Corolla movido a hidrogénio líquido participou nas 24 Horas de Fuji
A Toyota participou nas 24 Horas de Fuji, com o Toyota GR Corolla H2 Concept #32 da ORC ROOKIE movido a hidrogénio líquido, tendo sido a primeira vez que isso aconteceu nas Super Taikyu Series. Esta participação é vista como muito importante no programa de transformação dos motores da marca nipónica e a sua aposta no hidrogénio.
O Corolla movido a hidrogénio líquido deveria ter competido pela primeira vez na primeira ronda das 5 Horas de Suzuka das Super Taikyu Series, realizada entre 18 e 19 de março. No entanto, durante um teste privado no Fuji International Speedway, alguns dias antes da prova, ocorreu um incêndio no veículo devido a uma fuga de hidrogénio de um tubo de no motor. Como o veículo não pôde ser recuperado a tempo, a Toyota foi forçada a abandonar a corrida. Nos dois meses que se seguiram ao incêndio, a Toyota decidiu renovar toda a tubagem com novas matérias, tendo a segurança como prioridade máxima. Estas alterações incluíram a deslocação da tubagem de hidrogénio para longe das áreas quentes e a instalação de proteções nas juntas da tubagem, tendo ainda como objetivo direcionar qualquer fuga de hidrogénio para os sensores instalados, avisando assim com mais antecedência de forma a evitar novos incêndios.
Os nipónicos reduziram o peso do veículo em mais de 50 kg ao longo dos últimos dois meses, o que levou a que melhorassem os tempos por volta do Corolla equipado com motor a hidrogénio gasoso quando competiu pela primeira vez em maio de 2021.
Ao utilizar hidrogénio líquido como combustível, o equipamento anteriormente necessário para produzir hidrogénio gasoso comprimido, como os compressores, deixa de ser necessário. Ganhando não apenas mais espaço e reduzindo o peso do veículo, existe ainda outro ponto a favor do hidrogénio líquido: a possibilidade de ser reabastecido da mesma forma que os veículos a gasolina. Além disso, uma vez que já não é necessário pressurizar durante o abastecimento, podem ser abastecidos vários veículos em simultâneo.
A Toyota garante que, apesar de alterar todo o sistema para passarem a usar hidrogénio líquido em vez de gasoso, o motor em si é o mesmo. E uma vez que a densidade de energia por volume aumenta com a mudança do combustível para hidrogénio líquido, a autonomia duplicou com o mesmo tempo de abastecimento que anteriormente, prometendo ainda a marca japonesa a envidar esforços para melhorar a autonomia do automóvel com a mesma quantidade de combustível nos próximos tempos.
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