AUTODOC inaugura Tech Hub em Portugal
A AUTODOC é um retalhista online líder de peças e acessórios para veículos na Europa, opera em 27 países europeus, incluindo Portugal. A empresa emprega cerca de 5.000 pessoas em oito locais: Alemanha, Luxemburgo, França, Polónia, Moldávia, República Checa, Ucrânia, e agora também Portugal.
O novo centro tecnológico vai criar 200 novos postos de trabalho até ao final deste ano, já está aberto o escritório com 1.000 m2 no Lagoas Park, em Oeiras, mais de 100 colaboradores já foram contratados, falta cerca de mais 100. Os primeiros colaboradores foram transferidos de outras localizações da empresa, nomeadamente a Ucrânia. O Excellence Hub será focado em engenharia de software, gestão e análise de dados, gestão de produto, devOps, operação com clientes e marcas privadas, revenue management e negócios B2B.
O plano prevê que novo Tech Hub seja o maior da Europa a longo prazo.
A partir de Lisboa, uma equipa internacional vai passar a gerir o desenvolvimento de produto e serviços técnicos. Para complementar as atuais localizações da empresa, este novo centro deverá expandir-se e tornar-se no principal centro tecnológico da empresa. Com a integração de talento local, a companhia pretende melhorar os produtos e serviços existentes e construir uma plataforma digital ainda mais preparada para o futuro, levando a tecnologia automóvel a um novo nível de qualidade.
As principais competências, tais como tecnologia, revenue management, operações com clientes e marcas privadas serão integradas neste centro. Na área de tecnologia, estão neste momento abertas vagas para Engenharia de Software, Data Management & Analytics, Product Management e devOps.
A nova localização será gerida pelo co-CEO Director-Geral da AUTODOC, Dmitry Zadorojnii, que integra a empresa desde 2011, estando sempre ligado à área tecnológica da AUTODOC: “Em Portugal, temos acesso a uma grande reserva de talentos. Além disso, Lisboa é uma cidade agradável e em franco crescimento no setor tecnológico, o que atrai profissionais de todo o mundo. Aqui, encontramos a combinação perfeita entre talento local e global para continuar a desenvolver os nossos produtos, otimizar processos e impulsionar o nosso crescimento. Como uma empresa orientada para o crescimento, queremos aprender com os melhores do setor.
O nosso objetivo a longo prazo é expandir a nossa presença em Portugal e torná-lo o nosso maior centro tecnológico”, disse Dmitry Zadorojnii, que em conversa com o Auto+/Autosport falou-nos um pouco mais de toda a operação: “tudo isto começou quando em 2011 a empresa iniciou a sua expansão. A plataforma foi na altura desenvolvida para o mercado alemão, mas depois percebeu-se que a procura vinha de todo o lado e com isso a empresa precisou de começar a fornecer pessoas de todo o lado. Neste momento somos #1 na Europa, nas não em todos os países. E esse é o objetivo, ser #1 em todos os países” começou por dizer, explicando depois o porquê da escolha de Portugal: “Por várias razões. Em primeiro lugar porque tentámos perceber como nos sentiríamos em cada potencial mercado. E era importante sentirmo-nos confortáveis num novo país, mesmo sendo de diferentes cultura e língua, mas pelo que ouvi e senti, que este era um País em que poderíamos ser felizes. Clima, cultura, pessoas, amizade, toda a vibração do ambiente, o Oceano é realmente motivador, é um recarregador de energia para o dia a dia. Foi uma escolha fácil…”, prosseguiu, falando-nos depois do rápido crescimento da empresa: “O mercado onde estamos a trabalhar sempre foi muito conservador, há muitas empresas que ainda fazem as suas encomendas por fax, e sabíamos que podíamos digitalizar tudo, e percebemos que para as pessoas, entusiastas de carros, condutores, pessoas que têm vários carros na sua garagem, sentimos que as tínhamos de ajudar, nas suas escolhas e ter bons preços. Quisemos tornar o Business-to-Consumer (B2C) fácil, tentar ligar ao máximo os vários segmentos deste mercado e a nossa principal ideia foi tornar muito mais fácil chegar ao que as pessoas precisavam, e o que também estamos a tentar fazer é que os nossos clientes queiram a AUTODOC e não que precisem. Seja o que for que pretenda, uma peça para os seus carros ou qualquer outra coisa de estilo de vida relativa aos carros, em termos de acessórios auto. Esta foi a ideia base de tudo isto…”
Mas a empresa vai mais longe, e para isso tem milhares de vídeos e tutoriais, que nos podem ajudar a não ir à oficina, se o trabalho não for demasiado complexo: “Temos mais de 5000 vídeos e estamos a expandir, vídeos que explicam como mudar, como reparar, isto nas coisas mais simples, este conteúdo é muito apreciado pelos nossos clientes, pois por vezes podem ser eles próprios a fazer as coisas, sem necessidade de ter alguém especializado a fazer o trabalho. Mudar o óleo, pastilhas de travão ou luzes fundidas, qualquer pessoa pode fazer por ela própria. Não estamos somente a vender qualquer coisa, estamos a tentar também ajudar as pessoas, porque , no meu ponto de vista, alguém fazer uma coisa destas ela própria pode ser uma atividade, pois é algo diferente do dia a dia, é algo novo e é sempre um prazer fazer algo novo e ver o resultado. É lógico que as pessoas têm que se sentir confiantes de que o conseguem fazer, e é por isso que fazemos este conteúdo. Gostamos de tornar a vida das pessoas mais fácil…”, disse.
Outra coisa que quisemos saber foi como olham para a mudança que está a existir no mercado automóvel com a eletrificação: “35% das peças de um carro elétrico continuam as mesmas de um carro com motor a combustão, e nós vemos os carros elétricos como uma oportunidade e não como um desafio! Claro que temos de reagir, adaptar-nos, aumentar a nossa panóplia de peças. O negócio irá emergir nos próximos 10, 15 anos, pois será necessário mudar muita coisa nos elétricos, vai haver inevitavelmente colisões, e nesse aspeto não interessa se é elétrico ou não, tem que se mudar tudo, luzes, portas, etc, etc.
Para nós trata-se de expandir a nossa panóplia de peças mas os elétricos são uma história a longo prazo pois o grosso do nosso mercado são carros a combustão com mais de 10 anos. As pessoas continuam a comprar carros com motores a combustão, portanto nesse aspeto temos um horizonte de, digamos, 15 anos, para continuar a fazer o que fazemos, mas sabendo que temos uma grande oportunidade pela frente com os carros EV”, disse Dmitry Zadorojnii, que projetou ainda o grande objetivo da empresa: “para já em termos de mercado estamos focados maioritariamente na Europa, em termos globais, o mercado vale 200 mil milhões.
O mercado Business-to-Consumer (B2C) são 10 mil milhões, o valor do nosso negócio é de momento, 1.2 mil milhões, portanto, estamos nos 10% do mercado B2C na Europa, mas muito longe do top no mercado global de ‘After Market’. O mercado é enorme, e o que estamos a tentar fazer é olhar para as ‘garagens’ de todo o lado, pois por vezes eles não têm bons ‘partners’, bons preços, e nós queremos ajudar. O nosso ‘piloto’ é França, estamos a tentar expandir este mercado em França, este é o meio para a nossa expansão, estamos muito longe dos limites do mercado, portanto o potencial de crescimento é enorme…”
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