Toyota Hilux Tracker 2.8D 4×4 GR Sport- Ensaio Teste
A Toyota já produziu vários modelos míticos, mas poucos terão o peso da Hilux. Sinónimo de durabilidade e fiabilidade, a pick-up da Toyota ganhou a fama de ser indestrutível, mais ainda depois do famoso programa Top Gear evidenciar a sua resistência, num momento televisivo que ficou para a história do programa, da marca e da própria TV.
A Hilux dispensa apresentações. Pegando nessa fama, a Toyota apostou (e bem) na Pick-Up para enfrentar o rali mais duro do mundo, o Dakar, o que fez com sucesso nos últimos anos, com três vitórias desde 2019. Para os fãs da Hilux que não podem participar no Dakar, a Toyota disponibiliza uma versão mais desportiva com o selo GR Sport.
A Toyota Hilux Tracker 2.8D 4×4 GR Sport é a ponte ideal para quem procura uma Pick-Up com um espírito mais desportivo, aventureiro e com alguns detalhes estéticos a condizer. Para esta versão GR Sport, a desenvolveu uma suspensão dedicada, com mais controlo, mas capacidade de resposta e sensação de aderência ao piso. O ensaio foi feito em estrada e por caminhos menos recomendáveis, para testar o que esta Hilux pode fazer.
Capacidade fora de estrada
Espaço para este tipo de carro
Conforto
Equipamento
Exterior
No exterior não existem diferenças significativas face a outras versões da Hilux. Há uns pormenores mais desportivos e uns logótipos GR Sport que nos fazem lembrar que se trata de facto da versão mais apimentada. Trata-se de um veículo imponente, com 5.325 mm de comprimento e 1.815 mm de altura, o que não faz da Hilux a melhor opção para encarar um ambiente mais citadino.
A grelha dianteira proeminente torna-se centro das atenções quando olhamos para a frente da pick-up, num estilo agressivo que, de forma algo estranha, não é continuado no resto da carroçaria. Passando a frente imponente, encontramos linhas mais discretas e modestas, sendo que neste tipo de configuração, não é possível fazer grandes milagres ao nível do design. Mas as semelhanças com a Hilux que a Toyota coloca no Dakar não são muito vincadas.
A grelha dianteira preta tem uma malha em padrão G específica e apresenta uma barra horizontal central proeminente. No lugar habitual do logótipo da marca, surge o nome TOYOTA, escrito por extenso, que evoca os modelos clássicos. Este toque é inspirado no design da 4° geração do início dos anos 80. O design frontal, que transmite robustez, é amplificado por novos e maiores contornos dos faróis de nevoeiro dianteiros. As jantes de liga leve de 17 polegadas surgem com contraste preto e acabamento maquinado. A cor preta está presente no exterior dos espelhos retrovisores, degraus laterais, guarda-lamas e zona de abertura da traseira. Realçando o contraste com o vermelho dos novos amortecedores. Tal como a restante gama de modelos Corolla GR SPORT e Toyota C-HR GR SPORT, o exterior do modelo inclui ainda o discreto logótipo GR SPORT. A caixa de carga tem metro e meio de comprimento.
Interior
Quando entramos para o interior da Hilux GR Sport, não temos qualquer dúvida que estamos perante um modelo GR, pois somos recebidos com uma linha vermelha por baixo de uma padrão fibra de carbono, que percorre todo o tablier. Os novos bancos dianteiros desportivos, apresentam uma combinação de pele preta e camurça sintética com pesponto vermelho. A marca GR SPORT está presente nos encostos dos bancos, tapetes, no botão “Start” e no gráfico de animação do mostrador de informações. Para os que procuram mais controlo, a transmissão permite o controlo manual. Os pedais desportivos de alumínio combinam com os acabamentos em fibra de carbono e com a linha vermelha ao longo da largura do painel de instrumentos.
A posição de condução é agradável Q.B, mas o espaço é generoso, quer para os ocupantes dos lugares da frente e para os passageiros no banco traseiro. As Pick-Up nem sempre oferecem grande conforto para os passageiros, mas no caso da Hilux, há espaço e conforto suficiente.
Equipamento
A iluminação do painel de portas é num azul suave. Ao nível de equipamento, a Hilux GR Sport inclui faróis LED, chave inteligente, ar-condicionado bi-zona, controlo de assistência em descidas e um diferencial autoblocante automático. Contamos também com antena tipo barbatana de tubarão e espelho retrovisor interior eletrocromático. O sistema de infotainment já está ultrapassado e não oferece as mesmas valias que o novo sistema usado pela marca e a capacidade de resposta do ecrã podia ser bem melhor. Não é pelo equipamento que a Hilux GR se destaca.
Consumos
Os consumos anunciados apontam para os 9,4 l/100 km, mas no nosso ensaio, com uma hora de condução off road, conseguimos uma média de 11,5l/100km o que não é mau, tendo em conta que se trata de um veículo com um motor 2.8 e um peso de 2.205 kg. Quem comprar uma Hilux, certamente que não estará muito preocupado com os consumos, mas tendo em conta o carro que é e a utilização que lhe foi dada, não foi um consumo exagerado.
Ao Volante
As primeiras sensações ao volante permitiram uma viagem ao passado, quando os primeiros anos de condução foram feitos ao volante de uma Navara. Não que a Hilux GR esteja ao nível de uma Pick Up com mais de 20 anos, muito longe disso, mas houve pormenores e sensações que levaram a uma breve viagem nostálgica.
Assim, temos elementos “old Schol” como a direção, pesada, vaga e pouco confortável para uma condução em cidade. A coluna de direção não permite muitos ajustes e, por isso, a posição de condução poderá ser algo comprometida. Aos comandos da Hilux GR, não há como disfarçar o tamanho do veículo, quer pela (pouca) agilidade, quer pela visibilidade que, apesar de tudo, até é decente. Para as manobras, há uma muito útil câmara traseira. A caixa de velocidade automática de seis velocidades pode ser comandada manualmente, mas nem sempre terá a resposta que procura. A suspensão, a baixa velocidade, acaba por amplificar as imperfeições da estrada e apenas com mais alguma velocidade se começa a disfarçar essa caraterística.
Mas avaliar a Hilux pelo que pode fazer em estrada é demasiado injusto, para um veículo que foi pensado essencialmente para uma utilização diferente. Fora de estrada, a Hilux entra no seu território preferido e, apesar de não podermos enfrentar os desafios à velocidade elevada, a Hilux é aguerrida. Com um conjunto de pneus pouco adequados para os desafios encontrados, enfrentou terrenos com lama e muito pouca aderência com relativa facilidade. E é nesse tipo de desafio que os pormenores que deixam a desejar numa condução do dia a dia, passam a deixar de importar. No off road é que a Hilux se sente bem, é aí que ela brilha e se quiser uma Pick-Up para enfrentar terrenos mais duros, são poucas as escolhas melhores que esta.
Motor
A Hilux GR Sporrt conta com um motor de 2.8 litros, introduzido na gama em 2020. Esta motorização apresenta-se com 204 cv (150 kW) e 500 Nm de binário, aliado a uma transmissão automática de seis velocidades. Exclusivamente na versão de cabina dupla, a Hilux GR SPORT mantém as capacidades de carga da Hilux, permitindo uma carga útil até uma tonelada e rebocar até 3.5 toneladas. A potência é servida de forma gradual e em estrada não vai ter problemas em controlar a força do motor. Fora de estrada, o binário faz-se notar em várias situações e resolver muitos problemas.
Balanço Final
A Hilux foi pensada para uma vida ativa, longe da cidade, para enfrentar estradas pouco recomendáveis, ou até sítios onde não há estrada. Em estrada, tem as limitações típicas deste tipo de veículo. A Ford Ranger Raptor e a VW Amarok serão as principais adversárias da Hilux, mas não é à toa que o mito da Hilux se perpetua. É uma Pick Up com boa capacidade de carga, com um nível de conforto suficiente, mas não espantoso, tal como o equipamento. A escolha por um veículo desta tipologia é feita por um público muito específico e talvez optar pela versão GR Sport possa até nem fazer sentido, com o extra que paga e com aquilo que recebe. O facto de ter GR Sport não significa que tenha recebido um trabalho exaustivo por parte da divisão desportiva da Toyota. Alguns pormenores foram revistos, pouco mais que isso. Mas certamente que a Hilux continua a ser referência e a GR Sport traz um tempero um pouco mais desportivo (quase impercetível ao volante) que pode agradar.
Concorrentes
Ford Ranger Raptor 2.0 EcoBlue 210CV Automático 10 velocidades e-AWD – Desde 80,500 €
Amarok Aventura 3.0 l, 240 CV, Automática 10 Velocidades – Desde 79.400 €
Ficha Técnica
Velocidade máxima 175 km/h
Aceleração 0-100 km/h 10,7 s
Consumo de combustível WLTP
Combinado 9,4 l/100 km
Tipo de carroçaria Pick Up
Número de portas 4
Comprimento 5,325 mm
Largura 1.855 mm
Altura 1.815 mm
Peso 2,205 kg
Depósito de combustível
Gasóleo 80 l
AdBlue 13,8 l
Potência máxima 204 hp / 150 kW
Binário máximo 500 Nm
Número de cilindros 4
Tração às quatro rodas
Caixa de velocidades Automática
Número de velocidades 6
Mais/Menos
Mais
Capacidade fora de estrada
Espaço para este tipo de carro
Menos
Conforto
Equipamento
Exterior
No exterior não existem diferenças significativas face a outras versões da Hilux. Há uns pormenores mais desportivos e uns logótipos GR Sport que nos fazem lembrar que se trata de facto da versão mais apimentada. Trata-se de um veículo imponente, com 5.325 mm de comprimento e 1.815 mm de altura, o que não faz da Hilux a melhor opção para encarar um ambiente mais citadino.
A grelha dianteira proeminente torna-se centro das atenções quando olhamos para a frente da pick-up, num estilo agressivo que, de forma algo estranha, não é continuado no resto da carroçaria. Passando a frente imponente, encontramos linhas mais discretas e modestas, sendo que neste tipo de configuração, não é possível fazer grandes milagres ao nível do design. Mas as semelhanças com a Hilux que a Toyota coloca no Dakar não são muito vincadas.
A grelha dianteira preta tem uma malha em padrão G específica e apresenta uma barra horizontal central proeminente. No lugar habitual do logótipo da marca, surge o nome TOYOTA, escrito por extenso, que evoca os modelos clássicos. Este toque é inspirado no design da 4° geração do início dos anos 80. O design frontal, que transmite robustez, é amplificado por novos e maiores contornos dos faróis de nevoeiro dianteiros. As jantes de liga leve de 17 polegadas surgem com contraste preto e acabamento maquinado. A cor preta está presente no exterior dos espelhos retrovisores, degraus laterais, guarda-lamas e zona de abertura da traseira. Realçando o contraste com o vermelho dos novos amortecedores. Tal como a restante gama de modelos Corolla GR SPORT e Toyota C-HR GR SPORT, o exterior do modelo inclui ainda o discreto logótipo GR SPORT. A caixa de carga tem metro e meio de comprimento.
Interior
Quando entramos para o interior da Hilux GR Sport, não temos qualquer dúvida que estamos perante um modelo GR, pois somos recebidos com uma linha vermelha por baixo de uma padrão fibra de carbono, que percorre todo o tablier. Os novos bancos dianteiros desportivos, apresentam uma combinação de pele preta e camurça sintética com pesponto vermelho. A marca GR SPORT está presente nos encostos dos bancos, tapetes, no botão “Start” e no gráfico de animação do mostrador de informações. Para os que procuram mais controlo, a transmissão permite o controlo manual. Os pedais desportivos de alumínio combinam com os acabamentos em fibra de carbono e com a linha vermelha ao longo da largura do painel de instrumentos.
A posição de condução é agradável Q.B, mas o espaço é generoso, quer para os ocupantes dos lugares da frente e para os passageiros no banco traseiro. As Pick-Up nem sempre oferecem grande conforto para os passageiros, mas no caso da Hilux, há espaço e conforto suficiente.
Equipamento
A iluminação do painel de portas é num azul suave. Ao nível de equipamento, a Hilux GR Sport inclui faróis LED, chave inteligente, ar-condicionado bi-zona, controlo de assistência em descidas e um diferencial autoblocante automático. Contamos também com antena tipo barbatana de tubarão e espelho retrovisor interior eletrocromático. O sistema de infotainment já está ultrapassado e não oferece as mesmas valias que o novo sistema usado pela marca e a capacidade de resposta do ecrã podia ser bem melhor. Não é pelo equipamento que a Hilux GR se destaca.
Consumos
Os consumos anunciados apontam para os 9,4 l/100 km, mas no nosso ensaio, com uma hora de condução off road, conseguimos uma média de 11,5l/100km o que não é mau, tendo em conta que se trata de um veículo com um motor 2.8 e um peso de 2.205 kg. Quem comprar uma Hilux, certamente que não estará muito preocupado com os consumos, mas tendo em conta o carro que é e a utilização que lhe foi dada, não foi um consumo exagerado.
Ao volante
As primeiras sensações ao volante permitiram uma viagem ao passado, quando os primeiros anos de condução foram feitos ao volante de uma Navara. Não que a Hilux GR esteja ao nível de uma Pick Up com mais de 20 anos, muito longe disso, mas houve pormenores e sensações que levaram a uma breve viagem nostálgica.
Assim, temos elementos “old Schol” como a direção, pesada, vaga e pouco confortável para uma condução em cidade. A coluna de direção não permite muitos ajustes e, por isso, a posição de condução poderá ser algo comprometida. Aos comandos da Hilux GR, não há como disfarçar o tamanho do veículo, quer pela (pouca) agilidade, quer pela visibilidade que, apesar de tudo, até é decente. Para as manobras, há uma muito útil câmara traseira. A caixa de velocidade automática de seis velocidades pode ser comandada manualmente, mas nem sempre terá a resposta que procura. A suspensão, a baixa velocidade, acaba por amplificar as imperfeições da estrada e apenas com mais alguma velocidade se começa a disfarçar essa caraterística.
Mas avaliar a Hilux pelo que pode fazer em estrada é demasiado injusto, para um veículo que foi pensado essencialmente para uma utilização diferente. Fora de estrada, a Hilux entra no seu território preferido e, apesar de não podermos enfrentar os desafios à velocidade elevada, a Hilux é aguerrida. Com um conjunto de pneus pouco adequados para os desafios encontrados, enfrentou terrenos com lama e muito pouca aderência com relativa facilidade. E é nesse tipo de desafio que os pormenores que deixam a desejar numa condução do dia a dia, passam a deixar de importar. No off road é que a Hilux se sente bem, é aí que ela brilha e se quiser uma Pick-Up para enfrentar terrenos mais duros, são poucas as escolhas melhores que esta.
Concorrentes
Ford Ranger Raptor 2.0 EcoBlue 210CV Automático 10 velocidades e-AWD – Desde 80,500 €
Amarok Aventura 3.0 l, 240 CV, Automática 10 Velocidades – Desde 79.400 €
Motor
A Hilux GR Sporrt conta com um motor de 2.8 litros, introduzido na gama em 2020. Esta motorização apresenta-se com 204 cv (150 kW) e 500 Nm de binário, aliado a uma transmissão automática de seis velocidades. Exclusivamente na versão de cabina dupla, a Hilux GR SPORT mantém as capacidades de carga da Hilux, permitindo uma carga útil até uma tonelada e rebocar até 3.5 toneladas. A potência é servida de forma gradual e em estrada não vai ter problemas em controlar a força do motor. Fora de estrada, o binário faz-se notar em várias situações e resolver muitos problemas.
Balanço final
A Hilux foi pensada para uma vida ativa, longe da cidade, para enfrentar estradas pouco recomendáveis, ou até sítios onde não há estrada. Em estrada, tem as limitações típicas deste tipo de veículo. A Ford Ranger Raptor e a VW Amarok serão as principais adversárias da Hilux, mas não é à toa que o mito da Hilux se perpetua. É uma Pick Up com boa capacidade de carga, com um nível de conforto suficiente, mas não espantoso, tal como o equipamento. A escolha por um veículo desta tipologia é feita por um público muito específico e talvez optar pela versão GR Sport possa até nem fazer sentido, com o extra que paga e com aquilo que recebe. O facto de ter GR Sport não significa que tenha recebido um trabalho exaustivo por parte da divisão desportiva da Toyota. Alguns pormenores foram revistos, pouco mais que isso. Mas certamente que a Hilux continua a ser referência e a GR Sport traz um tempero um pouco mais desportivo (quase impercetível ao volante) que pode agradar.
Capacidade fora de estrada
Espaço para este tipo de carro
Menos
Conforto
Equipamento
Ficha técnica
Velocidade máxima 175 km/h
Aceleração 0-100 km/h 10,7 s
Consumo de combustível WLTP
Combinado 9,4 l/100 km
Tipo de carroçaria Pick Up
Número de portas 4
Comprimento 5,325 mm
Largura 1.855 mm
Altura 1.815 mm
Peso 2,205 kg
Depósito de combustível
Gasóleo 80 l
AdBlue 13,8 l
Potência máxima 204 hp / 150 kW
Binário máximo 500 Nm
Número de cilindros 4
Tração às quatro rodas
Caixa de velocidades Automática
Número de velocidades 6
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