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Aliança Renault Nissan Mitsubishi está a desmoronar-se, referem várias fontes

By on 19 Junho, 2019

Parece que depois da queda em desgraça de Carlos Ghosn e dos avanços e recuos sobre a fusão com a Fiat Chrysler Automobiles (FCA), a Aliança Renault Nissan Mitsubishi está a desmoronar-se.

Segundo o Financial Times (FT), que alegadamente falou com diversas pessoas atuais e ex-colaboradores da aliança, há relatos de alguns departamentos erigidos para controlar as operações em “joint venture” dentro da aliança, que estão a ser desmantelados, sendo que uma das fontes contactadas pelo FT disse que os colaboradores afetos a esses departamentos estão há meses sem nenhum trabalho específico.

Ainda segundo o FT, o “CEO Office” (o departamento criado para controlar o dia a dia da Aliança e que conta com vários executivos) está a ser dissolvido e há cada vez mais demissões de equipas inteiras dentro da estrutura da Aliança.

Tudo se precipitou com a prisão de Carlos Ghosn, acusado de má conduta financeira, num processo que tresanda a armadilha. Isto porque as acusações surgem, apenas, na altura em que o executivo brasileiro estava a preparar tudo para a fusão da Renault com a Nissan para criar um dos maiores grupos mundiais. Isso não caiu bem em alguns executivos japoneses e não tardou a surgirem acusações que, para desespero de alguns, salpicam o atual CEO da Nissan e o motor por trás desta rebelião, Hiroto Saitawa.

Carlos Ghosn, na sequencia da fusão prevista, já tinha feito um grande número de nomeações e promoveu a fusão de vários departamentos (como as compras e as peças) no sentido de ganhar escala e poupar recursos. A sua prisão parou o processo e o atual líder da Nissan está empenhado em dissolver tudo aquilo que Ghosn já tinha feito. Além disso, Saitawa fez questão de afastar a gestão da Nissan da gestão da Renault, reclamando mais igualdade na parceria e fazendo “birra” aquando da fusão da Renault com a FCA.

Claro que a carta enviada pelo presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, ameaçando bloquear decisões importantes na assembleia geral de acionistas da Nissan, não ajudou a apagar o fogo que nasceu da desequilibrada relação entre a Nissan e a Renault. Curiosamente, Senard e Saitawa propuseram menor integração entre as três marcas, ao arrepio do que foi o acordo celebrado em 1999, quando a Aliança nasceu. E para piorar tudo isto, a Daimler e o seu novo CEO, Ola Kallenius, estão decididos em reduzir custos de forma dramática e por isso a cooperação de engenharia entre a Daimler e a Aliança tem os seus dias contados.

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