Suzuki Swift Sport – Ensaio Teste

By on 18 Outubro, 2018

Suzuki Swift Sport: um desportivo de bolso muito divertido

Texto: José Manuel Costa

Paulo de Carvalho cantava “dez anos, é muito tempo, muitos dias, muitas horas a cantar”. Tomei a liberdade de lhe alterar a letra da canção e dizer que seis anos é muito tempo, muitos dias, muitas horas sem mudar nada no Swift Sport. Mas chegou a hora da novidade e, assim, perdeu peso, ganhou potência com um turbocompressor e apresenta-se, apenas, com cinco portas. Melhorou ou o Suzuki Swift Sport deixou de ser um desportivo de bolso pensado para a diversão ao volante? É exatamente isso que vou lhe explicar neste ensaio AUTOMAIS.


Mais:

Equipamento; diversão ao volante; motor; performance

Menos:

Qualidade de alguns materiais; bagageira

Exterior

0/10

Há alterações nesta versão Sport do Swift: o carro está mais perto do chão 50 mm e a carroçaria é 40 mm mais larga que um Swift “normal”, sendo que as saias a imitar carbono deixam pensar que o rebaixamento foi mais acentuado.

As entradas de ar dianteiras e as proteções do cárter e da parte inferior da carroçaria são menos resistentes ao ar e melhoram, por isso, o resultado aerodinâmico do Swift. Não é muito, mas está melhor que anteriormente. Além disso, há mais 2 cm na distância entre eixos.

Em termos de estilo da carroçaria, descontando o que já referi, está, praticamente, igual. O rebaixamento nota-se e confere-lhe mais algum músculo, as duas saídas de escape redondas e generosas adicionam a ideia de um desportivo de mão cheia mas o resto está na mesma. As cavas das rodas estão preenchidas com jantes de 17 polegadas forradas com excelentes pneus Continental e o puxador da porta traseira continua escondido no pilar da porta.

Interior

0/10

Nada mudou no interior do Swift, ou seja, quem desenhou o carro por dentro gosta de estar no controlo, certamente, pois tudo esta alinhado como deve ser, mesmo que fiquemos um nadinha arqueados. Para alguns será problema, para mim nem por isso. Os ajustes do volante são ideais para encontrar, facilmente, a melhor posição de condução com banco-volante-pedais numa relação quase perfeita. O painel de instrumentos é claro e com boa leitura, o ecrã central com o sistema de info entretenimento funciona de forma suficiente e tudo dentro do Swift faz sentido. Naturalmente que é um nadinha acanhado e é verdade que há aqui e acolá alguns materiais de menor valia que, mesmo assim, não destoam no resultado final. E pelo preço cobrado pela Suzuki, querer mais não é legítimo.

Equipamento

0/10

Outra coisa que sempre será boa num Suzuki é o equipamento, completo e sem falhas gritantes ou opcionais caros. Luzes LED nos quatro cantos, cruise control adaptativo, câmara de visão traseira, entrada sem chave, botão de arranque, espelhos exteriores elétricos, rebatíveis e aquecidos, vidros escurecidos atrás, vidros elétricos nas quatro portas, ar condicionado automático, computador de bordo com ecrã de 4,2 polegadas no centro do painel de instrumentos com muita informação, sistema de info entretenimento com Bluetooth, DAB, câmara de visão traseira, sistema de navegação, travagem de emergência autónoma, alerta de mudança de faixa, alerta anti-fadiga, máximos automáticos e assistência na mudança de faixa, são destaques de uma lista de equipamento impressionante.

Consumos

/10

Sendo levezinho e com 140 CV debaixo do capô, o Swift apela ao nosso ser competitivo que todos temos dentro de nós e exagerar no acelerador. A Suzuki anuncia uma média de 5,6 litros, irreal como todas, mas fiquei boquiaberto com os 6,7 l/100 km verificados com um pico de 9,7 litros quando andei ali pelas estradas da Sera de Sintra. Ou seja, nota máxima para um desportivo.

Ao Volante

0/10

O novo motor do Swift tem um ruído interessante embora discreto e mostra-se cheio de vigor. Pudera, quase o dobro do binário face ao anterior motor! Destaque, ainda, para o facto da Suzuki ter refeito o desenho do eixo traseiro para contrariar a tendência da carroçaria se mexer e providenciar maior estabilidade.

A verdade é que numa estrada sinuosa, o Swift parece bem mais rápido do que os números sugerem. Isso acontece porque conseguimos levar muita velocidade para dentro da curva, entrando tarde e sem ser pendurados nos travões. O eixo dianteiro tem muita aderência pelo que é possível, ajudados pelo bom binário, entrar em curva uma mudança acima e sair do outro lado em força sem patinar rodas ou com a frente a escorregar para fora da trajetória.

O controlo de estabilidade oriundo da Daimler tem a opção de desligar completamente, porém, fica sempre vigilante e à mínima doidice, discretamente entra em ação. Um dos maiores problemas está na direção. É, claramente, o ponto mais fraco do Swift. Começa por não oferecer nenhuma sensibilidade. Depois, é levezinha, porém é-lhe imposta algum peso de forma artificial. Finalmente, não é nada direta. Por outro lado, a caixa de velocidades tem um bom escalonamento, o comando é leve, mas a precisão é menor.

Motor

0/10

A receita para o atual Swift Sport é interessante. Fora com o motor atmosférico mais gastador e menos amigo do ambiente, olá ao bloco 1.4 litros sobrealimentado que oferece mais potência (mais 4 CV, apenas) mas, sobretudo, muito mais binário. Os 160 Nm do anterior motor são esmagados pelos 230 Nm oferecido logo a partir das 2500 rpm, cerca de 1500 rpm abaixo do que sucedia no anterior motor. Ainda por cima, o Swift Sport passou por uma cura de emagrecimento que escovou 80 quilos ao peso final do modelo. Contas feitas, o Swift passa a ser um carro que fica abaixo da tonelada de peso (970 kgs) o que lhe permite com os 140 CV do motor 1.4 litros chegar aos 210 km/h e acelerar dos 0-100 km/h em 8,1 segundos.

Balanço Final

0/10

Carregadinho de equipamento, com um motor de 140 CV que não se revelou nada guloso (média confirmada de 6,7 l/100 km) e com um comportamento divertido e seguro, o Suzuki Swift Sport é uma boa opção para quem gosta de pequenos desportivos, ainda por cima quando o preço final é de 21.392 euros, o mais barato da classe exceção feita ao Fiesta 1.0 ST-Line. Enfim, o Swift Sport é um carro divertido, económico e com espaço interior relevante, que merece a pena experimentar. Verá que não se vai arrepender!

Concorrentes

Abarth 595

145 CV, 7,8s 0-100 km/h, 210 km/h, 6,0l/100 km, 139 g/km, 5.601€

 

Ford Fiesta 1.0 140 ST Line

140 CV, 9,0s 0-100 km/h, 202 km/h,4,5l/100 km, 102 g/km, 20.558€

 

Seat Ibiza 1.5 FR

150 CV, 7,9s 0-100 km/h, 215 km/h, 4,9l/100 km, 112 g/km, 22.734€

Mais/Menos


Mais

Equipamento; diversão ao volante; motor; performance

Menos

Qualidade de alguns materiais; bagageira

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 21.392€

Preço da versão base (Euros): 21.392€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final

Exterior

Há alterações nesta versão Sport do Swift: o carro está mais perto do chão 50 mm e a carroçaria é 40 mm mais larga que um Swift “normal”, sendo que as saias a imitar carbono deixam pensar que o rebaixamento foi mais acentuado.

As entradas de ar dianteiras e as proteções do cárter e da parte inferior da carroçaria são menos resistentes ao ar e melhoram, por isso, o resultado aerodinâmico do Swift. Não é muito, mas está melhor que anteriormente. Além disso, há mais 2 cm na distância entre eixos.

Em termos de estilo da carroçaria, descontando o que já referi, está, praticamente, igual. O rebaixamento nota-se e confere-lhe mais algum músculo, as duas saídas de escape redondas e generosas adicionam a ideia de um desportivo de mão cheia mas o resto está na mesma. As cavas das rodas estão preenchidas com jantes de 17 polegadas forradas com excelentes pneus Continental e o puxador da porta traseira continua escondido no pilar da porta.

Interior

Nada mudou no interior do Swift, ou seja, quem desenhou o carro por dentro gosta de estar no controlo, certamente, pois tudo esta alinhado como deve ser, mesmo que fiquemos um nadinha arqueados. Para alguns será problema, para mim nem por isso. Os ajustes do volante são ideais para encontrar, facilmente, a melhor posição de condução com banco-volante-pedais numa relação quase perfeita. O painel de instrumentos é claro e com boa leitura, o ecrã central com o sistema de info entretenimento funciona de forma suficiente e tudo dentro do Swift faz sentido. Naturalmente que é um nadinha acanhado e é verdade que há aqui e acolá alguns materiais de menor valia que, mesmo assim, não destoam no resultado final. E pelo preço cobrado pela Suzuki, querer mais não é legítimo.

Equipamento

Outra coisa que sempre será boa num Suzuki é o equipamento, completo e sem falhas gritantes ou opcionais caros. Luzes LED nos quatro cantos, cruise control adaptativo, câmara de visão traseira, entrada sem chave, botão de arranque, espelhos exteriores elétricos, rebatíveis e aquecidos, vidros escurecidos atrás, vidros elétricos nas quatro portas, ar condicionado automático, computador de bordo com ecrã de 4,2 polegadas no centro do painel de instrumentos com muita informação, sistema de info entretenimento com Bluetooth, DAB, câmara de visão traseira, sistema de navegação, travagem de emergência autónoma, alerta de mudança de faixa, alerta anti-fadiga, máximos automáticos e assistência na mudança de faixa, são destaques de uma lista de equipamento impressionante.

Consumos

Sendo levezinho e com 140 CV debaixo do capô, o Swift apela ao nosso ser competitivo que todos temos dentro de nós e exagerar no acelerador. A Suzuki anuncia uma média de 5,6 litros, irreal como todas, mas fiquei boquiaberto com os 6,7 l/100 km verificados com um pico de 9,7 litros quando andei ali pelas estradas da Sera de Sintra. Ou seja, nota máxima para um desportivo.

Ao volante

O novo motor do Swift tem um ruído interessante embora discreto e mostra-se cheio de vigor. Pudera, quase o dobro do binário face ao anterior motor! Destaque, ainda, para o facto da Suzuki ter refeito o desenho do eixo traseiro para contrariar a tendência da carroçaria se mexer e providenciar maior estabilidade.

A verdade é que numa estrada sinuosa, o Swift parece bem mais rápido do que os números sugerem. Isso acontece porque conseguimos levar muita velocidade para dentro da curva, entrando tarde e sem ser pendurados nos travões. O eixo dianteiro tem muita aderência pelo que é possível, ajudados pelo bom binário, entrar em curva uma mudança acima e sair do outro lado em força sem patinar rodas ou com a frente a escorregar para fora da trajetória.

O controlo de estabilidade oriundo da Daimler tem a opção de desligar completamente, porém, fica sempre vigilante e à mínima doidice, discretamente entra em ação. Um dos maiores problemas está na direção. É, claramente, o ponto mais fraco do Swift. Começa por não oferecer nenhuma sensibilidade. Depois, é levezinha, porém é-lhe imposta algum peso de forma artificial. Finalmente, não é nada direta. Por outro lado, a caixa de velocidades tem um bom escalonamento, o comando é leve, mas a precisão é menor.

Concorrentes

Abarth 595

145 CV, 7,8s 0-100 km/h, 210 km/h, 6,0l/100 km, 139 g/km, 5.601€

 

Ford Fiesta 1.0 140 ST Line

140 CV, 9,0s 0-100 km/h, 202 km/h,4,5l/100 km, 102 g/km, 20.558€

 

Seat Ibiza 1.5 FR

150 CV, 7,9s 0-100 km/h, 215 km/h, 4,9l/100 km, 112 g/km, 22.734€

Motor

A receita para o atual Swift Sport é interessante. Fora com o motor atmosférico mais gastador e menos amigo do ambiente, olá ao bloco 1.4 litros sobrealimentado que oferece mais potência (mais 4 CV, apenas) mas, sobretudo, muito mais binário. Os 160 Nm do anterior motor são esmagados pelos 230 Nm oferecido logo a partir das 2500 rpm, cerca de 1500 rpm abaixo do que sucedia no anterior motor. Ainda por cima, o Swift Sport passou por uma cura de emagrecimento que escovou 80 quilos ao peso final do modelo. Contas feitas, o Swift passa a ser um carro que fica abaixo da tonelada de peso (970 kgs) o que lhe permite com os 140 CV do motor 1.4 litros chegar aos 210 km/h e acelerar dos 0-100 km/h em 8,1 segundos.

Balanço final

Carregadinho de equipamento, com um motor de 140 CV que não se revelou nada guloso (média confirmada de 6,7 l/100 km) e com um comportamento divertido e seguro, o Suzuki Swift Sport é uma boa opção para quem gosta de pequenos desportivos, ainda por cima quando o preço final é de 21.392 euros, o mais barato da classe exceção feita ao Fiesta 1.0 ST-Line. Enfim, o Swift Sport é um carro divertido, económico e com espaço interior relevante, que merece a pena experimentar. Verá que não se vai arrepender!

Mais

Equipamento; diversão ao volante; motor; performance

Menos

Qualidade de alguns materiais; bagageira

Preço da versão ensaiada (Euros): 21.392€
Preço da versão base (Euros): 21.392€