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BMW deve comprar a Jaguar Land Rover? Analistas dizem que sim!

By on 18 Setembro, 2019

O cenário não está brilhante para os construtores automóveis: o Brexit continua a pairar sobre alguns construtores como uma guilhotina, o maior mercado do mundo, a China, está a contrair e as guerras comerciais acertam em cheio nas margens de lucro.

Ora, perante tudo isto e as dificuldades, imensas, da Jaguar Land Rover (JLR) levam alguns analistas, particularmente os da Sanford C. Bernstein, a dizer que a saída para as dificuldades da JLR será a BMW comprar o grupo britânico à Tata indiana! Pode parecer uma idiotice, mas a explicação acaba por ter alguma coerência.

Segundo Max Warburton, um dos mais categorizados analistas da indústria automóvel, “a BMW está, neste momento, supercapitalizada e com dinheiro a mais parqueado nos bancos e chegou ao limite de crescimento das suas gamas e da própria marca. Já a JLR está a ser fortemente pressionada em termos financeiros e operacionais, podendo reduzir drasticamente os custos fixos de operação se estiver incluída dentro de um grupo poderoso com as normais sinergias de grupo.”

E a Bernstein até já fez as contas: se a BMW comprar a JLR por qualquer coisa como 10 mil milhões de euros, iria aumentar os lucros 20% e contribuiria para 25% das vendas da BMW.” Porém, há um enorme obstáculo: forçar Ratan Tata a “engolir o seu orgulho e vender o grupo JLR.”

Este é o cenário económico ideal, porém, há outras razões que podem atrapalhar o negócio, para lá da relutância da Tata em desfazer-se da JLR. Uma das razões está no facto da BMW já ter sido proprietária da Land Rover nos anos 90 e, segundo Warburton, “ter sido um período traumático para a empresa bávara e ainda existirem executivos na BMW desse tempo que permanecem assustados pela experiência vivida.”

Por outro lado, a BMW está a colocar em prática um programa de redução de custos que vale mais de 12 mil milhões de euros, ao passo que a JLR está a fazer o mesmo, mas com um objetivo mais comedido: 2,5 milhões de euros e o corte de 4500 postos de trabalho. Curiosamente, as duas empresas decidiram, recentemente, trabalhar em conjunto para desenvolver a nova geração de unidade de potência elétricas. Veremos se esta aproximação não resulta em casamento.

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