Seat Leon 1.5 TSI EVO Xcellence – Ensaio Teste

By on 1 Outubro, 2019

Seat Leon 1.5 TSI EVO Xcellence

Texto: Francisco Cruz

Prometer e cumprir

Modelo incontornável na oferta da Seat, também o Leon começa, progressivamente, a adaptar-se às novas leis anti-emissões, dando a conhecer novas soluções… a gasolina. Como é o caso deste 1.5 TSI de 150cv, quatro cilindros já conhecido doutras propostas e que, também aqui, acaba anunciando bem mais, do que mostra à partida.

Conheça todas as versões e motorizações AQUI.


Mais:

Comportamento; Habitabilidade; Posição de condução      

Menos:

Consumos muito susceptíveis à condução; Acesso alto à bagageira; Pouco aproveitamento do rebatimento das costas dos bancos

Exterior

9/10

Pontuação: 9/10

Dado a conhecer, naquela que é a actual terceira geração, em 2012, a verdade é que o Seat Leon continua a exibir, desde logo exteriormente, uma imagem actual e atraente. Culpa, também e em grande parte, de uma actualização a meio do ciclo de vida, que veio acentuar o aspecto e espírito desportivo do conjunto. No caso específico do “nosso” Leon, equipado com o nível de equipamento mais luxuoso, Xcellence, a acentuação desta mesma imagem através da inclusão de umas jantes em liga leve Dynamic de 17″, das emblemáticas luzes diurnas em LED (a mesma tecnologia presente nos faróis de nevoeiro e farolins), grelha frontal cromada específica, frisos das portas também metalizados e dupla ponteira de escape. Em resumo: talvez não chegue para esconder totalmente os anos que já leva… mas, pelo menos, suaviza.

Interior

9/10

Pontuação: 9/10

Propondo um bom acesso ao habitáculo, o Leon conta depois com um interior bem construído, agradavelmente ergonómico, razoavelmente funcional e bastante confortável. A começar no condutor, presenteado com uma posição de condução correcta, a partir de um banco em tecido, mas com bons apoios laterais e todas as regulações necessárias, a juntar um volante Xcellence de óptima pega e ajustável tanto em altura como em profundidade.

A par de um bom apoio de pé esquerdo, um fácil acesso a comandos, inclusive ao ecrã táctil intuitivo no operar e integrado na consola central, além de ligeiramente virado para o condutor, assim como aos razoáveis espaços de arrumação. Ficando aquém, apenas a visibilidade traseira, ainda assim, melhorada com a inclusão de sensores e câmara traseira; embora, esta última, a pedir mais definição… Em plano bem mais convincente, sem dúvida, a habitabilidade. Mesmo com um túnel de transmissão saliente, que é o único e verdadeiro obstáculo para um possível terceiro passageiro, ao meio.

Pois, tanto a largura, como o conforto, surgem num plano bem melhor, que noutros concorrentes. Finalmente e quanto à bagageira, com uma capacidade inicial anunciada de 380 litros, um acesso razoável, ainda que alto face ao piso. Sendo que, a juntar ao que está à vista e porque não há qualquer alçapão sob o piso, apenas está disponível a possibilidade de rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros, ligeiramente na perpendicular, mas também num patamar mais alto. O que, reconheça-se, não ajuda à funcionalidade…

Equipamento

7/10

Pontuação: 7/10

Embora envergando um dos níveis de equipamento mais completos, Xcellence, o “nosso” Leon não deixava, ainda assim, de apresentar algumas lacunas importantes em termos de recheio. Obrigando, mesmo e para as suprimir, a recorrer à lista de opcionais. Assim, além de uma potencial pintura metalizada (369€), custos extra também com o Pacote Dinâmico e de Conforto (565€) e o Pacote de Assistência à Condução II (268€). Sendo que a unidade com que fizemos este ensaio contava ainda com sistema de navegação (351€) com cartografia da Europa (86€), sistema de som Beats Audio (357€) e Roda Suplente de Emergência de 18″ (41€).

Já como parte do equipamento de série, surge a suspensão Comfort, jantes Dynamic de 17″ com pneus 225/45, faróis dianteiros de halogéneo, luzes diurnas, farolins traseiros e faróis de nevoeiro em LED, travão de mão eléctrico com função Auto-Hold, bancos dianteiros desportivos com regulação em altura e lombar, ativação automática das luzes e função Coming Home, sensor de luz e de chuva, espelho interior anti-encandeamento automático, Cruise Control, Climatronic de duas zonas com filtro Air Care, sistema Kessy (Entry + Go), sensores de estacionamento traseiro, ASR + ABS + ESC, controlo da pressão dos pneus, tecnologia XDS, Start-Stop, ecrã táctil 8″ a cores com entrada MP3/Bluetooth/WMA/leitor de CD (Sistema de Som Media Plus 8″) e oito altifalantes, sistema de reconhecimento de voz e Servotronic.

Consumos

/10

Pontuação: 7/10

Quatro cilindros a gasolina, embora com a capacidade de, numa condução mais descontraída, avançar com apenas dois cilindros em funcionamento, este 1.5 TSI faz assim depender, e muito, do tipo de condução, as médias apresentadas em termos de consumos. Deixando, mesmo e logo à partida, o aviso de que, atitudes mais agressivas ao volante, resultarão sempre em médias substancialmente altas, a ultrapassar mesmo os 10 l/100 km! Assim e embora prometendo consumos oficiais na ordem dos 5,9 l7100 km, uma vez posto à prova na dura realidade do dia-a-dia, este 1.5 TSI acaba alcançando médias bem mais altas, a rondar os oito litros; e isto, diga-se, com uma condução descontraída! Pois, sempre que “puxávamos” pelos 150 cv, era ver a média global no computador de bordo a subir…

Ao Volante

9/10

Pontuação: 9/10

Utilizando como base a já “famosa” plataforma MQB, a que soma depois e nesta versão em concreto, o também já bem conhecido sistema de diferencial electrónico  XDS, o Seat Leon 1.5 TSI 150 cv tem entre as suas várias qualidades um comportamento bastante convincente. Marcado por uma estabilidade, segurança, mas também agilidade, que continuam a marcar pontos no segmento C a que pertence. Apoiada numa direcção a que, no limite, apenas se poderá exigir um tudo-nada mais de feedback, a berlina espanhola assume-se assim como uma proposta de condução fácil, capaz de transmitir boas sensações numa condução mais aplicada. E, isto, mesmo com uma suspensão que, embora agradavelmente firme, não deixa de revelar alguns elogiosos cuidados com o conforto – aspecto que ajuda a fazer deste Leon, entre outras qualidades, um bom carro de família.

Em cidade e naquelas viagens curtas que fazemos durante a semana, os mesmos momentos agradáveis ao volante, convidativamente descontraídos, ainda que sempre com a possibilidade de sentir um pouco mais o conjunto. Como? Recorrendo ao Drive Select e aos seus cinco modos de condução – Comfort, Eco, Normal, Sport e o configurável Individual -, forma de interferir com o tipo de resposta do chassis dinâmico, direcção e motor, entre outros componentes, segundo uma de três opções – Normal, Eco e Sport. Ainda que, depois, com a diferença na condução a fazer-se notar mais quando com o modo Sport ou Individual, ligados… A contribuir para uma maior sensação de segurança… e combate à distracção, a presença – eficaz – de ajudas à condução activas como a manutenção na faixa de rodagem ou o alerta de embate frontal iminente. Tecnologias que fácil e rapidamente justificam, não apenas a sua presença, como também os custos acrescidos que acarretam; além do que ajudam, no capítulo das promessas a cumprir…

Motor

8/10

Pontuação: 8/10

Já disponível noutras marcas do universo Volkswagen, a mais recente evolução do conhecido quatro cilindros 1.5 TSI de 150 cv e 250 Nm chega agora ao Seat Leon. Precisamente para revelar a mesma faceta… complexa, que, reconhecemo-lo, noutras ocasiões, já nos deixou de nariz torcido! Adoptando na marca espanhola a designação 1.5 TSI EVO, trata-se de um propulsor a gasolina, com sistema de desactivação de cilindros (ACT), cuja principal qualidade é a resposta pronta ao acelerador. Em particular, quando com o ponteiro do conta-rotações pouco acima das 2000 rpm. Contudo e à medida que evolui, e se aproxima do red-line, às 6.100 rpm, este bloco não só perde algum fulgor, como e especialmente a partir das 5000 rpm, começa a deixar escapar a sensação de que tudo é mais esforço, que eficácia.

Sendo que, nesses momentos, nem mesmo a caixa manual de seis velocidades, com as suas relações algo longas, consegue ajudar a transmitir mais genica… No entanto e atenuar sensações não totalmente convincentes, o anúncio de uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apreciáveis 8,2s, já para não falar de uma velocidade máxima de 215 km/h. Números que, diga-se, não deixam de funcionar como uma espécie de desafio à exploração deste bloco, ainda que, depois e especialmente pelas repercussões nos consumos, não seja essa a faceta mais agradável deste 1.5 TSI…

Balanço Final

8/10

Pontuação: 8/10

Embora hoje em dia uma das propostas mais veteranas no competitivo segmento C, a verdade é que, nem mesmo os anos já cumpridos, conseguiram retirar ao Seat Leon muito do seu encanto. Continuando a afirmar-se como um modelo atraente e competente, bom familiar, além de com uma condução capaz de agradar à grande maioria dos condutores. Algo que, infelizmente, já não somos capaz de dizer do 1.5 TSI, o qual continua a ser, pelo menos para nós, um motor que fica sempre um bocadinho aquém daquilo que dele esperávamos… Ou, se calhar, somos mesmo nós.

Concorrentes

Honda Civic 1.5 i-VTEC Turbo Sport, 182cv, 8,2s 0-100 km, 220 km/h, 5,8 l/100 km, 137 g/km CO2, 32 200€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Hyundai i30 1.4 TGDi Style, 140cv, 9,1s 0-100 km/h, 210 km/h, 5,9 l7100 km, 147 g/km CO2, 24 881€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Kia Ceed 1.6 T-GDi GT, 204cv, 7,5s 0-100 km/h, 230 km/h, 6,8 l/100 km, 169 g/km CO2, 28 290€ (com campanha de lançamento de 5.150€)

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Opel Astra 1.4 Turbo CVT Ultimate, 145cv, 10,1s 0-100 km/h, 210 km/h, 5,9 l/100 km, 135 g/km CO2, 33 290€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Renault Mégane 1.3 TCe FAP Bose Edition, 160cv, 9,0s 0-100 km/h, 205 km/h, 6,3 l7100 km, 142 km/h CO2, 28 850€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Volkswagen Golf 1.5 TSI Stream, 150cv, 8,3s 0-100 km, 216 km/h, 5,0 l/100 km, 129 g/km, 28 640€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.498

Diâmetro x curso (mm): 74.5 x 85.9

Taxa compressão: 10.5 : 1

Potência máxima (cv/rpm): 150/5.000-6.000

Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500

Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,2

Velocidade máxima (km/h): 215

Consumos combinado WLTP (l/100 km): 5,9

Emissões de CO2 (g/km): 112

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,282/1,816/1,459

Distância entre eixos (mm): 2,636

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,538/1,508

Peso (kg): 1.243

Capacidade da bagageira com duas filas/ uma fila (l): 380/1.210

Depósito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 225/45 R17 / 225/45 R17

Mais/Menos


Mais

Comportamento; Habitabilidade; Posição de condução      

Menos

Consumos muito susceptíveis à condução; Acesso alto à bagageira; Pouco aproveitamento do rebatimento das costas dos bancos

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 32127€

Preço da versão base (Euros): 19426€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Pontuação: 9/10

Dado a conhecer, naquela que é a actual terceira geração, em 2012, a verdade é que o Seat Leon continua a exibir, desde logo exteriormente, uma imagem actual e atraente. Culpa, também e em grande parte, de uma actualização a meio do ciclo de vida, que veio acentuar o aspecto e espírito desportivo do conjunto. No caso específico do “nosso” Leon, equipado com o nível de equipamento mais luxuoso, Xcellence, a acentuação desta mesma imagem através da inclusão de umas jantes em liga leve Dynamic de 17″, das emblemáticas luzes diurnas em LED (a mesma tecnologia presente nos faróis de nevoeiro e farolins), grelha frontal cromada específica, frisos das portas também metalizados e dupla ponteira de escape. Em resumo: talvez não chegue para esconder totalmente os anos que já leva… mas, pelo menos, suaviza.

Interior

Pontuação: 9/10

Propondo um bom acesso ao habitáculo, o Leon conta depois com um interior bem construído, agradavelmente ergonómico, razoavelmente funcional e bastante confortável. A começar no condutor, presenteado com uma posição de condução correcta, a partir de um banco em tecido, mas com bons apoios laterais e todas as regulações necessárias, a juntar um volante Xcellence de óptima pega e ajustável tanto em altura como em profundidade.

A par de um bom apoio de pé esquerdo, um fácil acesso a comandos, inclusive ao ecrã táctil intuitivo no operar e integrado na consola central, além de ligeiramente virado para o condutor, assim como aos razoáveis espaços de arrumação. Ficando aquém, apenas a visibilidade traseira, ainda assim, melhorada com a inclusão de sensores e câmara traseira; embora, esta última, a pedir mais definição… Em plano bem mais convincente, sem dúvida, a habitabilidade. Mesmo com um túnel de transmissão saliente, que é o único e verdadeiro obstáculo para um possível terceiro passageiro, ao meio.

Pois, tanto a largura, como o conforto, surgem num plano bem melhor, que noutros concorrentes. Finalmente e quanto à bagageira, com uma capacidade inicial anunciada de 380 litros, um acesso razoável, ainda que alto face ao piso. Sendo que, a juntar ao que está à vista e porque não há qualquer alçapão sob o piso, apenas está disponível a possibilidade de rebatimento 60/40 das costas dos bancos traseiros, ligeiramente na perpendicular, mas também num patamar mais alto. O que, reconheça-se, não ajuda à funcionalidade…

Equipamento

Pontuação: 7/10

Embora envergando um dos níveis de equipamento mais completos, Xcellence, o “nosso” Leon não deixava, ainda assim, de apresentar algumas lacunas importantes em termos de recheio. Obrigando, mesmo e para as suprimir, a recorrer à lista de opcionais. Assim, além de uma potencial pintura metalizada (369€), custos extra também com o Pacote Dinâmico e de Conforto (565€) e o Pacote de Assistência à Condução II (268€). Sendo que a unidade com que fizemos este ensaio contava ainda com sistema de navegação (351€) com cartografia da Europa (86€), sistema de som Beats Audio (357€) e Roda Suplente de Emergência de 18″ (41€).

Já como parte do equipamento de série, surge a suspensão Comfort, jantes Dynamic de 17″ com pneus 225/45, faróis dianteiros de halogéneo, luzes diurnas, farolins traseiros e faróis de nevoeiro em LED, travão de mão eléctrico com função Auto-Hold, bancos dianteiros desportivos com regulação em altura e lombar, ativação automática das luzes e função Coming Home, sensor de luz e de chuva, espelho interior anti-encandeamento automático, Cruise Control, Climatronic de duas zonas com filtro Air Care, sistema Kessy (Entry + Go), sensores de estacionamento traseiro, ASR + ABS + ESC, controlo da pressão dos pneus, tecnologia XDS, Start-Stop, ecrã táctil 8″ a cores com entrada MP3/Bluetooth/WMA/leitor de CD (Sistema de Som Media Plus 8″) e oito altifalantes, sistema de reconhecimento de voz e Servotronic.

Consumos

Pontuação: 7/10

Quatro cilindros a gasolina, embora com a capacidade de, numa condução mais descontraída, avançar com apenas dois cilindros em funcionamento, este 1.5 TSI faz assim depender, e muito, do tipo de condução, as médias apresentadas em termos de consumos. Deixando, mesmo e logo à partida, o aviso de que, atitudes mais agressivas ao volante, resultarão sempre em médias substancialmente altas, a ultrapassar mesmo os 10 l/100 km! Assim e embora prometendo consumos oficiais na ordem dos 5,9 l7100 km, uma vez posto à prova na dura realidade do dia-a-dia, este 1.5 TSI acaba alcançando médias bem mais altas, a rondar os oito litros; e isto, diga-se, com uma condução descontraída! Pois, sempre que “puxávamos” pelos 150 cv, era ver a média global no computador de bordo a subir…

Ao volante

Pontuação: 9/10

Utilizando como base a já “famosa” plataforma MQB, a que soma depois e nesta versão em concreto, o também já bem conhecido sistema de diferencial electrónico  XDS, o Seat Leon 1.5 TSI 150 cv tem entre as suas várias qualidades um comportamento bastante convincente. Marcado por uma estabilidade, segurança, mas também agilidade, que continuam a marcar pontos no segmento C a que pertence. Apoiada numa direcção a que, no limite, apenas se poderá exigir um tudo-nada mais de feedback, a berlina espanhola assume-se assim como uma proposta de condução fácil, capaz de transmitir boas sensações numa condução mais aplicada. E, isto, mesmo com uma suspensão que, embora agradavelmente firme, não deixa de revelar alguns elogiosos cuidados com o conforto – aspecto que ajuda a fazer deste Leon, entre outras qualidades, um bom carro de família.

Em cidade e naquelas viagens curtas que fazemos durante a semana, os mesmos momentos agradáveis ao volante, convidativamente descontraídos, ainda que sempre com a possibilidade de sentir um pouco mais o conjunto. Como? Recorrendo ao Drive Select e aos seus cinco modos de condução – Comfort, Eco, Normal, Sport e o configurável Individual -, forma de interferir com o tipo de resposta do chassis dinâmico, direcção e motor, entre outros componentes, segundo uma de três opções – Normal, Eco e Sport. Ainda que, depois, com a diferença na condução a fazer-se notar mais quando com o modo Sport ou Individual, ligados… A contribuir para uma maior sensação de segurança… e combate à distracção, a presença – eficaz – de ajudas à condução activas como a manutenção na faixa de rodagem ou o alerta de embate frontal iminente. Tecnologias que fácil e rapidamente justificam, não apenas a sua presença, como também os custos acrescidos que acarretam; além do que ajudam, no capítulo das promessas a cumprir…

Concorrentes

Honda Civic 1.5 i-VTEC Turbo Sport, 182cv, 8,2s 0-100 km, 220 km/h, 5,8 l/100 km, 137 g/km CO2, 32 200€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Hyundai i30 1.4 TGDi Style, 140cv, 9,1s 0-100 km/h, 210 km/h, 5,9 l7100 km, 147 g/km CO2, 24 881€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Kia Ceed 1.6 T-GDi GT, 204cv, 7,5s 0-100 km/h, 230 km/h, 6,8 l/100 km, 169 g/km CO2, 28 290€ (com campanha de lançamento de 5.150€)

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Opel Astra 1.4 Turbo CVT Ultimate, 145cv, 10,1s 0-100 km/h, 210 km/h, 5,9 l/100 km, 135 g/km CO2, 33 290€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Renault Mégane 1.3 TCe FAP Bose Edition, 160cv, 9,0s 0-100 km/h, 205 km/h, 6,3 l7100 km, 142 km/h CO2, 28 850€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

 

Volkswagen Golf 1.5 TSI Stream, 150cv, 8,3s 0-100 km, 216 km/h, 5,0 l/100 km, 129 g/km, 28 640€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Motor

Pontuação: 8/10

Já disponível noutras marcas do universo Volkswagen, a mais recente evolução do conhecido quatro cilindros 1.5 TSI de 150 cv e 250 Nm chega agora ao Seat Leon. Precisamente para revelar a mesma faceta… complexa, que, reconhecemo-lo, noutras ocasiões, já nos deixou de nariz torcido! Adoptando na marca espanhola a designação 1.5 TSI EVO, trata-se de um propulsor a gasolina, com sistema de desactivação de cilindros (ACT), cuja principal qualidade é a resposta pronta ao acelerador. Em particular, quando com o ponteiro do conta-rotações pouco acima das 2000 rpm. Contudo e à medida que evolui, e se aproxima do red-line, às 6.100 rpm, este bloco não só perde algum fulgor, como e especialmente a partir das 5000 rpm, começa a deixar escapar a sensação de que tudo é mais esforço, que eficácia.

Sendo que, nesses momentos, nem mesmo a caixa manual de seis velocidades, com as suas relações algo longas, consegue ajudar a transmitir mais genica… No entanto e atenuar sensações não totalmente convincentes, o anúncio de uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apreciáveis 8,2s, já para não falar de uma velocidade máxima de 215 km/h. Números que, diga-se, não deixam de funcionar como uma espécie de desafio à exploração deste bloco, ainda que, depois e especialmente pelas repercussões nos consumos, não seja essa a faceta mais agradável deste 1.5 TSI…

Balanço final

Pontuação: 8/10

Embora hoje em dia uma das propostas mais veteranas no competitivo segmento C, a verdade é que, nem mesmo os anos já cumpridos, conseguiram retirar ao Seat Leon muito do seu encanto. Continuando a afirmar-se como um modelo atraente e competente, bom familiar, além de com uma condução capaz de agradar à grande maioria dos condutores. Algo que, infelizmente, já não somos capaz de dizer do 1.5 TSI, o qual continua a ser, pelo menos para nós, um motor que fica sempre um bocadinho aquém daquilo que dele esperávamos… Ou, se calhar, somos mesmo nós.

Mais

Comportamento; Habitabilidade; Posição de condução      

Menos

Consumos muito susceptíveis à condução; Acesso alto à bagageira; Pouco aproveitamento do rebatimento das costas dos bancos

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha a gasolina, com injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.498

Diâmetro x curso (mm): 74.5 x 85.9

Taxa compressão: 10.5 : 1

Potência máxima (cv/rpm): 150/5.000-6.000

Binário máximo (Nm/rpm): 250/1.500-3.500

Transmissão e direcção: Dianteira, com caixa manual de seis velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Tipo McPherson / Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos

Prestações e consumos

Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,2

Velocidade máxima (km/h): 215

Consumos combinado WLTP (l/100 km): 5,9

Emissões de CO2 (g/km): 112

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,282/1,816/1,459

Distância entre eixos (mm): 2,636

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1,538/1,508

Peso (kg): 1.243

Capacidade da bagageira com duas filas/ uma fila (l): 380/1.210

Depósito de combustível (l): 50

Pneus (fr/tr): 225/45 R17 / 225/45 R17

Preço da versão ensaiada (Euros): 32127€
Preço da versão base (Euros): 19426€