China investiga alegações europeias sobre cartel dos construtores alemães
As autoridades chinesas querem informação do Grupo VW, do Grupo BMW e da Daimler, sobre as acusações da Comissão Europeia de alegada concertação entre os três grupos alemães para atrasar o lançamento de novas tecnologias para a redução de emissões.
Recordamos que em abril, a Comissária Europeia, Margrethe Vestager, acusou que, alegadamente, o Grupo VW, o Grupo BMW e a Daimler, podem ter quebrado as leis de concorrência da União Europeia, ao aceitarem adiar, em conjunto, novas tecnologias que reduzam as emissões de veículos a gasolina e a gasóleo.
As autoridades chinesas, nomeadamente, a Autoridade da Concorrência da China, pediu esclarecimentos aos três grupos alemães e, também, ás subsidiárias que operam na China. A Daimler já confirmou que está a colaborar de forma plena com as autoridades sobre o assunto, enquanto a BMW, através de um porta voz, confirmou que “houve contactos com as autoridades da concorrência chinesas.”
Diga-se que a BMW está a preparar um aprovisionamento de mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2019 (ainda não foram revelados os resultados) devido á provável multa que a Comissão Europeia vai aplicar, enquanto refuta a acusação. Já o responsável das finanças do Grupo VW, não irá fazer isso até porque voltou a limpar mais mil milhões de euros de dívida no primeiro trimestre de 2019, levando o total de custos com o Dieselgate para perto dos 30 mil milhões de euros.
Pode parecer estranho que um mercado onde o gasóleo praticamente não existe, esteja preocupado com esta situação. Mas a verdade é que os modernos carros utilizam muita tecnologia para reduzir as emissões e, particularmente, as finas partículas que os motores com injeção direta a gasolina emitem. Como desde setembro de 2018 que há novos limites para as partículas na Europa, o que obriga todos os carros a terem filtros de partículas a gasolina, a China precisa de saber se há alguma irregularidade.
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