Volkswagen Golf 1.0 TSI Sportline – Ensaio Teste
Encomenda especial
A mais recente geração do Volkswagen Golf não tem recebido a mesma dose de protagonismo de alguns dos seus antecessores, mas o facto de esta nova opção estar associada a um motor 1.0 TSI de 110 cavalos e a uma designação que até soa a desportivo, faz com que ganhe instantaneamente a curiosidade de uma enorme fatia de consumidores, quase como se tivesse sido feita de encomenda para o mercado nacional.
Texto: André Mendes
- Motor;
- Consumos;
- Dinâmica;
- Imagem mais sóbria e menos arrojada;
- Comandos táteis;
- Bagageira acanhada;
Exterior
Nada de novo. Com a designação Sportline, quase que esperávamos uma imagem mais desportiva e até mais aproximada a versões como o GTI, por exemplo. Mas não. A Sportline é agora a opção que representa a entrada nesta gama, muito próxima da Life. No exterior, e além da estética mais moderna da oitava geração do Volkswagen Golf, que nos apresentou uma secção dianteira com um desenho mais original e que nem sempre reuniu consenso, mas também uma secção traseira com ângulos mais definidos e bem-conseguida, estão presentes jantes de liga leve com 17 polegadas de diâmetro e pára-choques com um visual que até pode ser um pouco desportivo, mas que traduz apenas a imagem que os designers da marca quiseram passar para este modelo, de uma forma geral.
O tom mais escuro escolhido para a carroçaria desta versão também a torna mais discreta, mas não faltam elementos como o sistema de abertura da porta traseira, que transforma o logótipo da marca numa alavanca, ou o sistema de iluminação totalmente em LED.
Interior
A ideia de simplicidade que conhecemos lá fora, mantém-se também no habitáculo, com diversos traços minimalistas e assentos de visual mais convencional, mas que permite uma posição confortável ao volante. Em termos de espaço disponível, o Golf continua a ser um pequeno familiar, não estando, por isso, naquele patamar de espaço a que nos começamos a habituar nos automóveis elétricos com uma maior distância entre eixos. Ainda assim, e para quem se senta atrás, o Golf acaba por não desiludir, uma vez que o habitáculo tem uma boa medida em altura um espaço total muito semelhante ao do seu antecessor. A bagageira mantém um bom acesso, uma capacidade de 380 litros e um piso amovível que se pode colocar em duas alturas distintas e ainda esconde um outro espaço de arrumação por baixo deste.
Na frente, as mudanças já são mais significativas, com destaque para a consola central, também minimalista, mas que nesta versão tem de reservar espaço para o comando da caixa de velocidades manual. Mesmo em frente ao condutor, o painel de instrumentos totalmente digital contribui para o visual mais sofisticado, o que também acontece com o monitor central tátil e com os outros comandos táteis que requerem alguma habituação, mas não destoam do conjunto.
Equipamento
Neste Volkswagen Golf 1.0 TSI Sportline, estão apenas incluídas as jantes de liga leve “Ventura”, com 17 polegadas de diâmetro e pára-choques que parecem ser mais desportivos, mas que são precisamente iguais a todas as outras versões de acesso nesta gama. No equipamento fornecido de série com este nível de equipamento, já estão incluídos elementos como o sistema de iluminação em LED e o pacote “Lights & Vision”, mas também a instrumentação Digital Cockpit Pro, a iluminação ambiente no habitáculo, o Cruise Control adaptativo, os sensores de estacionamento à frente e atrás e a possibilidade de ligarmos o nosso telefone ao sistema do carro, sem fios, e usufruir das vantagens dos sistemas Apple CarPlay ou Android Auto.
Consumos
O pequeno motor de apenas um litro não só se revelou uma surpresa em termos de rendimento, como também no que diz respeito à quantidade de combustível que precisa para percorrer cada 100 quilómetros. Segundo a Volkswagen, são necessários apenas 4,6 litros de gasolina para percorrer esta distância, mas nós acabámos por precisar de um pouco mais, fechando a média final do ensaio nos 5,4 litros, o que está longe de ser um valor preocupante.
Ao Volante
Mesmo com a configuração de suspensão traseira menos elaborada com um eixo de torção, em vez de uma solução multibraços, uma diferença que costumamos verificar nas opções de motor mais compacto da gama, o comportamento dinâmico do Golf não desilude. É sempre necessário ir percebendo se o motor de apenas um litro está num dos seus muito bons momentos, de forma a incutir o ritmo necessário e depois, resta deixar que seja o chassis a fazer o resto, algo que faz muito bem, oferecendo sempre uma dose de confiança elevada.
Em cidade e no meio da rotina diária, o Golf é um Golf. Ou seja, faz bem tudo o que lhe pedirmos, nem bem, nem mal, mas tal como era suposto. Era um trunfo que assolava muitos dos seus principais rivais há uns anos e que se mantém, sendo esta uma das fortes razões da escolha de um Volkswagen Golf.
Motor
Se abrirmos o capot deste Golf, ficamos a pensar (em tom de piada) que a Volkswagen instalou uma máquina de costura no lugar da motorização térmica. É que, são apenas mil centímetros cúbicos, apenas três cilindros e 110 cavalos de potência. No papel, e tendo em conta que o Golf é um pouco maior do que os modelos em que costumamos ver está escolha, ficamos a pensar se o pequeno 1.0 será suficiente. Mas depois de o conduzirmos uns minutos, as dúvidas desfazem-se facilmente. É claro que não podemos esperar as prestações de um desportivo, obviamente, mas, por outro lado, se não soubéssemos, o motor de apenas um litro também não seria a primeira escolha se tentássemos adivinhar. Os 110 cavalos do motor TSI de apenas um litro revela ter muito mais fôlego do que poderíamos imaginar e é praticamente à prova de erros, mesmo quando o tentamos contrariar com uma relação demasiado alta ou baixa.
Balanço Final
Mesmo com uma estética que rompe com o passado em diversos pontos, o Volkswagen Golf continua muito igual a si mesmo, mas agora, com muito mais rivais para discutir a sua posição na agressiva categoria dos familiares compactos. E com os préstimos do motor 1.0 TSI de 110 cavalos, ficamos com um modelo ainda mais próximo das necessidades da grande maioria dos condutores.
Concorrentes
Audi A3 Sportback 30 TFSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 30.199 €
BMW 116i
Motor: três cilindros, 1.5 litros, turbo; potência: 109 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 31.516 €
Hyundai i30 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 120 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 26.415 €
Opel Astra 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,4 l/100km; preço base: 26.780 €
Peugeot 308 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 25.620 €
Seat Leon 1.0 TSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 28.652 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,2
Velocidade máxima (km/h): 202
Consumos misto (l/100 km): 4,6
Emissões CO2 (g/km): 125
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.286/1.789/1.491
Distância entre eixos (mm): 2.619
Largura de vias (fr/tr mm): 1.549/1.519
Peso (kg): 1.302
Capacidade da bagageira (l): 380
Depósito (l): 45
Pneus (fr/tr): 225/45 R17
Preço da versão ensaiada (Euros): 28.757 €
Preço da versão base (Euros): 28.270 €
Mais/Menos
Mais
- Motor;
- Consumos;
- Dinâmica;
Menos
- Imagem mais sóbria e menos arrojada;
- Comandos táteis;
- Bagageira acanhada;
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 28757€
Preço da versão base (Euros): 28270€
Exterior
Nada de novo. Com a designação Sportline, quase que esperávamos uma imagem mais desportiva e até mais aproximada a versões como o GTI, por exemplo. Mas não. A Sportline é agora a opção que representa a entrada nesta gama, muito próxima da Life. No exterior, e além da estética mais moderna da oitava geração do Volkswagen Golf, que nos apresentou uma secção dianteira com um desenho mais original e que nem sempre reuniu consenso, mas também uma secção traseira com ângulos mais definidos e bem-conseguida, estão presentes jantes de liga leve com 17 polegadas de diâmetro e pára-choques com um visual que até pode ser um pouco desportivo, mas que traduz apenas a imagem que os designers da marca quiseram passar para este modelo, de uma forma geral.
O tom mais escuro escolhido para a carroçaria desta versão também a torna mais discreta, mas não faltam elementos como o sistema de abertura da porta traseira, que transforma o logótipo da marca numa alavanca, ou o sistema de iluminação totalmente em LED.
Interior
A ideia de simplicidade que conhecemos lá fora, mantém-se também no habitáculo, com diversos traços minimalistas e assentos de visual mais convencional, mas que permite uma posição confortável ao volante. Em termos de espaço disponível, o Golf continua a ser um pequeno familiar, não estando, por isso, naquele patamar de espaço a que nos começamos a habituar nos automóveis elétricos com uma maior distância entre eixos. Ainda assim, e para quem se senta atrás, o Golf acaba por não desiludir, uma vez que o habitáculo tem uma boa medida em altura um espaço total muito semelhante ao do seu antecessor. A bagageira mantém um bom acesso, uma capacidade de 380 litros e um piso amovível que se pode colocar em duas alturas distintas e ainda esconde um outro espaço de arrumação por baixo deste.
Na frente, as mudanças já são mais significativas, com destaque para a consola central, também minimalista, mas que nesta versão tem de reservar espaço para o comando da caixa de velocidades manual. Mesmo em frente ao condutor, o painel de instrumentos totalmente digital contribui para o visual mais sofisticado, o que também acontece com o monitor central tátil e com os outros comandos táteis que requerem alguma habituação, mas não destoam do conjunto.
Equipamento
Neste Volkswagen Golf 1.0 TSI Sportline, estão apenas incluídas as jantes de liga leve “Ventura”, com 17 polegadas de diâmetro e pára-choques que parecem ser mais desportivos, mas que são precisamente iguais a todas as outras versões de acesso nesta gama. No equipamento fornecido de série com este nível de equipamento, já estão incluídos elementos como o sistema de iluminação em LED e o pacote “Lights & Vision”, mas também a instrumentação Digital Cockpit Pro, a iluminação ambiente no habitáculo, o Cruise Control adaptativo, os sensores de estacionamento à frente e atrás e a possibilidade de ligarmos o nosso telefone ao sistema do carro, sem fios, e usufruir das vantagens dos sistemas Apple CarPlay ou Android Auto.
Consumos
O pequeno motor de apenas um litro não só se revelou uma surpresa em termos de rendimento, como também no que diz respeito à quantidade de combustível que precisa para percorrer cada 100 quilómetros. Segundo a Volkswagen, são necessários apenas 4,6 litros de gasolina para percorrer esta distância, mas nós acabámos por precisar de um pouco mais, fechando a média final do ensaio nos 5,4 litros, o que está longe de ser um valor preocupante.
Ao volante
Mesmo com a configuração de suspensão traseira menos elaborada com um eixo de torção, em vez de uma solução multibraços, uma diferença que costumamos verificar nas opções de motor mais compacto da gama, o comportamento dinâmico do Golf não desilude. É sempre necessário ir percebendo se o motor de apenas um litro está num dos seus muito bons momentos, de forma a incutir o ritmo necessário e depois, resta deixar que seja o chassis a fazer o resto, algo que faz muito bem, oferecendo sempre uma dose de confiança elevada.
Em cidade e no meio da rotina diária, o Golf é um Golf. Ou seja, faz bem tudo o que lhe pedirmos, nem bem, nem mal, mas tal como era suposto. Era um trunfo que assolava muitos dos seus principais rivais há uns anos e que se mantém, sendo esta uma das fortes razões da escolha de um Volkswagen Golf.
Concorrentes
Audi A3 Sportback 30 TFSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 30.199 €
BMW 116i
Motor: três cilindros, 1.5 litros, turbo; potência: 109 cavalos; consumo médio: 5,7 l/100km; preço base: 31.516 €
Hyundai i30 1.0 T-GDi
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 120 cavalos; consumo médio: 6,1 l/100km; preço base: 26.415 €
Opel Astra 1.2 Turbo
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,4 l/100km; preço base: 26.780 €
Peugeot 308 1.2 PureTech
Motor: três cilindros, 1.2 litros, turbo; potência: 130 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 25.620 €
Seat Leon 1.0 TSI
Motor: três cilindros, 1.0 litros, turbo; potência: 110 cavalos; consumo médio: 5,5 l/100km; preço base: 28.652 €
Motor
Se abrirmos o capot deste Golf, ficamos a pensar (em tom de piada) que a Volkswagen instalou uma máquina de costura no lugar da motorização térmica. É que, são apenas mil centímetros cúbicos, apenas três cilindros e 110 cavalos de potência. No papel, e tendo em conta que o Golf é um pouco maior do que os modelos em que costumamos ver está escolha, ficamos a pensar se o pequeno 1.0 será suficiente. Mas depois de o conduzirmos uns minutos, as dúvidas desfazem-se facilmente. É claro que não podemos esperar as prestações de um desportivo, obviamente, mas, por outro lado, se não soubéssemos, o motor de apenas um litro também não seria a primeira escolha se tentássemos adivinhar. Os 110 cavalos do motor TSI de apenas um litro revela ter muito mais fôlego do que poderíamos imaginar e é praticamente à prova de erros, mesmo quando o tentamos contrariar com uma relação demasiado alta ou baixa.
Balanço final
Mesmo com uma estética que rompe com o passado em diversos pontos, o Volkswagen Golf continua muito igual a si mesmo, mas agora, com muito mais rivais para discutir a sua posição na agressiva categoria dos familiares compactos. E com os préstimos do motor 1.0 TSI de 110 cavalos, ficamos com um modelo ainda mais próximo das necessidades da grande maioria dos condutores.
- Motor;
- Consumos;
- Dinâmica;
- Imagem mais sóbria e menos arrojada;
- Comandos táteis;
- Bagageira acanhada;
Ficha técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, turbo, a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Potência máxima (CV/rpm): 110/5.500
Binário máximo (Nm/rpm): 200/2.000-3.000
Tração: Dianteira
Transmissão: Manual de seis velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,2
Velocidade máxima (km/h): 202
Consumos misto (l/100 km): 4,6
Emissões CO2 (g/km): 125
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.286/1.789/1.491
Distância entre eixos (mm): 2.619
Largura de vias (fr/tr mm): 1.549/1.519
Peso (kg): 1.302
Capacidade da bagageira (l): 380
Depósito (l): 45
Pneus (fr/tr): 225/45 R17
Preço da versão ensaiada (Euros): 28.757 €
Preço da versão base (Euros): 28.270 €
Preço da versão base (Euros): 28270€
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