Toyota GR Yaris – Ensaio Teste

By on 18 Março, 2021

Toyota GR Yaris – Ensaio Teste

Texto: Guilherme André

Feito para os amantes da condução

Akio Toyoda, presidente da Toyota, foi o principal impulsionador do novo Toyota GR Yaris. Foi a ambição do homem forte da casa nipónica que deu origem àquele que é o primeiro desportivo 100% Toyota dos últimos 20 anos, um carro que beneficia (e muito) de todo o conhecimento adquirido no Campeonato do Mundo de Ralis desde o regresso em 2015. Com a ajuda da Tommi Mäkinen Racing e de alguns pilotos da equipa Toyota Gazoo Racing, a Toyota criou um especial de homologação – que saudades tínhamos de voltar a ouvir esta denominação – que conjuga todos os pontos que os amantes de condução gostam num hot hatch: pequeno, baixo peso, potente e capaz de garantir uma condução divertida. Neste ensaio testámos a versão Extreme Rally que, face à versão Standard, acrescenta coisas como Diferencial Torsen ou suspensão GR Circuit. Será este o melhor Toyota dos últimos anos?


Mais:

condução soberba, imagem agressiva, possibilidade de valorização

Menos:

Interior podia ser mais exclusivo, plásticos duros ao toque

Exterior

9/10

Exterior (9/10) Apesar de ter Yaris no nome, o GR Yaris apenas partilha com as versões base os faróis, espelhos retrovisores, farolins e a antena. Tudo o resto foi criado do zero para conferir, não só um visual à altura do que promete, mas também para responder a dados técnicos como desempenho aerodinâmico ou estabilidade. Outra alteração interessante é a criação de uma carroçaria de três portas em específico para o desportivo.

Ao nível estético, o Toyota GR Yaris dá nas vistas por onde passa, principalmente na cor “vermelho Emotional II”. Na dianteira, encontramos uma design agressiva com entradas de ar de grandes dimensões. Percorrendo a carroçaria, vemos que as cavas de roda são bem mais pronunciadas do que o Yaris base. Atrás, encontramos um difusor em preto com duas ponteiras de escape, acompanhadas por uma asa traseira instalada na parte superior da tampa da bagageira. Passando para as dimensões, o Toyota GR Yaris apresenta a mesma distância entre eixos das versões base (2560 mm), mas garante mais 55 mm de comprimento (3995 mm), mais 60 mm de largura (1805 mm) e menos 45 mm de altura (1455 mm).  

Tudo isto acompanhado por uma carroçaria criada com recurso a materiais leves, com o principal objetivo de reduzir o peso total. Para tal, o tejadilho é feito num novo material de fibra de carbono forjado, uma novidade em modelos de estrada da Toyota. Recebe ainda capot, portas, e tambá da bagageira em alumínio. O resultado, é uma redução 24 kg face à versão base. De um modo geral, a imagem do Toyota GR Yaris prova exatamente aquilo que ele quer ser: um hot hatch marcante e diferente do que estamos habituados na casa japonesa.

Interior

7/10

Interior (7/10) No interior, o Toyota GR Yaris tem uma imagem sóbria com praticamente tudo em preto, mas uma pequena placa na consola central relembra-nos que o carro foi “desenvolvido para o Campeonato do Mundo de Ralis”. É verdade que, à primeira vista, pareça um Yaris normal no interior com bancos desportivos, mas a experiência é completamente diferente.

No que diz respeito a posição de condução, esta é ligeiramente alta um dado que vem do mundo dos ralis, porque ajuda na visibilidade. Para quem gosta de conduzir numa posição mais baixa pode sentir algum desconforto numa fase inicial, mas é de fácil habituação. Os bancos desportivos “abraçam-nos” de forma confortável e não demasiado agressiva. Destaque ainda para o seletor da caixa de velocidade que foi elevado 50 mm para ficar mais perto do volante.

Ao centro do tablier está um ecrã de oito polegadas que transmite as informações do sistema de infotainment semelhante aos demais utilitários da marca nipónica, mas com o logo GR presente na sequência de abertura. Na nossa opinião, sendo um carro focado na performance, podia haver um menu específico com gráficos desportivos, como por exemplo, temperatura do óleo ou entrega de binário. Ainda assim, o painel de instrumentos tem um ecrã digital ao centro que permite-nos ver a distribuição de potência entre as quatro rodas ou a pressão do turbo. O interior aparenta ser robusto, necessário para aguentar a longo prazo a pressão imposta pelo chassis rígido, com recurso a vários plásticos rijos ao toque. Nos dois bancos traseiros o espaço é bastante curto, enquanto a bagageira garante 161 litros.

Equipamento

8/10

Equipamento (8/10) O Toyota GR Yaris em ensaio está equipado com o nível Extreme Rally que, a par com o Extreme Premium, é o mais caro do modelo. De série, todas as versões do GR Yaris apresentam asa traseira em preto, tejadilho em fibra de carbono, vidros escurecidos, ar condicionado bi-zona, bancos dianteiros desportivos, volante multifunções, cruise control adaptativo, controlo de som ativo, sensores de luz e chuva, travão de estacionamento manual, ecrã central de 8 polegadas, entrada USB, câmara traseira, faróis e farolins LED, entre outros. Contudo, a versão Extreme Rally apresenta alguns detalhes exclusivos como é o caso de jantes de 18 polegadas forjadas, diferencial Torsen (LSD), pinças de travões em preto e suspensão GR Circuit.

Consumos

/10

Consumos (7/10) No capítulo dos consumos, a Toyota anuncia uma média de 8,2 l/100 km. Durante o nosso ensaio conseguidos, com uma condução controlada, um consumo de combustível de 8,6 l/100 km. Se exagerar do acelerador, os consumos passam para mais de 10 l/100km com alguma facilidade.

Ao Volante

10/10

Ao volante (10/10) Desde os primeiros quilómetros ao volante do Toyota GR Yaris que percebemos que a marca nipónica criou exatamente aquilo que todos os amantes da condução pretendem. Mesmo no modo de condução “Normal”, vemos que apenas precisamos de apontar o GR Yaris à curva, apoiados numa direção precisa e com o peso certo, que o chassis muito bem construído trata do resto e, na saída, basta pisar o acelerador que a potência quase instantânea faz o resto. A afinação de suspensão firme reduz o adornar de carroçaria ao mínimo possível, ainda que numa utilização contida não seja seco em demasia. Neste modo de condução a distribuição de potência é feita maioritariamente à frente (60/40).

Ao passar para o modo “Sport”, o comportamento muda de figura. Com a tração a inverter para os 30/70, o desportivo assume um comportamento bem mais selvagem, mas ao mesmo tempo divertido. Durante o ensaio, esta foi a configuração que nos retirou mais sorrisos graças a uma traseira “atrevida”, caso o controlo de estabilidade e tração estejam desligados, que se solta com grande facilidade, mas sem que o condutor se sinta em pânico. Existe ainda na consola central um botão com a denominação i-MT que, basicamente, faz o “ponta-tacão” por si. Ou seja, cada vez que reduz uma velocidade, o sistema sobe rotação para que a passagem seja mais suave e estável.

Caso o objetivo seja “devorar” curvas, numa estrada mais sinuosa ou em circuito, com uma eficácia que chega a impressionar, o modo “Track” cumpre exatamente isso. Com a distribuição de potência da tração GR-Four a passar para 50/50, temos nas nossas mãos um desportivo capaz de uma condução focada em exclusivo na performance, o modo ideal para tentar bater tempos por volta. De referir que toda esta dinâmica, que nos leva para velocidades superiores às permitidas sem que se dê conta, é acompanhada por um sistema de travagem musculada e sempre pronta para responder às solicitações do condutor.

Com estes argumentos, o Toyota GR Yaris consegue ser um desportivo capaz de uma grande eficácia em circuito, condução divertida e até uma utilização diária satisfatória tendo em conta as características técnicas do desportivo. É possível alternar entre estas características ao utilizar um simples comando giratório localizado na consola central. Este é, sem dúvida, um carro feito a pensar no prazer de condução.

Motor

9/10

Motor (9/10) O motor três cilindros de 1.6 litros que equipa o Toyota GR Yaris é surpreendente. Apesar de pequeno, foi alvo de uma verdadeira transformação, não só para garantir longevidade, mas também para melhorar a experiência. De facto, a Toyota levou esta construção de tal maneira à risca que, por exemplo, montaram o motor 2 cm mais atrás do que o normal no Yaris, apenas para melhorar a distribuição de peso. São pequenos detalhes como este que fazem toda a diferença ao volante.

Quanto a potência, o GR Yaris debita 261 cv e 360 Nm de binário, ou seja, valores que “chateiam” os desportivos do segmento superior. A potência chega às quatro rodas motorizes através da transmissão manual de seis velocidades. Com estes argumentos é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,5 segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada eletronicamente aos 230 km/h.  

Balanço Final

9/10

Balanço Final (9/10) Com este especial de homologação, a Toyota provou que sabe exatamente o que quer e o que faz. O GR Yaris nasce com o propósito de ser uma reprodução para estrada do modelo que disputa o campeonato de WRC, com as devidas diferenças, claro, mas pensado em satisfazer os desejos dos amantes de automóveis. O ensaio deste Toyota GR Yaris foi uma “lufada de ar fresco”, principalmente porque a indústria automóvel está a dar cada vez mais importância à eficiência e não à dinâmica dinâmica, muito por culpa da eletrificação. Aqui, o objetivo é exatamente o contrário. Dar um comportamento excecional, mas ao mesmo tempo divertido, puxando claramente pelo lado mais emotivo dos amantes dos automóveis. Muitos podem achar quase 50 mil euros por um “Yaris” (entre aspas porque de Yaris tem muito pouco) um valor demasiado elevado, mas com estes argumentos técnicos, importância de carregar a denominação “especial de homologação” e potencial de valorização, na nossa opinião, vale cada cêntimo. Bom trabalho, Toyota.

Concorrentes

Ford Fiesta ST – Motor: três cilindros, 1.5 litros, gasolina, turbo; potência: 200 cv e 290 Nm de binário; transmissão: manual de seis velocidades; aceleração 0 aos 100 km/h: 6,5 segundos; velocidade máxima: 230 km/h; preço base: 31 022€

Honda Civic Type R – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, gasolina, turbo; potência: 320 cv e 400 Nm de binário; transmissão: manual de seis velocidades; aceleração 0 aos 100 km/h: 5,8 segundos; velocidade máxima: 270 km/h; preço base: 52 190€

Ficha Técnica

Motor                                                                            

Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina

Cilindrada (cm3): 1618

Diâmetro x Curso (mm): 87,5 x 89,7

Taxa de Compressão: 10,5:1

Potência máxima (CV/rpm): 261 / 6500

Binário máximo (Nm/rpm): 360 / 3000-4600

Transmissão/tração: manual de 6 velocidades / integral

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson / wishbone duplo

Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados 

Prestações e consumos 

Aceleração 0-100 km/h (s): 5,5

Velocidade máxima (km/h): 230

Consumos misto (l/100 km): 8,2

Emissões CO2 (gr/km): 186 g/km 

Dimensões e pesos 

Comprimento/Largura/Altura (mm): 3995/1805/1455

Distância entre eixos (mm): 2560

Largura de vias (fr/tr mm): 1535/1570

Peso (kg): 1280

Capacidade da bagageira (l): 161

Deposito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 225/40 R18

Mais/Menos


Mais

condução soberba, imagem agressiva, possibilidade de valorização

Menos

Interior podia ser mais exclusivo, plásticos duros ao toque

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 46990€

Preço da versão base (Euros): 43090€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (9/10) Apesar de ter Yaris no nome, o GR Yaris apenas partilha com as versões base os faróis, espelhos retrovisores, farolins e a antena. Tudo o resto foi criado do zero para conferir, não só um visual à altura do que promete, mas também para responder a dados técnicos como desempenho aerodinâmico ou estabilidade. Outra alteração interessante é a criação de uma carroçaria de três portas em específico para o desportivo.

Ao nível estético, o Toyota GR Yaris dá nas vistas por onde passa, principalmente na cor “vermelho Emotional II”. Na dianteira, encontramos uma design agressiva com entradas de ar de grandes dimensões. Percorrendo a carroçaria, vemos que as cavas de roda são bem mais pronunciadas do que o Yaris base. Atrás, encontramos um difusor em preto com duas ponteiras de escape, acompanhadas por uma asa traseira instalada na parte superior da tampa da bagageira. Passando para as dimensões, o Toyota GR Yaris apresenta a mesma distância entre eixos das versões base (2560 mm), mas garante mais 55 mm de comprimento (3995 mm), mais 60 mm de largura (1805 mm) e menos 45 mm de altura (1455 mm).  

Tudo isto acompanhado por uma carroçaria criada com recurso a materiais leves, com o principal objetivo de reduzir o peso total. Para tal, o tejadilho é feito num novo material de fibra de carbono forjado, uma novidade em modelos de estrada da Toyota. Recebe ainda capot, portas, e tambá da bagageira em alumínio. O resultado, é uma redução 24 kg face à versão base. De um modo geral, a imagem do Toyota GR Yaris prova exatamente aquilo que ele quer ser: um hot hatch marcante e diferente do que estamos habituados na casa japonesa.

Interior

Interior (7/10) No interior, o Toyota GR Yaris tem uma imagem sóbria com praticamente tudo em preto, mas uma pequena placa na consola central relembra-nos que o carro foi “desenvolvido para o Campeonato do Mundo de Ralis”. É verdade que, à primeira vista, pareça um Yaris normal no interior com bancos desportivos, mas a experiência é completamente diferente.

No que diz respeito a posição de condução, esta é ligeiramente alta um dado que vem do mundo dos ralis, porque ajuda na visibilidade. Para quem gosta de conduzir numa posição mais baixa pode sentir algum desconforto numa fase inicial, mas é de fácil habituação. Os bancos desportivos “abraçam-nos” de forma confortável e não demasiado agressiva. Destaque ainda para o seletor da caixa de velocidade que foi elevado 50 mm para ficar mais perto do volante.

Ao centro do tablier está um ecrã de oito polegadas que transmite as informações do sistema de infotainment semelhante aos demais utilitários da marca nipónica, mas com o logo GR presente na sequência de abertura. Na nossa opinião, sendo um carro focado na performance, podia haver um menu específico com gráficos desportivos, como por exemplo, temperatura do óleo ou entrega de binário. Ainda assim, o painel de instrumentos tem um ecrã digital ao centro que permite-nos ver a distribuição de potência entre as quatro rodas ou a pressão do turbo. O interior aparenta ser robusto, necessário para aguentar a longo prazo a pressão imposta pelo chassis rígido, com recurso a vários plásticos rijos ao toque. Nos dois bancos traseiros o espaço é bastante curto, enquanto a bagageira garante 161 litros.

Equipamento

Equipamento (8/10) O Toyota GR Yaris em ensaio está equipado com o nível Extreme Rally que, a par com o Extreme Premium, é o mais caro do modelo. De série, todas as versões do GR Yaris apresentam asa traseira em preto, tejadilho em fibra de carbono, vidros escurecidos, ar condicionado bi-zona, bancos dianteiros desportivos, volante multifunções, cruise control adaptativo, controlo de som ativo, sensores de luz e chuva, travão de estacionamento manual, ecrã central de 8 polegadas, entrada USB, câmara traseira, faróis e farolins LED, entre outros. Contudo, a versão Extreme Rally apresenta alguns detalhes exclusivos como é o caso de jantes de 18 polegadas forjadas, diferencial Torsen (LSD), pinças de travões em preto e suspensão GR Circuit.

Consumos

Consumos (7/10) No capítulo dos consumos, a Toyota anuncia uma média de 8,2 l/100 km. Durante o nosso ensaio conseguidos, com uma condução controlada, um consumo de combustível de 8,6 l/100 km. Se exagerar do acelerador, os consumos passam para mais de 10 l/100km com alguma facilidade.

Ao volante

Ao volante (10/10) Desde os primeiros quilómetros ao volante do Toyota GR Yaris que percebemos que a marca nipónica criou exatamente aquilo que todos os amantes da condução pretendem. Mesmo no modo de condução “Normal”, vemos que apenas precisamos de apontar o GR Yaris à curva, apoiados numa direção precisa e com o peso certo, que o chassis muito bem construído trata do resto e, na saída, basta pisar o acelerador que a potência quase instantânea faz o resto. A afinação de suspensão firme reduz o adornar de carroçaria ao mínimo possível, ainda que numa utilização contida não seja seco em demasia. Neste modo de condução a distribuição de potência é feita maioritariamente à frente (60/40).

Ao passar para o modo “Sport”, o comportamento muda de figura. Com a tração a inverter para os 30/70, o desportivo assume um comportamento bem mais selvagem, mas ao mesmo tempo divertido. Durante o ensaio, esta foi a configuração que nos retirou mais sorrisos graças a uma traseira “atrevida”, caso o controlo de estabilidade e tração estejam desligados, que se solta com grande facilidade, mas sem que o condutor se sinta em pânico. Existe ainda na consola central um botão com a denominação i-MT que, basicamente, faz o “ponta-tacão” por si. Ou seja, cada vez que reduz uma velocidade, o sistema sobe rotação para que a passagem seja mais suave e estável.

Caso o objetivo seja “devorar” curvas, numa estrada mais sinuosa ou em circuito, com uma eficácia que chega a impressionar, o modo “Track” cumpre exatamente isso. Com a distribuição de potência da tração GR-Four a passar para 50/50, temos nas nossas mãos um desportivo capaz de uma condução focada em exclusivo na performance, o modo ideal para tentar bater tempos por volta. De referir que toda esta dinâmica, que nos leva para velocidades superiores às permitidas sem que se dê conta, é acompanhada por um sistema de travagem musculada e sempre pronta para responder às solicitações do condutor.

Com estes argumentos, o Toyota GR Yaris consegue ser um desportivo capaz de uma grande eficácia em circuito, condução divertida e até uma utilização diária satisfatória tendo em conta as características técnicas do desportivo. É possível alternar entre estas características ao utilizar um simples comando giratório localizado na consola central. Este é, sem dúvida, um carro feito a pensar no prazer de condução.

Concorrentes

Ford Fiesta ST – Motor: três cilindros, 1.5 litros, gasolina, turbo; potência: 200 cv e 290 Nm de binário; transmissão: manual de seis velocidades; aceleração 0 aos 100 km/h: 6,5 segundos; velocidade máxima: 230 km/h; preço base: 31 022€

Honda Civic Type R – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, gasolina, turbo; potência: 320 cv e 400 Nm de binário; transmissão: manual de seis velocidades; aceleração 0 aos 100 km/h: 5,8 segundos; velocidade máxima: 270 km/h; preço base: 52 190€

Motor

Motor (9/10) O motor três cilindros de 1.6 litros que equipa o Toyota GR Yaris é surpreendente. Apesar de pequeno, foi alvo de uma verdadeira transformação, não só para garantir longevidade, mas também para melhorar a experiência. De facto, a Toyota levou esta construção de tal maneira à risca que, por exemplo, montaram o motor 2 cm mais atrás do que o normal no Yaris, apenas para melhorar a distribuição de peso. São pequenos detalhes como este que fazem toda a diferença ao volante.

Quanto a potência, o GR Yaris debita 261 cv e 360 Nm de binário, ou seja, valores que “chateiam” os desportivos do segmento superior. A potência chega às quatro rodas motorizes através da transmissão manual de seis velocidades. Com estes argumentos é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,5 segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada eletronicamente aos 230 km/h.  

Balanço final

Balanço Final (9/10) Com este especial de homologação, a Toyota provou que sabe exatamente o que quer e o que faz. O GR Yaris nasce com o propósito de ser uma reprodução para estrada do modelo que disputa o campeonato de WRC, com as devidas diferenças, claro, mas pensado em satisfazer os desejos dos amantes de automóveis. O ensaio deste Toyota GR Yaris foi uma “lufada de ar fresco”, principalmente porque a indústria automóvel está a dar cada vez mais importância à eficiência e não à dinâmica dinâmica, muito por culpa da eletrificação. Aqui, o objetivo é exatamente o contrário. Dar um comportamento excecional, mas ao mesmo tempo divertido, puxando claramente pelo lado mais emotivo dos amantes dos automóveis. Muitos podem achar quase 50 mil euros por um “Yaris” (entre aspas porque de Yaris tem muito pouco) um valor demasiado elevado, mas com estes argumentos técnicos, importância de carregar a denominação “especial de homologação” e potencial de valorização, na nossa opinião, vale cada cêntimo. Bom trabalho, Toyota.

Mais

condução soberba, imagem agressiva, possibilidade de valorização

Menos

Interior podia ser mais exclusivo, plásticos duros ao toque

Ficha técnica

Motor                                                                            

Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina

Cilindrada (cm3): 1618

Diâmetro x Curso (mm): 87,5 x 89,7

Taxa de Compressão: 10,5:1

Potência máxima (CV/rpm): 261 / 6500

Binário máximo (Nm/rpm): 360 / 3000-4600

Transmissão/tração: manual de 6 velocidades / integral

Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson / wishbone duplo

Travões (fr/tr): discos ventilados / discos ventilados 

Prestações e consumos 

Aceleração 0-100 km/h (s): 5,5

Velocidade máxima (km/h): 230

Consumos misto (l/100 km): 8,2

Emissões CO2 (gr/km): 186 g/km 

Dimensões e pesos 

Comprimento/Largura/Altura (mm): 3995/1805/1455

Distância entre eixos (mm): 2560

Largura de vias (fr/tr mm): 1535/1570

Peso (kg): 1280

Capacidade da bagageira (l): 161

Deposito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 225/40 R18

Preço da versão ensaiada (Euros): 46990€
Preço da versão base (Euros): 43090€