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BMW Série 1: um automóvel totalmente diferente, mais prático e a pensar nas vendas

By on 27 Maio, 2019

Aqui está o novo BMW Série 1, um carro totalmente novo que abandona a tração traseira em favor da mais prática tração às rodas da frente, mantendo a herança desportiva com o M135i, um topo de gama com 306 CV. Será revelado mundialmente nos dias 25 a 27 de junho num evento BMW Next a realizar-se no BMW Welt em Munique.

O Série 1 tem como base a plataforma FAAR que a casa bávara já usa no X1, X2 e no Mini Countryman. Esta mudança radical em termos de tração, não irá trair as origens e o ADN da BMW. Para a casa alemã, o Série 1 é desportivo, fixe, seguro e com classe, oferecendo um estilo disruptivo e uma conectividade avançada, exibindo um carácter próprio.

O BMW Série 1 só estará disponível na versão de cinco portas e tem uma volumetria semelhante ao anterior modelo, sendo cinco mm mais curto (4319 mm). Porém, é mais largo 34 mm (1799 mm) e mais alto 13 mm (1434 mm). Curiosamente, a distância entre eixos é mais curta 20 mm (2670 mm) mas beneficia do “tudo á frente” para oferecer mais espaço no habitáculo. A bagageira passa a ter 380 litros que se expandem até aos 1200 litros, ou seja, mais 20 litros que o atual modelo. A bagageira está mais larga 67 mm, existindo uma opção de abertura elétrica da tampa da mala.

Como dissemos, o espaço interior é um dos grandes ganhos do Série 1. A habitabilidade melhorou sobremaneira, com mais 33 mm de espaço para as pernas dos ocupantes do banco traseiro, mais 19 mm de espaço para a cabeça, 13 mm mais para os ombros, enquanto que na frente há mais 422 mm de espaço para os ombros. 

No que toca ao estilo, o Série 1 bebe claramente inspiração no X2, surgindo a frente com uma reinterpretação da grelha de duplo rim, agora mais larga. A versão mais desportiva, altera a grelha que passa a ter um padrão que lembra os carros de competição. Os faróis têm outro desenho, o mesmo se passando com os para choques. 

O Série 1 adota o “BMW Shark Nose”, ou seja, uma forma em cunha com uma estreita superfície vidrada que vai estreitando ainda mais rumo ao pilar C, onde está o tradicional “Hofmeister kink”. O resto do desenho do carro é uma misturas de linhas tensas e arredondadas, oferecendo uma aparência musculada ao carro.

Na traseira, o arranjo é totalmente diferente com o já famoso desenho em L dos farolons que podem ser LED. Os escapes com 90 mm de diâmetro (100 mm para o M135i xDrive) e o desenho do para choques traseiro, adicionam dramatismo ao modelo. As jantes vão das 16 às 19 polegadas, mas o Série 1 fica muito melhor com as jantes maiores.

Pela primeira vez estará disponível um tejadilho panorâmico elétrico, o que vem dinamizar o interior. O painel de instrumentos também é novo, com o ecrã para o sistema de info entretenimento a surgir flutuante no topo da consola central. O resto dos comandos e de muitas das coisas que estão dentro do Série 1 vêm do Série 3, o que adiciona valor ao modelo.

Passa a haver carregador sem fios para o smartphone, um novo sistema operativo BMW Operating System 7.0, que funciona nos dois ecrãs de 10,25 polegadas que servem de painel de instrumentos e de info entretenimento. O Série 1 terá disponível o “head up display” com 9,2 polegadas, bem como o “BMW Live Cockpit Professional”.

A BMW oferece no Série 1 quatro linhas de equipamento; o base Advantage, Luxury, Sport Line e M Sport. As versões desportivas recebem um spoiler traseiro por cima da tampa da mala.

Os cinco anos de desenvolvimento do novo Série 1 permitiram carregar para as definições do Série 1 muitas tecnologias de outros modelos. Por exemplo, a utilização de tração integral xDrive, o sistema ARB (monitorização constante da derrapagem das rodas) oriundo do i3S e que faz a sua estreia em modelos convencionais e que funciona em conjunto com o DSC. Há, também, o BMW Performance Control, que oferece mais agilidade ao carro. A travagem foi revista e a suspensão pode receber uma versão M Sport com redução de 10 mm da altura ao solo, ou então a versão adaptativa VDC. Este opcional permite ter duas respostas dos amortecedores (Comfort e Sport). Todos os BMW Série 1 têm eixo traseiro multibraços.

A gama, no lançamento, terá três motores diesel e dois a gasolina, sendo que dois deles terão de série o sistema xDrive de tração integral. São eles o 120d xDrive (4,7 l/100 km de consumo, 124 gr/km de CO2) e o M135i xDrive, sendo que este tem um novo diferencial autoblocante Torsen.

Para além do 120d xDrive, estará disponível o 116d (116 CV, 4,2 l/100 km e 110 gr/km de CO2 e o 118d (150 CV, 4,4 l/100 km, 115 gr/km CO2). No lado dos motores a gasolina, para lá do M135 xDrive (306 CV, 7,1 l/km, 162 gr/km CO2) existe o 118i (140 CV, 5,7 l/100 km e emissões de 129 gr/km.

O 116d, o 118d e o 118i, estão equipados com uma nova caixa manual de 6 velocidades, sendo que o 116d e o 118i podem ser encomendados com caixa automática de dupla embraiagem de sete velocidades. A caixa automática de 8 velocidades está reservada como opção no 118d e de série no M135i xDrive.

Os sistemas de ajuda á condução são muitos, com destaque para a estreia no segmento do assistente de marcha atrás, que armazena os movimentos de direção de qualquer zona onde o carro tenha estado até uma velocidade máxima de 36 km/h. Desta forma, o carro pode conduzir, sozinho, em marcha atrás distância até 50 metros a um máximo de 9 km/h, seguindo, exatamente, a trajetória que fez ao avançar.

O smartphone será importante na coabitação com o Série 1. O modelo está disponível com dois novos recursos que não são habituais neste modelo e neste segmento: BMW Digital Key e BMW Inteligent Personal Assist. O primeiro permite que os utilizadores bloqueiem e desbloqueiem o veículo através do smartphone, utilizando a tecnologia NFC (Near Field Communication). Este código pode ser partilhado por cinco pessoas e só essas podem abrir as portas. Há um assistente pessoal no sistema de info entretenimento, sistema de navegação conectado que permite escolher a rota de acordo com o que o condutor deseja. O Série 1 tem controlo por gestos, voz e toque.

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