Volkswagen Taigo 1.0 TSI R-Line DSG – Ensaio Teste
Visual melhorado
Conhecido como Nivus no outro lado do oceano, o Volkswagen Taigo passou a fazer parte da família dos SUV no mercado europeu. Funciona como uma alternativa estilística ao mais convencional T-Cross e inclui algumas melhorias no visual e outras vantagens no habitáculo. Equipado com a motorização TSI de apenas um litro e com a caixa de velocidades automática DSG, a unidade que tivemos oportunidade de ensaiar também contava com o nível de equipamento de visual mais desportivo, o R-Line, que é a opção mais equipada de toda a gama.
Texto: André Mendes
– Desenho original
– Espaço a bordo
– Bagageira
– Motor “à justa”
– Suspensão branda
– Indecisões da caixa DSG
Exterior
O capítulo da estética será, talvez, o mais relevante para o Volkswagen Taigo, uma vez que este é o modelo que aposta num visual diferenciado e num estilo mais desportivo, com uma linha de tejadilho que é mais associada a um coupé. A plataforma deste novo crossover é a mesma do Polo e do T-Cross (MQB-A0), mas a carroçaria conta com quase 4,3 metros de comprimento e pouco mais de 1,5 de altura. Em termos visuais, há algumas semelhanças com o T-Cross, mas a maior dose de estilo, trouxe um design mais evoluído, especialmente na versão R-Line, como a unidade ensaiada. Na frente, é o para-choques mais desportivo e as luzes de condução diurna que sobressaem, enquanto na traseira são mesmo os grupos óticos que mais nos cativam, por incluírem um visual muito próprio e sofisticado.
Interior
Por se tratar de um segmento mais compacto, a expetativa em termos de espaço disponível no habitáculo não era das mais elevadas, mas o Taigo transporta perfeitamente quatro pessoas a bordo. O espaço para as pernas é um pouco mais acanhado que no T-Roc, por exemplo, mas em termos de altura o Taigo não apresenta qualquer dificuldade, mesmo tratando-se de um “coupé”.
Nos lugares da frente, os assentos são do segmento em que a regulação em altura roda sobre um eixo mais próximo da parte da frente, fazendo com que na posição mais baixa, a base fique um pouco mais inclinada que o desejado, mas sem grandes concessões em termos de conforto.
O aumento da distância no vão traseiro trouxe foi a excelente surpresa de uma bagageira com uma capacidade próxima dos 440 litros, o que é excelente para este segmento.
Equipamento
A acompanhar a designação R-Line, o Taigo passa a incluir para-choques de visual mais desportivo à frente e atrás, ainda que esta cor de carroçaria não seja a melhor escolha para os fazer sobressair. E no habitáculo, os assentos também contam com um padrão específico para esta versão e um tom mais escuro, tal como a marca costuma escolher para as opções de visual mais dinâmico, visível no forro do tejadilho, por exemplo.
O monitor tátil no topo da consola central conta com uma boa resolução e a ligação ao smartphone através de Apple CarPlay ou Android Auto (sem fios), que é uma das principais escolhas atualmente. O que fica em falta é mesmo a plataforma do carregamento por indução para o telefone, enquanto este está a ser utilizado pelo sistema do carro.
Por se tratar de uma unidade pré-série, o Volkswagen Taigo que tivemos oportunidade de conduzir, não contava com a presença do sistema de iluminação em LED matrix, do ar condicionado automático Climatronic, nem do painel de instrumentos Digital Cockpit Pro, mas estes elementos fazem parte do equipamento de série da versão R-Line. Já o Cinzento Smoke escolhido para a carroçaria (733 €), o sistema Keyless, a câmara traseira (271 €), as jantes de 18 polegadas Misano (327 €) e o Pacote Roof (246 €), fazem todos parte da lista de opcionais disponíveis para o Taigo.
Consumos
Numa utilização fluída e sem grandes paragens, mas também sem uma enorme dose de quilómetros de autoestrada, o motor de três cilindros com apenas um litro de capacidade consegue registar valores abaixo dos sete litros, mas não próximo dos cinco como é indicado pela marca. As indecisões da caixa DSG nos regimes mais baixos influenciam este valor e uma deslocação em autoestrada num ritmo mais exigente para o 1.0 TSI, também pode resultar num valor em torno dos sete litros para cada 100 quilómetros.
Ao Volante
A suspensão mais branda é uma característica dos modelos globais, uma vez que têm de estar preparados para um conjunto de ambientes mais diversificado. Mas por cá, isso só se nota numa rua de empedrado, por exemplo, em que a suspensão parece estar a “driblar” as rodas em vez do seu funcionamento habitual. O motor de apenas um litro, com 110 cavalos, está mesmo à justa para o Taigo, até porque os menos de 1.300 quilos do conjunto também não provocam grandes impedimentos. E a caixa automática de dupla embraiagem com comandos no volante, até nos deixa brincar um pouco com os movimentos da carroçaria num traçado mais retorcido. Menos positivo, continua a ser o desempenho da caixa DSG nas manobras de estacionamento e nos arranques num cruzamento, por exemplo, uma vez que esta ainda demora um pouco a reagir às solicitações do pedal do lado direito.
Motor
O pequeno bloco de apenas um litro e três cilindros, tem cerca de 110 cavalos para oferecer à dinâmica do Taigo. E com a ajuda da caixa de velocidades automática de dupla embraiagem DSG, o seu funcionamento é bastante linear e inclui o tradicional tom dos três cilindros no ativo. Este valor de potência parece estar mesmo à medida deste modelo, e isso percebe-se nas médias de consumo, caso estejamos num dia em que nos temos de despachar um pouco mais depressa. Ainda assim, e de uma forma geral, o bloco de um litro chega bem para as encomendas, mas se este for mesmo um ponto de grande importância, se calhar, o melhor é mesmo investir mais quatro mil euros e apostar na versão de 1,5 litros e 150 cavalos. Também inclui o nível de equipamento R-Line e a caixa DSG, as médias de consumo são parecidas, mas os 40 cavalos extra fazem diferença.
Balanço Final
Num mundo forrado de SUV de todos os tamanhos e feitios, a Volkswagen descobriu um formato que ainda não tinha. Mas o Taigo revelou ser mais do que uma alternativa estilista, uma vez que o resultado é um T-Roc com mais estilo, com uma bagageira enorme e com um habitáculo que não desilude em termos de espaço, tendo em conta o tamanho da carroçaria. Os preços da versão R-Line já nos deixam a pensar noutras alternativas, mas não podemos negar que este Taigo 1.0 TSI de 110 cavalos com caixa DSG que tivemos oportunidade de testar seja uma excelente hipótese para um agregado familiar de quatro elementos.
Concorrentes
Ford Puma 1.0 EcoBoost mHEV Auto
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 125 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 28.023 €
Nissan Juke 1.0 DIG-T Kiiro DCT
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 114 cavalos; consumo médio: 6,3 l/100km; preço base: 28.500 €
Opel Mokka 1.2T 130 cv CA8
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100 km; preço base: 28.145 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, gasolina, turbo
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/n.d.
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática DSG de sete velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson/Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9
Velocidade máxima (km/h): 191
Consumos misto (l/100 km): 5,0
Emissões CO2 (gr/km): 111
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.266/1.757/1.515
Distância entre eixos (mm): 2.554
Largura de vias (fr/tr mm): 1.531/1.516
Peso (kg): 1.260
Capacidade da bagageira (l): 440
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 215/45 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): 31.451 €
Preço da versão base (Euros): 29.514 €
Mais/Menos
Mais
– Desenho original
– Espaço a bordo
– Bagageira
Menos
– Motor “à justa”
– Suspensão branda
– Indecisões da caixa DSG
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 31.451€
Preço da versão base (Euros): 29.514€
Exterior
O capítulo da estética será, talvez, o mais relevante para o Volkswagen Taigo, uma vez que este é o modelo que aposta num visual diferenciado e num estilo mais desportivo, com uma linha de tejadilho que é mais associada a um coupé. A plataforma deste novo crossover é a mesma do Polo e do T-Cross (MQB-A0), mas a carroçaria conta com quase 4,3 metros de comprimento e pouco mais de 1,5 de altura. Em termos visuais, há algumas semelhanças com o T-Cross, mas a maior dose de estilo, trouxe um design mais evoluído, especialmente na versão R-Line, como a unidade ensaiada. Na frente, é o para-choques mais desportivo e as luzes de condução diurna que sobressaem, enquanto na traseira são mesmo os grupos óticos que mais nos cativam, por incluírem um visual muito próprio e sofisticado.
Interior
Por se tratar de um segmento mais compacto, a expetativa em termos de espaço disponível no habitáculo não era das mais elevadas, mas o Taigo transporta perfeitamente quatro pessoas a bordo. O espaço para as pernas é um pouco mais acanhado que no T-Roc, por exemplo, mas em termos de altura o Taigo não apresenta qualquer dificuldade, mesmo tratando-se de um “coupé”.
Nos lugares da frente, os assentos são do segmento em que a regulação em altura roda sobre um eixo mais próximo da parte da frente, fazendo com que na posição mais baixa, a base fique um pouco mais inclinada que o desejado, mas sem grandes concessões em termos de conforto.
O aumento da distância no vão traseiro trouxe foi a excelente surpresa de uma bagageira com uma capacidade próxima dos 440 litros, o que é excelente para este segmento.
Equipamento
A acompanhar a designação R-Line, o Taigo passa a incluir para-choques de visual mais desportivo à frente e atrás, ainda que esta cor de carroçaria não seja a melhor escolha para os fazer sobressair. E no habitáculo, os assentos também contam com um padrão específico para esta versão e um tom mais escuro, tal como a marca costuma escolher para as opções de visual mais dinâmico, visível no forro do tejadilho, por exemplo.
O monitor tátil no topo da consola central conta com uma boa resolução e a ligação ao smartphone através de Apple CarPlay ou Android Auto (sem fios), que é uma das principais escolhas atualmente. O que fica em falta é mesmo a plataforma do carregamento por indução para o telefone, enquanto este está a ser utilizado pelo sistema do carro.
Por se tratar de uma unidade pré-série, o Volkswagen Taigo que tivemos oportunidade de conduzir, não contava com a presença do sistema de iluminação em LED matrix, do ar condicionado automático Climatronic, nem do painel de instrumentos Digital Cockpit Pro, mas estes elementos fazem parte do equipamento de série da versão R-Line. Já o Cinzento Smoke escolhido para a carroçaria (733 €), o sistema Keyless, a câmara traseira (271 €), as jantes de 18 polegadas Misano (327 €) e o Pacote Roof (246 €), fazem todos parte da lista de opcionais disponíveis para o Taigo.
Consumos
Numa utilização fluída e sem grandes paragens, mas também sem uma enorme dose de quilómetros de autoestrada, o motor de três cilindros com apenas um litro de capacidade consegue registar valores abaixo dos sete litros, mas não próximo dos cinco como é indicado pela marca. As indecisões da caixa DSG nos regimes mais baixos influenciam este valor e uma deslocação em autoestrada num ritmo mais exigente para o 1.0 TSI, também pode resultar num valor em torno dos sete litros para cada 100 quilómetros.
Ao volante
A suspensão mais branda é uma característica dos modelos globais, uma vez que têm de estar preparados para um conjunto de ambientes mais diversificado. Mas por cá, isso só se nota numa rua de empedrado, por exemplo, em que a suspensão parece estar a “driblar” as rodas em vez do seu funcionamento habitual. O motor de apenas um litro, com 110 cavalos, está mesmo à justa para o Taigo, até porque os menos de 1.300 quilos do conjunto também não provocam grandes impedimentos. E a caixa automática de dupla embraiagem com comandos no volante, até nos deixa brincar um pouco com os movimentos da carroçaria num traçado mais retorcido. Menos positivo, continua a ser o desempenho da caixa DSG nas manobras de estacionamento e nos arranques num cruzamento, por exemplo, uma vez que esta ainda demora um pouco a reagir às solicitações do pedal do lado direito.
Concorrentes
Ford Puma 1.0 EcoBoost mHEV Auto
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 125 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 28.023 €
Nissan Juke 1.0 DIG-T Kiiro DCT
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 114 cavalos; consumo médio: 6,3 l/100km; preço base: 28.500 €
Opel Mokka 1.2T 130 cv CA8
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,9 l/100 km; preço base: 28.145 €
Motor
O pequeno bloco de apenas um litro e três cilindros, tem cerca de 110 cavalos para oferecer à dinâmica do Taigo. E com a ajuda da caixa de velocidades automática de dupla embraiagem DSG, o seu funcionamento é bastante linear e inclui o tradicional tom dos três cilindros no ativo. Este valor de potência parece estar mesmo à medida deste modelo, e isso percebe-se nas médias de consumo, caso estejamos num dia em que nos temos de despachar um pouco mais depressa. Ainda assim, e de uma forma geral, o bloco de um litro chega bem para as encomendas, mas se este for mesmo um ponto de grande importância, se calhar, o melhor é mesmo investir mais quatro mil euros e apostar na versão de 1,5 litros e 150 cavalos. Também inclui o nível de equipamento R-Line e a caixa DSG, as médias de consumo são parecidas, mas os 40 cavalos extra fazem diferença.
Balanço final
Num mundo forrado de SUV de todos os tamanhos e feitios, a Volkswagen descobriu um formato que ainda não tinha. Mas o Taigo revelou ser mais do que uma alternativa estilista, uma vez que o resultado é um T-Roc com mais estilo, com uma bagageira enorme e com um habitáculo que não desilude em termos de espaço, tendo em conta o tamanho da carroçaria. Os preços da versão R-Line já nos deixam a pensar noutras alternativas, mas não podemos negar que este Taigo 1.0 TSI de 110 cavalos com caixa DSG que tivemos oportunidade de testar seja uma excelente hipótese para um agregado familiar de quatro elementos.
– Desenho original
– Espaço a bordo
– Bagageira
– Motor “à justa”
– Suspensão branda
– Indecisões da caixa DSG
Ficha técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, gasolina, turbo
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/n.d.
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática DSG de sete velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson/Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9
Velocidade máxima (km/h): 191
Consumos misto (l/100 km): 5,0
Emissões CO2 (gr/km): 111
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.266/1.757/1.515
Distância entre eixos (mm): 2.554
Largura de vias (fr/tr mm): 1.531/1.516
Peso (kg): 1.260
Capacidade da bagageira (l): 440
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 215/45 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): 31.451 €
Preço da versão base (Euros): 29.514 €
Preço da versão base (Euros): 29.514€
0 comentários