente igual ao seu à sua frente, mas basta que os estado dos pneus ou a pressão seja diferente para que o comportamento do carro possa ser totalmente diferente.
4 – Com o piso molhado deve conduzir preferencialmente no rasto dos pneus do veículo que segue à sua frente, pois a acumulação de água é inferior, pois o piso acabou de ser ‘limpo’.
5 – Se o seu automóvel por algum motivo, derrapar, nunca carregar a fundo no travão. A dinâmica leva a que a ‘transferência de massas’ de travar bruscamente pode descontrolar por completo o carro. Seja o mais suave possível, só deve travar a fundo se perceber que vai bater, aí sim ,desacelerar o máximo.
Poderá igualmente virar o volante no sentido da derrapagem, ou seja, contra brecar. Se a traseira lhe foge para a direita, vire o volante para a esquerda e vice versa.
6 – Caso se verifique a ocorrência de aquaplaning, nunca trave ou vire repentinamente. Sempre que vir a poça de água tire o pé e deixe o carro desacelerar de modo a que passe com menor velocidade por cima da água. Solte ligeiramente o pedal do acelerador até que o automóvel reduza a velocidade e volte a ‘sentir’ a estrada. Para prevenir, sempre que possa evite poças de água. Travar forte numa situação de aquaplaning é o pior que pode fazer, pois pode desequilibrar muito mais o carro.
Em situações em que pode haver muita água na estrada, por estar a chover, vá vendo como se comportam os carros à sua frente, a ver se há muita, pouca, afaste-se ainda mais do carro à sua frente.
Dicas
1 – Deve adequar os pneus do seu automóvel ao local onde vive. Quando as temperaturas descem abaixo dos 7º C, a borracha endurece e o pneu perde eficácia. Se isso suceder, os primeiros metros devem ser para ‘apalpar’ terreno, perceber como se estão a comportar os pneus. Passado um ou dois quilómetros, já terão um comportamento melhor, mas com temperaturas baixas tenha sempre muito cuidado desde o primeiro metro.
2 – Se comprou dois pneus novos, deve montá-los no eixo sem tração. no passado fazia-se ao contrário, mas isso mudou e a explicação é simples: se tiver um carro de tração à frente (a grande maioria) e perder o controlo, é sempre mais fácil readquirir esse controlo com o volante. Por isso, se a perda de controlo for no eixo sem tração, quanto melhores pneus…melhor!
Não esqueça que a lei diz que, no mesmo eixo, são obrigatórios dois pneus da mesma marca e com desenhos e esculturas semelhantes. Tem toda a lógica ser assim para que um dos lados tenha um comportamento e o outro…outro!
3 – No caso de ter adquirido pneus novos, estes vão-lhe proporcionar aderência e condução bem diferentes. Deve conduzir com prudência, à medida que se vai familiarizando com isso. Desta forma, evita realizar travagens e acelerações desnecessárias.
4 – Atentar ao estado visual dos pneus. Por vezes, a melhor forma de detectar alterações nas borrachas (desgaste excessivo e irregular ou qualquer outra modificação) passa por um simples exame visual. Os pneus possuem um indicador de desgaste. Quando este atinge o máximo, ao ponto de se poder ver um indicador de borracha sólida ao longo de toda a sua largura, deve substituir os pneus.
5 – Permaneça alerta perante qualquer alteração na dinâmica da performance, como por exemplo, aumento de perdas de pressão, ruídos ou vibração.
6 – Assegurar uma inspecção ao pneu caso reconheça um impacto severo que possa ter danificado a sua estrutura.
7 – Verificar regularmente a pressão dos pneus, pois é um dos pontos mais importantes na longevidade destes. A pressão ideal e máxima estão indicadas nas suas paredes e no manual. Verifique-a sempre quando os pneus estão frios ou quando o automóvel percorreu uma distância entre 1,5 e 3 quilómetros. Se o fizer quando já rodou mais a pressão será maior e pode achar que está boa. Não está, pois quando os pneus arrefecerem a pressão cai…
Há quem goste de meter um pouco de mais pressão no verão, porque consome menos combustível, o que é verdade, mas o carro fica mais saltitão, por isso, cuidado. Com água na estrada não pode ter os pneus com demasiada pressão é muito mais perigoso.
8 – Uma pressão errada afeta a estabilidade do automóvel. Se um pneu se desgasta mais nos bordos exteriores, deve-se ao facto de circular com pressão inferior à aconselhada, pois são estas partes que suportam o peso de um veículo em andamento. Se um pneu se desgasta na banda central, significa que se circula com pressão superior ao aconselhado. Isto provoca um desgaste acelerado na parte central, pois é esta que se apoia no piso da estrada. Se o desgaste surge nos bordos significa circular em veículos com problemas de alinhamento de direção.
9 – Deve, sem falta, verificar a pressão sempre que vai efectuar uma viagem mais longa ou quando viaja com carga pesada. nunca deve ter peso desnecessário dentro do carro. Quanto menso peso, menos consumo. É matemático.
10 – Efetuar a troca de pneus caso tenham sido fabricados há mais de dez anos (incluindo o sobresselente), mesmo quando a sua aparência não indique qualquer anomalia. Mesmo com poucos quilómetros os materiais dos pneus perdem ‘validade’ e eficiência. E é o pneu que nos liga à estrada, não poupe aqui…
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