Clássicos, Datsun 1200: o japonês eterno…
Se lhe dissermos que vamos falar sobre o Datsun Serie B110 construído pela Nissan, é capaz de ficar intrigado. Mas se lhe dissermos que este é o Datsun 1200, já o reconhece, não é verdade? O 1200 é a segunda geração do Sunny, nome do modelo original no Japão. O primeiro modelo também chegou ao mercado nacional e ficou conhecido como Datsun 1000. Esta segunda geração foi lançada em 1970, tendo como grande diferença o estilo mais “quadrado” e maiores dimensões em todas as quotas. A forte concorrência do Toyota Corolla obrigou a Nissan a aumentar o tamanho do B10 para tentar ir a jogo. Quanto às especificações técnicas, o 1200 apoiava-se numa estrutura clássica de chassis monobloco – com carroçaria em chapa de aço fraco, daí os enormes problemas de corrosão que o modelo, tal como os Toyota, sempre enfrentaram – e suspensões independentes à frente e eixo rígido atrás.
A estrutura McPherson é usada à frente com a opção de utilizar discos de travão. Atrás, como referimos, um eixo rígido cumpria a função, sendo os travões de tambor. Para o motor, a Nissan
escolheu o económico e barato de produzir bloco 1.2 litros, série A12, com 68 CV. A caixa era de quatro velocidades.
A gama, produzida entre 1970 e 1976, comportou várias variantes: berlina de 2 e 4 portas, coupé de 2 portas, carrinha de 3 e 5 portas. Um ligeiro “facelift” surgiu em 1972, mas apenas para o Japão. O coupé possuía um motor mais potente – duplo carburador e 83 CV – e ficou conhecido como 1200 GX, com caixa de cinco velocidades.
A carreira desportiva do 1200 começou em 1970 com a disputa das 200 Milhas de Fuji. Inscrito na classe TS1300, um único carro oficial foi inscrito, contra uma verdadeira armada de Toyota Corolla. A verdade é que Suzuki Makoto venceu a prova de estreia do carro, batendo todos os Toyota…
Foi apenas o início de uma participação ativa em provas de velocidade e ralis, passando pelas perícias e até o todo-o-terreno, sempre com resultados interessantes e muitas vitórias à classe e algumas à geral.
Depois de um troféu disputado nos anos 70, o 1200 regressou às corridas pelas mãos de José Megre, em novo Troféu, e hoje o carro ainda é presença assídua no Campeonato de Portugal de Clássicos de Velocidade 1300.
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