Volkswagen T-ROC 1.0 TSI ‘T-ROC.PT’ – Ensaio Teste
Feito em Portugal, para portugueses
Ainda que a maioria dos automóveis produzidos na fábrica de Palmela se destinem a exportação, há uma pequena percentagem que se mantém em Portugal. E por entre essa mesma percentagem, agora, há mesmo uma versão criada especificamente para o nosso mercado. O Volkswagen T-ROC.pt reúne alguns dos opcionais que costumam ser os mais solicitados pelos consumidores nacionais, ficando ainda mais exclusivo e interessante, uma vez que se trata de um T-ROC “só nosso”.
Texto: André Mendes
– Equipamento;
– Condução;
– Versão exclusiva;
– Preço;
– Alguns acabamentos a bordo;
Exterior
Não é o mais pequeno dos SUV da gama Volkswagen, uma vez que ainda há o T-Cross abaixo deste, mas o T-ROC oferece um tamanho compacto com os seus 4,24 metros de comprimento, que se utilizam perfeitamente em cidade. O visual de SUV é oferecido pela maior distância ao solo e pelas aplicações extra na carroçaria. E no caso da unidade ensaiada, com o exclusivo patamar de equipamento T-ROC.PT, ainda são adicionadas as jantes de liga leve com 17 polegadas e os vidros traseiros escurecidos. De resto, estamos perante um T-ROC da nova geração, já com o novo desenho dos pára-choques e grupos óticos, que o deixam mais rejuvenescido e apelativo. E para que não haja dúvidas de que este é o “nosso” T-ROC, o pilar traseiro conta com o logo específico desta versão que recebemos pintada com o interessante tom Azul Petroleum, mais original que os tradicionais tons de cinzento.
Interior
A bordo, e tendo em conta que esta versão usa a opção de acesso à gama como ponto de partida, já encontramos um bom conjunto de elementos que deixam o T-ROC num patamar cativante. Há alguns plásticos mais rígidos, mas pouco percetíveis e uma qualidade geral que aumentou bastante face à geração anterior. Em termos de espaço, o T-ROC não desilude em nada, mesmo nos lugares traseiros e especialmente na bagageira que soma 440 litros de capacidade. A posição de condução é boa e os assentos confortáveis. Felizmente, os comandos táteis não tomaram este modelo de assalto e apenas os encontramos nos comandos da climatização, sendo simples de utilizar logo após as primeiras vezes. Menos positiva é a diferença entre os acabamentos dos painéis laterais nos lugares da frente e nos traseiros, que já não têm direito a um friso cinzento como acontece nas portas dianteiras.
Equipamento
Usando um Volkswagen T-ROC ‘Life’ como ponto de partida, a marca começou por adicionar alguns dos elementos que os consumidores do nosso mercado costumam solicitar quase sempre, tais como as jantes de liga leve na medida acima (17 polegadas em vez das de 16) e os vidros traseiros escurecidos. No habitáculo, o tablier é em “Slush”, o volante multifunções é forrado em couro, está presente o ‘digital cockpit’ e o rádio ‘Ready to Discover’, mas também a Wireless App Connect, que nos permite, por exemplo, usar o Apple CarPlay ou o Android Auto sem a utilização de cabos, e ainda o sistema de ar condicionado Climatronic de duas zonas com comandos touch.
Além disto, a versão T-ROC.PT conta ainda com faróis dianteiro em LED, o sistema Park-Assist, espelhos retrovisores rebatíveis eletricamente, barras de tejadilho em preto, os vidros escurecidos e as jantes de liga leve de 17 polegadas “Johannesburg” de que já lhe tínhamos falado.
Consumos
No que diz respeito às médias de consumo, a marca declara apenas seis litros para cada 100 quilómetros. E na realidade foi precisamente nesse patamar em que andámos quase sempre, nunca chegando a passar para os sete. E no final do ensaio, o computador de bordo indicava 6,8 litros de média, o que nos parece perfeitamente adequado à condução que efetuámos, sem grandes abusos, com uma boa dose de autoestrada e diversas pequenas deslocações em ambiente urbano. E sempre com muita chuva à mistura.
Ao Volante
Seja em cidade ou em estrada, o Volkswagen T-ROC é uma daquelas soluções perfeitas para o dia-a-dia, com tudo o que precisamos do ponto de vista prático e sem nenhuma condicionante de utilização que nos torça o nariz como ponto menos positivo. É bastante prático e tantos os sensores como o sistema de ajuda ao estacionamento dão uma boa ajuda nas manobras mais complicadas. A suspensão absorve muitas das irregularidades do piso e em conjunto com as jantes de 17 polegadas também conseguimos um bom compromisso entre conforto e dinâmica, ainda que esta versão 1.0 TSI não seja a mais indicada para uma atitude mais desportiva.
Motor
O Volkswagen T-ROC é mais um dos muitos modelos que casa perfeitamente com este bloco de um litro do Grupo Volkswagen. Os 110 cavalos de potência são à medida da maioria das solicitações que lhe são feitas e estão de acordo com as vias urbanas cheias de radares que temos em Lisboa, por exemplo, onde muitas das vezes até circulamos apenas na primeira relação por estarmos em pára-arranca. Aliás, é justamente por essa razão é que este português que vos escreve até preferia uma caixa automática DSG, em vez da tradicional opção manual de seis relações que acompanha a unidade ensaiada.
Em autoestrada, a caixa manual não faz qualquer diferença pois circulamos quase sempre em sexta, mas basta o ponteiro do velocímetro baixar um pouco, para que se tenham de usar as duas relações abaixo. E se há coisa que o 1.0 TSI não gosta é de ver o ponteiro do conta-rotações descer para perto das 2.000 rpm, levando as sugestões ecológicas à loucura e quase ao ponto de nos agredir fisicamente, se pudessem, se não trocarmos para a relação aconselhada. Se o fizermos, no entanto, o T-ROC perde potência e obriga-nos a selecionar novamente uma (ou mesmo duas) mudanças abaixo da indicada.
Por todas essas razões e para as voltinhas de cidade, a caixa automática ainda nos parece ser a melhor opção. Mas para isso, já era necessário optar pelo T-ROC que também vem acompanhado do motor 1.5 TSI de 110 cavalos e que custa mais cinco mil euros do que este.
Balanço Final
Simples, exclusivo e um motivo de orgulho para os portugueses por ser construído em solo nacional. O Volkswagen T-ROC é um dos modelos simples, que não desilude em quase nada. No entanto, por 30 mil euros, não ficamos muito longe do que é pedido pela versão Style, que também já inclui muitas destas coisas no seu equipamento de série e um nível de acabamentos um pouco mais recheado, seja no exterior como no interior.
Concorrentes
Hyundai Bayon 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 22.155 €
Kia Stonic 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 23.275 €
Opel Mokka GS Line 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 25.230 €
Peugeot 2008 GT 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 28.290 €
Seat Ateca 1.0 TSI Style
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 31.083 €
Škoda Karoq 1.0 TSI Ambition
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 29.903 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,8
Velocidade máxima (km/h): 185
Consumos misto (l/100 km): 6,0
Emissões CO2 (g/km): 135
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.244/1.819/1.559
Distância entre eixos (mm): 2.590
Largura de vias (fr/tr mm): 1.549/1.541
Peso (kg): 1.337
Capacidade da bagageira (l): 445
Depósito (l): 50
Pneus (fr/tr): 215/55 R17
Preço da versão ensaiada (Euros): 31.614 €
Preço da versão base (Euros): 30.236 €
Mais/Menos
Mais
– Equipamento;
– Condução;
– Versão exclusiva;
Menos
– Preço;
– Alguns acabamentos a bordo;
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 31614€
Preço da versão base (Euros): 30236€
Exterior
Não é o mais pequeno dos SUV da gama Volkswagen, uma vez que ainda há o T-Cross abaixo deste, mas o T-ROC oferece um tamanho compacto com os seus 4,24 metros de comprimento, que se utilizam perfeitamente em cidade. O visual de SUV é oferecido pela maior distância ao solo e pelas aplicações extra na carroçaria. E no caso da unidade ensaiada, com o exclusivo patamar de equipamento T-ROC.PT, ainda são adicionadas as jantes de liga leve com 17 polegadas e os vidros traseiros escurecidos. De resto, estamos perante um T-ROC da nova geração, já com o novo desenho dos pára-choques e grupos óticos, que o deixam mais rejuvenescido e apelativo. E para que não haja dúvidas de que este é o “nosso” T-ROC, o pilar traseiro conta com o logo específico desta versão que recebemos pintada com o interessante tom Azul Petroleum, mais original que os tradicionais tons de cinzento.
Interior
A bordo, e tendo em conta que esta versão usa a opção de acesso à gama como ponto de partida, já encontramos um bom conjunto de elementos que deixam o T-ROC num patamar cativante. Há alguns plásticos mais rígidos, mas pouco percetíveis e uma qualidade geral que aumentou bastante face à geração anterior. Em termos de espaço, o T-ROC não desilude em nada, mesmo nos lugares traseiros e especialmente na bagageira que soma 440 litros de capacidade. A posição de condução é boa e os assentos confortáveis. Felizmente, os comandos táteis não tomaram este modelo de assalto e apenas os encontramos nos comandos da climatização, sendo simples de utilizar logo após as primeiras vezes. Menos positiva é a diferença entre os acabamentos dos painéis laterais nos lugares da frente e nos traseiros, que já não têm direito a um friso cinzento como acontece nas portas dianteiras.
Equipamento
Usando um Volkswagen T-ROC ‘Life’ como ponto de partida, a marca começou por adicionar alguns dos elementos que os consumidores do nosso mercado costumam solicitar quase sempre, tais como as jantes de liga leve na medida acima (17 polegadas em vez das de 16) e os vidros traseiros escurecidos. No habitáculo, o tablier é em “Slush”, o volante multifunções é forrado em couro, está presente o ‘digital cockpit’ e o rádio ‘Ready to Discover’, mas também a Wireless App Connect, que nos permite, por exemplo, usar o Apple CarPlay ou o Android Auto sem a utilização de cabos, e ainda o sistema de ar condicionado Climatronic de duas zonas com comandos touch.
Além disto, a versão T-ROC.PT conta ainda com faróis dianteiro em LED, o sistema Park-Assist, espelhos retrovisores rebatíveis eletricamente, barras de tejadilho em preto, os vidros escurecidos e as jantes de liga leve de 17 polegadas “Johannesburg” de que já lhe tínhamos falado.
Consumos
No que diz respeito às médias de consumo, a marca declara apenas seis litros para cada 100 quilómetros. E na realidade foi precisamente nesse patamar em que andámos quase sempre, nunca chegando a passar para os sete. E no final do ensaio, o computador de bordo indicava 6,8 litros de média, o que nos parece perfeitamente adequado à condução que efetuámos, sem grandes abusos, com uma boa dose de autoestrada e diversas pequenas deslocações em ambiente urbano. E sempre com muita chuva à mistura.
Ao volante
Seja em cidade ou em estrada, o Volkswagen T-ROC é uma daquelas soluções perfeitas para o dia-a-dia, com tudo o que precisamos do ponto de vista prático e sem nenhuma condicionante de utilização que nos torça o nariz como ponto menos positivo. É bastante prático e tantos os sensores como o sistema de ajuda ao estacionamento dão uma boa ajuda nas manobras mais complicadas. A suspensão absorve muitas das irregularidades do piso e em conjunto com as jantes de 17 polegadas também conseguimos um bom compromisso entre conforto e dinâmica, ainda que esta versão 1.0 TSI não seja a mais indicada para uma atitude mais desportiva.
Concorrentes
Hyundai Bayon 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 22.155 €
Kia Stonic 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 23.275 €
Opel Mokka GS Line 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 100 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 25.230 €
Peugeot 2008 GT 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,6 l/100km; preço base: 28.290 €
Seat Ateca 1.0 TSI Style
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 31.083 €
Škoda Karoq 1.0 TSI Ambition
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,8 l/100km; preço base: 29.903 €
Motor
O Volkswagen T-ROC é mais um dos muitos modelos que casa perfeitamente com este bloco de um litro do Grupo Volkswagen. Os 110 cavalos de potência são à medida da maioria das solicitações que lhe são feitas e estão de acordo com as vias urbanas cheias de radares que temos em Lisboa, por exemplo, onde muitas das vezes até circulamos apenas na primeira relação por estarmos em pára-arranca. Aliás, é justamente por essa razão é que este português que vos escreve até preferia uma caixa automática DSG, em vez da tradicional opção manual de seis relações que acompanha a unidade ensaiada.
Em autoestrada, a caixa manual não faz qualquer diferença pois circulamos quase sempre em sexta, mas basta o ponteiro do velocímetro baixar um pouco, para que se tenham de usar as duas relações abaixo. E se há coisa que o 1.0 TSI não gosta é de ver o ponteiro do conta-rotações descer para perto das 2.000 rpm, levando as sugestões ecológicas à loucura e quase ao ponto de nos agredir fisicamente, se pudessem, se não trocarmos para a relação aconselhada. Se o fizermos, no entanto, o T-ROC perde potência e obriga-nos a selecionar novamente uma (ou mesmo duas) mudanças abaixo da indicada.
Por todas essas razões e para as voltinhas de cidade, a caixa automática ainda nos parece ser a melhor opção. Mas para isso, já era necessário optar pelo T-ROC que também vem acompanhado do motor 1.5 TSI de 110 cavalos e que custa mais cinco mil euros do que este.
Balanço final
Simples, exclusivo e um motivo de orgulho para os portugueses por ser construído em solo nacional. O Volkswagen T-ROC é um dos modelos simples, que não desilude em quase nada. No entanto, por 30 mil euros, não ficamos muito longe do que é pedido pela versão Style, que também já inclui muitas destas coisas no seu equipamento de série e um nível de acabamentos um pouco mais recheado, seja no exterior como no interior.
– Equipamento;
– Condução;
– Versão exclusiva;
– Preço;
– Alguns acabamentos a bordo;
Ficha técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,8
Velocidade máxima (km/h): 185
Consumos misto (l/100 km): 6,0
Emissões CO2 (g/km): 135
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.244/1.819/1.559
Distância entre eixos (mm): 2.590
Largura de vias (fr/tr mm): 1.549/1.541
Peso (kg): 1.337
Capacidade da bagageira (l): 445
Depósito (l): 50
Pneus (fr/tr): 215/55 R17
Preço da versão ensaiada (Euros): 31.614 €
Preço da versão base (Euros): 30.236 €
Preço da versão base (Euros): 30236€
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