Toyota C-HR 1.8 Hybrid Exclusive – Ensaio Teste
Toyota C-HR 1.8 Hybrid Exclusive + Pack Luxury
Texto: André Duarte ([email protected])
Boa aposta
A marca nipónica colocou o mercado em sentido quando em 2016 lançou o C-HR. Um SUV do segmento C com motorização híbrida que marcava pontos só por se olhar. Mas à semelhança de um livro, também não nos devemos ficar pela capa, e por isso fomos testá-lo. O parecer em seguida…
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Imagem exterior / Consumos / Condução / Conforto
Caixa de velocidades CVT / Resposta do Sistema Híbrido / Insonorização
Exterior
Esteticamente não há muito a dizer do C-HR (a sigla significa Coupé – High Rider). Por uma razão muito simples: o carro é bonito de todos os ângulos. A Toyota criou uma proposta com uma estética arrojada e diferenciadora e foi bem sucedida.
As linhas esculpidas atribuem carácter a um carro de design muito próprio. Na carroçaria destacam-se as grelhas dianteiras – superior no tonalidade Piano Black, inferior tipo favo de mel -, as luzes LED, os pára-choques dianteiros e traseiro, as capas dos espelhos retrovisores e puxadores das portas na cor da carroçaria, o difusor em preto, os vidros escurecidos, o spoiler traseiro e, em opcional, a tonalidade bi-tom (tejadilho em preto e carroçaria em cor diferente). Atrás o formato dos faróis também é muito característico. No seu todo, é um modelo muito bem conseguido.
Interior
O interior é visualmente agradável e sobressai pelos materiais utilizados, principalmente a elegante tonalidade Piano Black que orna a consola central, o ecrã tátil e o volante, de pega em pele, tecido que encontramos também no fole da alavanca das velocidades e travão de mão. Os bancos dianteiros são desportivos e prestam um bom sentar.
No entanto, o habitáculo não é muito espaçoso, em particular nos lugares traseiros, que apesar de acomodarem três passageiros, adequam-se melhor a viagens para duas pessoas. A isto junta-se a linha de cintura que coloca os vidros traseiros, de pequenas dimensões, numa posição elevada. Características que no conjunto produzem uma sensação de aperto para quem circula atrás. É um SUV compacto, com fisionomia de Coupé, claramente mais apostado na imagem que no utilitarismo. Ainda assim pedia-se maior atenção neste aspeto.
A conectividade e infoentretenimento são garantidas através do ecrã multimédia de 8 polegadas, que nos permite aceder ao sistema de navegação, a informações de trânsito ou do veículo ou conectar o telemóvel via bluetooth.
Equipamento
Em termos de equipamento, o maior destaque desta versão – Hybrid Exclusive + Pack Luxury – vai para os sistemas de assistência à condução de série, nomeadamente: sistema de pré-colisão com deteção de peões; aviso de saída de faixa de rodagem com assistência na direção; sistema de reconhecimento de sinais de trânsito; luzes de máximos com controlo automático; cruise Control Adaptativo limitador de velocidade; luzes de circulação diurna LED; faróis LED; faróis com nivelamento automático; faróis de nevoeiro dianteiros do tipo LED; luzes traseiras do tipo LED; alerta do ângulo morto; controlo de arranque em subida; sensor de pressão dos pneus; deteção traseira de aproximação de veículos; câmara traseira; sistema inteligente de ajuda ao estacionamento; ecrã auxiliar da câmara traseira.
Consumos
Os consumos são um bom argumento, já que a média real é de 5l/100 km, sem pensarmos muito em questões de economia. Se andarmos mais depressa podemos ir aos 6, mas será sempre o primeiro registo o mais natural.
Ao Volante
O Toyota C-HR é um modelo que proporciona uma boa experiência de condução. Se o estilo exterior marca pontos, ao volante não se fica atrás. As medidas compactas sentem-se em estrada e fazem dele um modelo que se encaixa perfeitamente nas cidades e que nos faz ter orgulho por estarmos ao seu volante. Move-se bem, é ágil e tem um tamanho que se percebe em toda a linha. O conforto merece destaque, permitindo-nos passar com agrado pelas várias irregularidades, como lombas ou piso esburacado. Nota menos para a reduzida visibilidade traseira, fruto de um vidro de pequenas dimensões, aliado ao estilo de Coupé.
Sob o capot temos um bloco 1.8 híbrido (motor a gasolina + motor elétrico) com 122 cv. A resposta é algo lenta e acompanhada por um ruído que se revela incomodativo, que vai aumentando quanto mais exigirmos do pedal do acelerador. A isto junta-se uma caixa automática CVT que deixa a desejar no desempenho da sua função. Ainda assim, estes são reparos que não nos fazem passar a desgostar do Toyota C-HR. No geral a resposta é suficiente, e, em cidade, em que circulamos por norma a baixas velocidades, o desempenho adequa-se perfeitamente às necessidades. Já quando passamos para autoestrada, aí já pediarímos maior desenvoltura. No fundo, é um modelo talhado para o meio urbano, e que revela algumas fragilidades quando o queremos fora da sua “zona de conforto”.
Ao volante temos três modos de condução: Eco, Normal e Sport. Nos dois primeiros a resposta é algo morosa, enquanto no Sport o motor ganha um ânimo mais convincente.
O sistema híbrido é gerido de forma autónoma, mas permite também que selecionemos apenas o modo elétrico se a bateria tiver carga suficiente, ainda que esta tenha uma utilização limitada: apenas a baixas velocidades e durante um curto espaço de tempo.
Já no painel de instrumentos podemos consultar informações de viagem (tempo, consumos, distância percorrida), assim com os sistemas de assistência à condução, ver e fazer chamadas, aceder às estações de rádio, tudo através de um completo volante multifunções.
Motor
O bloco 1.8 híbrido (motor a gasolina + elétrico) é uma proposta racional. A sua resposta nunca é muito vigorosa, mas permite-nos consumos bastante interessantes, consequência de um motor elétrico que é uma mais valia em percursos urbanos, principalmente a baixas velocidades ou no pára-arranca. Agora quando colocamos o pé com maior vigor no acelerador, este leva tempo a produzir os seus efeitos. Algo que nos obriga a pensar duas vezes em situações de ultrapassagem, por exemplo. De facto para as cidades é interessante, mas é quando pedimos mais alma que ficamos com desejo na boca.
Balanço Final
O Toyota C-HR é um carro muito atrativo. Passa para a condução a satisfação que produz pela estética exterior e permite-nos uma utilização diária com um sorriso na cara. O sistema híbrido proporciona-nos facilmente bons consumos, apesar de a potência se revelar com alguma cerimónia. O espaço interior não é o seu forte, mas este é um carro a pensar em viagens a solo ou, maioritariamente a dois, apesar de acomodar bem quatro passageiros. No global é um carro com muito estilo, mas pelas suas características, ideal para quem circule maioritariamente em cidade, ou em trajetos curtos de autoestrada. Nesse ambiente é uma boa aposta.
Concorrentes
Kia Niro 1.6 GDi 6DCT PHEV TX 141 cv – 36.350€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo – híbrido, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1798
Diâmetro x curso (mm) – 80,5 x 88,3
Taxa de compressão – 13,04:1
Potência máxima (cv/rpm) – 122
Binário máximo (Nm/rpm) – 142/3600
Transmissão e direcção – dianteira, transmissão automática CVT; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Tipo McPherson à frente e triângulos duplos sobrepostos atrás
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 11,0s
Velocidade máxima (km/h) – 170 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,0/4,8/4,3
Emissões de CO2 (g/km) – 98
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4360/1795/1555
Distância entre eixos (mm) – 2640
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1540/1560
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos Maciços
Peso (kg) – 1535
Capacidade da bagageira (l) – 377
Capacidade do depósito (l) – 37
Pneus (fr/tr) – 225/50 R18
Mais/Menos
Mais
Imagem exterior / Consumos / Condução / Conforto
Menos
Caixa de velocidades CVT / Resposta do Sistema Híbrido / Insonorização
Exterior
Esteticamente não há muito a dizer do C-HR (a sigla significa Coupé – High Rider). Por uma razão muito simples: o carro é bonito de todos os ângulos. A Toyota criou uma proposta com uma estética arrojada e diferenciadora e foi bem sucedida.
As linhas esculpidas atribuem carácter a um carro de design muito próprio. Na carroçaria destacam-se as grelhas dianteiras – superior no tonalidade Piano Black, inferior tipo favo de mel -, as luzes LED, os pára-choques dianteiros e traseiro, as capas dos espelhos retrovisores e puxadores das portas na cor da carroçaria, o difusor em preto, os vidros escurecidos, o spoiler traseiro e, em opcional, a tonalidade bi-tom (tejadilho em preto e carroçaria em cor diferente). Atrás o formato dos faróis também é muito característico. No seu todo, é um modelo muito bem conseguido.
Interior
O interior é visualmente agradável e sobressai pelos materiais utilizados, principalmente a elegante tonalidade Piano Black que orna a consola central, o ecrã tátil e o volante, de pega em pele, tecido que encontramos também no fole da alavanca das velocidades e travão de mão. Os bancos dianteiros são desportivos e prestam um bom sentar.
No entanto, o habitáculo não é muito espaçoso, em particular nos lugares traseiros, que apesar de acomodarem três passageiros, adequam-se melhor a viagens para duas pessoas. A isto junta-se a linha de cintura que coloca os vidros traseiros, de pequenas dimensões, numa posição elevada. Características que no conjunto produzem uma sensação de aperto para quem circula atrás. É um SUV compacto, com fisionomia de Coupé, claramente mais apostado na imagem que no utilitarismo. Ainda assim pedia-se maior atenção neste aspeto.
A conectividade e infoentretenimento são garantidas através do ecrã multimédia de 8 polegadas, que nos permite aceder ao sistema de navegação, a informações de trânsito ou do veículo ou conectar o telemóvel via bluetooth.
Equipamento
Em termos de equipamento, o maior destaque desta versão – Hybrid Exclusive + Pack Luxury – vai para os sistemas de assistência à condução de série, nomeadamente: sistema de pré-colisão com deteção de peões; aviso de saída de faixa de rodagem com assistência na direção; sistema de reconhecimento de sinais de trânsito; luzes de máximos com controlo automático; cruise Control Adaptativo limitador de velocidade; luzes de circulação diurna LED; faróis LED; faróis com nivelamento automático; faróis de nevoeiro dianteiros do tipo LED; luzes traseiras do tipo LED; alerta do ângulo morto; controlo de arranque em subida; sensor de pressão dos pneus; deteção traseira de aproximação de veículos; câmara traseira; sistema inteligente de ajuda ao estacionamento; ecrã auxiliar da câmara traseira.
Consumos
Os consumos são um bom argumento, já que a média real é de 5l/100 km, sem pensarmos muito em questões de economia. Se andarmos mais depressa podemos ir aos 6, mas será sempre o primeiro registo o mais natural.
Ao volante
O Toyota C-HR é um modelo que proporciona uma boa experiência de condução. Se o estilo exterior marca pontos, ao volante não se fica atrás. As medidas compactas sentem-se em estrada e fazem dele um modelo que se encaixa perfeitamente nas cidades e que nos faz ter orgulho por estarmos ao seu volante. Move-se bem, é ágil e tem um tamanho que se percebe em toda a linha. O conforto merece destaque, permitindo-nos passar com agrado pelas várias irregularidades, como lombas ou piso esburacado. Nota menos para a reduzida visibilidade traseira, fruto de um vidro de pequenas dimensões, aliado ao estilo de Coupé.
Sob o capot temos um bloco 1.8 híbrido (motor a gasolina + motor elétrico) com 122 cv. A resposta é algo lenta e acompanhada por um ruído que se revela incomodativo, que vai aumentando quanto mais exigirmos do pedal do acelerador. A isto junta-se uma caixa automática CVT que deixa a desejar no desempenho da sua função. Ainda assim, estes são reparos que não nos fazem passar a desgostar do Toyota C-HR. No geral a resposta é suficiente, e, em cidade, em que circulamos por norma a baixas velocidades, o desempenho adequa-se perfeitamente às necessidades. Já quando passamos para autoestrada, aí já pediarímos maior desenvoltura. No fundo, é um modelo talhado para o meio urbano, e que revela algumas fragilidades quando o queremos fora da sua “zona de conforto”.
Ao volante temos três modos de condução: Eco, Normal e Sport. Nos dois primeiros a resposta é algo morosa, enquanto no Sport o motor ganha um ânimo mais convincente.
O sistema híbrido é gerido de forma autónoma, mas permite também que selecionemos apenas o modo elétrico se a bateria tiver carga suficiente, ainda que esta tenha uma utilização limitada: apenas a baixas velocidades e durante um curto espaço de tempo.
Já no painel de instrumentos podemos consultar informações de viagem (tempo, consumos, distância percorrida), assim com os sistemas de assistência à condução, ver e fazer chamadas, aceder às estações de rádio, tudo através de um completo volante multifunções.
Concorrentes
Kia Niro 1.6 GDi 6DCT PHEV TX 141 cv – 36.350€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
O bloco 1.8 híbrido (motor a gasolina + elétrico) é uma proposta racional. A sua resposta nunca é muito vigorosa, mas permite-nos consumos bastante interessantes, consequência de um motor elétrico que é uma mais valia em percursos urbanos, principalmente a baixas velocidades ou no pára-arranca. Agora quando colocamos o pé com maior vigor no acelerador, este leva tempo a produzir os seus efeitos. Algo que nos obriga a pensar duas vezes em situações de ultrapassagem, por exemplo. De facto para as cidades é interessante, mas é quando pedimos mais alma que ficamos com desejo na boca.
Balanço final
O Toyota C-HR é um carro muito atrativo. Passa para a condução a satisfação que produz pela estética exterior e permite-nos uma utilização diária com um sorriso na cara. O sistema híbrido proporciona-nos facilmente bons consumos, apesar de a potência se revelar com alguma cerimónia. O espaço interior não é o seu forte, mas este é um carro a pensar em viagens a solo ou, maioritariamente a dois, apesar de acomodar bem quatro passageiros. No global é um carro com muito estilo, mas pelas suas características, ideal para quem circule maioritariamente em cidade, ou em trajetos curtos de autoestrada. Nesse ambiente é uma boa aposta.
Imagem exterior / Consumos / Condução / Conforto
Menos
Caixa de velocidades CVT / Resposta do Sistema Híbrido / Insonorização
Ficha técnica
Motor
Tipo – híbrido, 4 cil. em linha, injeção direta, turbo, intercooler
Cilindrada (cm3) – 1798
Diâmetro x curso (mm) – 80,5 x 88,3
Taxa de compressão – 13,04:1
Potência máxima (cv/rpm) – 122
Binário máximo (Nm/rpm) – 142/3600
Transmissão e direcção – dianteira, transmissão automática CVT; pinhão cremalheira com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Tipo McPherson à frente e triângulos duplos sobrepostos atrás
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 11,0s
Velocidade máxima (km/h) – 170 km/h
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 4,0/4,8/4,3
Emissões de CO2 (g/km) – 98
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4360/1795/1555
Distância entre eixos (mm) – 2640
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1540/1560
Travões (fr/tr) – Discos ventilados/Discos Maciços
Peso (kg) – 1535
Capacidade da bagageira (l) – 377
Capacidade do depósito (l) – 37
Pneus (fr/tr) – 225/50 R18
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