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Citroën Xantia foi apresentado há 30 anos no Salão de Genebra

By on 12 Março, 2023

Com mais de 1,3 milhões de unidades produzidas ao longo de nove anos, o Citroën Xantia foi um dos muitos casos de sucesso na história da marca do Double Chevron e também um dos mais emblemáticos.

Apresentado no Salão de Genebra de 1993, o Citroën Xantia representou uma evolução tecnológica considerável para os modelos da marca, trazendo sistemas para o mercado que nenhuma outra marca incluía, muito menos neste segmento. Um dos mais sonantes e conhecidos foi a suspensão ativa que, na versão mais evoluída, na deixava que a carroçaria tivesse uma inclinação superior a 0,5 graus.

Construído na fábrica de Rennes–la–Janais entre 1993 e 2010, o Citroën Xantia teve uma produção total de 1.326.259 unidades. Foi o sucessor do famoso BX, mas um dos seus primeiros cartões de visita foi o facto de ter sido eleito o “Automóvel Mais Belo do Ano”, logo no seu ano de lançamento. Afinal, a base deste projeto começou a ser desenvolvida no centro de estilo italiano da Bertone, tendo sido finalizado pela equipa de Daniel Abramson, já no centro de estilo da Citroën.

Nove anos de audácia e de inovação ao serviço do conforto

Ao longo dos seus nove anos de produção, o Xantia passou por múltiplas evoluções. Inicialmente, o modelo estava disponível em dois acabamentos (SX e VSX), com três motores diferentes. As versões topo de gama contavam com o sistema hidropneumático “Hydractive II”, um sistema de suspensão controlado eletronicamente, que reduzia o rolamento e melhorava a condução, sem prejudicar o conforto. Em 1994 seria lançada a versão Activa, que utilizava o sistema Hydractive II complementado por dois cilindros, que impediam o rolamento de exceder os 0,5°, elevando o número de esferas a bordo para dez. Assim equipado, o Xantia poderia manter-se plano a curvar. Uma tecnologia que levaria ao desenvolvimento de pneus específicos com o fabricante Michelin.

Em 1995 chegava ao mercado a carrinha Xantia, dois anos antes do modelo Xantia passar por uma remodelação, até que, finalmente, em 1998, o Xantia estreava o novíssimo motor diesel 2.0 HDi do Groupe PSA, um bloco diesel com tecnologia de common-rail de elevada pressão.

Conforto, segurança, tecnologia e prazer de condução eram as palavras de ordem deste recém-chegado em 1993. Um conforto incomparável na época, com um amortecimento que se tornou numa verdadeira assinatura do Xantia e dos modelos que lhe sucederam. Já no interior, o Xantia apresentava uma verdadeira harmonia entre cores e materiais, num espaço bem decorado. Nele integrava-se, também, um habitáculo reforçado, mais rígido, com espessuras mais significativas de chapas pré-revestidas e barras de reforço nas portas, para uma maior segurança a bordo.

Conforto Absoluto: A Suspensão Hydractive II

Em termos tecnológicos, foi a introdução da Hydractive II – tecnologia que combinava a potência do hidráulico com a velocidade da eletrónica – que simbolizou a diferença do Xantia face aos demais. A suspensão hidropneumática convencional foi complementada por uma esfera adicional por eixo, que podia ser ativada pelas válvulas solenoides do circuito normal, compreendendo uma esfera por cilindro de suspensão. Isto permitiu definir dois estados de flexibilidade e amortecimento da suspensão: um mais macio e outro desportivo. Os sensores permitiam, então, que a ECU optasse entre os dois modos, dependendo das situações de condução.

Em ambos os casos, esta tecnologia permite que condutores e passageiros viajem com grande conforto, mas acima de tudo, com maior serenidade.

Fonte de inspiração para o mundo da publicidade

O Xantia dispunha de inovações e qualidades, mostrando-se, por isso, ideal para a publicidade Citroën. Podemos referir-nos, em particular, ao famoso anúncio de 1995 com Carl Lewis como protagonista, em que o desportista se via forçado a tornar-se monge por causa de uma aposta. Para ele, era impossível um carro fazer curvas mantendo-se plano, algo que o Xantia conseguia. Mais tarde, em 1999, surgiu um outro anúncio completamente diferente, onde se descobria uma pirâmide de Xantia, demonstradora da sua excelente maneabilidade.

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