Ariya Concept revela aquilo que é a visão do futuro da Nissan, marca eletrificada e com estilo renovado
O Ariya é muito mais que um protótipo, pois apresenta-nos aquilo que a Nissan entende ser o seu futuro, através de uma marca eletrificada e com um novo rumo no que toca ao estilo.
A Nissan ofereceu aos jornalistas presentes no Salão de Tóquio um vislumbre do futuro do construtor japonês, finalmente liberto dos descendentes que Carlos Ghosn deixou no seio da administração. O escândalo provocado pelo gestor brasileiro lançou estilhaços para todo o lado e chegou a colocar em causa quase tudo. Mas, finalmente, a marca japonesa arrumou a casa, tem um novo CEO e tem um plano claro para o futuro.
“Uma nova arquitetura representa novas oportunidades para redefinir a forma como o automóvel interage com a sociedade, como um veículo elétrico com avançadas capacidades no que toca á condução, e oferecer uma totalmente nova perspetiva.” Quem o diz é o patrão do estilo da Nissan, Alfonso Albaisa. O designer cubano nascido em Miami, refere que “com o Ariya e com o IMk, queremos ter a certeza que a alma de cada Nissan possui o distinto ADN japonês, plasmado num estilo simples, mas poderoso, algo a que costumo chamar o ‘Intemporal Futurismo Japonês’”.
O Ariya é caracterizado pelos conceitos de “fluído”, “sem hesitações” e “sensual”, exibindo-os de forma clara. Guarda lamas dianteiros musculados, luzes LED finas e muito bem integradas na frente, onde está uma nova interpretação do V-Motion, o escudo que caracteriza o estilo da Nissan. O emblema da marca está iluminado e não existindo uma grelha, o V-Motion tem um subtil padrão geométrico que se revela quando a assinatura da frente se ilumina.
“Sim, substituímos a grelha convencional por algo que chamamos ‘escudo’. É uma peça inovadora com textura 3D que vai além da simples função decorativa, pois ajuda a deixar claro que por baixo do manto vive tecnologia de ponta” explicou Albaisa, acrescentando que “neste caso, existe um sensor do radar e outras tecnologias escondidas atrás do escudo, ajudando o Ariya a ‘ler’ a estrada e visualizar coisas que o condutor não consegue ver.”
O Ariya Concept destaca uma linha arredondada, jantes de 21 polegadas em liga de alumínio com pneus convencionais – mais um detalhe que mostra como o Ariya pode estar mesmo perto de um modelo de produção em série – um tejadilho com uma linha descendente, mas do mais belo efeito, e uma volumetria que o aproxima mais do X-Trail do que do Qashqai.
A perfil do Ariya Concept oferece um pilar C que se inclina de forma impressionante, unindo-se sem interrupções a uma traseira curta, mas musculada. A barra luminosa que une os dois farolins com lentes escurecidas, oferece uma imagem Premium ao Ariya. Este musculo é completado com o lábio discretamente englobado na traseira e com cavas das rodas redondas e bem sublinhadas com proteções em plástico negro.
“O exterior equilibra os conceitos de beleza dinâmica e precisão tecnológica, com proporções que mostram o que é possível fazer com a plataforma Nissan 100% elétrica. Os surpreendentemente curtos avanços dianteiro e traseiro (oferecidos pela ausência de uma mecânica tradicional), o amplo interior, as rodas de dimensões generosas e a pintura em dois tons, oferece uma elegância que consegue equilibrar luxo com performance” sublinhou Alfonso Albaisa.
O Ariya tem 4600 mm de comprimento, 1920 mm de largura e 1630 mm de altura, mas a Nissan não revelou mais nenhum dado sobre a parte da mobilidade, optando por se concentrar na parte tecnológica.
Se o exterior destaca as ideias de sensualidade e suavidade, o interior destaca a continuidade sem falhas da fusão entre tecnologia e praticabilidade, com a precisão natural na manufatura japonesa. Aproveitando a plataforma com piso liso onde estão as baterias, a Nissan oferece mais espaço interior e um painel de instrumentos minimalista, onde a integração de ecrãs de generosas dimensões com o resto do habitáculo, é perfeita, sem falhas. Alguns comandos, virtuais, aparecem quando o carro está a ser usado, desaparecendo quando este está parado, fundindo-se com a superfície do interior do carro. Assim, os únicos controlos físicos são o botão de arranque, o botão rotativo que comanda o ecrã de 12,3 polegadas, e os controlos da climatização. Ambos estão muito bem integrados dentro da secção de madeira que faz parte da moldura do painel de instrumentos. A transição entre este painel e os revestimentos das portas e de outros elementos decorativos do habitáculo forma um colar sem folgas, desaparecendo aquele quando o carro está parado sem utilização.
A habitabilidade é generosa, a qualidade dos materiais elevada e o estilo é agradável à vista e mostra que o futuro dos modelos da Nissan pode ser muito interessante.
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