Cinco boas razões para comprar um monovolume
Sim, todos sabemos, o mundo são recordações, sim sabemos, os MPV deixaram de ser vedetas, mas eles foram um dos modelos mais importantes do mercado e há cinco boas razões para voltar a comprar um monovolume.
Esta letra de uma canção de Vítor Espadinha, adaptada pela redação do AUTOMAIS, traduz aquilo que se passa no mercado, ou seja, todos querem ser vistos num SUV, mas choram baba e ranho de saudades da versatilidade, espaço e funcionalidade do seu monovolume.
Nos anos 90 e no início do novo milénio, os monovolumes estavam em alta e pareciam imparáveis, até que chegaram os SUV e os monovolumes estão quase á beira da extinção, pelo menos no mercado europeu. Mas, como dissemos acima, há razões para não abandonar os monovolumes. Aqui ficam cinco delas.
1 – Habitabilidade e bagageira
Por muito que os SUV possam prometer igualar em espaço e bagageira os monovolumes, não o conseguem fazer. Pequemos num C4 Spacetourer face a um C5 Aircross: o primeiro tem o banco traseiro deslizável em calhas e pode ter o máximo de 40 cm de espaço para as pernas e 570 litros na bagageira, o segundo oferece o máximo de 36 cm para arrumar as pernas e 470 litros de bagageira, mantendo o banco deslizante. Mas olhemos para o BMW X1 e para o BMW Série 2 Space Tourer, com o segundo a ter mais espaço que o primeiro para as pernas. Contas feitas, a relação dimensões exteriores e dimensões interiores, continua a ser favorável aos monovolumes, os monovolumes têm maior superfície vidrada que oferecem maior luminosidade e, sobretudo, melhor visibilidade.
2 – Versatilidade
Os monovolumes oferecem muitos espaços de arrumação, espelhos para controlar o banco traseiro, nomeadamente, as crianças e bancos que deslizam, mudam de posição e se rebatem com um só gesto, desaparecendo, muitos, no fundo do carro. Os monovolumes, mesmo os travestidos de crossover como o Renault Scénic, são capazes de ser mais versáteis que os SUV ou crossover como o Kadjar, isto para ficar dentro da marca francesa. O C5 Aircross bebe muita inspiração nos monovolumes, mas descarta coisas como as mesinhas nas costas dos bancos dianteiros e o rebatimento dos bancos não é tão simples como no C4 Spacetourer.
3 – Conforto
Os SUV são menos confortáveis que os monovolumes, até porque fazendo jus ao S de SUV, têm aspirações desportivas. Raramente o conseguem, mas para controlar os movimentos da carroçaria, suportar a utilização de jantes muito grandes, sempre complicadas no equilíbrio comportamento/conforto. Com exceções, claro, a maioria dos monovolumes usa jantes mais pequenas e as suspensões são muito mais benignas.
4 – Preços mais acessíveis
Porque estão a deixar de ser tendência, as marcas que ainda vendem monovolumes fazem generosos descontos sobre veículos que são, de origem, mais baratos. Há exceções, naturalmente, mas os descontos são um bom chamariz.
5 – Diferenciação
As modas são terríveis e é fácil estigmatizar alguém pelo automóvel que conduz. Isso foi evidente nos primeiros momentos da explosão das vendas de SUV no mercado europeu. Mas com a profusão de tantos SUV e a sua massiva venda, quase todos se vêm ao volante do mesmo tipo de carro. Ou seja, hoje temos uma inversão e depois do mar de MPV, agora temos um oceano de SUV. Portanto, além das vantagens acima enumeradas, hoje, comprar um monovolume é um ato de rebeldia e de remar contra uma tendência fortíssima. Além disso, ajudará a evitar o desaparecimento de um segmento que ainda poderá ser muito importante no futuro. As modas são assim mesmo, são como os alcatruzes das noras..- uma vez em cima, outra vez em baixo.
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