Audi e-Tron: o primeiro modelo totalmente elétrico da Audi
Depois da Jaguar lançar o I-Pace e da Mercedes ter mostrado o seu EQC, chegoiu a vez de mais uma marca Premium revelar o seu primeiro modelo elétrico, o e-Tron.
Com estes lançamentos, a luta pela liderança elétrica entre os Premium está lançada, faltando a Mercedes que só se junta à dança em 2020. Este Audi E-Tron surge com várias cambiantes e novidades interessantes.
Medido segundo o WLTP, o Audi e-Tron faz jogo igual com o Mercedes EQC, ou seja, tem uma autonomia de 400 quilómetros, ficando ligeiramente atrás do Jaguar que, anuncia a casa britânica, terá nada menos que 470 quilómetros de autonomia. O carro ainda não foi homologado e segundo informação prestada por Sigfried Pint, o responsável Audi pela área das motorizações, o processo de homologação continua e ele acredita que o carro será homologado com 450 quilómetros de autonomia. Uma das particularidades deste e-Tron será a proposta de uma versão mais barata, com menor autonomia, que chegará durante o próximo ano.
Seria, caso a Lexus não se adiantasse, o primeiro automóvel de produção em série a substituir os espelhos por câmaras, com as imagens a surgirem em ecrãs instalados painéis que forram as portas.
O Audi e-Tron é maior que o Q5, mas mais pequeno que o Q7 e foi desenhado de forma a poder ser identificado com um Audi, mas destacando-se dos restantes. Como foi isso possível?
Por exemplo, mantendo a tradicional grelha trapezoidal, há cor nos elementos do interior da grelha, um tom mais claro que o do carro, mas suficientemente contrastante, reclama Stephan Fahr-Becker, o responsável pelo estilo do e-Tron, para que quando seja visto de frente não possa ser confundido com um Q8. Além disso, o carro tem na frente o sei nome “e-Tron” tal como sucede com as versões S e RS.
As rodas também possuem um desenho exclusivo – unidades aerodinâmicas e com estilo foi o desafio – e foram ajuntados alguns detalhes em laranja, no nome do carro, nas maxilas de travão (opcionais), a mesma cor que é utilizada, por todos os veículos eletrificados, nos cabos de energia.
Para o e-Tron, a Audi gastou bastante tempo de volta da aerodinâmica, para ajudar a aumentar a autonomia. Isso foi conseguido com um coeficiente de 0,28, fechando muito a frente do carro. Há pequenas entradas de ar para refrigerar os travões, mas o fundo do carro é plano e todo carenado. A suspensão é pneumática, regulável e reage á velocidade. O carro é, igualmente, mais baixo que os SUV tradicionais e, contas feitas, são menos 43 mm que um Q5. Quase cinco centímetros.
No interior, as mudanças foram que foram feitas também têm como objetivo manter o ADN da marca, mas deixando claro que o e-Tron é um modelo elétrico. O painel de instrumentos está equipado com o Virtual Cockpit e ainda dois ecrãs de 10,1 e 8,8 polegadas. Claro que, depois, a enorme diferença reside nos ecrãs colocados nos extremos das portas dianteiras que têm generosas 7 polegadas. Tudo é automático, dependendo do ambiente em que nos movemos, mas o condutor pode regular tudo à sua comodidade e controlar o que vê. E para se perceber a importância desta inovação, os espelhos substituídos por câmaras ajudam a oferecer mais 2,2 km de autonomia.
O habitáculo do e-tron, diz a Audi, bate qualquer rival no que toca a espaço para as pernas e para a cabeça, enquanto que na bagageira lá estão 660 litros de capacidade, mais 160 litros que o EQC da Mercedes. A capacidade de reboque é de 1800 quilos e a tomada de carregamento está situada por baixo do pilar A do lado do condutor.
Com tração às quatro rodas, o eTron utiliza dois motores, um em cada eixo (dai a tração integral) que, juntos, debitam qualquer coisa como 408 CV e 660 Nm de binário. Contas feitas, o Audi e-Tron chega dos 0-100 km/h em 6,4 segundos, no modo normal, porque no modo mais desportivo, essa cifra passa para 5,5 segundos. A velocidade máxima, como sempre, limitada, no e-Tron a 200 km/h. Mesmo assim, nada mau! A bateria que alimenta estes dois motores tem 95 kWh e só é igualda pela unidade montada no Tesla Model S P100D.
No que toca á transmissão, não há caixa de velocidades, apenas uma única velocidade sem fim, com preponderância de potência no eixo traseiro, podendo chegar aos 50/50. Para recuperar energia, o Audi e-tron está equipado com um sistema poderoso que contribui com 30% da autonomia cujo funcionamento tem duas fases: uma onde o sistema recupera e armazena energia da travagem, outro em que o condutor levanta o pé e deixa o carro andar com o travão motor e essa energia é recuperada.
No que toca aos recarregamentos, a Audi diz que numa tomada de 150 kW, a bateria carrega 80% da capacidade em 30 minutos. Caso opte por uma “wallbox” de 11 kW ligada á corrente normal, são precisas 8,5 horas que podem ser reduzidas a metade se comprar a “Wallbox” de 22 kW.
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