Volvo XC60 D4 Geartronic – Ensaio Teste

By on 27 Dezembro, 2018

Volvo XC60 D4 Geartronic Inscription

Texto: Francisco Cruz

O preço do luxo

Depois do sucesso alcançado com a primeira geração, a Volvo procura repetir a façanha, com um novo e mais moderno XC60. Desafio que não se afigura difícil, em particular, nesta luxuosa versão Inscription, com um não menos convincente D4 de 190 cv, acrescido de uma opcional caixa Geartronic… tudo isto, se o orçamento o permitir!

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Conforto / Habitabilidade / Imagem

 

Menos:

Condução pouco envolvente / Alguns opcionais / Preço

Exterior

9/10

Charmoso, atraente, o novo Volvo XC60 reinterpreta muitas das soluções estilísticas presentes nos modelos mais recentes da marca sueca. Como é o caso, por exemplo, das ópticas, não apenas com as já emblemáticas luzes diurnas a que o construtor deu o nome de “Martelo de Thor”, como também interligadas entre si pela generosa grelha frontal, agora com o logótipo de marca ainda maior. Ou dos vanguardistas farolins traseiros, elementos estilizados a complementarem uma traseira sólida, de imagem futurista, em que a faceta desportiva acaba sendo transmitida pelas duas ponteiras de escape, integradas de forma suave no pára-choques.

Mais comprida, larga e baixa que a antecessora, além de mais leve e com maior distância ao solo, a segunda geração XC60 integra todos estes pormenores de forma (quase) discreta num corpo de proporções equilibradas e a fazer sobressair uma imagem chique, mas não ostensiva. Mesmo quando enriquecida, como era o caso, com aquele que é o nível de equipamento mais rico, denominado Inscription.

Finalmente e na base de tudo isto, a já bem conhecida mas ainda jovem plataforma escalável da marca sueca (Scalable Product Architecture, vulgo SPA), a mesma que serve a família topo de gama 90, e, também por isso, a garantir uma imagem geral que, no caso deste XC60, não esconde as parecenças com o irmão maior, XC90.

O que, acrescente-se, no caso do SUV médio sueco, só lhe traz vantagens…

Pontuação: 9/10

Interior

10/10

Distinto no exterior, a verdade é que o Volvo XC60 procura levar esse esforço ainda mais além, no que ao interior diz respeito. Principalmente, quando enriquecido com o nível de equipamento mais valioso, além de com muitos dos packs que a marca sueca disponibiliza. Mas já lá vamos…

Dono de um acesso amplo ao interior, o SUV nórdico apresenta depois um habitáculo ergonomicamente superior, com praticamente todos os sistemas acessórios integrados no generoso e convincente tablet a cores que preenche a quase totalidade da consola central (de fora fica apenas o botão do volume e mais um ou outro botão de importância reduzida…), acrescido de um painel de instrumentos também agora totalmente digital – soluções que, reconheça-se, acabam contribuindo para o acentuar de uma certa imagem tecnológica que cai que nem uma luva no modelo de Gotemburgo. Ainda que os mais conservadores possam continuar a suspirar por comandos mais físicos…

Convencidos pela excelente qualidade de construção e escolha de revestimentos (maioritariamente pele e metal…), somos ainda presenteados com um elevado conforto, a começar, no lugar do condutor. Onde um volante com todas as regulações, comandos fáceis e intuitivos, e uma pega excelente, além de um banco também ele todo regulável eletricamente e com apoio lateral agradável, acabam contribuindo, em conjunto com um apoio de pé esquerdo perfeito, para uma posição de condução convincente, ainda que um pouco alta; inclusive, na visibilidade traseira, a qual, embora agradecendo a presença dos sensores e câmara traseira, também consegue passar sem eles…

Já nos lugares traseiros, o mesmo conforto e habitabilidade de topo, com os passageiros dos lugares laterais a puderem, inclusivamente, trocar a perna, tal é o espaço que têm à sua frente. Isto, ao mesmo tempo que o lugar do meio continua a conseguir acomodar, com algum conforto, mais um adulto.

E se, apesar do ambicionado estatuto, o Volvo XC60 não deixa de reconhecer a importância da funcionalidade, disponibilizando vários lugares de arrumação no habitáculo, a mesma ideia acaba fazendo-se notar no compartimento de carga. O qual, além de um portão elétrico proposto de série, acesso amplo e uma capacidade de carga que começa nos 505 litros, beneficia ainda a possibilidade de rebatimento das costas 60/40, totalmente na horizontal e no seguimento do piso da mala – por baixo do qual nada mais pode ser arrumado, já que é local destinado ao pneu de emergência (opcional), ferramentas e até à rede anti-intrusão…

Pontuação: 10/10

Equipamento

8/10

Valorizado com o nível de equipamento Inscription, a versão topo de gama para carros da marca sueca, o Volvo XC60 torna-se uma proposta especialmente apetecível, ainda que não isenta da necessidade de opcionais e packs.

Assim, de base e sem custos adicionais, faróis de LED MID, jantes em liga leve 18”, ponteira de escape dupla, barras longitudinais no tejadilho, painel de instrumentos digital, ar condicionado automático, estofos em tecido, bancos dianteiros com ajustes (alguns elétricos), volante e alavanca das mudanças em couro, espelho retrovisor interior anti-encandeamento manual, Audio High Performance, comandos áudio no volante, entrada USB, Bluetooth e kit de reparação de furos.

Já no capítulo da segurança, sensores de ajuda ao estacionamento atrás, limitador de velocidade, Cruise Control, atenuação de embate frontal (Collision Mitigation Support), manutenção na faixa de rodagem, ajuda ao arranque em subidas (Hill Start Assist), ajuda em descidas íngremes (Hill Descent Control), chassis Dynamic, sensor de chuva, airbags dianteiros, de joelhos, laterais e de cortina, bancos dianteiros com proteção Whiplash, desativação do airbag do passageiro, Isofix nos bancos traseiros laterais e chamada de emergência Volvo (Volvo On Call).

Pelo contrário, opcional e, como tal, pago à parte, surgem os packs Winter Pro (1.476€), IntelliSafe (1.722€), Light (1.009€), Business Connect Pro (1.894€), Climate Premium (824€), Xenium (2.423€), Luxury Seats (2.128€) e Versatility (1.279€). Argumentos – importantes! – que, em conjunto com os opcionais Fecho de Segurança Elétrico das Portas Traseiras (98€), Pneu Sobressalente Temporário (148€), Volante Desportivo (123€), Sensores de Estacionamento Atrás/Frente (418€) e Portas-Luvas com Trancamento (37€), elevavam para mais de 13.500 Euros o valor pago à parte em opcionais e packs, fazendo disparar o preço final deste XC60, dos iniciais 55.709€, para uns quase assustadores 73.447€!

Junte-lhe mais nove mil euros… e já pode comprar a versão de entrada do mais imponente XC90!

Pontuação: 8/10

Consumos

/10

Dois litros turbodiesel com 190 cv de potência, o D4 disponível (também) no novo Volvo XC60 não será propriamente um sôfrego consumidor de gasóleo. Pelo contrário, embora as médias por nós registadas, em utilização real, tenham andado substancialmente acima dos anunciados (oficialmente) 5,2 l/100 km para trajectos mistos, tal não significa que se possa dizer que este SUV sueco tenha um apetite desmesurado.

A confirmar esta impressão, os 8 l/100 km obtidos por nós, no final de um ensaio de vários dias, em que fizemos do XC60 o nosso carro de todos os dias – por cidade, em auto-estrada, num passeio mais longo, de dois dias, durante o fim-de-semana. Sempre num ambiente de elevado conforto e descontração…

Pontuação: 9/10

Ao Volante

9/10

Profundamente renovada e modernizada, a verdade é que a nova geração XC60 mantém intactas muitas daquelas características já conhecidas do antecessor, e que fazem, de resto, parte do ADN da própria Volvo: segurança, conforto, facilidade de condução.

Veículo de cariz assumidamente familiar, o SUV sueco revela-se uma proposta refinada no trato e no contacto com o piso, graças a uma suspensão concebida em prol do conforto e salvaguarda dos passageiros, seja qual for o terreno por onde ande. Impressões que se transformam numa excessiva permissividade, quando por trajectos de alcatrão mais sinuosos e encarados de forma mais desportiva, momentos em que o XC60 não esconde uma certa susceptibilidade às transferências de massas, acentuadas por uma direção também ela mais filtrada do que, à partida, poderia ser – embora, sempre, mas sempre, sem colocar em causa a segurança.

Insuficiente para ser uma proposta excitante ou envolvente na condução, nem mesmo com o opção Dynamic seleccionada no sistema de modos de condução, a personalidade deste Volvo XC60 se altera. Mantendo-se, sim, como uma excelente solução familiar, em que condutor e restantes ocupantes são mantidos em pé de igualdade; num mundo de luxo e conforto…

Pontuação: 9/10

Motor

10/10

Embora disponível com outras motorizações, mais e menos acessíveis, o Volvo XC60 que aqui testamos era impulsionado por um D4, ou seja, um quatro cilindros em linha, turbodiesel, com injecção directa, 1969 cc de cilindrada, 190 cv de potência às 4250 rpm, e um binário máximo de 400 Nm, disponível entre as 1750 e 2500 rpm.

Conjugado com uma opcional caixa automática Geartronic de oito velocidades, tão discreta quanto rápida nas passagens, além de com um modo semi-automático operável através da óptima manche (patilhas no volante, não tinha…), a verdade é que este D4 chega e sobra para um conjunto com pouco mais de 1,7 toneladas. Garantindo, logo à partida, acelerações rápidas (8,4s nos 0-100 km/h), acentuada progressividade e idênticas recuperações!

Optimamente insonorizado, com força e pujança, não falta sequer um discreto Stop&Start a ajudar nos consumos, a par do inevitável sistema de modos de condução, com quatro opções: Eco, Dynamic, Off-Road e Comfort – este

último, que adopta à partida por defeito. Ainda que, acrescente-se, poucas diferenças se notem entre eles, pois, até mesmo o modo Off-Road, pouco mais consegue que intervir na gestão do motor…

Pontuação: 10/10

Balanço Final

9/10

Distinto, confortável, à medida da maior parte das famílias, o novo Volvo XC60 acresce a todas estas qualidades, na versão Inscription com motorização D4 de 190, o luxo e a descontração na condução que qualquer chefe de família preza,  tanto nas deslocações do dia-a-dia, como nas viagens mais longas, com os restantes familiares. Haja orçamento… e o prazer da viagem, mesmo sem grandes momentos de emoção ao volante, virá!

Pontuação: 9/10

Concorrentes

Audi Q5 40 TDI quattro S tronic Sport, 1968cc., 190 cv, 8,1s 0-100 km/h, 220 km/h, 5,5 l/100 km, 144 g/km, 66.874,00 Euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

BMW X3 xDrive20d Cx. Auto. Luxury, 1.995cc., 190 cv, 8,0s 0-100 km/h, 213 km/h, 5,6 l/100 km, 148 g/km, 73.632,00 Euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar F-Pace 20d Auto R-Sport, 1999cc., 180 cv, 8,6s 0-100 km/h, 208 km/h, 5,8 l/110 km, 134 g/km, 80.240,75 Euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.969

Diâmetro x curso (mm): 82 x 93,2

Taxa compressão: 15,8:1

Potência máxima (cv/rpm): 190/4250

Binário máximo (Nm/rpm): 400/1750-2500

Transmissão e direcção: tracção dianteira, com caixa automática Geartronic de 8 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo duplo braço triangular/Eixo traseiro transversal

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,4

Velocidade máxima (km/h): 205

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 5,8/4,8/5,2

Emissões de CO2 (g/km): 136

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.688/2.117/1.658

Distância entre eixos (mm): 2.865

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.653/1.657

Peso (kg): 2.500

Capacidade da bagageira (l): 505/1.432 (com 2.ª fila de bancos rebatida)

Depósito de combustível (l): 60

Pneus (fr/tr): 235/55 R19 / 235/55 R19

Mais/Menos


Mais

Conforto / Habitabilidade / Imagem

 

Menos

Condução pouco envolvente / Alguns opcionais / Preço

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 73447€

Preço da versão base (Euros): 5709€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Charmoso, atraente, o novo Volvo XC60 reinterpreta muitas das soluções estilísticas presentes nos modelos mais recentes da marca sueca. Como é o caso, por exemplo, das ópticas, não apenas com as já emblemáticas luzes diurnas a que o construtor deu o nome de “Martelo de Thor”, como também interligadas entre si pela generosa grelha frontal, agora com o logótipo de marca ainda maior. Ou dos vanguardistas farolins traseiros, elementos estilizados a complementarem uma traseira sólida, de imagem futurista, em que a faceta desportiva acaba sendo transmitida pelas duas ponteiras de escape, integradas de forma suave no pára-choques.

Mais comprida, larga e baixa que a antecessora, além de mais leve e com maior distância ao solo, a segunda geração XC60 integra todos estes pormenores de forma (quase) discreta num corpo de proporções equilibradas e a fazer sobressair uma imagem chique, mas não ostensiva. Mesmo quando enriquecida, como era o caso, com aquele que é o nível de equipamento mais rico, denominado Inscription.

Finalmente e na base de tudo isto, a já bem conhecida mas ainda jovem plataforma escalável da marca sueca (Scalable Product Architecture, vulgo SPA), a mesma que serve a família topo de gama 90, e, também por isso, a garantir uma imagem geral que, no caso deste XC60, não esconde as parecenças com o irmão maior, XC90.

O que, acrescente-se, no caso do SUV médio sueco, só lhe traz vantagens…

Pontuação: 9/10

Interior

Distinto no exterior, a verdade é que o Volvo XC60 procura levar esse esforço ainda mais além, no que ao interior diz respeito. Principalmente, quando enriquecido com o nível de equipamento mais valioso, além de com muitos dos packs que a marca sueca disponibiliza. Mas já lá vamos…

Dono de um acesso amplo ao interior, o SUV nórdico apresenta depois um habitáculo ergonomicamente superior, com praticamente todos os sistemas acessórios integrados no generoso e convincente tablet a cores que preenche a quase totalidade da consola central (de fora fica apenas o botão do volume e mais um ou outro botão de importância reduzida…), acrescido de um painel de instrumentos também agora totalmente digital – soluções que, reconheça-se, acabam contribuindo para o acentuar de uma certa imagem tecnológica que cai que nem uma luva no modelo de Gotemburgo. Ainda que os mais conservadores possam continuar a suspirar por comandos mais físicos…

Convencidos pela excelente qualidade de construção e escolha de revestimentos (maioritariamente pele e metal…), somos ainda presenteados com um elevado conforto, a começar, no lugar do condutor. Onde um volante com todas as regulações, comandos fáceis e intuitivos, e uma pega excelente, além de um banco também ele todo regulável eletricamente e com apoio lateral agradável, acabam contribuindo, em conjunto com um apoio de pé esquerdo perfeito, para uma posição de condução convincente, ainda que um pouco alta; inclusive, na visibilidade traseira, a qual, embora agradecendo a presença dos sensores e câmara traseira, também consegue passar sem eles…

Já nos lugares traseiros, o mesmo conforto e habitabilidade de topo, com os passageiros dos lugares laterais a puderem, inclusivamente, trocar a perna, tal é o espaço que têm à sua frente. Isto, ao mesmo tempo que o lugar do meio continua a conseguir acomodar, com algum conforto, mais um adulto.

E se, apesar do ambicionado estatuto, o Volvo XC60 não deixa de reconhecer a importância da funcionalidade, disponibilizando vários lugares de arrumação no habitáculo, a mesma ideia acaba fazendo-se notar no compartimento de carga. O qual, além de um portão elétrico proposto de série, acesso amplo e uma capacidade de carga que começa nos 505 litros, beneficia ainda a possibilidade de rebatimento das costas 60/40, totalmente na horizontal e no seguimento do piso da mala – por baixo do qual nada mais pode ser arrumado, já que é local destinado ao pneu de emergência (opcional), ferramentas e até à rede anti-intrusão…

Pontuação: 10/10

Equipamento

Valorizado com o nível de equipamento Inscription, a versão topo de gama para carros da marca sueca, o Volvo XC60 torna-se uma proposta especialmente apetecível, ainda que não isenta da necessidade de opcionais e packs.

Assim, de base e sem custos adicionais, faróis de LED MID, jantes em liga leve 18”, ponteira de escape dupla, barras longitudinais no tejadilho, painel de instrumentos digital, ar condicionado automático, estofos em tecido, bancos dianteiros com ajustes (alguns elétricos), volante e alavanca das mudanças em couro, espelho retrovisor interior anti-encandeamento manual, Audio High Performance, comandos áudio no volante, entrada USB, Bluetooth e kit de reparação de furos.

Já no capítulo da segurança, sensores de ajuda ao estacionamento atrás, limitador de velocidade, Cruise Control, atenuação de embate frontal (Collision Mitigation Support), manutenção na faixa de rodagem, ajuda ao arranque em subidas (Hill Start Assist), ajuda em descidas íngremes (Hill Descent Control), chassis Dynamic, sensor de chuva, airbags dianteiros, de joelhos, laterais e de cortina, bancos dianteiros com proteção Whiplash, desativação do airbag do passageiro, Isofix nos bancos traseiros laterais e chamada de emergência Volvo (Volvo On Call).

Pelo contrário, opcional e, como tal, pago à parte, surgem os packs Winter Pro (1.476€), IntelliSafe (1.722€), Light (1.009€), Business Connect Pro (1.894€), Climate Premium (824€), Xenium (2.423€), Luxury Seats (2.128€) e Versatility (1.279€). Argumentos – importantes! – que, em conjunto com os opcionais Fecho de Segurança Elétrico das Portas Traseiras (98€), Pneu Sobressalente Temporário (148€), Volante Desportivo (123€), Sensores de Estacionamento Atrás/Frente (418€) e Portas-Luvas com Trancamento (37€), elevavam para mais de 13.500 Euros o valor pago à parte em opcionais e packs, fazendo disparar o preço final deste XC60, dos iniciais 55.709€, para uns quase assustadores 73.447€!

Junte-lhe mais nove mil euros… e já pode comprar a versão de entrada do mais imponente XC90!

Pontuação: 8/10

Consumos

Dois litros turbodiesel com 190 cv de potência, o D4 disponível (também) no novo Volvo XC60 não será propriamente um sôfrego consumidor de gasóleo. Pelo contrário, embora as médias por nós registadas, em utilização real, tenham andado substancialmente acima dos anunciados (oficialmente) 5,2 l/100 km para trajectos mistos, tal não significa que se possa dizer que este SUV sueco tenha um apetite desmesurado.

A confirmar esta impressão, os 8 l/100 km obtidos por nós, no final de um ensaio de vários dias, em que fizemos do XC60 o nosso carro de todos os dias – por cidade, em auto-estrada, num passeio mais longo, de dois dias, durante o fim-de-semana. Sempre num ambiente de elevado conforto e descontração…

Pontuação: 9/10

Ao volante

Profundamente renovada e modernizada, a verdade é que a nova geração XC60 mantém intactas muitas daquelas características já conhecidas do antecessor, e que fazem, de resto, parte do ADN da própria Volvo: segurança, conforto, facilidade de condução.

Veículo de cariz assumidamente familiar, o SUV sueco revela-se uma proposta refinada no trato e no contacto com o piso, graças a uma suspensão concebida em prol do conforto e salvaguarda dos passageiros, seja qual for o terreno por onde ande. Impressões que se transformam numa excessiva permissividade, quando por trajectos de alcatrão mais sinuosos e encarados de forma mais desportiva, momentos em que o XC60 não esconde uma certa susceptibilidade às transferências de massas, acentuadas por uma direção também ela mais filtrada do que, à partida, poderia ser – embora, sempre, mas sempre, sem colocar em causa a segurança.

Insuficiente para ser uma proposta excitante ou envolvente na condução, nem mesmo com o opção Dynamic seleccionada no sistema de modos de condução, a personalidade deste Volvo XC60 se altera. Mantendo-se, sim, como uma excelente solução familiar, em que condutor e restantes ocupantes são mantidos em pé de igualdade; num mundo de luxo e conforto…

Pontuação: 9/10

Concorrentes

Audi Q5 40 TDI quattro S tronic Sport, 1968cc., 190 cv, 8,1s 0-100 km/h, 220 km/h, 5,5 l/100 km, 144 g/km, 66.874,00 Euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

BMW X3 xDrive20d Cx. Auto. Luxury, 1.995cc., 190 cv, 8,0s 0-100 km/h, 213 km/h, 5,6 l/100 km, 148 g/km, 73.632,00 Euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Jaguar F-Pace 20d Auto R-Sport, 1999cc., 180 cv, 8,6s 0-100 km/h, 208 km/h, 5,8 l/110 km, 134 g/km, 80.240,75 Euros

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Motor

Embora disponível com outras motorizações, mais e menos acessíveis, o Volvo XC60 que aqui testamos era impulsionado por um D4, ou seja, um quatro cilindros em linha, turbodiesel, com injecção directa, 1969 cc de cilindrada, 190 cv de potência às 4250 rpm, e um binário máximo de 400 Nm, disponível entre as 1750 e 2500 rpm.

Conjugado com uma opcional caixa automática Geartronic de oito velocidades, tão discreta quanto rápida nas passagens, além de com um modo semi-automático operável através da óptima manche (patilhas no volante, não tinha…), a verdade é que este D4 chega e sobra para um conjunto com pouco mais de 1,7 toneladas. Garantindo, logo à partida, acelerações rápidas (8,4s nos 0-100 km/h), acentuada progressividade e idênticas recuperações!

Optimamente insonorizado, com força e pujança, não falta sequer um discreto Stop&Start a ajudar nos consumos, a par do inevitável sistema de modos de condução, com quatro opções: Eco, Dynamic, Off-Road e Comfort – este

último, que adopta à partida por defeito. Ainda que, acrescente-se, poucas diferenças se notem entre eles, pois, até mesmo o modo Off-Road, pouco mais consegue que intervir na gestão do motor…

Pontuação: 10/10

Balanço final

Distinto, confortável, à medida da maior parte das famílias, o novo Volvo XC60 acresce a todas estas qualidades, na versão Inscription com motorização D4 de 190, o luxo e a descontração na condução que qualquer chefe de família preza,  tanto nas deslocações do dia-a-dia, como nas viagens mais longas, com os restantes familiares. Haja orçamento… e o prazer da viagem, mesmo sem grandes momentos de emoção ao volante, virá!

Pontuação: 9/10

Mais

Conforto / Habitabilidade / Imagem

 

Menos

Condução pouco envolvente / Alguns opcionais / Preço

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.969

Diâmetro x curso (mm): 82 x 93,2

Taxa compressão: 15,8:1

Potência máxima (cv/rpm): 190/4250

Binário máximo (Nm/rpm): 400/1750-2500

Transmissão e direcção: tracção dianteira, com caixa automática Geartronic de 8 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo duplo braço triangular/Eixo traseiro transversal

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,4

Velocidade máxima (km/h): 205

Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 5,8/4,8/5,2

Emissões de CO2 (g/km): 136

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.688/2.117/1.658

Distância entre eixos (mm): 2.865

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.653/1.657

Peso (kg): 2.500

Capacidade da bagageira (l): 505/1.432 (com 2.ª fila de bancos rebatida)

Depósito de combustível (l): 60

Pneus (fr/tr): 235/55 R19 / 235/55 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 73447€
Preço da versão base (Euros): 5709€