Acelerar os lucros: 10 vezes mais rendimento dos fabricantes de automóveis até 2040, graças ais serviços digitais

Os fabricantes de automóveis têm um caminho a percorrer que poderá revitalizar o seu negócio. A era digital está a entrar em força nos novos veículos e esse mundo irá permitir gerar muitos mais lucros.

A subscrição de certos serviços digitais já é uma realidade para a grande maioria das pessoas, mas essa realidade não deverá tardar a chegar ao mundo dos automóveis.

Prevê-se que os fabricantes de automóveis registem um aumento substancial (dez vezes mais) nas receitas provenientes de serviços digitais nas próximas duas décadas. Este aumento será impulsionado pela introdução de veículos definidos por software (SDVs), que oferecem vários fluxos de receitas potenciais que ultrapassam os da venda de veículos. Os Software Defined Vehicle (SDV) representam uma abordagem que permite atualizações contínuas e a integração de novas aplicações ao longo da vida de um automóvel. Podemos comparar com o que fazemos com os smartphones, com apps pagas, para fornecer determinado serviço.

Até 2030, prevê-se que os serviços digitais gerem até 1,5 mil milhões de dólares em receitas adicionais para a indústria automóvel global, com projeções que atingem os 3,5 mil milhões de dólares até 2040, constituindo 40% das receitas totais da indústria. A Accenture (empresa multinacional de consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing) sublinha que os serviços digitais, que atualmente contribuem apenas com 3% para as receitas globais dos fabricantes de automóveis, são construídos com base em dados de veículos conectados integrados num ecossistema de fornecedores de infraestruturas, serviços ou tecnologia. Estes serviços englobam entretenimento, serviços de dados, como a manutenção preditiva, e serviços baseados em veículos, como a condução autónoma.

Espera-se que os futuros desenvolvimentos de software introduzam serviços premium, refletindo as margens de lucro observadas na indústria dos smartphones. Além disso, os novos serviços de mobilidade, incluindo o “ride-hailing” e as subscrições “over-the-air” para a condução autónoma, têm o potencial de gerar receitas ao longo do ciclo de vida de um veículo.