BMW M5: A sétima geração conta com sistema híbrido
Novo BMW M2: Ainda mais potência

BMW apresenta prejuízos pela primeira vez desde 2009

By on 5 Agosto, 2020

O impacto da pandemia de Covid-19 tem sido medido ao ritmo da revelação dos resultados dos diversos construtores e se alguns conseguiram ganhar dinheiro, a BMW apresentou o primeiro prejuízo trimestral desde 2009.

Nos primeiros seis meses de 2020, o grupo BMW (BMW, Mini e Rolls Royce) vendeu 962.575 unidades, um recuo de 23% face a igual período de 2019. Contas feitas, o volume de negócios caiu de 48,177 milhões de euros em 2019 para 43,225 milhões este ano, ou seja, menos 10,3%.

O EBIT (lucro antes de juros e impostos) dos primeiros seis meses é de 709 milhões de euros, uma quebra de 74,6% face aos 2,790 milhões de euros de 2019. Já o lucro antes de impostos (EBT) caiu 82,3% para 498 milhões, libertando uma margem EBT de 1,2%, muito menos que os 5,8% registados em 2019. Assim, o lucro após despesas no final dos seis primeiros meses de 2020 é de 362 milhões de euros, menos 82,5% que em 2019 que registou um valor de 2,068 milhões de euros.

Olhando ao segundo trimestre de 2020, o grupo BMW vendeu 485.464 unidades, menos 25,3%, o que foi repercutido na receita, que caiu 22,3% de 25,715 milhões de euros para 19.973 milhões de euros. Contas feitas, o EBIT foi negativo em 666 milhões de euros. Em 2019, foi positivo em 2,201 milhões de euros. As perdas antes de impostos foram de 300 milhões de euros (foi positivo em 2019 em 2,053 milhões de euros), o que resultou num EBT negativo de 1,5% (foi positivo 8% em 2019) tendo o prejuízo depois de impostos chegado aos 212 milhões de euros (1,480 milhões de euros positivos em 2019).

A divisão automóvel, entre janeiro e junho, teve como receita um total de 32,867 milhões de euros, menos 21,4% face a 2019. A política de preços e a melhoria do mix de vendas permitiu mitigar o efeito financeiro da redução do volume de vendas. O EBIT dos seis meses da divisão automóvel foi negativo em 1,325 milhões de euros, quando e 2019 foi positivo em 1,159 milhões de euros, traduzindo-se isso numa margem negativa de 4% quando foi positiva em 2,8% em 2019.

As receitas do segundo semestre caíram para 14,878 milhões de euros, menos 34,2% face a 2019. Dai que o EBIT seja negativo em 1.554 milhões de euros. Assim sendo, a margem do EBIT é de 10,4% negativo quando em 2019 foi de 6,5% positivo.

A BMW vendeu 842.153 unidades nos primeiros seis meses de 2020 (-21,7%), a Mini entregou 118.862 veículos (menos 31,1%) e a Rolls Royce comercializou 1.560 unidades, menos 37,6%.

No que toca à previsão para o total de 2020, a BMW não consegue ter uma imagem precisa do que poderá suceder devido á imprevisibilidade da pandemia, mas há algumas certezas: haverá um recuo significativo das vendas e a margem do EBIT (o lucro antes de impostos e juros) ficará entre 0 e 3%, o que é significativamente inferior ao verificado em 2019, mas justificado pelos resultados apurados até agora e que mostram o primeiro prejuízo num trimestre desde 2009.

Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)