Seat Ibiza 1.0 TSI – Ensaio Teste
Seat Ibiza 1.0 TSI 95 Style
Texto: José Manuel Costa
Regresso ao sucesso
É um dos nomes mais antigos que permanecem no mercado, juntamente com o Corsa da Opel, o Micra da Nissan, o Clio da Renault e o Fiesta da Ford e passou por um mau bocado quando o Leon lhe roubou a liderança de vendas dentro da Seat. Mas redesenhado por Alessandro Mesonero-Romanos, com a nova plataforma MQB A0 e a gama de motores a gasolina e diesel do grupo VW, recuperou fôlego e está de regresso ao caminho do sucesso. Para mim um dos melhores carros do segmento, sem nenhum favor.
Conheça todas as versões AQUI.
Estilo / Comportamento / Preço / Habitabilidade
Performances / Falta de espaços de arrumação
Exterior
Para devolver o Ibiza ao grupo dos carros que se destacam no meio da multidão. O centro de estilo da casa espanhola pegou na matriz usada nos seus mais recentes modelos e com formas geométricas, linha retas e tensas, conseguiu encolher o Leon sem que o Ibiza se pareça, em demasia, com aquele. A linha que vinca a lateral do carro liga os grupos óticos da frente e da traseira, num conjunto muito agradável á vista. Podemos ter a tentação de dizer que é uma réplica do Leon, mas a verdade é que o Ibiza tem personalidade própria e isso está visível na lateral menos esculpida que a do Leon e as quatro rodas arrumadas nos quatro cantos do carro.
Interior
O interior rima com o exterior, tendo vantagem face ao anterior modelo. Onde?
Bom, tendo o mesmo tamanho, a distância entre eixos é maior e as vias são bem mais largas. Ora, as rodas são, assim, empurradas para os quatro cantos do carro, libertando valioso espaço no interior. Infelizmente, os homens da Seat esqueceram-se de oferecer mais espaços para arrumação e se todos vão ficar felizes com o aumento de espaço no banco traseiro, não vão deixar de refilar pela ausência de encosto de braços, porta copos e saídas de ar do sistema de climatização atrás. Porem, não há carro do segmento – exceção feita ao Honda Jazz que é mais um monovolume que outra coisa – mais espaçoso que o Ibiza. E isso é uma enorme vantagem!
Olhando para o habitáculo do Ibiza, destaque, ainda, para os bancos vindos dos modelos com a plataforma MQB “normal”, confortáveis e com bom suporte e ampla regulação – que se traduz numa posição de condução que, sendo confortável, é quase “standard” nos modelos VW e como durante a semana em que experimentei o Ibiza andei de Polo mais se acentuou esta ideia – e para o painel de instrumentos perfeitamente legível. Falta dizer que a bagageira é bem maior agora com 355 litros (são mais 63 litros que o anterior modelo).
Equipamento
No que toca ao sistema de info entretenimento, a Seat decidiu seguir o seu caminho, recusando a moda dos ecrãs flutuantes à imagem dos tablets. No Ibiza há três níveis de ecrã (preto e branco, 6 e 8 polegadas a cores) e um enorme plástico pintado de preto brilhante a enquadrá-lo. Em algumas versões há uma enorme régua da cor do carro que atravessa todo o tabliê. Não choca e está bem montado.
Aliás, o Ibiza tem um bom nível de montagem, mas olhando para o Seat e para o Polo, por exemplo, percebe-se onde é que os espanhóis decidiram gastar o dinheiro. Sendo certo que o comprador de um Seat é cerca de 10 anos mais novo que o de um Volkswagen, a marca de Martortell decidiu investir na conectividade e nas minudências que os mais jovens gostam. Dai a conectividade avançada, a excelente qualidade capacitiva do ecrã – sensível ao toque e até capaz de antever o que vamos fazer ao revelar menus “escondidos” até aproximarmos os dedos – a utilização do Apple CarPlay e Android Auto, entradas USB e AUX e, ainda, o sistema de som Beats. Muito mais barato que um Bose, usado, por exemplo, no Nissan Micra, o áudio do Ibiza passa bem sem o sistema da marca americana, conhecida pelos seus auscultadores Beats By Dr. Dre. O sistema é demasiado agressivo e não tem, realmente, a qualidade do sistema Bose da Nissan. O equipamento é muito completo e vive-se bem a bordo do Ibiza, mesmo com os plásticos menos exuberantes. Ainda assim, com qualidade suficiente.
Consumos
A versão de 95 CV do motor 1.0 litros é a mais vendida em Portugal, mas é o motor menos estimulante dos blocos a gasolina. Tem uma bela vantagem, é fiável e no que toca a consumos, a Seat reclama 4,7 l/100 km e a verdade é que no mundo real não fica longe com 5,3 l/100 km. Se decidir puxar um pouco mais ou quiser cumprir uma viagem com médias mais elevadas, sobe para os 6 litros, ainda assim muito interessante.
Ao Volante
Utilizando a plataforma MQB A0, o Ibiza não tem problemas no capitulo do comportamento, sendo equilibrado em todas as situações. O motor 1.0 MPI com 95 CV não coloca muitos problemas ao chassis, mas a facilidade com que o Ibiza ganha velocidade, leva-nos a explorar os limites e nem mesmo ai o Ibiza dá parte de fraco. Nota muito positiva neste particular.
Motor
O motor de três cilindros e um litro de cilindrada do Ibiza é dos mais recentes e mostra-se equilibrado, rotativo e capaz de imprimir uma boa dinâmica ao Ibiza. Nesta versão de 95 CV, chega para acelerar dos 0-100 km/h em 10,9 segundos com uma velocidade máxima de 182 km/h. Não é fantástico, mas é mais que suficiente para os dias que correm. E o motor é eficaz e económico.
Balanço Final
O Ibiza é um belo automóvel e, na minha opinião, dos melhores do segmento. Não tem o comportamento do Ford Fiesta, é verdade, e não tem o refinamento que o VW Polo possui, mas sendo mais barato que este e não estando longe do primeiro, o Ibiza acaba por ser um carro equilibrado. Bonito, bem equipado e com consumos reduzidos, o Ibiza 1.0 95 CV, na versão Style que custa 18.024 euros, é uma excelente opção.
Concorrentes
Ford Fiesta
999 c.c.; 100 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 4,3 l/100 km, 97 gr/km de CO2; 18.850€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Corsa
988 c.c.; 90 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 11,9 seg,; 180 km/h; 4,5 l/100 km, 106 gr/km de CO2; 16.530€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
VW Polo
999 c.c.; 95 CV; 175 Nm; 0-100 km/h em 10,8 seg,; 187 km/h; 4,4 l/100 km, 101 gr/km de CO2; 18.462€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 76,4
Taxa de Compressão: 10,5
Potência máxima (CV/rpm): 95/5000 – 5500
Binário máximo (Nm/rpm): 175/2000 – 3500
Transmissão: Dianteira, caixa manual de 5 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson/eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Tambores
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9
Velocidade máxima (km/h): 182
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): – / – /4,7
Emissões CO2 (gr/km): 106
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4059/1780/1444
Distância entre eixos (mm): 2564
Largura de vias (fr/tr mm): 1525/1505
Peso (kg): 1047
Capacidade da bagageira (l): 355
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 195/55 R16
Mais/Menos
Mais
Estilo / Comportamento / Preço / Habitabilidade
Menos
Performances / Falta de espaços de arrumação
Exterior
Para devolver o Ibiza ao grupo dos carros que se destacam no meio da multidão. O centro de estilo da casa espanhola pegou na matriz usada nos seus mais recentes modelos e com formas geométricas, linha retas e tensas, conseguiu encolher o Leon sem que o Ibiza se pareça, em demasia, com aquele. A linha que vinca a lateral do carro liga os grupos óticos da frente e da traseira, num conjunto muito agradável á vista. Podemos ter a tentação de dizer que é uma réplica do Leon, mas a verdade é que o Ibiza tem personalidade própria e isso está visível na lateral menos esculpida que a do Leon e as quatro rodas arrumadas nos quatro cantos do carro.
Interior
O interior rima com o exterior, tendo vantagem face ao anterior modelo. Onde?
Bom, tendo o mesmo tamanho, a distância entre eixos é maior e as vias são bem mais largas. Ora, as rodas são, assim, empurradas para os quatro cantos do carro, libertando valioso espaço no interior. Infelizmente, os homens da Seat esqueceram-se de oferecer mais espaços para arrumação e se todos vão ficar felizes com o aumento de espaço no banco traseiro, não vão deixar de refilar pela ausência de encosto de braços, porta copos e saídas de ar do sistema de climatização atrás. Porem, não há carro do segmento – exceção feita ao Honda Jazz que é mais um monovolume que outra coisa – mais espaçoso que o Ibiza. E isso é uma enorme vantagem!
Olhando para o habitáculo do Ibiza, destaque, ainda, para os bancos vindos dos modelos com a plataforma MQB “normal”, confortáveis e com bom suporte e ampla regulação – que se traduz numa posição de condução que, sendo confortável, é quase “standard” nos modelos VW e como durante a semana em que experimentei o Ibiza andei de Polo mais se acentuou esta ideia – e para o painel de instrumentos perfeitamente legível. Falta dizer que a bagageira é bem maior agora com 355 litros (são mais 63 litros que o anterior modelo).
Equipamento
No que toca ao sistema de info entretenimento, a Seat decidiu seguir o seu caminho, recusando a moda dos ecrãs flutuantes à imagem dos tablets. No Ibiza há três níveis de ecrã (preto e branco, 6 e 8 polegadas a cores) e um enorme plástico pintado de preto brilhante a enquadrá-lo. Em algumas versões há uma enorme régua da cor do carro que atravessa todo o tabliê. Não choca e está bem montado.
Aliás, o Ibiza tem um bom nível de montagem, mas olhando para o Seat e para o Polo, por exemplo, percebe-se onde é que os espanhóis decidiram gastar o dinheiro. Sendo certo que o comprador de um Seat é cerca de 10 anos mais novo que o de um Volkswagen, a marca de Martortell decidiu investir na conectividade e nas minudências que os mais jovens gostam. Dai a conectividade avançada, a excelente qualidade capacitiva do ecrã – sensível ao toque e até capaz de antever o que vamos fazer ao revelar menus “escondidos” até aproximarmos os dedos – a utilização do Apple CarPlay e Android Auto, entradas USB e AUX e, ainda, o sistema de som Beats. Muito mais barato que um Bose, usado, por exemplo, no Nissan Micra, o áudio do Ibiza passa bem sem o sistema da marca americana, conhecida pelos seus auscultadores Beats By Dr. Dre. O sistema é demasiado agressivo e não tem, realmente, a qualidade do sistema Bose da Nissan. O equipamento é muito completo e vive-se bem a bordo do Ibiza, mesmo com os plásticos menos exuberantes. Ainda assim, com qualidade suficiente.
Consumos
A versão de 95 CV do motor 1.0 litros é a mais vendida em Portugal, mas é o motor menos estimulante dos blocos a gasolina. Tem uma bela vantagem, é fiável e no que toca a consumos, a Seat reclama 4,7 l/100 km e a verdade é que no mundo real não fica longe com 5,3 l/100 km. Se decidir puxar um pouco mais ou quiser cumprir uma viagem com médias mais elevadas, sobe para os 6 litros, ainda assim muito interessante.
Ao volante
Utilizando a plataforma MQB A0, o Ibiza não tem problemas no capitulo do comportamento, sendo equilibrado em todas as situações. O motor 1.0 MPI com 95 CV não coloca muitos problemas ao chassis, mas a facilidade com que o Ibiza ganha velocidade, leva-nos a explorar os limites e nem mesmo ai o Ibiza dá parte de fraco. Nota muito positiva neste particular.
Concorrentes
Ford Fiesta
999 c.c.; 100 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 10,5 seg,; 183 km/h; 4,3 l/100 km, 97 gr/km de CO2; 18.850€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Opel Corsa
988 c.c.; 90 CV; 170 Nm; 0-100 km/h em 11,9 seg,; 180 km/h; 4,5 l/100 km, 106 gr/km de CO2; 16.530€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
VW Polo
999 c.c.; 95 CV; 175 Nm; 0-100 km/h em 10,8 seg,; 187 km/h; 4,4 l/100 km, 101 gr/km de CO2; 18.462€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
O motor de três cilindros e um litro de cilindrada do Ibiza é dos mais recentes e mostra-se equilibrado, rotativo e capaz de imprimir uma boa dinâmica ao Ibiza. Nesta versão de 95 CV, chega para acelerar dos 0-100 km/h em 10,9 segundos com uma velocidade máxima de 182 km/h. Não é fantástico, mas é mais que suficiente para os dias que correm. E o motor é eficaz e económico.
Balanço final
O Ibiza é um belo automóvel e, na minha opinião, dos melhores do segmento. Não tem o comportamento do Ford Fiesta, é verdade, e não tem o refinamento que o VW Polo possui, mas sendo mais barato que este e não estando longe do primeiro, o Ibiza acaba por ser um carro equilibrado. Bonito, bem equipado e com consumos reduzidos, o Ibiza 1.0 95 CV, na versão Style que custa 18.024 euros, é uma excelente opção.
Estilo / Comportamento / Preço / Habitabilidade
Menos
Performances / Falta de espaços de arrumação
Ficha técnica
Motor
Tipo: 3 cilindros em linha, injeção direta, turbo a gasolina
Cilindrada (cm3): 999
Diâmetro x Curso (mm): 74,5 x 76,4
Taxa de Compressão: 10,5
Potência máxima (CV/rpm): 95/5000 – 5500
Binário máximo (Nm/rpm): 175/2000 – 3500
Transmissão: Dianteira, caixa manual de 5 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): Independente tipo McPherson/eixo de torção
Travões (fr/tr): Discos ventilados/Tambores
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 10,9
Velocidade máxima (km/h): 182
Consumos extra-urb./urbano/misto (l/100 km): – / – /4,7
Emissões CO2 (gr/km): 106
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4059/1780/1444
Distância entre eixos (mm): 2564
Largura de vias (fr/tr mm): 1525/1505
Peso (kg): 1047
Capacidade da bagageira (l): 355
Deposito de combustível (l): 40
Pneus (fr/tr): 195/55 R16
0 comentários