Renault Clio Initiale Paris – Ensaio Teste
Renault Clio Initiale Paris
Texto: João Isaac
Um utilitário cheio de luxos
O nome Clio conta já com 30 anos de história. Ao longo das suas cinco gerações, o utilitário da Renault conquistou milhões de clientes por todo o mundo, ocupando desde há muito tempo um lugar muito especial no mercado português, o de referência e líder do seu segmento. Para esta mais recente geração, a marca do losango estreou uma nova plataforma, evoluiu o design exterior, aproximando-o do Megane, e por dentro implementou uma verdadeira revolução, com forte aposta na ergonomia, aplicação de materiais de qualidade superior e dotação de equipamento tecnológico. Neste ensaio conduzimos a versão de topo, Initiale Paris, com o motor mais potente da gama, isto sem considerar as mais recentes versões eletrificadas. Este é um Clio de luxo, onde o muito equipamento e o superior requinte a bordo são os seus maiores destaques.
Veja o vídeo do nosso ensaio ao Renault Clio Initiale Paris:
Conheça todas as versões e motorizações AQUI.
Motor, equipamento, suspensão
Preço elevado, resposta da caixa em condução mais dinâmica
Exterior
Exterior (7/10) A Renault decidiu não revolucionar o design nesta sua mais recente interpretação do conceito Clio. E fez bem. Redesenhou-o, atualizando as linhas gerais da carroçaria e adotando, por exemplo, a “cara” dos restantes modelos da sua gama com a iluminação diurna em forma de C. A quarta geração, já em final de vida, continuava a ser um modelo muito bem aceite, com estética moderna e apelativa, pelo que a Renault limitou-se a aproximar o novo Clio dos restantes modelos da sua gama. Nesta versão Initiale Paris, são vários os detalhes exclusivos, destacando-se as jantes de 17 polegadas, a grelha e os emblemas que identificam este Clio mais requintado, bem como outros elementos específicos como a saída de escape e antena do tipo shark. O Clio Initiale Paris têm disponíveis quatro cores de carroçaria, sendo que o “nosso” Cinzento Titanium é um opcional com um custo de 450 euros.
Interior
Interior (8/10) No habitáculo, o salto qualitativo relativamente à geração precedente é enorme. A utilização de materiais de qualidade, mais agradáveis ao toque e à vista, é agora bem mais abrangente. Tratando-se da versão Initiale Paris, esta evolução é ainda mais notória, principalmente pela presença dos estofos em couro, disponíveis em tom claro ou escuro. Os bancos são muito cómodos e estão claramente pensados para o conforto. Ainda assim, um pouco mais de suporte lateral, principalmente para as pernas, não seria mal pensado. O condutor conta com um painel de instrumentos digital, de leitura fácil e com apresentação variável consoante o modo de condução selecionado. O espaço para quem viaja no banco traseiro não é referencial se considerarmos o espaço que alguns (poucos) dos seus rivais oferecem, mas há centímetros livres mais do que adequados para pernas e cabeça de dois passageiros. No caso de se precisar de esgotar a lotação, o Clio permite fazê-lo com algum aperto e desconforto à mistura, algo que também se compreende considerando, uma vez mais, o seu segmento, bem como as suas dimensões. A mala possui 391 litros de capacidade e o grande degrau pode ser eliminado com o prático fundo amovível que também permite esconder alguns objetos mais valiosos, bem como criar um plano de carga completamente horizontal.
Equipamento
Equipamento (8/10) Esta unidade está “carregada até acima”. De série, a lista de equipamento da versão Initiale Paris é de tal maneira grande que no configurador da Renault estão apenas disponíveis três opcionais e todos fazem parte da oferta deste “68-XU-00”: os packs Vision 360 Parking e FullNAV 9,3” Bose, bem como a roda sobressalente. Assim, mesmo que não queira gastar os 1780 euros adicionais de ambos os packs opcionais, este Clio topo de gama continua a não dispensar a iluminação full LED, o acesso e arranque sem chave, os bancos dianteiros e volante aquecidos, o sistema Multisense com iluminação ambiente personalizável e ainda, no que diz respeito à segurança, o sistema de assistência à travagem – com reconhecimento de peões e ciclistas – e à manutenção na faixa de rodagem, bem como os alertas de distância de segurança e de ângulo morto.
Consumos
Consumos (7/10) A motorização em ensaio não é a mais indicada para quem os consumos baixos são a prioridade. Para esses, é indiscutível a vantagem dos propulsores Diesel da família Blue dCi, assim como o novo E-TECH Híbrido de 140 cavalos, ambos, certamente, com menor sede do que este TCe de 1,3 litros com 130 cavalos. Ainda assim, considerando o andamento que consegue dar a este Clio, o consumo de 6,5 litros que registámos no nosso percurso de testes com o modo Eco ativado é um valor bastante aceitável, ainda que não tenhamos percorrido assim tantos quilómetros em ambiente citadino. Aqui, é expectável que a média suba para perto ou supere até, ainda que ligeiramente, os 7 litros.
Ao Volante
Ao volante (8/10) Independentemente de se tratar da versão mais equipada ou de ter debaixo do capot o motor a gasolina mais potente da gama, o Clio é um dos modelos mais equilibrados e agradáveis de conduzir do seu segmento. É notória a grande evolução na forma como pisa a estrada, um melhoramento em grande parte explicado pela adoção da nova plataforma e aproximando-se assim do desempenho do seu irmão maior, o Megane. Tal como neste, o Clio é um outro grande exemplo do bom trabalho realizado pela Renault a nível da suspensão, com um ótimo compromisso entre conforto de rolamento e competência dinâmica. A caixa EDC de 7 velocidades, capaz de transições suaves, é outro bom argumento deste Clio mais estradista. Por outro lado, se quisermos extrair um pouco mais de gozo da condução, o Clio Initiale Paris não dispensa um modo Sport no sistema Multisense, bem como as patilhas no volante para que possamos intervir um pouco mais na experiência.
Motor
Motor (8/10) Como referido anteriormente, os consumos em redor dos 7 litros por cada 100 quilómetros percorridos são um bom argumento deste 1.3 Turbo. E com uma velocidade máxima declarada de 200 km/h e uma aceleração de 0 a 100 em cerca de 9 segundos, este é o motor que melhor permite explorar a competência dinâmica do Clio. No entanto, os pontos positivos deste quatro cilindros não se ficam por aqui, destacando-se igualmente pelo refinamento de funcionamento e linearidade com que revela todo o seu pulmão, com 240 Nm disponíveis logo a partir das 1600 rpm. Na gama Clio está exclusivamente associado à transmissão EDC, de dupla embraiagem, com 7 velocidades.
Balanço Final
Balanço final (8/10) Somente com este acabamento Initiale Paris, completamente recheado de equipamento e com um preço final bem próximo dos 30 mil euros, o Clio não teria muita expressão no mercado nacional. Mas este não é um Clio qualquer. É sim, uma versão mais distinta, com detalhes específicos quer na carroçaria, quer no habitáculo. Recorre também a um dos melhores motores do seu patamar de cilindrada/potência da atualidade, bem como a uma transmissão automática que tão bem complementa a facilidade de condução transversal a toda a gama Clio, mas que aqui se eleva a um nível superior de requinte. Muito provavelmente, não precisa de “tanto Clio”, mas se valoriza luxo e conforto em formato compacto, esta é a versão certa para si.
Concorrentes
Ford Fiesta Vignale 1.0 EcoBoost, 998 cc, turbo, gasolina, 125 cv, 170 (200) Nm; 0-100 km/h em 9,9 seg,; 195 km/h; 5,1 l/100 km, 117 gr/km de CO2; 25 958 euros
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1333
Diâmetro x Curso (mm): 72,2 x 81,2
Taxa de Compressão: n.d.
Potência máxima (CV/rpm): 130/5000
Binário máximo (Nm/rpm): 240/1600
Transmissão: caixa automática de 7 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/barra de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,0
Velocidade máxima (km/h): 200
Consumos misto (l/100 km): 5.8
Emissões CO2 (gr/km): 130
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4050/1798/1440
Distância entre eixos (mm): 2583
Largura de vias (fr/tr mm): 1509/1494
Peso (kg): 1230
Capacidade da bagageira (l): 391
Deposito de combustível (l): 42
neus (fr/tr): 205/45 R17
Preço da versão base (Euros): 27.650
Preço da versão ensaiada (Euros): 29.980
Mais/Menos
Mais
Motor, equipamento, suspensão
Menos
Preço elevado, resposta da caixa em condução mais dinâmica
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 29980€
Preço da versão base (Euros): 27650€
Exterior
Exterior (7/10) A Renault decidiu não revolucionar o design nesta sua mais recente interpretação do conceito Clio. E fez bem. Redesenhou-o, atualizando as linhas gerais da carroçaria e adotando, por exemplo, a “cara” dos restantes modelos da sua gama com a iluminação diurna em forma de C. A quarta geração, já em final de vida, continuava a ser um modelo muito bem aceite, com estética moderna e apelativa, pelo que a Renault limitou-se a aproximar o novo Clio dos restantes modelos da sua gama. Nesta versão Initiale Paris, são vários os detalhes exclusivos, destacando-se as jantes de 17 polegadas, a grelha e os emblemas que identificam este Clio mais requintado, bem como outros elementos específicos como a saída de escape e antena do tipo shark. O Clio Initiale Paris têm disponíveis quatro cores de carroçaria, sendo que o “nosso” Cinzento Titanium é um opcional com um custo de 450 euros.
Interior
Interior (8/10) No habitáculo, o salto qualitativo relativamente à geração precedente é enorme. A utilização de materiais de qualidade, mais agradáveis ao toque e à vista, é agora bem mais abrangente. Tratando-se da versão Initiale Paris, esta evolução é ainda mais notória, principalmente pela presença dos estofos em couro, disponíveis em tom claro ou escuro. Os bancos são muito cómodos e estão claramente pensados para o conforto. Ainda assim, um pouco mais de suporte lateral, principalmente para as pernas, não seria mal pensado. O condutor conta com um painel de instrumentos digital, de leitura fácil e com apresentação variável consoante o modo de condução selecionado. O espaço para quem viaja no banco traseiro não é referencial se considerarmos o espaço que alguns (poucos) dos seus rivais oferecem, mas há centímetros livres mais do que adequados para pernas e cabeça de dois passageiros. No caso de se precisar de esgotar a lotação, o Clio permite fazê-lo com algum aperto e desconforto à mistura, algo que também se compreende considerando, uma vez mais, o seu segmento, bem como as suas dimensões. A mala possui 391 litros de capacidade e o grande degrau pode ser eliminado com o prático fundo amovível que também permite esconder alguns objetos mais valiosos, bem como criar um plano de carga completamente horizontal.
Equipamento
Equipamento (8/10) Esta unidade está “carregada até acima”. De série, a lista de equipamento da versão Initiale Paris é de tal maneira grande que no configurador da Renault estão apenas disponíveis três opcionais e todos fazem parte da oferta deste “68-XU-00”: os packs Vision 360 Parking e FullNAV 9,3” Bose, bem como a roda sobressalente. Assim, mesmo que não queira gastar os 1780 euros adicionais de ambos os packs opcionais, este Clio topo de gama continua a não dispensar a iluminação full LED, o acesso e arranque sem chave, os bancos dianteiros e volante aquecidos, o sistema Multisense com iluminação ambiente personalizável e ainda, no que diz respeito à segurança, o sistema de assistência à travagem – com reconhecimento de peões e ciclistas – e à manutenção na faixa de rodagem, bem como os alertas de distância de segurança e de ângulo morto.
Consumos
Consumos (7/10) A motorização em ensaio não é a mais indicada para quem os consumos baixos são a prioridade. Para esses, é indiscutível a vantagem dos propulsores Diesel da família Blue dCi, assim como o novo E-TECH Híbrido de 140 cavalos, ambos, certamente, com menor sede do que este TCe de 1,3 litros com 130 cavalos. Ainda assim, considerando o andamento que consegue dar a este Clio, o consumo de 6,5 litros que registámos no nosso percurso de testes com o modo Eco ativado é um valor bastante aceitável, ainda que não tenhamos percorrido assim tantos quilómetros em ambiente citadino. Aqui, é expectável que a média suba para perto ou supere até, ainda que ligeiramente, os 7 litros.
Ao volante
Ao volante (8/10) Independentemente de se tratar da versão mais equipada ou de ter debaixo do capot o motor a gasolina mais potente da gama, o Clio é um dos modelos mais equilibrados e agradáveis de conduzir do seu segmento. É notória a grande evolução na forma como pisa a estrada, um melhoramento em grande parte explicado pela adoção da nova plataforma e aproximando-se assim do desempenho do seu irmão maior, o Megane. Tal como neste, o Clio é um outro grande exemplo do bom trabalho realizado pela Renault a nível da suspensão, com um ótimo compromisso entre conforto de rolamento e competência dinâmica. A caixa EDC de 7 velocidades, capaz de transições suaves, é outro bom argumento deste Clio mais estradista. Por outro lado, se quisermos extrair um pouco mais de gozo da condução, o Clio Initiale Paris não dispensa um modo Sport no sistema Multisense, bem como as patilhas no volante para que possamos intervir um pouco mais na experiência.
Concorrentes
Ford Fiesta Vignale 1.0 EcoBoost, 998 cc, turbo, gasolina, 125 cv, 170 (200) Nm; 0-100 km/h em 9,9 seg,; 195 km/h; 5,1 l/100 km, 117 gr/km de CO2; 25 958 euros
Motor
Motor (8/10) Como referido anteriormente, os consumos em redor dos 7 litros por cada 100 quilómetros percorridos são um bom argumento deste 1.3 Turbo. E com uma velocidade máxima declarada de 200 km/h e uma aceleração de 0 a 100 em cerca de 9 segundos, este é o motor que melhor permite explorar a competência dinâmica do Clio. No entanto, os pontos positivos deste quatro cilindros não se ficam por aqui, destacando-se igualmente pelo refinamento de funcionamento e linearidade com que revela todo o seu pulmão, com 240 Nm disponíveis logo a partir das 1600 rpm. Na gama Clio está exclusivamente associado à transmissão EDC, de dupla embraiagem, com 7 velocidades.
Balanço final
Balanço final (8/10) Somente com este acabamento Initiale Paris, completamente recheado de equipamento e com um preço final bem próximo dos 30 mil euros, o Clio não teria muita expressão no mercado nacional. Mas este não é um Clio qualquer. É sim, uma versão mais distinta, com detalhes específicos quer na carroçaria, quer no habitáculo. Recorre também a um dos melhores motores do seu patamar de cilindrada/potência da atualidade, bem como a uma transmissão automática que tão bem complementa a facilidade de condução transversal a toda a gama Clio, mas que aqui se eleva a um nível superior de requinte. Muito provavelmente, não precisa de “tanto Clio”, mas se valoriza luxo e conforto em formato compacto, esta é a versão certa para si.
Motor, equipamento, suspensão
MenosPreço elevado, resposta da caixa em condução mais dinâmica
Ficha técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, injeção direta, turbo, gasolina
Cilindrada (cm3): 1333
Diâmetro x Curso (mm): 72,2 x 81,2
Taxa de Compressão: n.d.
Potência máxima (CV/rpm): 130/5000
Binário máximo (Nm/rpm): 240/1600
Transmissão: caixa automática de 7 velocidades
Direção: Pinhão e cremalheira assistida eletricamente
Suspensão (ft/tr): independente tipo McPherson/barra de torção
Travões (fr/tr): discos ventilados/discos
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 9,0
Velocidade máxima (km/h): 200
Consumos misto (l/100 km): 5.8
Emissões CO2 (gr/km): 130
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4050/1798/1440
Distância entre eixos (mm): 2583
Largura de vias (fr/tr mm): 1509/1494
Peso (kg): 1230
Capacidade da bagageira (l): 391
Deposito de combustível (l): 42
neus (fr/tr): 205/45 R17
Preço da versão base (Euros): 27.650
Preço da versão ensaiada (Euros): 29.980
Preço da versão base (Euros): 27650€
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