Volkswagen Golf TDI 115 Life – Ensaio Teste
Volkswagen Golf TDI 115 Life
Texto: José Manuel Costa ([email protected])
A versão certa para Portugal
Quando falamos do Golf pensamos, imediatamente, na versão a gasóleo com 150 CV que já ensaiámos. Porém, após passar uns dias com a versão de 115 CV do motor 2.0 TDI, a minha opinião diz que este é o motor ideal para o mercado nacional. E explico porquê neste ensaio.
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Refinado, Comportamento, Vida a bordo
Painel de instrumentos menos feliz, alguns “gremlins” eletrónicos
Exterior
Pontuação 7/10 A base do Golf é a mesma de sempre, ou seja, a MQB, melhorada no que toca à rigidez e sem mais nenhuma alteração seja ela estrutural ou outra. As dimensões desta oitava geração são ligeiramente diferentes face à anterior: 29 mm mais no comprimento, 10 mm mais largo e 4 mm mais alto. A distância entre eixos, claro, ficou na mesma, mas a eficiência aerodinâmica melhorou (coeficiente de arrasto de 0.27 contra 0,30 do anterior). A oitava geração do Golf deixa de oferecer a versão de três portas. No que toca ao estilo, uma vez mais, a evolução é palavra de ordem. Mas o carro ganhou personalidade, nomeadamente, com a frente baixa e onde estão os faróis LED com um desenho que foge aos cânones da Volkswagen e do Golf, sendo, na minha opinião, a parte menos consensual do carro. Mas, pelo menos, é diferente e o resto do carro acaba por perder protagonismo, nomeadamente, a linha de cintura que corre dos faróis aos farolins, dando maior músculo ao aspeto geral do carro. Para os que gostam de coisas mais tecnológicas, a VW propõe o pacote opcional IQ Light. Este pacote de luzes inclui o controlo automático dos máximos, farolins LED que desenham um grafismo e os indicadores de mudança de direção ativos.
Interior
Pontuação 8/10 Se no exterior as coisas pouco mudaram, no interior há uma enorme revolução. O novo tabliê e painel de instrumentos chama-se “Innovision” e abraça numa só peça o ecrã digital que faz de painel de instrumentos (com 10,3 polegadas) e o ecrã que funciona como base do sistema de info entretenimento e não só, com 10 polegadas nesta versão Life. Mesmo que o cinzentismo se mantenha nas cores, com o preto e o cinzento a dominar, destaca-se a alavanca da caixa de velocidades manual que deixa a consola central menos harmoniosa que com a caixa DSG. Não há botões exceto o que controla o arranque do motor e o travão de mão elétrico. No tabliê também não há botões físicos, substituídos por pequenos painéis sensíveis ao toque, tal como num smartphone. A qualidade percecionada e real, continua elevada, mas há muito mais plásticos duros, escondidos, é verdade, mas que não era hábito ver. Claro que o Golf continua bem construído, de forma sólida, mas fica a dúvida sobre a qualidade dos plásticos daqui a uns anos.
Equipamento
Pontuação 6/10 Esta versão Life do Golf com o motor 2.0 TDI 115 CV, oferece uma base de equipamento interessante. Além das jantes de 16 polegadas, sistema de segurança, carregamento do telefone sem fios, ar condicionado automático, adiciona bancos dianteiros com regulação em altura, painel de instrumentos digital na versão mais pequena (dai a moldura no ecrã), cruise control adaptativo, faróis LED à frente e atrás, fecho central com comando, tomadas USB-C, preparação para o “We Connect” e “We Connect Plus”, sensores de chuva e luz e toda uma panóplia de sistemas de ajuda á condução, segurança e conectividade. É um bom nível de equipamento que pode ser complementado com os muitos extras disponíveis como pode verificar em www.volkswagen.pt.
Consumos
Pontuação 7/10 O motor turbodiesel com 2 litros de cilindrada surge neste Golf Life na versão de 115 CV e acoplado a uma caixa manual de seis velocidades. Os motores com cilindradas elevadas são mais fáceis de tornar económicos e cumpridores dos limites de emissões e com a caixa bem escalonada, a VW conseguiu homologar um valor de 3,5 l/100 km. Ora, tal como sucedeu com o Golf 2.0 TDI 150 CV, não consegui chegar a essa cifra, porém, a excelência do conjunto e algum cuidado ao volante, o registo final ficou nos 4,1 l/100 km. Sem cuidados especiais e numa utilização como o nosso querido leitor fará, habitualmente, não foi além dos 4,5 l/100 km.
Ao Volante
Pontuação 9/10 O Golf é um carro refinado, com um pisar seguro e suave, equilibrado e preciso, com uma direção mais direta com o carro a mostrar-se mais ágil e direto. O carro que utilizei neste ensaio tinha o eixo traseiro de torção e não o de rodas independentes. Há quatro modos de condução (Eco, Comfort, Sport e Individual), a direção tem assistência variável com o peso correto, precisão fantástica que mantém a trajetória escolhida pelo condutor. A verdade é que o Golf é um regalo para conduzir, devagar ou depressa. Ajudado pela direção e pelo chassis, o carro consegue mudar de direção com agilidade e controla de forma satisfatória os movimentos da carroçaria sejam verticais ou laterais. O eixo traseiro não prejudica o comportamento, apenas se nota algum menor refinamento, mantendo-se suave no que toca ao conforto. Impressionou-me a capacidade do Golf a curvar e em várias foram as vezes em que acertei em pequenas lombas e o carro nunca se desconchavou e a pancada é bem absorvida. Em autoestrada, o Golf é imperial, mostrando-se como um belo devorador de quilómetros.
Motor
Pontuação 7/10 O motor deste Golf é o conhecido bloco de 2.0 litros com 115 CV, uma potência que parece escassa, especialmente, face ao mesmo propulsor, mas com 150 CV. Não é verdade, pois tudo o que é preciso fazer quotidianamente, o Golf faz com desenvoltura e em autoestrada é capaz de suportar ritmos interessantes sem mostrar fraqueza. É uma nadinha ruidoso quando necessitamos de puxar por ele e recorrer á bem escalonada caixa manual de seis velocidades, porém, no meu entender, será a única critica que tenho de fazer ao motor deste Golf.
Balanço Final
Pontuação 8/10 Esta é a versão que serve ao mercado nacional: económico, bem equipado, capaz de satisfazer os mais conservadores e os mais tecnológicos, é eficiente e muito confortável com uma excelente posição de condução. Claramente, o bloco 2.0 TDI com 115 CV é o “must have” se desejar ter na sua garagem o, ainda, líder do segmento. Sim, é verdade que a oitava geração do Golf volta a subir a fasquia do segmento, mas é evidente a diminuição da vantagem face aos rivais. Mas, tenho de o dizer, uma vez mais: continuo a pensar que, se calhar, a VW terá ido um pouco longe demais no interior, pois a tradição ainda é o que era e o Golf conheceu sucesso a galope de uma tradição com mais de 40 anos. Veremos se estou errado!
Concorrentes
BMW 116d 1496 c.c. turbodiesel; 116 CV; 270 Nm; 0-100 km/h em 10,3 seg.; 200 km/h; 3,8 – 4,2 l/100 km, 100 – 110 gr/km de CO2; 31.301 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI) Mercedes A180d 1461 c.c. turbodiesel; 116 CV; 260 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg.; 202 km/h; 4,1 – 4,5 l/100 km, 108 – 118 gr/km de CO2; 29.849 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta “Commonrail” e turbo com intercooler Cilindrada (cm3): 1968 Diâmetro x Curso (mm): nd Taxa de Compressão: nd Potência máxima (CV/rpm): 115/3250 – 4000 Binário máximo (Nm/rpm): 300/1600 – 2500 Transmissão: dianteira com caixa manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/eixo de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 9,7 Velocidade máxima (km/h): 202 Consumo misto (l/100 km): 3,5 Emissões CO2 (gr/km): 93 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4284/1789/1456 Distância entre eixos (mm): 2636 Largura de vias (fr/tr mm): 1549/1519 Peso (kg): 1305 Capacidade da bagageira (l): 380/1237 Deposito de combustível (l): 50 (adBlue – 12 litros) Pneus (fr/tr): 205/55 R16
Mais/Menos
Mais
Refinado, Comportamento, Vida a bordo
Menos
Painel de instrumentos menos feliz, alguns “gremlins” eletrónicos
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 32315€
Preço da versão base (Euros): 32315€
Exterior
Pontuação 7/10 A base do Golf é a mesma de sempre, ou seja, a MQB, melhorada no que toca à rigidez e sem mais nenhuma alteração seja ela estrutural ou outra. As dimensões desta oitava geração são ligeiramente diferentes face à anterior: 29 mm mais no comprimento, 10 mm mais largo e 4 mm mais alto. A distância entre eixos, claro, ficou na mesma, mas a eficiência aerodinâmica melhorou (coeficiente de arrasto de 0.27 contra 0,30 do anterior). A oitava geração do Golf deixa de oferecer a versão de três portas. No que toca ao estilo, uma vez mais, a evolução é palavra de ordem. Mas o carro ganhou personalidade, nomeadamente, com a frente baixa e onde estão os faróis LED com um desenho que foge aos cânones da Volkswagen e do Golf, sendo, na minha opinião, a parte menos consensual do carro. Mas, pelo menos, é diferente e o resto do carro acaba por perder protagonismo, nomeadamente, a linha de cintura que corre dos faróis aos farolins, dando maior músculo ao aspeto geral do carro. Para os que gostam de coisas mais tecnológicas, a VW propõe o pacote opcional IQ Light. Este pacote de luzes inclui o controlo automático dos máximos, farolins LED que desenham um grafismo e os indicadores de mudança de direção ativos.
Interior
Pontuação 8/10 Se no exterior as coisas pouco mudaram, no interior há uma enorme revolução. O novo tabliê e painel de instrumentos chama-se “Innovision” e abraça numa só peça o ecrã digital que faz de painel de instrumentos (com 10,3 polegadas) e o ecrã que funciona como base do sistema de info entretenimento e não só, com 10 polegadas nesta versão Life. Mesmo que o cinzentismo se mantenha nas cores, com o preto e o cinzento a dominar, destaca-se a alavanca da caixa de velocidades manual que deixa a consola central menos harmoniosa que com a caixa DSG. Não há botões exceto o que controla o arranque do motor e o travão de mão elétrico. No tabliê também não há botões físicos, substituídos por pequenos painéis sensíveis ao toque, tal como num smartphone. A qualidade percecionada e real, continua elevada, mas há muito mais plásticos duros, escondidos, é verdade, mas que não era hábito ver. Claro que o Golf continua bem construído, de forma sólida, mas fica a dúvida sobre a qualidade dos plásticos daqui a uns anos.
Equipamento
Pontuação 6/10 Esta versão Life do Golf com o motor 2.0 TDI 115 CV, oferece uma base de equipamento interessante. Além das jantes de 16 polegadas, sistema de segurança, carregamento do telefone sem fios, ar condicionado automático, adiciona bancos dianteiros com regulação em altura, painel de instrumentos digital na versão mais pequena (dai a moldura no ecrã), cruise control adaptativo, faróis LED à frente e atrás, fecho central com comando, tomadas USB-C, preparação para o “We Connect” e “We Connect Plus”, sensores de chuva e luz e toda uma panóplia de sistemas de ajuda á condução, segurança e conectividade. É um bom nível de equipamento que pode ser complementado com os muitos extras disponíveis como pode verificar em www.volkswagen.pt.
Consumos
Pontuação 7/10 O motor turbodiesel com 2 litros de cilindrada surge neste Golf Life na versão de 115 CV e acoplado a uma caixa manual de seis velocidades. Os motores com cilindradas elevadas são mais fáceis de tornar económicos e cumpridores dos limites de emissões e com a caixa bem escalonada, a VW conseguiu homologar um valor de 3,5 l/100 km. Ora, tal como sucedeu com o Golf 2.0 TDI 150 CV, não consegui chegar a essa cifra, porém, a excelência do conjunto e algum cuidado ao volante, o registo final ficou nos 4,1 l/100 km. Sem cuidados especiais e numa utilização como o nosso querido leitor fará, habitualmente, não foi além dos 4,5 l/100 km.
Ao volante
Pontuação 9/10 O Golf é um carro refinado, com um pisar seguro e suave, equilibrado e preciso, com uma direção mais direta com o carro a mostrar-se mais ágil e direto. O carro que utilizei neste ensaio tinha o eixo traseiro de torção e não o de rodas independentes. Há quatro modos de condução (Eco, Comfort, Sport e Individual), a direção tem assistência variável com o peso correto, precisão fantástica que mantém a trajetória escolhida pelo condutor. A verdade é que o Golf é um regalo para conduzir, devagar ou depressa. Ajudado pela direção e pelo chassis, o carro consegue mudar de direção com agilidade e controla de forma satisfatória os movimentos da carroçaria sejam verticais ou laterais. O eixo traseiro não prejudica o comportamento, apenas se nota algum menor refinamento, mantendo-se suave no que toca ao conforto. Impressionou-me a capacidade do Golf a curvar e em várias foram as vezes em que acertei em pequenas lombas e o carro nunca se desconchavou e a pancada é bem absorvida. Em autoestrada, o Golf é imperial, mostrando-se como um belo devorador de quilómetros.
Concorrentes
BMW 116d 1496 c.c. turbodiesel; 116 CV; 270 Nm; 0-100 km/h em 10,3 seg.; 200 km/h; 3,8 – 4,2 l/100 km, 100 – 110 gr/km de CO2; 31.301 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI) Mercedes A180d 1461 c.c. turbodiesel; 116 CV; 260 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg.; 202 km/h; 4,1 – 4,5 l/100 km, 108 – 118 gr/km de CO2; 29.849 euros (Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Pontuação 7/10 O motor deste Golf é o conhecido bloco de 2.0 litros com 115 CV, uma potência que parece escassa, especialmente, face ao mesmo propulsor, mas com 150 CV. Não é verdade, pois tudo o que é preciso fazer quotidianamente, o Golf faz com desenvoltura e em autoestrada é capaz de suportar ritmos interessantes sem mostrar fraqueza. É uma nadinha ruidoso quando necessitamos de puxar por ele e recorrer á bem escalonada caixa manual de seis velocidades, porém, no meu entender, será a única critica que tenho de fazer ao motor deste Golf.
Balanço final
Pontuação 8/10 Esta é a versão que serve ao mercado nacional: económico, bem equipado, capaz de satisfazer os mais conservadores e os mais tecnológicos, é eficiente e muito confortável com uma excelente posição de condução. Claramente, o bloco 2.0 TDI com 115 CV é o “must have” se desejar ter na sua garagem o, ainda, líder do segmento. Sim, é verdade que a oitava geração do Golf volta a subir a fasquia do segmento, mas é evidente a diminuição da vantagem face aos rivais. Mas, tenho de o dizer, uma vez mais: continuo a pensar que, se calhar, a VW terá ido um pouco longe demais no interior, pois a tradição ainda é o que era e o Golf conheceu sucesso a galope de uma tradição com mais de 40 anos. Veremos se estou errado!
Refinado, Comportamento, Vida a bordo
MenosPainel de instrumentos menos feliz, alguns “gremlins” eletrónicos
Ficha técnica
Motor Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta “Commonrail” e turbo com intercooler Cilindrada (cm3): 1968 Diâmetro x Curso (mm): nd Taxa de Compressão: nd Potência máxima (CV/rpm): 115/3250 – 4000 Binário máximo (Nm/rpm): 300/1600 – 2500 Transmissão: dianteira com caixa manual de 6 velocidades Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/eixo de torção Travões (fr/tr): discos ventilados/discos Prestações e consumos Aceleração 0-100 km/h (s): 9,7 Velocidade máxima (km/h): 202 Consumo misto (l/100 km): 3,5 Emissões CO2 (gr/km): 93 Dimensões e pesos Comprimento/Largura/Altura (mm): 4284/1789/1456 Distância entre eixos (mm): 2636 Largura de vias (fr/tr mm): 1549/1519 Peso (kg): 1305 Capacidade da bagageira (l): 380/1237 Deposito de combustível (l): 50 (adBlue – 12 litros) Pneus (fr/tr): 205/55 R16
Preço da versão base (Euros): 32315€
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