BMW lança plano de redução de custos após derrapagem nos lucros
Harald Kruger, CEO do BMW Group já deixou um aviso bem claro: os lucros da BMW derraparam em 2018 e vão minguar mais ainda em 2019. Por isso a casa bávara anunciou um massivo plano de redução de custos orçado em 12 mil milhões de euros, tentando, assim, mitigar os impactos que as guerras comerciais e os pornográficos investimentos na mobilidade elétrica.
A margem de lucro operacional antes de impostos da BMW deverá derrapar 10% em 2019, um valor oficial que é assustador para os observadores e para os investidores da BMW. A resposta da casa bávara é um plano agressivo de redução de custos, que pretende poupar nada menos que 12 mil milhões de euros. Como?
Reduzindo a gama de modelos, reduzindo o tempo de desenvolvimento em cerca de um terço e mantendo a força de trabalho sem alterações em 2019. Nicolas Peter, o diretor financeiro do grupo BMW, referiu que “a nossa indústria está a assistir a uma rápida transformação. Um nível elevado de lucro sustentável é crucial para conseguirmos levar a bom porto a mudança.”
O plano vai estar em vigor até 2020 e pretende economizar o valor acima descrito, apostando muito nas simulações digitais para acelerar o processo de desenvolvimento de um veículo. Segundo dados da BMW, o recurso a esta ferramenta digital pode reduzir os prazos num terço do tempo normal. Diz a BMW que “o recurso à simulação digital pode permitir-nos evitar construir 2500 dispendiosos protótipos até 2024.”
Aquando da apresentação dos resultados, a BMW tinha assinalado as dificuldades que o ano de 2019 iria trazer, referindo, na ocasião, que seriam precisos esforços extraordinários para manter o ritmo para atravessar a gigantesca onda de investimento na eletrificação e na condução autónoma, com um mercado a estagnar e as preocupações com as guerras comerciais.
Recordamos que a BMW anunciou uma margem de lucro operacional de 2019 andará entre os 6 e os 8%, bem abaixo dos 8 a 10 por cento que os planos anteriores tinham como objetivo e abaixo dos 7,2% de 2018. E a BMW não tem certezas sobre os números da sua antevisão, pois segundo o seu diretor financeiro, a previsão pode ser mais pessimista se as condições atuais se degradarem. “O elevado nível de volatilidade torna difícil fazer previsões. Tudo dependerá de como o ambiente económico se desenvolver, pelo que o nosso caminho pode estar sujeito a novos riscos e desses, não podemos esquecer o Brexit sem acordo e os desenvolvimentos da política comercial a nível global” referiu Nicolas Peter.
Apesar de tudo, a BMW acredita eu o lançamento do novo Série 3 e do X7 irá aumentar as vendas do segundo semestre em todas as regiões do mundo. Convirá lembrar que as vendas em fevereiro viram a BMW recuar 2%, com o mercado europeu, em queda há seis meses consecutivos, a ser um forte contribuinte. Mais novidades vêm a caminho (como o Série 1 e o Série 2 Gran Coupe) e a BMW irá eliminar metade das opções de motores nos seus produtos até 2021.
Como o AUTOMAIS já noticiou, o Série 3 GT não regressará, mas haverá mais modelos de outras gamas que não terão sucessor.
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