Renault Mégane R.S. Trophy EDC (2021) – Ensaio Teste

By on 30 Abril, 2021

Renault Mégane R.S. Trophy EDC (2021) – Ensaio Teste

Texto: Guilherme André

Desportivo de mão cheia

A Renault decidiu renovar todas as versões do Mégane, incluindo o desportivo R.S.. Apesar das mudanças serem muito contidas, uma das grandes diferenças passa pelo fim da transmissão manual, mas também o aumento de 20 cv na versão R.S. base, passando a ter os mesmos 300 cv da versão Trophy, a que ensaiámos. Foi exatamente este dado que nos deixou a pensar: Será que ainda vale a pena pensar em comprar a versão Trophy?


Mais:

Condução, sistema 4Control, som do escape, design exterior

Menos:

Potência igual à do R.S. base que tem um preço inferior

Exterior

8/10

Exterior (8/10) Apesar de ter passado por uma renovação, que alterou os grupos óticos, ao nível visual a Renault decidiu manter grande parte dos atributos que conhecemos do Mégane R.S.. Pode não ser tão radical como um Type R, mas também não é demasiado sóbrio como acontece, por exemplo, com o Golf GTI. Ou seja, a marca francesa aposta num design claramente diferenciador das restantes versões do Mégane, principalmente na traseira com a moldura da ponteira de escape em cromado ao centro, mas sem chegar ao exagero, conseguindo assim uma imagem equilibrada.

Interior

8/10

Interior (8/10) Passando para o interior, rapidamente percebemos que não estamos num Mégane “normal” graças à inclusão de alcantara em vários componentes, como é caso dos bancos desportivos e nas laterais do volante. Para além disso, o habitáculo ficou mais atual e moderno graças a um painel de instrumentos digital e um novo sistema de infotainment que transmite as informações através de um ecrã central de 9,3 polegadas. Este permite a ligação ao smartphone através de Apple CarPlay e Android Auto. Ao nível de espaço, o Mégane R.S. Trophy permite sentar quatro adultos com relativa facilidade, enquanto a bagageira garante 384 litros de capacidade. 

Equipamento

8/10

Equipamento (8/10) O Renault Mégane R.S. Trophy é o nível intermédio do desportivo francês, só atrás do “todo poderoso” R.S. Trophy-R. Os grandes destaques de equipamento deste desportivo passam pela inclusão de série do chassis CUP e diferencial autoblocante mecânico Torsen. Tudo isto é acompanhado por um bom recheio tecnológico com o renovado sistema de infotainment, painel de instrumentos digital e assistentes à condução como é o caso de câmara traseira, sensores de estacionamento, avisador de saída de faixa entre outros. Relativamente a opcionais as soluções são muito poucas, um dado que acaba por ser positivo porque significa que grande parte do equipamento é de série. 

Consumos

/10

Consumos (7/10) Sendo um desportivo de motor a combustão pura, os consumos não são propriamente o seu melhor atributo. Neste capítulo a Renault anuncia um consumo combinado de 8,4 l/100 km. Aqui no Automais realizámos uma média de 8,9 l/100 km. A ritmo acelerado facilmente se chega perto dos 10 l/100 km.

Ao Volante

9/10

Ao volante (9/10) Apesar de ter a mesma potência do Mégane R.S. base, a versão Trophy tem atributos diferenciadores como é o caso do Chassis CUP, diferencial autoblocante mecânico torsen e suspensão mais rígida. Ou seja, temos “nas mãos” uma versão mais extrema e focada na performance do desportivo francês. O chassis faz toda a diferença no que toca a dinâmica de condução com o Mégane R.S. Trophy a garantir uma eficácia em curva satisfatória. 

Destaque ainda para o sistema 4Control que, depois de alguma habituação, ajuda-nos a tirar o máximo de partido do modelo francês com a traseira a deslizar com frequência exigindo a concentração máxima do condutor.  Tudo isto é acompanhado por um escape que ajuda a criar envolvência durante a condução ao oferecer uma banda de sonora cada vez mais rara de encontrar. Numa condução diária e mais calma os mais sensíveis podem sentir algum desconforto graças a uma suspensão seca e, por isso, qualquer deformação na estrada será sentida pelos passageiros.

Motor

8/10

Motor (8/10) Debaixo do capot encontramos o já conhecido 1.8 turbo a gasolina que debita os mesmos 300 cv e 420 Nm de binário. A principal diferença neste restyling é o fim da transmissão manual e, por isso, esta solução só se encontra com a transmissão automática EDC de seis velocidades. Assim, é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,7 segundos e atingir uma velocidade máxima de 260 km/h, ou seja, o Mégane R.S. Trophy tem números extremamente semelhantes aos principais rivais diretos. De referir ainda que durante o ensaio esta motorização revelou uma resposta pronta desde baixa rotação, sempre assistido pela rápida caixa EDC. 

Balanço Final

8/10

Balanço final (8/10) Em suma o renovado Renault Mégane R.S. Trophy está igual a si mesmo, mas com uma melhoria ao nível de tecnologia. Apesar da versão base do R.S. ter agora uma potência igual, este Trophy garante argumentos ainda mais focados na dinâmica como é o caso do chassis CUP e o autoblocante. Assim, se o objetivo é ter um desportivo puro e seco, o Trophy é a escolha certa, mas se quer um carro com 300 cv, mas que permita fazer as rotinas diárias sem chegar a casa com as costas algo doridas, então o R.S. base é o ideal. Por fim, apesar de terem a mesma potência, a versão base tem um preço inicial 5500€ inferior. 

Concorrentes

Honda Civic Type R – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo, gasolina; potência: 320 cv e 400 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,8 segundos; preço base: 52 190€

Hyundai i30 N – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo, gasolina; potência: 280 cv e 392 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,9 segundos; preço base: n.d.

Volkswagen Golf GTI Clubsport – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo, gasolina; potência: 300 cv e 400 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,6 segundos; preço base: 54 313€

Ford Focus ST – Motor: quatro cilindros de 2.3 litros, turbo, gasolina; potência: 280 cv e 420 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,7 segundos; preço base: n.d.

Ficha Técnica

Motor                                                                            

Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina

Cilindrada (cm3): 1798

Diâmetro x Curso (mm): 79,7 x 90,1

Taxa de Compressão: n.d.

Potência máxima (CV/rpm): 300/n.d.

Binário máximo (Nm/rpm): 420/n.d.

Tração: dianteira

Transmissão: Automática de 6 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson / barra de torção

Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos 

Aceleração 0-100 km/h (s): 5,7

Velocidade máxima (km/h): 260

Consumos misto (l/100 km): 8,4

Emissões CO2 (gr/km): 191

Dimensões e pesos 

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4359/1814/1447

Distância entre eixos (mm): 2669

Largura de vias (fr/tr mm): n.d.

Peso (kg): 1247

Capacidade da bagageira (l): 384

Deposito de combustível (l): 47

Pneus (fr/tr): 245/35 R19

Mais/Menos


Mais

Condução, sistema 4Control, som do escape, design exterior

Menos

Potência igual à do R.S. base que tem um preço inferior

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 52050€

Preço da versão base (Euros): 49600€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Motor
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Exterior (8/10) Apesar de ter passado por uma renovação, que alterou os grupos óticos, ao nível visual a Renault decidiu manter grande parte dos atributos que conhecemos do Mégane R.S.. Pode não ser tão radical como um Type R, mas também não é demasiado sóbrio como acontece, por exemplo, com o Golf GTI. Ou seja, a marca francesa aposta num design claramente diferenciador das restantes versões do Mégane, principalmente na traseira com a moldura da ponteira de escape em cromado ao centro, mas sem chegar ao exagero, conseguindo assim uma imagem equilibrada.

Interior

Interior (8/10) Passando para o interior, rapidamente percebemos que não estamos num Mégane “normal” graças à inclusão de alcantara em vários componentes, como é caso dos bancos desportivos e nas laterais do volante. Para além disso, o habitáculo ficou mais atual e moderno graças a um painel de instrumentos digital e um novo sistema de infotainment que transmite as informações através de um ecrã central de 9,3 polegadas. Este permite a ligação ao smartphone através de Apple CarPlay e Android Auto. Ao nível de espaço, o Mégane R.S. Trophy permite sentar quatro adultos com relativa facilidade, enquanto a bagageira garante 384 litros de capacidade. 

Equipamento

Equipamento (8/10) O Renault Mégane R.S. Trophy é o nível intermédio do desportivo francês, só atrás do “todo poderoso” R.S. Trophy-R. Os grandes destaques de equipamento deste desportivo passam pela inclusão de série do chassis CUP e diferencial autoblocante mecânico Torsen. Tudo isto é acompanhado por um bom recheio tecnológico com o renovado sistema de infotainment, painel de instrumentos digital e assistentes à condução como é o caso de câmara traseira, sensores de estacionamento, avisador de saída de faixa entre outros. Relativamente a opcionais as soluções são muito poucas, um dado que acaba por ser positivo porque significa que grande parte do equipamento é de série. 

Consumos

Consumos (7/10) Sendo um desportivo de motor a combustão pura, os consumos não são propriamente o seu melhor atributo. Neste capítulo a Renault anuncia um consumo combinado de 8,4 l/100 km. Aqui no Automais realizámos uma média de 8,9 l/100 km. A ritmo acelerado facilmente se chega perto dos 10 l/100 km.

Ao volante

Ao volante (9/10) Apesar de ter a mesma potência do Mégane R.S. base, a versão Trophy tem atributos diferenciadores como é o caso do Chassis CUP, diferencial autoblocante mecânico torsen e suspensão mais rígida. Ou seja, temos “nas mãos” uma versão mais extrema e focada na performance do desportivo francês. O chassis faz toda a diferença no que toca a dinâmica de condução com o Mégane R.S. Trophy a garantir uma eficácia em curva satisfatória. 

Destaque ainda para o sistema 4Control que, depois de alguma habituação, ajuda-nos a tirar o máximo de partido do modelo francês com a traseira a deslizar com frequência exigindo a concentração máxima do condutor.  Tudo isto é acompanhado por um escape que ajuda a criar envolvência durante a condução ao oferecer uma banda de sonora cada vez mais rara de encontrar. Numa condução diária e mais calma os mais sensíveis podem sentir algum desconforto graças a uma suspensão seca e, por isso, qualquer deformação na estrada será sentida pelos passageiros.

Concorrentes

Honda Civic Type R – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo, gasolina; potência: 320 cv e 400 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,8 segundos; preço base: 52 190€

Hyundai i30 N – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo, gasolina; potência: 280 cv e 392 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,9 segundos; preço base: n.d.

Volkswagen Golf GTI Clubsport – Motor: quatro cilindros, 2.0 litros, turbo, gasolina; potência: 300 cv e 400 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,6 segundos; preço base: 54 313€

Ford Focus ST – Motor: quatro cilindros de 2.3 litros, turbo, gasolina; potência: 280 cv e 420 Nm de binário; aceleração dos 0 aos 100 km/h: 5,7 segundos; preço base: n.d.

Motor

Motor (8/10) Debaixo do capot encontramos o já conhecido 1.8 turbo a gasolina que debita os mesmos 300 cv e 420 Nm de binário. A principal diferença neste restyling é o fim da transmissão manual e, por isso, esta solução só se encontra com a transmissão automática EDC de seis velocidades. Assim, é possível acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,7 segundos e atingir uma velocidade máxima de 260 km/h, ou seja, o Mégane R.S. Trophy tem números extremamente semelhantes aos principais rivais diretos. De referir ainda que durante o ensaio esta motorização revelou uma resposta pronta desde baixa rotação, sempre assistido pela rápida caixa EDC. 

Balanço final

Balanço final (8/10) Em suma o renovado Renault Mégane R.S. Trophy está igual a si mesmo, mas com uma melhoria ao nível de tecnologia. Apesar da versão base do R.S. ter agora uma potência igual, este Trophy garante argumentos ainda mais focados na dinâmica como é o caso do chassis CUP e o autoblocante. Assim, se o objetivo é ter um desportivo puro e seco, o Trophy é a escolha certa, mas se quer um carro com 300 cv, mas que permita fazer as rotinas diárias sem chegar a casa com as costas algo doridas, então o R.S. base é o ideal. Por fim, apesar de terem a mesma potência, a versão base tem um preço inicial 5500€ inferior. 

Mais

Condução, sistema 4Control, som do escape, design exterior

Menos

Potência igual à do R.S. base que tem um preço inferior

Ficha técnica

Motor                                                                            

Tipo: 4 cilindros em linha, turbo, gasolina

Cilindrada (cm3): 1798

Diâmetro x Curso (mm): 79,7 x 90,1

Taxa de Compressão: n.d.

Potência máxima (CV/rpm): 300/n.d.

Binário máximo (Nm/rpm): 420/n.d.

Tração: dianteira

Transmissão: Automática de 6 velocidades

Direção: Pinhão e cremalheira, assistida eletricamente

Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson / barra de torção

Travões (fr/tr): discos ventilados / discos

Prestações e consumos 

Aceleração 0-100 km/h (s): 5,7

Velocidade máxima (km/h): 260

Consumos misto (l/100 km): 8,4

Emissões CO2 (gr/km): 191

Dimensões e pesos 

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4359/1814/1447

Distância entre eixos (mm): 2669

Largura de vias (fr/tr mm): n.d.

Peso (kg): 1247

Capacidade da bagageira (l): 384

Deposito de combustível (l): 47

Pneus (fr/tr): 245/35 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 52050€
Preço da versão base (Euros): 49600€