Caso Ghosn pode “chamuscar” o novo CEO da Nissan, Hiroto Saikawa
Depois de clamar pela “limpeza” da administração da Nissan, mostrando-se Hiroto Saikawa indignado com a atitude de Carlos Ghosn, a aproximação do julgamento pode ser uma bomba relógio que pode “chamuscar” o novo CEO da Nissan.
Algumas fontes próximas da administração de Hiroto Saikawa, dizem que o suposto conhecimento de Hiroto Saikawa de alguns acordos financeiros de Ghosn durante o seu consolado na Nissan e que são o núcleo das acusações do governo japonês. Esse conhecimento pode derrubar todo o processo.
Segundo essas fontes, antes de se ter tornado CEO da Nissan, Saikawa poderá ter assinado documentos que são fundamentais nas acusações contra Ghosn. Recordamos que o ex-presidente da Nissan foi detido em novembro de 2018 e enfrenta três acusações de irregularidades financeiras durante a sua liderança da Nissan. O ex-executivo da Nissan negou toda a acusação e foi libertado sob fiança.
Em dezembro, a assinatura de Saikawa nesses documentos relacionados com a acusação, foi revelada pelo jornal japonês Asahi, e estava em segredo de justiça tendo sido, agora, revelados e entregues pelos procuradores públicos à defesa de Ghosn.
Tanto a Nissan como Hiroto Saikawa, mostram grande nervosismo e preocupação, pois estes documentos quando vierem á tona, seja no julgamento, seja pela divulgação da defesa de Ghosn, podem embaraçar e envergonhar a marca japonesa e o executivo da marca japonesa.
Aliás, continua a ser sustentada a esse que tudo não passou de uma “armadilha” para afastar Carlos Ghosn e projetar uma liderança japonesa que equilibrasse a relação de poderes entre a Nissan e a Renault, acionista maioritário da Nissan.
Isto porque todos se perguntam como é possível que uma empresa multinacional capitalizada em bolsa, com controlos e contrapesos modernos e apurados, auditores externos e protocolos de auto controlo, permite que o seu CEO conseguisse, nas barbas de todos, embolsar 80 milhões de dólares em pagamentos extra à sua compensação.
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