Renault Megane 1.5 dCi Sport Tourer – Ensaio Teste
Renault Megane 1.5 Blue dCi 115 Sport Tourer Intense
Texto: José Manuel Costa
Um caso sério de competência
Habitabilidade, bagageira, utilização e sedução, sublinham o excelente trabalho feito pela Renault na quarta geração do Megane. A Sport Tourer não vem revolucionar o segmento, mas consegue superiorizar-se á maioria dos adversários e o ensaio á esta versão 1.5 dCi 115 mostra, claramente, porque é dos modelos mais vendidos em Portugal.
Conheça todas a versões AQUI.
Exterior
Mantendo a linguagem de estilo criada por Laurens van der Acker, a carrinha Megane consegue ter elegância suficiente para nos fazer olhar para ela e gostar. Os pormenores da dianteira são idênticos aos do carro, e tudo é igual até à porta traseira. Dai para trás tudo é diferente e bem feito, elegante e sedutor. A carrinha consegue, mesmo, ser mais sedutora que a berlina de cinco portas, o que é um belo cartão de visita no meu entender.
Interior
Não pense que lá porque a marca francesa entrou numa nova fase que deixou de ser um construtor pragmático. Nada disso! O caderno de encargos era bem claro ao exigir um carro que fosse sedutor pelo estilo, mas também que fosse muito funcional. Se o bom é inimigo do ótimo, havia que tomar soluções e para resolver o problema, os responsáveis do projeto alongaram a distancia entre eixos 40 mm e o tamanho total do carro até aos 4,63 metros, nada menos que 27 cm mais que a berlina de cinco portas. Os primeiros foram todos oferecidos aos passageiros do banco traseiro, os restantes à bagageira. Desta forma simples, o Megane Sport Tourer oferece excelente habitabilidade, não estraga o estilo agradável proposto para o Megane e para aqueles que sentem conforto por pensar que têm uma carrinha grande, não há muitas queixas em relação à bagageira.
Isto porque, contas feitas, são 521 litros que podem chegar aos 1504 litros. É verdade que não são cifras absolutamente brilhantes e colocam o Megane Sport Tourer na parte inferior do segmento. Porém, acredito que tudo o resto acaba por fazer esquecer os 80 litros a menos em relação ao Peugeot 308 SW, o grande rival deste Megane. E depois, a Renault percebeu que não liderando na bagageira, teria de oferecer algo mais. Primeiro, um sistema de rebatimento simples e prático, que não deixa o plano de carga totalmente… plano. Depois, um fundo falso onde podemos arrumar a chapeleira e mais alguns items. Finalmente, nas laterais, existem dois pequenos compartimentos que podem albergar documentos ou outras pequenas coisas.
No que toca à habitabilidade, os passageiros do banco traseiro são beneficiados face à berlina, pois estão mais à vontade e mais cómodos. Primeiro porque há mais espaço para arrumar as pernas, depois porque as costas do banco estão ligeiramente mais inclinadas, finalmente, o assento mais bem desenhado e mais espaçoso.
Já o resto do interior é exatamente igual ao da berlina, quer isto dizer que partilha os instrumentos, os bancos dianteiros e até os equipamentos, tal como a qualidade de construção e de materiais – com um ou outro plástico menos bem conseguido – até aos bancos traseiros. Enfim, bagageira generosa mesmo não sendo líder, habitabilidade e versatilidade, argumentos fortes deste Megane Sport Tourer.
Equipamento
A Renault tem mantido uma boa ideia em termos de equipamento, oferecendo modelos recheados. Esta versão Intense engloba o habitual em termos de equipamento: fecho central de portas com arranque mãos livres, vidros elétricos, ar condicionado, jantes de liga leve, ajudas à condução e de proteção, enfim, o habitual. Depois há uma série enorme de opcionais cuja extensão e interação entre pacotes e items, origina uma lista impossível de ser aqui reproduzida.
Consumos
Será um dos pontos mais fortes desta carrinha Megane com o motor 1.5 dCi. A Renault reclama 3,7 l/100 km, um valor que, naturalmente, não consegui igualar. Mas, para enorme espanto meu, a média geral deste ensaio ficou nos 4,9 l/100 km, com picos que nunca passaram dos 6,7 l/100 km. Resultados excelentes que permitem uma autonomia alargada.
Ao Volante
É verdade que as versões menos potentes do Megane Sport Tourer não têm direito ao sistema 4Control (só disponível no Megane Sport Tourer GT a gasolina e no modelo diesel biturbo com 160 CV), mas mesmo assim a carrinha mostrou-se muito eficaz. O chassis é excelente e a regulação das suspensões permite um bom equilíbrio entre comportamento e conforto. Bem além do necessário para um carro familiar. O conforto continua elevado e por isso, a carrinha Megane é recomendável neste particular. Não sendo particularmente estimulante na condução, como disse acima, faz tudo bem e é muito segura.
Motor
Na casa das máquinas, nenhuma novidade, já que o motor 1.5 dCI com 115 CV é um velho conhecido da gama Renault. Acoplado a uma caixa de seis velocidades que reduz o ruído e permite que haja ali um prolongamento da capacidade do motor, cumpre a sua missão com um pouco mais de ruído que o bloco 1.6 dCi, mas com consumos imbatíveis. Continua a ser um motor robusto e fiável.
Balanço Final
O Megane Sport Tourer é o resultado de uma vontade de mudar o rumo da marca e de escutar os seus clientes. Bem acabado, bem concebido, com qualidade acima do habitual na marca, com espaço suficiente e um fator de sedução que, na minha opinião, faz da carrinha Megane um veículo sedutor e que merece estar na lista de compras de quem procura uma carrinha deste segmento.
Concorrentes
Hyundai i30
1582 c.c. (turbodiesel); 110 CV; 280 Nm; 0-100 km/h em 11,3 seg,; 188 km/h; 3,8 l/100 km, 99 gr/km de CO2; 28.651€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas a versões e motorizações AQUI)
Peugeot 308 1.6 BlueHDI Break Allure 100 CV
1560 c.c. (turbodiesel); 100 CV; 254 Nm; 0-100 km/h em 11,3 seg,; 186 km/h; 3,6 l/100 km, 95 gr/km de CO2; 25.930€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Seat Leon ST 1.6 TDi 115 Style
1598 c.c. (turbodiesel); 115 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 9,8 seg,; 197 km/h; 4,1 l/100 km, 108 gr/km de CO2; 30.373€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Ficha Técnica
Motor
Tipo – 4 cilindros em linha, injeção direta, turbodiesel;
Cilindrada (cm3) – 1461
Diâmetro x curso (mm) – nd
Taxa compressão – nd
Potência máxima (cv/rpm) – 115/4000
Binário máximo (Nm/rpm) – 260/1750
Transmissão – Tracção dianteira, caixa manual de 6 velocidades
Direção – Pinhão e cremalheira, com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Tipo McPherson; eixo de torção
Travões (fr/tr.) – Discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 10,6
Velocidade máxima (km/h) – 198
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 3,6/4,7/4,0
Emissões de CO2 (g/km) – 103
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4626/1814/1449
Distância entre eixos (mm) – 2712
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1591/1586
Peso (kg) – 1394
Capacidade da bagageira (l) – 580
Depósito de combustível (l) – 47
Pneus (fr/tr) – 225/45 R17
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 28480€
Preço da versão base (Euros): 28480€
Exterior
Mantendo a linguagem de estilo criada por Laurens van der Acker, a carrinha Megane consegue ter elegância suficiente para nos fazer olhar para ela e gostar. Os pormenores da dianteira são idênticos aos do carro, e tudo é igual até à porta traseira. Dai para trás tudo é diferente e bem feito, elegante e sedutor. A carrinha consegue, mesmo, ser mais sedutora que a berlina de cinco portas, o que é um belo cartão de visita no meu entender.
Interior
Não pense que lá porque a marca francesa entrou numa nova fase que deixou de ser um construtor pragmático. Nada disso! O caderno de encargos era bem claro ao exigir um carro que fosse sedutor pelo estilo, mas também que fosse muito funcional. Se o bom é inimigo do ótimo, havia que tomar soluções e para resolver o problema, os responsáveis do projeto alongaram a distancia entre eixos 40 mm e o tamanho total do carro até aos 4,63 metros, nada menos que 27 cm mais que a berlina de cinco portas. Os primeiros foram todos oferecidos aos passageiros do banco traseiro, os restantes à bagageira. Desta forma simples, o Megane Sport Tourer oferece excelente habitabilidade, não estraga o estilo agradável proposto para o Megane e para aqueles que sentem conforto por pensar que têm uma carrinha grande, não há muitas queixas em relação à bagageira.
Isto porque, contas feitas, são 521 litros que podem chegar aos 1504 litros. É verdade que não são cifras absolutamente brilhantes e colocam o Megane Sport Tourer na parte inferior do segmento. Porém, acredito que tudo o resto acaba por fazer esquecer os 80 litros a menos em relação ao Peugeot 308 SW, o grande rival deste Megane. E depois, a Renault percebeu que não liderando na bagageira, teria de oferecer algo mais. Primeiro, um sistema de rebatimento simples e prático, que não deixa o plano de carga totalmente… plano. Depois, um fundo falso onde podemos arrumar a chapeleira e mais alguns items. Finalmente, nas laterais, existem dois pequenos compartimentos que podem albergar documentos ou outras pequenas coisas.
No que toca à habitabilidade, os passageiros do banco traseiro são beneficiados face à berlina, pois estão mais à vontade e mais cómodos. Primeiro porque há mais espaço para arrumar as pernas, depois porque as costas do banco estão ligeiramente mais inclinadas, finalmente, o assento mais bem desenhado e mais espaçoso.
Já o resto do interior é exatamente igual ao da berlina, quer isto dizer que partilha os instrumentos, os bancos dianteiros e até os equipamentos, tal como a qualidade de construção e de materiais – com um ou outro plástico menos bem conseguido – até aos bancos traseiros. Enfim, bagageira generosa mesmo não sendo líder, habitabilidade e versatilidade, argumentos fortes deste Megane Sport Tourer.
Equipamento
A Renault tem mantido uma boa ideia em termos de equipamento, oferecendo modelos recheados. Esta versão Intense engloba o habitual em termos de equipamento: fecho central de portas com arranque mãos livres, vidros elétricos, ar condicionado, jantes de liga leve, ajudas à condução e de proteção, enfim, o habitual. Depois há uma série enorme de opcionais cuja extensão e interação entre pacotes e items, origina uma lista impossível de ser aqui reproduzida.
Consumos
Será um dos pontos mais fortes desta carrinha Megane com o motor 1.5 dCi. A Renault reclama 3,7 l/100 km, um valor que, naturalmente, não consegui igualar. Mas, para enorme espanto meu, a média geral deste ensaio ficou nos 4,9 l/100 km, com picos que nunca passaram dos 6,7 l/100 km. Resultados excelentes que permitem uma autonomia alargada.
Ao volante
É verdade que as versões menos potentes do Megane Sport Tourer não têm direito ao sistema 4Control (só disponível no Megane Sport Tourer GT a gasolina e no modelo diesel biturbo com 160 CV), mas mesmo assim a carrinha mostrou-se muito eficaz. O chassis é excelente e a regulação das suspensões permite um bom equilíbrio entre comportamento e conforto. Bem além do necessário para um carro familiar. O conforto continua elevado e por isso, a carrinha Megane é recomendável neste particular. Não sendo particularmente estimulante na condução, como disse acima, faz tudo bem e é muito segura.
Concorrentes
Hyundai i30
1582 c.c. (turbodiesel); 110 CV; 280 Nm; 0-100 km/h em 11,3 seg,; 188 km/h; 3,8 l/100 km, 99 gr/km de CO2; 28.651€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas a versões e motorizações AQUI)
Peugeot 308 1.6 BlueHDI Break Allure 100 CV
1560 c.c. (turbodiesel); 100 CV; 254 Nm; 0-100 km/h em 11,3 seg,; 186 km/h; 3,6 l/100 km, 95 gr/km de CO2; 25.930€
(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Seat Leon ST 1.6 TDi 115 Style
1598 c.c. (turbodiesel); 115 CV; 250 Nm; 0-100 km/h em 9,8 seg,; 197 km/h; 4,1 l/100 km, 108 gr/km de CO2; 30.373€
(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)
Motor
Na casa das máquinas, nenhuma novidade, já que o motor 1.5 dCI com 115 CV é um velho conhecido da gama Renault. Acoplado a uma caixa de seis velocidades que reduz o ruído e permite que haja ali um prolongamento da capacidade do motor, cumpre a sua missão com um pouco mais de ruído que o bloco 1.6 dCi, mas com consumos imbatíveis. Continua a ser um motor robusto e fiável.
Balanço final
O Megane Sport Tourer é o resultado de uma vontade de mudar o rumo da marca e de escutar os seus clientes. Bem acabado, bem concebido, com qualidade acima do habitual na marca, com espaço suficiente e um fator de sedução que, na minha opinião, faz da carrinha Megane um veículo sedutor e que merece estar na lista de compras de quem procura uma carrinha deste segmento.
Ficha técnica
Motor
Tipo – 4 cilindros em linha, injeção direta, turbodiesel;
Cilindrada (cm3) – 1461
Diâmetro x curso (mm) – nd
Taxa compressão – nd
Potência máxima (cv/rpm) – 115/4000
Binário máximo (Nm/rpm) – 260/1750
Transmissão – Tracção dianteira, caixa manual de 6 velocidades
Direção – Pinhão e cremalheira, com assistência elétrica
Suspensão (fr/tr) – Tipo McPherson; eixo de torção
Travões (fr/tr.) – Discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s) – 10,6
Velocidade máxima (km/h) – 198
Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km) – 3,6/4,7/4,0
Emissões de CO2 (g/km) – 103
Dimensões e pesos
Comp./largura/altura (mm) – 4626/1814/1449
Distância entre eixos (mm) – 2712
Largura de vias (fr/tr) (mm) – 1591/1586
Peso (kg) – 1394
Capacidade da bagageira (l) – 580
Depósito de combustível (l) – 47
Pneus (fr/tr) – 225/45 R17
Preço da versão base (Euros): 28480€
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