10 conselhos para comprar carro e não acabar arrependido
O fim do Estado
de Emergência abriu negócios, entre eles, os espaços de venda de automóveis.
Compreendendo que a situação financeira não está fácil, poderá ter a
necessidade de comprar carro ou agarrar uma oportunidade.
A verdade é
que comprar um
carro é sempre uma tarefa mais difícil do que pode parecer, especialmente,
nesta ocasião. Podemos gostar mais de uns do que outros, apreciar determinado
tipo de características, ambicionar algumas mordomias e ter o nosso modelo
encantado.
Mas na hora
de ‘assinar por baixo’, tudo isso conta, mas não só. O ato de adquirir um novo modelo é sempre uma
enorme responsabilidade pelo investimento que um veículo representa e ficarmos
totalmente satisfeitos com a nova aquisição é precisamente aquilo que todos
queremos.
Não há fórmulas
mágicas, mas há coisas que devemos ter atenção e nesta altura, mais ainda. Aqui
ficam 10 conselhos práticos.
Definir
um montante: um teto orçamental é de imediato uma grande ajuda para balizar
até onde estamos dispostos a ir. Desta maneira, filtramos de imediato um grande
rol de veículos. Porém, pode haver dúvidas sobre o montante que queremos
gastar. Segundo o banco nova-iorquino Bankrate, uma regra de ouro é não se
gastar mais de 25% do orçamento familiar com o total de veículos que tenhamos
na garagem. Esta fasquia inclui não apenas os pagamentos mensais, mas também os
gastos com combustível e/ou seguro do ou dos veículos.
Objetivo
de utilização: este é um dos pontos essenciais. Queremos um primeiro carro ou um
segundo? Espaçoso para os fins de semana em família ou prático para o
quotidiano? Tudo pesa na hora da compra. Se for para primeiro carro e o
objetivo for um modelo para uma utilização diária, talvez um modelo de
segmentos inferiores, A ou B, seja uma boa opção. Mais comedidos em tamanho e
previsivelmente em consumos, além de práticos para o dia a dia. Se quisermos um
modelo para o quotidiano e para alguns passeios, talvez subindo para o segmento
C ou mesmo D seja um caso a pensar. Se for um segundo carro, mais para dar
belos passeiros, talvez uma carrinha ou um SUV de maiores dimensões se
justifique. Tudo depende do gosto e disponibilidade da carteira, mas vale
sempre a pena ter em conta o propósito primordial de utilização.
Novo
ou usado: pode ser um dilema que deve ser ponderado com o ponto anterior, o
objetivo de utilização. Um modelo novo é naturalmente mais dispendioso, mas tem
várias vantagens: é a estrear e por isso vem imaculado, toda a sua história de
vida começa a ser escrita por nós; tem muitos anos pela frente que, em
condições normais, será muito menos suscitável a problemas mecânicos que um
veículo em segunda mão; tem garantia de fábrica. Já um modelo usado, a não ser
que procuremos algo raro ou muito específico, à partida haverá um amplo leque
de ofertas que nos permite escolher o melhor negócio; é mais acessível que um
carro novo (se tivermos em conta o mesmo modelo); porém desconhecemos o seu
percurso de vida e o seu historial mecânico, o qual pode esconder problemas
fruto da sua utilização/estado que poderão acarretar despesas extras e que pode
fazer subir o preço inicialmente ‘em conta’; porém, o custo do veículo, mesmo
que necessite de alguma revisão, por vezes pode compensar face ao tipo de
utilização que pretendemos.
Pesquisa: alinhavados
os pontos anteriores, devemos dar início à pesquisa: consultar vários sites de
marcas, ver as características, preços, opcionais e equipamento de série; ver
se há campanhas; fazer orçamentos nos sites das marcas para perceber o valor
final dos veículos; ler ensaios de meios especializados para melhor perceber os
prós e contras dos veículos.
Ponderar
as opções: após a pesquisa e já com uma lista de modelos em mãos, começar a
fazer contas mediante alguns critérios, como por exemplo: tipo de utilização,
distância diária, quilómetros médios anuais, custo do veículo, consumos, quanto
irá ficar a mensalidade. Mediante isto, à partida ir-se-á restringir ainda mais
o rol de carros em perspetiva.
A
quem recorrer para o financiamento: se o objetivo é fazer um
empréstimo para a aquisição de um novo modelo (ou usado), o ideal é ponderar o
melhor negócio, tendo em conta os juros associados. Deve-se por isso perceber o
que os vários bancos têm para oferecer, incluindo as financeiras das próprias
marcas e ‘jogar’ com isso.
Preços
reais:
verificar com exatidão o preço dos veículos (falamos aqui de modelos novos). Há
marcas que disponibilizam o preço, mas, por exemplo, sem seguro, nem despesas
de legalização, outras poderão incluir. O mesmo acontece com as campanhas em
curso. É necessária uma atenção cuidada. Mesmo que por vezes haja diferenças de
‘pormenor’, convém olhar a tudo isto na hora da compra.
Fazer
um test-drive: depois de várias horas e contas de cabeça, provavelmente chegamos
a um ponto em que estamos indecisos entre dois ou três veículos. Cientes das
opções e preços, é altura de marcar um test-drive. Nada melhor que ver o modelo
ao vivo e a cores e testá-lo, para percebermos na realidade aquilo que
pretendemos.
A
hora da compra: apesar de estarmos já cientes do preço do veículo escolhido,
ainda é possível negociarmos. Por um lado, convém ter presente os descontos e
campanhas existentes. Depois, para quem o pretender, se vale a pena e o quanto
abate no preço final se se entregar o carro usado e se tal é de facto
vantajoso. Ou se é preferível vendê-lo a um particular ao invés de a um stand.
Através de pesquisas online pode-se perceber o valor médio no mercado de usados
e se o stand está a oferecer uma quantia justa, ou abaixo daquela que o carro
vale na realidade.
Cuidado
com os ‘extras’: quando estamos prontas a fechar a compra é usual surgirem
sugestões de diversa ordem, como um seguro ou extras do veículo. É fácil sermos
levados pelo entusiasmo e um simples “sim” traduzir-se em mais alguns números
na fatura final para os quais não estávamos preparados. Daí que, por muito que
queiramos o veículo, ‘ele não foge’, e podemos ter de estar preparados a dizer
não. Na dúvida, devemos mesmo fazê-lo. Se necessário, voltar a casa, verificar
tudo o que foi dito e mais tarde regressar ao stand para finalizar a compra. O
ponto aqui é não nos precipitarmos e garantirmos que tudo aquilo que foi falado
é o contratualmente definido, para que não haja surpresas.
Ensaios: consulte os testes aos novos carros feitos pelos jornalistas do Auto+ (Clique AQUI)
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