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Apresentação Dacia Sandero – Bem mais do que o essencial

By on 14 Dezembro, 2020

A convite da Dacia Portugal, o Automais foi conhecer o novo

Sandero, modelo lançado originalmente em Portugal em 2008 e que, entretanto,

conquistou o lugar de líder no mercado de particulares nacional e europeu, um

feito notável considerando, principalmente, a idade da marca, da nova Dacia

integrada no grupo Renault.

É grande a responsabilidade desta nova geração, um novo Sandero que dispõe, porém, de ambição comercial igualmente grande sustentada por mais conforto e tecnologia, possíveis, principalmente, devido à adoção da plataforma modular CMF também utilizada pelos Renault Clio e Captur. Exteriormente, as diferenças são claras. Mesmo sem revolucionar, o Sandero tem agora um design bem mais robusto, com novos para-choques, grelha e iluminação que estreia igualmente a nova assinatura de luz com desenho “em Y”, quer na frente, quer atrás. De uma forma geral, está bem mais dinâmico, ligeiramente mais largo e comprido e também um pouco mais baixo.

Por dentro, tudo muito diferente. Obviamente, mantém-se os

plásticos rijos, mas o habitáculo do Sandero é agora muito mais atual, quer em

design, quer em oferta. Destaque para a inclusão de um suporte para o

smartphone em todas as versões e outras novidades, essas sim, variáveis

consoante o nível de equipamento, como por exemplo o ar condicionado

automático, o acesso e arranque mãos-livres, o travão de estacionamento

elétrico e a câmara e sensores de estacionamento. Relativamente a oferta

multimédia, estão disponíveis três sistemas, do mais simples que requer

integração direta com o smartphone ao mais evoluído Media Nav com, por exemplo,

conectividade Apple Car Play e Android Auto sem fios. No campo da segurança, o

Sandero passa a poder contar com travagem ativa de emergência e sensor de

ângulo morto, por exemplo. A habitabilidade era já um dos seus pontos fortes e

nesta nova geração o Sandero oferece mais 42 milímetros de espaço para as

pernas dos passageiros de trás, sendo uma referência no seu segmento. A

bagageira tem uma capacidade de 410 litros.

Para o ficarmos a conhecer, partimos de Oeiras e apontámos ao novo concessionário da Renault e Dacia em Leiria, um espaço recentemente inaugurado integrado no grupo M. Coutinho. Num dia muito cinzento e de chuva quase constante, os Sandero coloriram a ligação de Oeiras a Leiria. A equipa Sandero vestiu azul e a equipa Stepway correu de laranja, ordem pela qual os conhecemos. De manhã, ao volante de um Sandero Essential com motor 1.0 litros turbo com 90 cavalos, ficámos imediatamente agradados com a grande evolução sentida a nível de posição de condução. A regulação em altura do banco é agora mais fácil de se fazer e o volante também permite ajuste em profundidade, contribuindo para o superior conforto sentido ao volante, também explicado pelos novos bancos.

O Sandero tem agora um pisar muito mais robusto e uma

capacidade de rolamento superior, evolução explicada pela nova plataforma. O

motor convence pela boa disponibilidade e consumos comedidos, pois após quase

200 quilómetros divididos em entre autoestrada e estradas nacionais, chegámos a

Leiria com o computador de bordo a mostrar 6,5 l/100 km. Ao volante, tudo muito

fácil, com comandos leves a nível de caixa de velocidades, pedais e direção,

este último, o ponto em que, neste primeiro contacto, sentimos uma menor

evolução. O Sandero não precisa de uma direção rápida e comunicativa, e é

também verdade que a muita água e vento que enfrentou influenciou este primeiro

contacto, mas a ritmos elevados, a direção algo lenta obrigou a constantes

pequenos ajustes de trajetória. Curiosamente, na versão Stepway que conduzimos

no regresso, mais alta e assim mais suscetível a vento lateral, sentimos uma

maior ligação das rodas com o asfalto, pelo que os pneus específicos, bem como

o clima instável, poderão explicar, em grande parte, as diferenças sentidas.

O Stepway que guiámos estava equipado com o mesmo motor de três cilindros, embora equipado com a tecnolgia Bi-Fuel – em que a Dacia continua a apostar, felizmente – e aqui com 100 cavalos. O consumo foi nitidamente superior, com média de cerca de 9 l/100 km (o computador de bordo já indica dados GPL) mas também o foi o ritmo a que o submetemos para a viagem de regresso. Considerando os preços atuais dos combustíveis, o GPL continua a ser uma excelente opção. Por dentro do Stepway, há uma decoração específica para portas, tablier e bancos e no exterior, para além das proteções de carroçaria e barras de tejadilho modulares, destaque uma altura livre ao solo superior em 41 milímetros relativamente ao Sandero.

O mais pequeno dos Dacia, mantendo intacta a sua abordagem ao mercado e quase inalterado o seu preço, continua a ser uma proposta de valor imbatível, mas cuja oferta começa a ser também uma ameaça para rivais do segmento com outras aspirações, inclusivamente para o seu parente Clio. Chega aos concessionários já em janeiro e está disponível a partir de 9 mil euros com o motor SCe de 65 cavalos. A gama ECO-G, Bi-fuel, está disponível a partir de 11 500 € e o muito procurado Stepway tem preço a partir de 13 250 €.

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