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A Audi já apresentou o seu plano de produção para um futuro próximo

By on 30 Dezembro, 2022

As fábricas da Audi têm o objetivo de passar a produzir apenas automóveis elétricos até ao ano 2029, reduzindo os custos de fábrica para metade até 2033.

A eletromobilidade é a principal prioridade para a marca dos anéis, que se encontra a ajustar a produção em todas as suas fábricas para que, a partir de 2026, sejam lançados no mercado mundial apenas automóveis 100% elétricos e que, gradualmente, seja abandonada a produção de automóveis com motor de combustão até 2033.

A Audi está a trabalhar sobre a sua atual rede de produção global com o objetivo de alcançar esta meta. “Passo a passo, estamos a levar todas as nossas fábricas para o futuro“, diz Gerd Walker, Membro da Direção de Produção e Logística da Audi. “Não queremos projetos autónomos em sítios verdes. Em vez disso, estamos a investir nas nossas fábricas já existentes, de forma que acabem por ser tão eficientes e flexíveis como as instalações de produção recém-construídas ou de raiz“. Segundo Walker, isto é a sustentabilidade em ação – nas vertentes económica, ecológica, e social. “O caminho que a Audi está a percorrer preserva recursos e acelera a nossa transformação num fornecedor de mobilidade premium sustentável“, salienta Walker.

O Membro da Direção de Produção e Logística da Audi quer tornar o fabrico flexível e resistente para garantir a sua resistência no futuro a longo prazo. Em conformidade com este objetivo, a Audi desenvolveu a sua estratégia global tendo em conta várias perspetivas. Walker e a sua equipa concentraram-se nas seguintes questões: “O que é que a sociedade espera de nós? O que é que os nossos clientes exigem? Quais são as expectativas das partes interessadas, e o que irão os nossos colaboradores precisar no futuro?” Em resposta, a Audi criou a 360factory; uma visão do futuro. A abordagem coloca igual ênfase na relação custo eficácia, sustentabilidade, flexibilidade e atratividade.

Um plano ambicioso no caminho para a eletromobilidade. Até ao final da década, a Audi vai fabricar modelos de motorização elétrica em todas as suas fábricas, a nível mundial. “Para atingir o nosso objetivo, contamos com o nosso pessoal altamente qualificado e, até 2025, todos os nossos funcionários estarão aptos para o futuro com um orçamento de formação de cerca de 500 milhões de euros“, diz Walker. Existem duas fábricas, Böllinger Höfe e Bruxelas, que já estão a produzir veículos totalmente elétricos. A partir do próximo ano, o Audi Q6 e-tron será o primeiro modelo totalmente elétrico a sair da linha de produção em Ingolstadt. E a produção de veículos totalmente elétricos começará gradualmente em Neckarsulm, San José Chiapa, e também em Győr. Em 2029, todos as fábricas estarão a produzir pelo menos um modelo de veículo exclusivamente elétrico. Em função das condições locais, a produção dos restantes modelos de combustão será gradualmente eliminada até ao início da próxima década.

Só serão construídas novas fábricas quando for necessária mais capacidade. Por exemplo, a Audi e o seu parceiro FAW estão presentemente a construir uma fábrica em Changchun (China) onde modelos com base na plataforma tecnológica PPE (Premium Platform Electric) serão produzidos localmente. A construção deverá estar concluída no final de 2024, e esta será a primeira fábrica automóvel na China onde só serão produzidos modelos Audi totalmente elétricos.

A transformação como catalisador para o aumento da produtividade. Contudo, a eletrificação das fábricas é apenas dos pontos da visão da Audi quanto à produção do futuro. “Utilizaremos a transição para a eletromobilidade para dar o grande salto na produtividade e otimização, fazendo as alterações necessárias“, explica Walker. Uma vez equipada para o futuro, a rede de produção da Audi pretende ser económica, sustentável e apelativa, bem como flexível. São quatro os objetivos principais, com metas ambiciosas: Para assegurar que a produção futura seja económica, a Audi pretende reduzir os custos anuais da fábrica para metade até 2033. Para o conseguir, a marca dos quatro anéis planeia reduzir a complexidade dos seus veículos sempre que não beneficie o cliente – para o efeito, o desenvolvimento de veículos terá em conta um processo de produção racionalizado desde a primeira fase. O fabricante premium continuará também a digitalizar a produção, por exemplo, com a solução Edge Cloud 4 Production, utilizando servidores locais. Assim será possível substituir PC’s industriais dispendiosos, reduzindo os esforços de TI, tais como a implementação de software e as alterações do sistema operativo. No futuro, a Audi também irá utilizar outra nova solução – montagem modular independente do ciclo – para simplificar o trabalho com elevada variabilidade de produtos. O planeamento virtual da montagem poupa recursos materiais e torna possível uma colaboração inovadora e flexível entre locais.

Produção flexível e sustentável. Para garantir que o fabricante premium vai ser capaz de responder de forma mais eficiente às flutuações da procura do cliente ou do programa de produção, a Audi tornará os seus processos de fabrico ainda mais flexíveis. “Queremos estruturar tanto o produto como a produção de modo a obter o melhor benefício para os nossos clientes“, diz Walker. Para este fim, o novo Audi Q6 e-tron, por exemplo, será inicialmente fabricado em Ingolstadt na mesma linha que o Audi A4 e A5. Os modelos elétricos irão então substituir gradualmente os veículos de combustão nas linhas.

A Audi tem desenvolvido o seu Programa Mission:Zero para reduzir a pegada ambiental relacionada com a produção e logística desde 2019. O principal objetivo do programa é tornar todos as unidades de produção da Audi a nível mundial neutras em carbono até 2025. Para este fim, as fábricas em Bruxelas e Győr, bem como a Böllinger Höfe em Neckarsulm, já foram convertidas. O programa ambiental também aborda as áreas de eficiência de recursos e água, assim como a proteção e preservação da biodiversidade. Por exemplo, a Audi planeia reduzir ecologicamente para metade o valor atual do consumo de água nas suas fábricas de produção até 2035. Em 2018, a Audi México tornou-se o primeiro fabricante mundial de veículos premium a produzir veículos totalmente isentos de águas residuais. Na fábrica de Neckarsulm, foi estabelecido um ciclo da água num projeto-piloto entre a fábrica e a estação de tratamento de águas residuais municipal vizinha, que reduzirá a necessidade de abastecimento de água doce em mais de 70 por cento.

Com o objetivo de se tornar uma 360factory, a Audi está neste momento a estabelecer metas de sustentabilidade ainda mais ambiciosas relacionadas com a produção. Até 2030, a empresa pretende reduzir para metade o seu impacto ambiental absoluto nas áreas de consumo de energia primária, emissões de centrais elétricas, equivalentes de CO2, poluentes atmosféricos, risco hídrico local, e volumes de águas residuais e de resíduos, em comparação com o valor de 2018. Os passos importantes para alcançar este objetivo incluem a geração interna de energia renovável e a utilização de tecnologias inovadoras para criar mais cadeias de valor circulares onde os recursos utilizados são utilizados em ciclos fechados.

Apelativo interna e externamente. A Audi 360factory vai mostrar também que a Audi é um empregador apelativo tanto a nível interno como externo – particularmente dentro da produção. Como parte deste compromisso, a Audi está presentemente a trabalhar em conceitos para tornar o horário de trabalho mais flexível, mesmo em áreas que estão ligadas a turnos específicos. A Audi está igualmente a tornar o ambiente de trabalho e as salas de descanso mais confortáveis para os seus colaboradores. A divisão de Produção da Audi não se vê a si própria meramente como um fabricante de veículos, mas também como um desenvolvedor de tecnologia de processos.

Sendo a primeira fábrica da Audi integral 360factory, a fábrica de Ingolstadt servirá de modelo para a transformação das outras unidades de produção em grande escala da empresa em todo o mundo. As outras fábricas irão proceder à transformação gradualmente. “Ainda temos um longo caminho a percorrer“, diz Walker. “Mas a direção para a qual estamos a ir e os passos para lá chegar são claros“.

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