BMW enfrenta crise da Covid-19 com forte liquidez apesar do forte recuo de vendas
Segundo o relatório e contas da casa bávara, a BMW está preparada para lidar com as consequências futuras da pandemia de Covid-19.
A marca alemã decidiu seguir a estratégia de constante monitorização e consequente adaptação a todos os cenários possíveis debaixo desta pandemia. Os responsáveis da BMW sabem que pode haver novos desenvolvimentos que tolham as operações de toda a indústria automóvel durante os próximos meses ou anos. Têm a noção que os volumes de vendas do passado não vão regressar tão depressa e por isso estão a desenvolver estratégias para vários cenários, do mais otimista ao mais pessimista, mantendo a agilidade suficiente que permita tomar medidas rapidamente para proteger a posição financeira do grupo e conseguir navegar no mar de incerteza que existe.
Contas feitas, entre janeiro e março, o Grupo BMW vendeu 477.111 unidades (BMW com 411.809, menos 20,1%, Mini com 64.449, menos 23,4% e Rolls Royce com 853, menos 27,2%), um recuo de 20,6% face a igual período de 2019. Porém, uma política de preços diferente e uma gama ajustada, permitiu que as receitas subissem para 23,252 milhões de euros, mais 3,5% que em 2019 (22,462 milhões de euros). O lucro antes de impostos e juros chegou aos 1,375 milhões de euros, o que foi significativamente mais elevado que o ano passado (589 milhões de euros).
Mas o resultado final do primeiro trimestre de 2019 foi afetado devido à necessidade de aprovisionar 1.4 mil milhões de euros para pagamento de eventual multa à União Europeia devido à acusação de cartelização. Apesar de todas as despesas que tiveram de ser incluídas no balanço do trimestre, o lucro antes de impostos (EBT) foi de 798 milhões de euros, mais 4,7% que em 2019.
A margem de lucro antes de impostos (EBT) foi de 3,4% num total de 574 milhões de euros, ficando a margem depois de impostos e juros (EBIT) nos 1,3%. O valor do investimento em pesquisa e desenvolvimento foi de 1,380 milhões, menos 1,1% que em 2019. O número de colaboradores é de 126.155, mais 0.1% que em 2019 (126.016).
Oliver Zipse, o CEO da BMW, referiu que “claramente, a situação permanece preocupante e as previsões do mercado estão sujeitas a muitos constrangimentos. Vamos aumentar gradualmente a produção na medida da procura de cada mercado. Porém, estamos a monitorizar, de perto os desenvolvimentos para reagir com a máxima flexibilidade. Mantemos um controlo muito apertado sobre o stock e sobre a despesa, pois liquidez é absolutamente fundamental perante esta situação.” Sobre a reabertura do mundo após a paragem devido ao SARS Cov-2, Zipse deixa claro que “estamos a fazer tudo o que é possível para combater o vírus. Estamos a contribuir para a proteção da saúde pública e, ao mesmo tempo, estamos a fazer a nossa parte para levantar a economia e reavivar a vida pública numa série de países. Só assim, em uníssono, conseguiremos seguir em frente.”
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