BMW vai cortar 6 mil postos de trabalho ao mesmo tempo que remodela equipa de gestão
A saída de Harald Kruger e a escolha de Oliver Zipse para o lugar de CEO do grupo BMW criou um terramoto que abanou a estrutura da casa bávara.
Quando há uma guerra de galos, leia-se, de poder, uma das partes fica descontente e, naturalmente, abandona a arena de combate a lamber as feridas. Foi exatamente isso que aconteceu na “luta” entre Oliver Zipse e Klaus Froelich. O patrão do departamento de pesquisa e desenvolvimento da BMW perdeu o combate com Zipse e, segundo o “Manager Magazin”, já comunicou ao conselho de supervisão que não está disponível para trabalhar sob as ordens do novo CEO, até porque não se alinha com as opções de Oliver Zipse em termos técnicos. Não há ainda decisão final pois Norbert Reithofer, o presidente do conselho de supervisão da BMW, não quer que Froelich saia.
Percebe-se que Reithofer não queria prolongar a hemorragia de quadros, pois acaba de perder Markus Duesmann, o responsável das compras e especialista em motores, para a Audi (onde será o novo CEO no lugar de Bram Schot) e Milagros Caina Carreiro-Andree, atualmente diretora de recursos humanos, já avisou que não vai continuar na BMW.
A casa alemã não referiu quais serão os lugares extintos com esta sangria de 6 mil postos de trabalho, referindo a imprensa alemã que esse corte será feito, na totalidade, na sede da BMW, em Munique. Por outro lado, a marca bávara continua a contratar pessoas para as áreas da mobilidade elétrica e condução autónoma. Num comunicado, a BMW refere que “estamos a utilizar este período para focar a companhia ainda mais no futuro e a melhorar a eficiência.”
Convulsões à parte, apesar dos resultados financeiros menos agradáveis que levaram á saída de Harald Kruger, a BMW tem uma excelente saúde financeira e com liquides abundante, tem em marcha um programa que vale 12 mil milhões de euros (capitais próprios) que tem como objetivo financiar o desenvolvimento e introdução no mercado de 25 novos modelos eletrificados até 2025 (ver mapa). Desses, 13 serão modelos híbridos “Plug In” e 12 veículos totalmente elétricos. A BMW tem calendarizado, ainda, o lançamento de um programa de testes de condução autónoma de nível 4 e 5 já no início da próxima década.
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