As contas estão feitas e a Jaguar Land Rover fechou o ano com 470 milhões de euros de prejuízo!
O ano fiscal da Jaguar Land Rover (JLR) terminou no dia 31 de março e feitas as contas aos doze meses de atividade, o grupo britânico propriedade da indiana Tata, registou um prejuízo de 470 milhões de euros.
Causas? Recuo de vendas de 31% entre janeiro e março desde ano face a igual período de 2019, vendendo, apenas, 109.869 unidades. Contas feitas ao total do ano fiscal, o recuo foi de 12,1% face ao ano fiscal de 2018-2019.
A quebra de vendas foi violenta, reduzindo as possibilidade de resultados positivos como se chegou a pensar na segunda metade de 2019, com a introdução do programa de transformação “Project Charge”.
Com um volume de negócios de 25,6 mil milhões de euros, o Covid-19 acabou por atingir duramente a JLR, originando um prejuízo total de 470 milhões de euros. A JLR tem um EBIT (ganhos antes de impostos e juros) ligeiramente negativo, mas uma sólida liquidez com 4,1 mil milhões de euros em dinheiro e 2,2 mil milhões de euros numa linha de crédito. Ou seja, 6,3 mil milhões de euros para acomodar os prejuízos e financiar a retoma.
Além disso, o Range Rover Evoque continua a ser um sucesso com 24,7% de aumento de vendas e o Jaguar i-Pace que aumentou 40% de vendas. O Land Rover Discovery Sport tem sido bem-sucedido na China. Mas a verdade é que a procura pelos produtos da JLR caiu 62.5% em abril e 43,3% em maio. Portanto, a JLR terá de trabalhar bastante, sendo que a abertura de 89% da capacidade global de produção vai ajudar nesse sentido.
O “Project Charge” está a meio com as poupanças a chegar aos 668 milhões de euros no primeiro trimestre, estando já nos 3,9 mil milhões de euros. O investimento continuará a ser reduzido e projetos de baixa margem de lucro e não essencial para o desenvolvimento da marca, serão adiados ou cancelados. E, claro, 1100 empregos serão eliminados.
0 comentários