Toyota RAV4 Hybrid – Ensaio Teste
Toyota RAV4 Hybrid Pure Dark 4×2
Texto: Filipe Pinto Mesquita
Para levar em conta
A Toyota é o único SUV de porte médio que apresenta uma solução de motor híbrido a gasolina no nosso país. Com o RAV4 Hybrid e a série especial Pure Dark estão reunidos argumentos para o colocar na guerra dos SUV’s. Lembra-se do primeiro RAV4? Não? Nós relembramos: era um pequeno jipe compacto, de aspeto com look “cool” e irreverente, diferente de tudo o que se fazia em meados dos anos 90 e que, por isso, gozou de imensa popularidade. Se em 1994 já existisse o segmento dos Crossovers, certamente que o RAV4 (as suas iniciais significavam “Recreational Active Vehicle” e o 4 era de quatro rodas motrizes) lá encaixava como uma luva. Mas passou quase um quarto de século. Sim, quase 25 anos e, como é natural nas espécies, mesmo nas automóveis, a evolução só podia ser gigante…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Boas prestações/Conforto
Ruído da Caixa CVT/ESP demasiado sensível
Exterior
Na verdade, o gigantismo das diferenças começa logo no tamanho. Em 24 anos, o RAV 4 cresceu quase 1 metro: 900 mm para sermos mais precisos! Mas a estética também mudou radicalmente. O RAV4 de hoje aparece perfeitamente adaptado ao conceito de SUV moderno, sendo facilmente identificável como tal. Mais do mesmo? Sim ou quase. Com os genes nipónicos evidenciados no design, o SUV da Toyota não deslumbra, mas também não compromete. O desenho da dianteira e da traseira são suficientemente modernos e até atraentes, mas olhado de lado, o RAV4 perde sedução por força da linha de cintura ascendente da frente para trás, que não funciona particularmente bem, em termos estéticos.
Neste caso, na versão Pure Dark, o modelo apresenta algumas pequenas especificidades que lhe dão algum realce (positivo ou negativo, dependendo dos gostos) como as jantes de 18’’ pintadas de negro, “rimando” com os espelhos retrovisores exteriores que receberam também a cor preta, a mesma com que se apresentam as proteções dos para-choques dianteiros e traseiros.
Interior
O preto é, como seria também de esperar, a cor também mais em foco no habitáculo, com os bancos a darem o mote. De resto, o que não é preto no cockpit, é cinzento ou prata, o que faz de imediato notar alguma falta de vivacidade e juventude no interior do RAV4. Mas, neste campo, a Toyota preferiu jogar pelo seguro e não oferecer apontamentos radicais, de cores mais vivas que poderiam facilmente espantar a sua clientela mais fiel de hábitos mais conservadores. Sobriedade é, portanto, a principal nota para quem viaja dentro do RAV4, mas quem o fizer poderá contar com conforto e espaço muito razoáveis, sobretudo nos lugares traseiros onde a habitabilidade é, de facto, grande e apenas prejudicada pelo acesso (devido às portas traseiras serem de pequenas dimensões).
Posição de condução correta, mas sem regulações elétricas nos bancos, a visão para o exterior faz-se do “segundo andar”, sendo, por isso, sempre boa, qualquer que seja o ângulo. Se deixarmos o olhar percorrer todo o tablier vamos deparar-nos com um contraste injustificado de materiais, com plásticos duros na parte superior, e pele de qualidade com pospontos na parte inferior, sendo que a assemblagem não merece qualquer crítica, antes pelo contrário.
Com imagem e design sóbrios, os monitores de instrumentação têm boa visibilidade. Mas o écran central tátil TFT de 7’’, que recebe as ordens do condutor no que ao domínio da plataforma multimédia Toyota Touch2 diz respeito, podia ser mais intuitivo no seu funcionamento, sobretudo, na parte em que é possível explorar os menus da energia elétrica, exceção feita ao gráfico de comutação de energia elétrica da bateria para energia térmica do motor de combustão, facilmente percetível.
Na bagageira, com acesso elétrico, chapeleira retrátil, ganchos de compartimentos estão há disposição 501 litros para preencher, extensíveis até aos 1633 litros com a segunda fila de bancos rebatíveis, através do sistema de rebatimento plano Toyota Easy Flat. Se não for preciso tanto espaço, poder-se-á optar pelo rebatimento dos bancos traseiros (reclináveis) na configuração 60/40.
Equipamento
A lista de equipamento do Rav4 na versão Hybrid Pure Dark não revela falhas graves e percebe-se que só pode ser mais completa porque isso neutralizaria o efeito distintivo da versão Hybrid Exclusive, a do topo da hierarquia do modelo. Comparativamente com essa versão, falta-lhe apenas itens como os faróis LED, o nivelamento automático dos faróis, o sistema de deteção traseiro de aproximação de veículos, o sistema de alerta de ângulo morto e os bancos dianteiros elétricos, com função de memória e aquecidos. De resto, está lá tudo, não faltando elementos para otimizar o conforto, como por exemplo, o ajuste em altura com memória na porta da bagageira, o ar condicionado dual zone, os comandos de áudio no volante, o display multi-informação de 4.2″, os espelhos retrovisores aquecidos, a câmara traseira com linhas de guia dinâmicas, os sensores de chuva e luz, o sistema Follow-me-home, o sistema de iluminação de pés, mas também os suportes para copos, para garrafas (0,5 l) e óculos de sol, sem esquecer as tomadas de 12V à frente e atrás.
O sistema de Audio, Info e Multimédia é oferece 6 Colunas de som, entrada Aux-in, Bluetooth, USB e Display multimedia de 7″ com Toyota Touch 2.
Relativamente à segurança ativa e passiva, os sistemas mais importantes marcam igualmente presença, podendo contar com 7 airbags (joelhos, condutor e passageiro, laterais, cortina), ABS c/ EBD, sistema de aviso de saída de faixa de rodagem, sistema de controlo de tração (TRC), de assistência ao arranque em subida (HAC), de estabilidade (VSC+), de estabilidade para reboques (TSC), cruise control adaptativo, farolins traseiros (Tipo LED), luzes de travagem de emergência (EBS) e dos máximos automáticos, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sistema de aviso de pressão dos pneus (TPWS) e de fixação ISOFIX, tal como sistema de pré-colisão e sistema de reconhecimento de sinais de trânsito.
Consumos
Se olhar para a designação e ficha técnica do RAV4 é capaz de não se livrar de um ligeiro sobressalto: motor de 2.5 litros, a gasolina, não auspicia nada de positivo, em termos de consumos. Mas, felizmente, há a palavra “Hybrid” na cauda da designação, que ameniza o susto. Na prática, o RAV4 fica longe 4,9 l/100 km anunciados, mas os 7,3 l/100 km de média atestados no ensaio tornam-o “civilizado” e acessível para uma boa parte das bolsas.
Ao Volante
Apesar de ser um SUV moderno, o RAV4 não renega as suas tendências de pequeno “jipe”. A sensação de “morar no segundo andar” é a primeira sensação parecida com a que se tem ao volante dos veículos de todo-o-terreno, mas a suspensão macia e a inevitável maior inclinação da carroçaria também contribuem para a sensação, que parece confirmada pela entrada em cena do ESP demasiado cedo, sempre que se aperta o ritmo nas curvas. Mas isso é apenas a segurança a falar mais alto e, por isso, é sempre um aspeto positivo. É que, com um sistema de motorização híbrida, que combina um motor térmico de 2.5 litros que trabalha em ciclo de Atkinson, com um potente motor elétrico, já não ficam à solta poucos cavalos – 197, para sermos mais precisos -, o que faz com que os 1785 kg do RAV4 sejam projetados para a frente com alguma rapidez (8.3s dos 0-100 km/h). O auxiliar o desempenho está uma caixa de velocidades automática acoplada de variação contínua e-CVT, o que se torna numa mais valia a regimes baixos dada a sua suavidade, mas em algo francamente desconfortável (devido ao ruído) sempre que se pisa o acelerador com mais veemência e motor fica em carga. Não sendo híbrido Plug-In, a bateria elétrica carrega-se automaticamente nas reduções e travagens, mas autonomia em modo elétrico é sempre relativamente reduzida e deveras condicionada pelo peso imposto no acelerador. Ainda assim, é possível escolher entre três modos de condução – EV (totalmente elétrico), Eco e Sport -, com a comutação do motor elétrico para o térmico a fazer-se de forma verdadeiramente suave, com claros benefícios ao nível do conforto.
Balanço Final
O RAV4 é o SUV mais vendido em todo o mundo, mas em Portugal está longe de o ser pois o segmento ainda continua prisioneiro das motorizações diesel, algo de que a Toyota, com o incentivo da sua política de eletrificação nos seus modelos, quer cada vez mais distância. O Hybrid associado ao RAV4 pode ser uma boa aposta pela relação qualidade/performances/ consumos, proporcionada. Já o preço, quase nos 41.000 €, não é tão interessante, mesmo se não “mata” o “negócio”.
Concorrentes
Audi Q3 1.4 TFSI (com 150 Cv, a partir de 36.750 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Hyundai Tucson 1.6 GDi Executive (com 132 cv, a partir de 30.976 €)
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Jeep Compass 2.0 MultiJet II 140 cv 4×2 Limited (com 140 Cv, a partir de 33.000 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
KIA Sportage 1.6 GDI ISG Nave Line (com 132 cv, a partir de 29.216 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
MINI Countryman Cooper S (com 192 cv, a partir de 37.051 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 3008 1.2 PureTech 130 Active (com 130 cv, a partir de 30.700 €)
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SEAT Ateca 1.4 TSI Xcellence (com 150 cv, a partir de 29.324 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Kodiak 1.4 TSI 150 cv DSG Ambition (com 150 cv, a partir de 35.989 €)
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen Tiguan 1.4 TSI 150 cv Confortline (com 150 cv, a partir de 35.053 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo XC40 T4 190 (com 190 cv, a partir de 43.191 €)
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Ficha Técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injeção eletrónica
Cilindrada (cm3): 2494
Diâmetro x curso (mm): 90 x 98
Taxa de Compressão: n.d.
Potência: motor térmico (cv): 152/5700
Potência: motor elétrico (cv/kW): 143/105
Potência combinada (cv): 197
Binário máximo: motor térmico (Nm/rpm): 210/4400-4800
Binário máximo: motor elétrico (Nm): 270
Transmissão, direção, suspensão e travões
Transmissão e direção: Dianteira, com caixa automática CVT; direção de pinhão e cremalheira, assistida
Suspensão (fr/tr): Independente McPherson/Eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos
Prestações e Consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,3
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 4.9/4.9/5.0
Emissões de CO2 (g/km): 116
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4605/1845/1675
Distância entre eixos (mm): 2660
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1560/1560
Peso (kg): 1785
Capacidade da bagageira (l): 501 (1633 com os bancos traseiros rebatidos)
Depósito de combustível (l): 56
Pneus (fr/tr): 235/55 R18
Mais/Menos
Mais
Boas prestações/Conforto
Menos
Ruído da Caixa CVT/ESP demasiado sensível
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 40997€
Preço da versão base (Euros): 38690€
Exterior
Na verdade, o gigantismo das diferenças começa logo no tamanho. Em 24 anos, o RAV 4 cresceu quase 1 metro: 900 mm para sermos mais precisos! Mas a estética também mudou radicalmente. O RAV4 de hoje aparece perfeitamente adaptado ao conceito de SUV moderno, sendo facilmente identificável como tal. Mais do mesmo? Sim ou quase. Com os genes nipónicos evidenciados no design, o SUV da Toyota não deslumbra, mas também não compromete. O desenho da dianteira e da traseira são suficientemente modernos e até atraentes, mas olhado de lado, o RAV4 perde sedução por força da linha de cintura ascendente da frente para trás, que não funciona particularmente bem, em termos estéticos.
Neste caso, na versão Pure Dark, o modelo apresenta algumas pequenas especificidades que lhe dão algum realce (positivo ou negativo, dependendo dos gostos) como as jantes de 18’’ pintadas de negro, “rimando” com os espelhos retrovisores exteriores que receberam também a cor preta, a mesma com que se apresentam as proteções dos para-choques dianteiros e traseiros.
Interior
O preto é, como seria também de esperar, a cor também mais em foco no habitáculo, com os bancos a darem o mote. De resto, o que não é preto no cockpit, é cinzento ou prata, o que faz de imediato notar alguma falta de vivacidade e juventude no interior do RAV4. Mas, neste campo, a Toyota preferiu jogar pelo seguro e não oferecer apontamentos radicais, de cores mais vivas que poderiam facilmente espantar a sua clientela mais fiel de hábitos mais conservadores. Sobriedade é, portanto, a principal nota para quem viaja dentro do RAV4, mas quem o fizer poderá contar com conforto e espaço muito razoáveis, sobretudo nos lugares traseiros onde a habitabilidade é, de facto, grande e apenas prejudicada pelo acesso (devido às portas traseiras serem de pequenas dimensões).
Posição de condução correta, mas sem regulações elétricas nos bancos, a visão para o exterior faz-se do “segundo andar”, sendo, por isso, sempre boa, qualquer que seja o ângulo. Se deixarmos o olhar percorrer todo o tablier vamos deparar-nos com um contraste injustificado de materiais, com plásticos duros na parte superior, e pele de qualidade com pospontos na parte inferior, sendo que a assemblagem não merece qualquer crítica, antes pelo contrário.
Com imagem e design sóbrios, os monitores de instrumentação têm boa visibilidade. Mas o écran central tátil TFT de 7’’, que recebe as ordens do condutor no que ao domínio da plataforma multimédia Toyota Touch2 diz respeito, podia ser mais intuitivo no seu funcionamento, sobretudo, na parte em que é possível explorar os menus da energia elétrica, exceção feita ao gráfico de comutação de energia elétrica da bateria para energia térmica do motor de combustão, facilmente percetível.
Na bagageira, com acesso elétrico, chapeleira retrátil, ganchos de compartimentos estão há disposição 501 litros para preencher, extensíveis até aos 1633 litros com a segunda fila de bancos rebatíveis, através do sistema de rebatimento plano Toyota Easy Flat. Se não for preciso tanto espaço, poder-se-á optar pelo rebatimento dos bancos traseiros (reclináveis) na configuração 60/40.
Equipamento
A lista de equipamento do Rav4 na versão Hybrid Pure Dark não revela falhas graves e percebe-se que só pode ser mais completa porque isso neutralizaria o efeito distintivo da versão Hybrid Exclusive, a do topo da hierarquia do modelo. Comparativamente com essa versão, falta-lhe apenas itens como os faróis LED, o nivelamento automático dos faróis, o sistema de deteção traseiro de aproximação de veículos, o sistema de alerta de ângulo morto e os bancos dianteiros elétricos, com função de memória e aquecidos. De resto, está lá tudo, não faltando elementos para otimizar o conforto, como por exemplo, o ajuste em altura com memória na porta da bagageira, o ar condicionado dual zone, os comandos de áudio no volante, o display multi-informação de 4.2″, os espelhos retrovisores aquecidos, a câmara traseira com linhas de guia dinâmicas, os sensores de chuva e luz, o sistema Follow-me-home, o sistema de iluminação de pés, mas também os suportes para copos, para garrafas (0,5 l) e óculos de sol, sem esquecer as tomadas de 12V à frente e atrás.
O sistema de Audio, Info e Multimédia é oferece 6 Colunas de som, entrada Aux-in, Bluetooth, USB e Display multimedia de 7″ com Toyota Touch 2.
Relativamente à segurança ativa e passiva, os sistemas mais importantes marcam igualmente presença, podendo contar com 7 airbags (joelhos, condutor e passageiro, laterais, cortina), ABS c/ EBD, sistema de aviso de saída de faixa de rodagem, sistema de controlo de tração (TRC), de assistência ao arranque em subida (HAC), de estabilidade (VSC+), de estabilidade para reboques (TSC), cruise control adaptativo, farolins traseiros (Tipo LED), luzes de travagem de emergência (EBS) e dos máximos automáticos, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sistema de aviso de pressão dos pneus (TPWS) e de fixação ISOFIX, tal como sistema de pré-colisão e sistema de reconhecimento de sinais de trânsito.
Consumos
Se olhar para a designação e ficha técnica do RAV4 é capaz de não se livrar de um ligeiro sobressalto: motor de 2.5 litros, a gasolina, não auspicia nada de positivo, em termos de consumos. Mas, felizmente, há a palavra “Hybrid” na cauda da designação, que ameniza o susto. Na prática, o RAV4 fica longe 4,9 l/100 km anunciados, mas os 7,3 l/100 km de média atestados no ensaio tornam-o “civilizado” e acessível para uma boa parte das bolsas.
Ao volante
Apesar de ser um SUV moderno, o RAV4 não renega as suas tendências de pequeno “jipe”. A sensação de “morar no segundo andar” é a primeira sensação parecida com a que se tem ao volante dos veículos de todo-o-terreno, mas a suspensão macia e a inevitável maior inclinação da carroçaria também contribuem para a sensação, que parece confirmada pela entrada em cena do ESP demasiado cedo, sempre que se aperta o ritmo nas curvas. Mas isso é apenas a segurança a falar mais alto e, por isso, é sempre um aspeto positivo. É que, com um sistema de motorização híbrida, que combina um motor térmico de 2.5 litros que trabalha em ciclo de Atkinson, com um potente motor elétrico, já não ficam à solta poucos cavalos – 197, para sermos mais precisos -, o que faz com que os 1785 kg do RAV4 sejam projetados para a frente com alguma rapidez (8.3s dos 0-100 km/h). O auxiliar o desempenho está uma caixa de velocidades automática acoplada de variação contínua e-CVT, o que se torna numa mais valia a regimes baixos dada a sua suavidade, mas em algo francamente desconfortável (devido ao ruído) sempre que se pisa o acelerador com mais veemência e motor fica em carga. Não sendo híbrido Plug-In, a bateria elétrica carrega-se automaticamente nas reduções e travagens, mas autonomia em modo elétrico é sempre relativamente reduzida e deveras condicionada pelo peso imposto no acelerador. Ainda assim, é possível escolher entre três modos de condução – EV (totalmente elétrico), Eco e Sport -, com a comutação do motor elétrico para o térmico a fazer-se de forma verdadeiramente suave, com claros benefícios ao nível do conforto.
Concorrentes
Audi Q3 1.4 TFSI (com 150 Cv, a partir de 36.750 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Hyundai Tucson 1.6 GDi Executive (com 132 cv, a partir de 30.976 €)
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Jeep Compass 2.0 MultiJet II 140 cv 4×2 Limited (com 140 Cv, a partir de 33.000 €)
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KIA Sportage 1.6 GDI ISG Nave Line (com 132 cv, a partir de 29.216 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
MINI Countryman Cooper S (com 192 cv, a partir de 37.051 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Peugeot 3008 1.2 PureTech 130 Active (com 130 cv, a partir de 30.700 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
SEAT Ateca 1.4 TSI Xcellence (com 150 cv, a partir de 29.324 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Skoda Kodiak 1.4 TSI 150 cv DSG Ambition (com 150 cv, a partir de 35.989 €)
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volkswagen Tiguan 1.4 TSI 150 cv Confortline (com 150 cv, a partir de 35.053 €)
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Volvo XC40 T4 190 (com 190 cv, a partir de 43.191 €)
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Balanço final
O RAV4 é o SUV mais vendido em todo o mundo, mas em Portugal está longe de o ser pois o segmento ainda continua prisioneiro das motorizações diesel, algo de que a Toyota, com o incentivo da sua política de eletrificação nos seus modelos, quer cada vez mais distância. O Hybrid associado ao RAV4 pode ser uma boa aposta pela relação qualidade/performances/ consumos, proporcionada. Já o preço, quase nos 41.000 €, não é tão interessante, mesmo se não “mata” o “negócio”.
Boas prestações/Conforto
Menos
Ruído da Caixa CVT/ESP demasiado sensível
Ficha técnica
Motor
Tipo: quatro cilindros em linha, injeção eletrónica
Cilindrada (cm3): 2494
Diâmetro x curso (mm): 90 x 98
Taxa de Compressão: n.d.
Potência: motor térmico (cv): 152/5700
Potência: motor elétrico (cv/kW): 143/105
Potência combinada (cv): 197
Binário máximo: motor térmico (Nm/rpm): 210/4400-4800
Binário máximo: motor elétrico (Nm): 270
Transmissão, direção, suspensão e travões
Transmissão e direção: Dianteira, com caixa automática CVT; direção de pinhão e cremalheira, assistida
Suspensão (fr/tr): Independente McPherson/Eixo multibraços
Travões (fr/tr): Discos ventilados/discos
Prestações e Consumos
Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,3
Velocidade máxima (km/h): 180
Consumos urbano/extra-urb./misto (l/100 km): 4.9/4.9/5.0
Emissões de CO2 (g/km): 116
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4605/1845/1675
Distância entre eixos (mm): 2660
Largura das vias (fr/tr) (mm): 1560/1560
Peso (kg): 1785
Capacidade da bagageira (l): 501 (1633 com os bancos traseiros rebatidos)
Depósito de combustível (l): 56
Pneus (fr/tr): 235/55 R18
Preço da versão base (Euros): 38690€
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