Škoda Octavia Break 2.0 TDI DSG – Ensaio Teste
Molde precioso
Já passaram 25 anos desde que conhecemos o esboço da primeira Škoda Octavia Combi. A mesma base do Golf, mas com mais espaço e uma bagageira enorme, foram o ponto de partida para uma receita bem-sucedida e que tem vindo a ser aperfeiçoada ao longo destas duas décadas e meia. A nova geração da Škoda Octavia Break, equipada com um motor diesel perfeitamente equilibrado e com um nível de equipamento mais desportivo são o molde perfeito para as necessidades de qualquer família, juntando um estilo moderno com soluções práticas e úteis para o dia-a-dia.
Texto: André Mendes
– Estética;
– Espaço a bordo;
– Bagageira;
– Alguns materiais;
– Funções frequentes sem acesso direto;
Exterior
Os responsáveis de design da Škoda empenharam-se neste projeto e isso vê-se facilmente assim que começamos a explorar os detalhes da carroçaria da quarta geração da Škoda Octavia Break. O visual mais imponente e agressivo, mas também o casulo familiar totalmente em concordância com o resto do conjunto. A grelha frontal continua em grande destaque, ladeada pelos grupos óticos com uma nova identidade visual proporcionada pelo sistema de iluminação em LED. E como se trata da versão Sportline, de visual mais desportivo, há diversos elementos pintados de negro tais como o friso na zona inferior do pára-choques dianteiro, as capas dos espelhos, as molduras das janelas laterais e até as letras que compõem o nome da marca e a designação do modelo na secção traseira.
Interior
A primeira impressão que temos quando nos sentamos a bordo é que o ambiente é tipicamente familiar. Não só porque há diversos elementos semelhantes a outros modelos do grupo, mas também porque a evolução deste modelo deixou os bons pontos inalterados. Desta forma, a posição de condução é muito boa e não há linhas nem formatos estranhos. Apenas alguns materiais da zona inferior do habitáculo poderiam passar para o patamar seguinte em termos de qualidade e alguns dos comandos poderiam permanecer num local mais acessível, em vez de terem passado para o monitor do sistema multimédia como é o caso dos relacionados com a climatização. Ainda assim, a Škoda é das poucas marcas do grupo que não parece muito apostada na adoção dos comandos táteis, mantendo diversos dos comandos em botões físicos, o que é muito positivo.
Com a versão Sportline, a Škoda Octavia recebe assentos dianteiros de visual mais desportivo e o volante também é exclusivo desta versão. Mas o maior destaque a bordo da Octavia Break, como vem sendo habitual, é mesmo o espaço disponível. Tanto nos assentos da frente como na fila de trás, o espaço é bastante amplo e confortável, sobrando ainda espaço para uma bagageira com quase 650 litros de capacidade, que é uma das melhores do segmento, se não mesmo a melhor.
Equipamento
A designação Sportline surge mais ou menos a meio da gama, uma vez que acima desta ainda existem as opções mais aventureiras Scout e as mais desportivas RS. Ainda assim, para este patamar, a Škoda conseguiu uma imagem mais desportiva e que nem se distancia muito das RS, tirando a escolha de alguns padrões de visual mais dinâmico em detrimento do ambiente mais sóbrio escolhido para esta opção.
Em termos de conteúdo, a Octavia Break Sportline já conta com uma extensa lista de equipamentos de série, mas esta unidade incluía extras como o Park Assist com sensores de parqueamento à frente e atrás (345 €), o sistema de cruise control adaptativo (425 €), os espelhos retrovisores com comando elétrico, retráteis com anti encadeamento e os sensores de luz e chuva (495 €) e um generoso tejadilho panorâmico de abertura parcial elétrica (1.130 €), este sim, que faz sentido estar presente na lista de opções. Além destes, há ainda outros extras como a escolha da pintura metalizada e as jantes de liga leve de 18 polegadas em vez das 17 que são fornecidas de série. Com tudo somando, esta Škoda ainda conta com quase cinco mil euros em extras, o que não deixa de ser competitivo face a uma das suas irmãs gémeas, a Golf Variant, por exemplo.
Consumos
Este sempre foi um dos pontos em que os motores diesel se destacaram. Mas, nos últimos anos, os construtores têm conseguido alguns milagres com as opções a gasolina e as médias dos diesel permanecem praticamente no mesmo intervalo de sempre. No caso desta opção de dois litros com caixa DSG, a marca declara 4,5 litros de consumo para cada 100 quilómetros, mas o melhor que conseguimos, com deslocações em cidade à mistura e com a climatização a ajudar a garantir o conforto a bordo, o melhor que conseguimos foi um valor de 5,8 litros. E no final do ensaio, o computador de bordo ficou “colado” nos 6,0.
Ao Volante
A condução da Škoda Octavia também parece já não ter segredos, deixando-nos “à-vontade”, como se estivéssemos em casa. Apesar do formato familiar e do amplo espaço a bordo, o comprimento total ainda fica abaixo dos 4,7 metros e a largura em 1,83, o que é perfeitamente compatível com uma condução em cidade, por parques de estacionamento mais complicados, onde a ajuda das camaras e sensores será sempre fundamental. E por se tratar da versão Sportline, com jantes de 18 polegadas, a sua postura em estrada também é mais decidida, com uma boa estabilidade em curva, mas sem que isso prejudique o conforto.
Motor
O motor diesel de dois litros com 150 cavalos de potência do Grupo Volkswagen já não tem grandes segredos. Tem vindo a receber pequenos ajustes ao longo do tempo, mas num raciocínio básico continua a ser aquele que já sabemos que nos vai presentar com médias de consumo comedidas se assim o desejarmos, que estará sempre pronto para uma viagem mais longa e que, apesar de ainda não se entender com a caixa automática DSG em algumas manobras de estacionamento, é um conjunto que funciona perfeitamente em todas as outras situações. Não podemos esperar prestações incríveis, mas a missão desta opção é mesmo somar quilómetros ao totalizar sem querer bater recordes. Até porque se até há bem pouco tempo, esta era uma das opções de sonho na gama, agora o gasóleo é o alvo a abater, continuando a aumentar de preço face à gasolina, fazendo que estas opções de motorização tenham tendência para começar a perder o interesse.
Balanço Final
Ao longo dos anos somos confrontados com a ideia de que não existem coisas perfeitas e que haverá sempre espaço de manobra para melhorar qualquer coisa. E não, a Škoda Octavia Break não é uma carrinha perfeita. No entanto, continuamos a acreditar que estes últimos 25 anos de evolução, têm assistido a uma constante evolução de uma ideia que está cada vez melhor e mais apetecível, especialmente para os agregados familiares de quatro ou cinco elementos. O motor diesel continua presente, mas as tendências de mercado estão a deixá-lo cada vez mais obsoleto, uma vez que agora, tudo tem de ser eletrificado. Ainda assim, a Octavia Break também já tem uma versão que responde a essa categoria.
Concorrentes
Seat Leon Sportstourer FR 2.0 TDI 150 DSG
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 4,6 l/100km; preço base: 38.983 €
Volkswagen Golf Variant 2.0 TDI 150 R-Line DSG
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 4,7 l/100km; preço base: 50.325 €
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasóleo
Cilindrada (cm3): 1.968
Potência máxima (CV/rpm): 150/4.200
Binário máximo (Nm/rpm): 360/1.600-2.750
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática de sete velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torsão
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,8
Velocidade máxima (km/h): 225
Consumos misto (l/100 km): 4,5
Emissões CO2 (g/km): 118
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.689/1.829/1.468
Distância entre eixos (mm): 2.686
Largura de vias (fr/tr mm): 1.543/1.535
Peso (kg): 1.536
Capacidade da bagageira (l): 640
Depósito (l): 45
Pneus (fr/tr): 225/45 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): 46.331 €
Preço da versão base (Euros): 41.792 €
Mais/Menos
Mais
– Estética;
– Espaço a bordo;
– Bagageira;
Menos
– Alguns materiais;
– Funções frequentes sem acesso direto;
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 46331€
Preço da versão base (Euros): 41792€
Exterior
Os responsáveis de design da Škoda empenharam-se neste projeto e isso vê-se facilmente assim que começamos a explorar os detalhes da carroçaria da quarta geração da Škoda Octavia Break. O visual mais imponente e agressivo, mas também o casulo familiar totalmente em concordância com o resto do conjunto. A grelha frontal continua em grande destaque, ladeada pelos grupos óticos com uma nova identidade visual proporcionada pelo sistema de iluminação em LED. E como se trata da versão Sportline, de visual mais desportivo, há diversos elementos pintados de negro tais como o friso na zona inferior do pára-choques dianteiro, as capas dos espelhos, as molduras das janelas laterais e até as letras que compõem o nome da marca e a designação do modelo na secção traseira.
Interior
A primeira impressão que temos quando nos sentamos a bordo é que o ambiente é tipicamente familiar. Não só porque há diversos elementos semelhantes a outros modelos do grupo, mas também porque a evolução deste modelo deixou os bons pontos inalterados. Desta forma, a posição de condução é muito boa e não há linhas nem formatos estranhos. Apenas alguns materiais da zona inferior do habitáculo poderiam passar para o patamar seguinte em termos de qualidade e alguns dos comandos poderiam permanecer num local mais acessível, em vez de terem passado para o monitor do sistema multimédia como é o caso dos relacionados com a climatização. Ainda assim, a Škoda é das poucas marcas do grupo que não parece muito apostada na adoção dos comandos táteis, mantendo diversos dos comandos em botões físicos, o que é muito positivo.
Com a versão Sportline, a Škoda Octavia recebe assentos dianteiros de visual mais desportivo e o volante também é exclusivo desta versão. Mas o maior destaque a bordo da Octavia Break, como vem sendo habitual, é mesmo o espaço disponível. Tanto nos assentos da frente como na fila de trás, o espaço é bastante amplo e confortável, sobrando ainda espaço para uma bagageira com quase 650 litros de capacidade, que é uma das melhores do segmento, se não mesmo a melhor.
Equipamento
A designação Sportline surge mais ou menos a meio da gama, uma vez que acima desta ainda existem as opções mais aventureiras Scout e as mais desportivas RS. Ainda assim, para este patamar, a Škoda conseguiu uma imagem mais desportiva e que nem se distancia muito das RS, tirando a escolha de alguns padrões de visual mais dinâmico em detrimento do ambiente mais sóbrio escolhido para esta opção.
Em termos de conteúdo, a Octavia Break Sportline já conta com uma extensa lista de equipamentos de série, mas esta unidade incluía extras como o Park Assist com sensores de parqueamento à frente e atrás (345 €), o sistema de cruise control adaptativo (425 €), os espelhos retrovisores com comando elétrico, retráteis com anti encadeamento e os sensores de luz e chuva (495 €) e um generoso tejadilho panorâmico de abertura parcial elétrica (1.130 €), este sim, que faz sentido estar presente na lista de opções. Além destes, há ainda outros extras como a escolha da pintura metalizada e as jantes de liga leve de 18 polegadas em vez das 17 que são fornecidas de série. Com tudo somando, esta Škoda ainda conta com quase cinco mil euros em extras, o que não deixa de ser competitivo face a uma das suas irmãs gémeas, a Golf Variant, por exemplo.
Consumos
Este sempre foi um dos pontos em que os motores diesel se destacaram. Mas, nos últimos anos, os construtores têm conseguido alguns milagres com as opções a gasolina e as médias dos diesel permanecem praticamente no mesmo intervalo de sempre. No caso desta opção de dois litros com caixa DSG, a marca declara 4,5 litros de consumo para cada 100 quilómetros, mas o melhor que conseguimos, com deslocações em cidade à mistura e com a climatização a ajudar a garantir o conforto a bordo, o melhor que conseguimos foi um valor de 5,8 litros. E no final do ensaio, o computador de bordo ficou “colado” nos 6,0.
Ao volante
A condução da Škoda Octavia também parece já não ter segredos, deixando-nos “à-vontade”, como se estivéssemos em casa. Apesar do formato familiar e do amplo espaço a bordo, o comprimento total ainda fica abaixo dos 4,7 metros e a largura em 1,83, o que é perfeitamente compatível com uma condução em cidade, por parques de estacionamento mais complicados, onde a ajuda das camaras e sensores será sempre fundamental. E por se tratar da versão Sportline, com jantes de 18 polegadas, a sua postura em estrada também é mais decidida, com uma boa estabilidade em curva, mas sem que isso prejudique o conforto.
Concorrentes
Seat Leon Sportstourer FR 2.0 TDI 150 DSG
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 4,6 l/100km; preço base: 38.983 €
Volkswagen Golf Variant 2.0 TDI 150 R-Line DSG
Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo; potência: 150 cavalos; consumo médio: 4,7 l/100km; preço base: 50.325 €
Motor
O motor diesel de dois litros com 150 cavalos de potência do Grupo Volkswagen já não tem grandes segredos. Tem vindo a receber pequenos ajustes ao longo do tempo, mas num raciocínio básico continua a ser aquele que já sabemos que nos vai presentar com médias de consumo comedidas se assim o desejarmos, que estará sempre pronto para uma viagem mais longa e que, apesar de ainda não se entender com a caixa automática DSG em algumas manobras de estacionamento, é um conjunto que funciona perfeitamente em todas as outras situações. Não podemos esperar prestações incríveis, mas a missão desta opção é mesmo somar quilómetros ao totalizar sem querer bater recordes. Até porque se até há bem pouco tempo, esta era uma das opções de sonho na gama, agora o gasóleo é o alvo a abater, continuando a aumentar de preço face à gasolina, fazendo que estas opções de motorização tenham tendência para começar a perder o interesse.
Balanço final
Ao longo dos anos somos confrontados com a ideia de que não existem coisas perfeitas e que haverá sempre espaço de manobra para melhorar qualquer coisa. E não, a Škoda Octavia Break não é uma carrinha perfeita. No entanto, continuamos a acreditar que estes últimos 25 anos de evolução, têm assistido a uma constante evolução de uma ideia que está cada vez melhor e mais apetecível, especialmente para os agregados familiares de quatro ou cinco elementos. O motor diesel continua presente, mas as tendências de mercado estão a deixá-lo cada vez mais obsoleto, uma vez que agora, tudo tem de ser eletrificado. Ainda assim, a Octavia Break também já tem uma versão que responde a essa categoria.
– Estética;
– Espaço a bordo;
– Bagageira;
– Alguns materiais;
– Funções frequentes sem acesso direto;
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasóleo
Cilindrada (cm3): 1.968
Potência máxima (CV/rpm): 150/4.200
Binário máximo (Nm/rpm): 360/1.600-2.750
Tração: Dianteira
Transmissão: Automática de sete velocidades
Direção: Assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente, tipo McPherson / Eixo de torsão
Travões (fr/tr): discos ventilados / discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 8,8
Velocidade máxima (km/h): 225
Consumos misto (l/100 km): 4,5
Emissões CO2 (g/km): 118
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4.689/1.829/1.468
Distância entre eixos (mm): 2.686
Largura de vias (fr/tr mm): 1.543/1.535
Peso (kg): 1.536
Capacidade da bagageira (l): 640
Depósito (l): 45
Pneus (fr/tr): 225/45 R18
Preço da versão ensaiada (Euros): 46.331 €
Preço da versão base (Euros): 41.792 €
Preço da versão base (Euros): 41792€
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