Como é que consegue fazer um seguro de um carro autónomo?
Com cada vez maiores investimentos na mobilidade elétrica e na condução autónoma, começam a ser levantadas algumas questões sobre quem paga a conta em caso de acidente.
Claro que os acérrimos defensores da condução autónoma dirão que um carro autónomo em que não seja requerido um condutor, não terá acidentes. Não é verdade como já ficou provado mais que uma vez. Portanto, a questão continua de pé: quem paga na eventualidade de um acidente?
Alguns países já estão a preparar essa situação e no Reino Unido já foi aprovado o “Automated and Electric Vehicles Act” (AEV) trazendo alguma luz sobre as apólices de seguro para veículos totalmente autónomos. Nos outros países, ainda há trabalho a fazer e em outros, ainda nem há preocupação com isso. Então como funciona o AEV?
Há uma estrutura clara para a responsabilidade, com os proprietários dos veículos obrigados a comprar uma apólice de seguro que esteja em conformidade com as regras de trânsito. Isto porque seria complicado ter duas apólices, uma para quando o condutor estava ao volante e outra quando não estava. Assim, o dono do carro autónomo terá de pagar um seguro que cobre as duas situações, para assim a seguradora pagar os danos em qualquer das duas situações.
Para Nicolas Jeanmart, responsável da Insurance Europe, sustenta que “o seguro obrigatório de responsabilidade civil funciona bem na proteção dos utilizadores e isso continuará a ser a melhor solução para os novos modelos autónomos.”
Como o futuro deverá ser autónomo e partilhado, o seguro desses veículos também deverá ser partilhado, ou seja, quem requisita o carro pagará a taxa de utilização e o seguro. Ou seja, continuaremos um proprietário, uma empresa, e uma apólice que será paga pelos utilizadores. Afinal nada de muito diferente do que se passa hoje.”
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