China retira ‘condução autónoma’ da publicidade
Cybertruck mostra resistência acidente com embate lateral

Caso de morte de peão por veículo em condução autónoma terminou com culpa da ‘condutora’

By on 31 Julho, 2023

Chegou ao fim o longo processo relativo ao primeiro caso de uma morte provocada por um veículo com condução autónoma, que matou um peão. Elaine Herzberg, de 49 anos, foi a primeira vítima mortal pedestre conhecida relacionada com um acidente com um veículo totalmente autónomo. Na altura, passava uma rua levando a sua bicicleta na mão.

Rafaela Vasquez, a motorista do Uber autónomo, preferiu agora dar-se como culpada de

“Guilty to endangerment” ou “culpada de colocar em perigo”, um termo jurídico que é usado para descrever uma situação em que uma pessoa é responsabilizada por colocar outra pessoa em perigo. Por exemplo, alguém conduzir embriagado, em excesso de velocidade e com isso negligenciar os outros ocupantes do automóvel. Foi a figura jurídica encontrada para a condutora se ‘safar’ de uma sentença de prisão. Foi condenada a três anos de liberdade condicional supervisionada.

Mas esta admissão de culpa coloca termo à questão ética: quem é responsável quando um carro autónomo mata um pedestre.

Segundo revelou a Business Insider, Rafaela Vasquez estava ao volante do SUV Uber, foi inicialmente acusada de homicídio por negligência, depois de os investigadores terem concluído que a ‘condutora’ estava a ver um vídeo no telemóvel no momento do acidente, e não travou a tempo, revelou a Business Insider.

Existiam quatro ‘partes’ a quem podiam ser atribuídas culpas na morte da mulher: o fabricante, o proprietário do veículo, o peão e a ‘condutora’. Pelos vistos, na altura não havia legislação adequada, mas entretanto a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) lançou em 2020 novas regras para veículos autónomos.

Muito antes deste desfecho, a Uber livrou-se de eventual culpa pelo acidente que matou Elaine Herzberg, em março de 2018. A decisão foi publicada em 2019 pela promotora Sheila Sullivan Polk, responsável pela investigação, que informou que “não há base para responsabilidade criminal”.

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)