Renault Clio E-TECH Full Hybrid 145 – Ensaio Teste
O Renault Clio é um dos casos de sucesso da marca do losango. Ainda na primeira metade deste ano foram vendidos mais de 100 mil Clios por toda a Europa, num carro do segmento B que continua a ser dos mais vendidos. Quem viu a evolução do Clio IV para o Clio V notou poucas mudanças no exterior e um interior completamente repensado (para melhor). Neste restyling do Clio V, quase somos levados a pensar que se trata de uma nova geração, com uma clivagem radical com o “look” inicial. Apesar de se tratar apenas de uma operação cosmética, com tudo o que não se vê a manter-se igual, assim como o interior, o Clio deu um salto interessante.
E como a mobilidade elétrica assim o exige, o Clio E-TECH Full Hybrid 145 pode tornar-se numa excelente proposta para quem pretende um carro compacto, bonito, eficiente com bons números no consumo. A versão ensaiada neste teste é a Esprit Alpine, a versão topo de gama.
Novas linhas exteriores mais agradáveis
Versatilidade
Consumos
Pouco espaço no banco traseiro
Espaço da bagageira ficou mais pequeno com as baterias.
Exterior
A mudança vincada das linhas da frente do carro são bem-vindas. O design inicial do Clio V fez-nos pensar que houve alguma falta de inspiração por parte da Renault, mantendo-se demasiado fiel às linhas do IV, quando a concorrência apresentava opções mais arrojadas. Essa falta de “coragem” para apostar em algo diferente pagou-se caro e o Clio perdeu algum terreno para a concorrência. Mas neste restyling a Renault fez o que nos habituou no passado, sendo um pouco mais ousada. A frente foi completamente repensada e a traseira recebeu pequenos ajustes, mas nada de relevante. Mas o carro tem um aspeto mais moderno, mais atual e ganhou uma nova “alma”. Nesta versão Esprit Alpine, o carro torna-se ainda mais apelativo, com pormenores que dão um ar desportivo, sem exageros. Com o comprimento total de 4053mm e largura de 1988mm, o Clio mantém as proporções compactas. No cômputo geral é um carro bonito, que beneficiou muito da nova abordagem. A nova grelha frontal, mais agressiva, com luzes de dia verticais e novas óticas dão mais vida ao conjunto.
Interior
O Interior não mudou muito face aos modelos anteriores ao Restyling. Há muito plástico à vista, nem todo ele muito agradável ao toque, mas nesta versão Esprit Alpine, toda ela em tons escuros, há pormenores agradáveis, com parte do tablier a ser recoberto com tecido, com uma pequena bandeira francesa (também presente nos bancos), para não nos esquecermos da proveniência do carro. A Renault abandonou o uso de peles no seu interior e aposta cada vez mais em materiais reciclados, mas não se denota falta de qualidade no interior e, apesar de alguns plásticos mais duros, o saldo final é positivo. Os bancos são firmes, bonitos, com muito apoio lateral (para quem gosta deste tipo de abordagem). Já no banco traseiro, apesar da filosofia se manter, lamentamos o pouco espaço para as pernas, o que vai prejudicar muito o conforto dos passageiros. A malta tem um volume relativamente bom para o seu segmento (Volume mínimo 301l). A dar um toque de modernidade ao interior, temos luzes ambiente, que circundam o seletor da caixa de velocidade. O painel de instrumentos totalmente digital dá toda a informação necessária sem grandes quebra-cabeças de utilização e o ecrã do sistema de infotainment é generoso apesar da sua integração no conjunto do interior não ser a mais agradável visualmente (questão de gostos). Mas o ecrã e o sistema são de fácil uso, fluido e agradável, tal como os controlos do sistema de climatização, com botões físicos, fáceis de manusear.
Equipamento
O Clio vem recheado de tecnologia. Desde Assistência à travagem de emergência, assistência na transposição involuntária de via, travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas, alerta de excesso de velocidade c/reconhecimento de sinais de trânsito, aviso e prevenção de saída da faixa de rodagem, alerta de tráfego cruzado em manobras de marcha-atrás, alerta de ângulo morto, travão de estacionamento automático, esta versão conta ainda com easy park assist (sensores 360º + estacionamento mãos-livres), câmara de estacionamento com visão 360º caixa de som BOSE e easylink 9,3″ BOSE, com navegação e replicação de smartphone Wifi. O nível de equipamento é ótimo e toda a tecnologia é de fácil uso. O sistema de Infotainment não é complicado de usar, o ecrã faz o que lhe é pedido e a existência de botões físicos para algumas funcionalidades facilita ainda mais o dia a dia no interior do Clio.
Consumos
Os consumos foram muito interessantes e esta versão híbrida revelou-se numa boa aposta para quem pretende fazer durar o seu reservatório de combustível. Com uma média de 5.2l, sem grandes cuidados e sem enfrentar muitas estradas em cidade, ficamos com a clara impressão que o Clio E-Tech poderia fazer ainda menos com uma condução mais poupada. Tínhamos o modo Eco para nos ajudar ainda mais na poupança, o que não foi usado. Mas claramente que em cursos de cidade com uma condução mais cuidada, poderá fazer consumos de 4l/100km (menos até) com relativa facilidade. Preferimos fazer um uso pouco cuidado para mostrar os consumos perto do pior dos cenários.
Ao Volante
Não foi difícil encontrar uma posição de condução confortável e os bancos com apoio lateral fazem-nos pensar por breves instantes que estamos num verdadeiro desportivo. Mas depressa voltamos à realidade e entendemos que estamos muito longe desse mundo. Temos quatro modos de condução à escolha (Eco, Confort, Sport e personalizado) cada um dando um caráter diferente ao carro. A suspensão, apesar de firme, mostrou ser capaz absorver a maioria dos ressaltos das estradas percorridas. Não é o compromisso mais confortável que já experimentamos em pisos mais degradados, mas não torna o carro demasiado duro e o conforto é assegurado. Essa suspensão mais firme faz-se notar em traçados mais sinuosos, com a dinâmica de condução a ser amplamente positiva. O volante revelou-se um pouco leve demais, mesmo em modo Sport, mas devolveu uma resposta boa suficiente para não estragar a experiência. A conjugação motor elétrico / motor a combustão não nos dá prestações espantosas, e por vezes parece que não temos 145 CV à disposição. A potência é servida de forma suave, por vezes demais, quando pretendemos emoções mais fortes. O travão exige alguma adaptação, pois a resposta não é gradual, havendo um ponto em que a força de travagem se torna mais forte que o antecipado. No que diz respeito a uma utilização do dia a dia, o Clio dá-nos agilidade, o motor elétrico permite uma resposta despachada em rotundas e cruzamentos. Por vezes o motor tornou-se um pouco barulhento, mas não é algo que seja constante. A condução 100% elétrica não dará para muito mais do que 2 ou 3 quilómetros, mas o sistema não foi concebido para tal. Foi antes pensado para reduzir a carga no motor de combustão nos momentos de maior emissão e para lidar com o para-arranca do dia a dia da cidade. A experiência de condução, no geral, é positiva. Não há comportamento desportivo que acompanhe a pinta deste Clio, mas para a utilização diária, mostrou-se eficiente e capaz.
Motor
Pode pensar que se trata “apenas” de um Clio, mas é mais que isso é há uma complexidade inerete a sistema híbrido. E o motivo está na sua unidade motriz, constituída por um motor 1.6 de quatro cilindros atmosférico, acoplado a um motor elétrico de tração (49 cv) e um motor/gerador (25 cv). Tudo junto temos uma potência de 145 CV. À ‘priori’ não vai estar interessado em como este sistema funciona, mas se tiver mesmo curiosidade aqui fica uma breve explicação: No mesmo compartimento estão alojadas duas transmissões: uma caixa de velocidades de dentes direitos (uma solução utilizada em competição pela sua rapidez e precisão) que serve o motor de combustão, enquanto o motor elétrico principal possui duas desmultiplicações, uma para velocidades mais baixas e outra para velocidades elevadas, o que lhe permite funcionar e apoiar o motor de combustão ao longo de uma alargada faixa de utilização e a diferentes velocidades. No arranque, o Clio E-TECH inicia a marcha no modo elétrico (EV), com a bateria a fornecer energia ao motor elétrico principal e mantendo o 1.6 desligado até ser necessário. Mesmo que o sistema detete que a carga nas baterias não é suficiente para arrancar, recorrendo apenas à eletricidade armazenada, o motor de combustão só entra em funcionamento pelo tempo necessário para fornecer alguma energia às baterias e nunca para garantir, por si só, o andamento inicial, que continua a ser assegurado pelo motor elétrico (modo híbrido em série). Com uma maior carga de acelerador ou à medida que a velocidade aumenta, o motor/gerador HSG assegura o arranque do motor de combustão e, mais importante ainda, sincroniza a caixa de quatro velocidades. Já no modo híbrido paralelo, a bateria fornece energia ao motor elétrico principal que trabalha em parceria com o motor de combustão. Ambos transmitem potência às rodas e o motor/gerador elétrico encarrega-se de ir alternando as quatro relações da caixa mecânica disponíveis, de acordo com os diferentes parâmetros. Se precisar de uma capacidade de aceleração suplementar, os três motores trabalham em uníssono para garantir um “boost” de potência instantâneo. Um sistema complexo e que está agora melhor calibrado, não se notado hesitações exageradas.
Balanço Final
O balanço final deste Clio é bom. Faz o que se propõe, que é ser um carro vai virado para a cidade, com consumos baixos. O design exterior fazem dele uma proposta agora bem mais interessante e nesta versão Esprit Alpine, os pormenores fazem a diferença, sendo um carro muito agradável visualmente. Nesta versão lamentamos apenas o menor espaço para os passageiros no banco traseiro e a mala com menos capacidade. Ao volante é um carro que apesar de não ser divertido, dá boas sensações, com tecnologia servida de forma simples e sem grandes complicações. Não é um verdadeiro desportivo, apesar da sua “pinta”, mas apresenta a versatilidade suficiente para cumprir com várias tarefas, quer viagens um pouco mais longas, que trajetos curtos pela cidade. O Clio já tinha sofrido um upgrade face à geraçã anterior, mas faltou-lhe mais arrojo nas linhas. Esse arrojo chegou agora e o Clio tem potencial para se manter no topo da tabela de vendas do seu segmento.
Concorrentes
Toyota Yaris GR Sport – Desde 29.340,00 € Ford Fiesta ST-Line X 1.0 EcoBoost MHEV 92 kW (125 CV) – Desde 24 200 €
Ficha Técnica
Velocidade máxima 174 km/h Consumo WLTP Combinado 4,3 l/100 km Número de puertas 5 Comprimento 4.053 mm Largura 1.798 mm Altura 1.439 mM Peso 1.313 kg Depósito de combustivel Gasolina 39 l Volume minimo da mala – 301 Potencia máxima 145 CV / 105 kW Cilindrada 1.598 cm³ Binário máximo 205 Nm Tração Dianteira Personalização exterior: Personalização exterior “shiny black” (pilares dos vidros em preto brilhante) Antena shark Grelha dianteira em cromado Puxadores das portas na cor da carroçaria Deteção da pressão dos pneus Chamada de emergência Renault Assistência à travagem de emergência Sistema de assistência na transposição involuntária de via Sistema de travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas Alerta de excesso de velocidade c/reconhecimento de sinais de trânsito Aviso e prevenção de saída da faixa de rodagem Alerta de tráfego cruzado em manobras de marcha-atrás Alerta de ângulo morto Travão de estacionamento automático Ecrã do painel de instrumentos de 10 Cruise control adaptativo MULTI-SENSE (personalização da condução) ESP + Sistema de ajuda ao arranque em subida (HSA) Retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente c/função de desembaciamento e iluminação Luzes diurnas em LED Comutação automática de luzes de estrada/cruzamento Indicador dinâmico de mudança de direção Sensores de chuva e luminosidade Ar condicionado automático Volante “soft touch” Esprit Alpine Retrovisor interior electrocromático Cartão Renault “Mãos-Livres” Compatível com Android Auto™ e/ou Apple CarPlay™ Consola central com apoio de braço e arrumação Carregador de smartphone por indução Luz ambiente interior frontal & traseira LED Opções:
- Pack City Premium:
Faróis traseiros cristalinos com assinatura em LED 3D Easy park assist (sensores 360º + estacionamento mãos-livres) Câmara de estacionamento com visão 360º
- Pack Bose sound system:
caixa de som BOSE® Easylink 9,3″ BOSE® com navegação e replicação de smartphone Wifi
Mais/Menos
Mais
Novas linhas exteriores mais agradáveis
Versatilidade
Consumos
Menos
Pouco espaço no banco traseiro
Espaço da bagageira ficou mais pequeno com as baterias.
Preços
Preço da versão ensaiada (Euros): 31.27600€
Preço da versão base (Euros): 28.200€
Exterior
A mudança vincada das linhas da frente do carro são bem-vindas. O design inicial do Clio V fez-nos pensar que houve alguma falta de inspiração por parte da Renault, mantendo-se demasiado fiel às linhas do IV, quando a concorrência apresentava opções mais arrojadas. Essa falta de “coragem” para apostar em algo diferente pagou-se caro e o Clio perdeu algum terreno para a concorrência. Mas neste restyling a Renault fez o que nos habituou no passado, sendo um pouco mais ousada. A frente foi completamente repensada e a traseira recebeu pequenos ajustes, mas nada de relevante. Mas o carro tem um aspeto mais moderno, mais atual e ganhou uma nova “alma”. Nesta versão Esprit Alpine, o carro torna-se ainda mais apelativo, com pormenores que dão um ar desportivo, sem exageros. Com o comprimento total de 4053mm e largura de 1988mm, o Clio mantém as proporções compactas. No cômputo geral é um carro bonito, que beneficiou muito da nova abordagem. A nova grelha frontal, mais agressiva, com luzes de dia verticais e novas óticas dão mais vida ao conjunto.
Interior
O Interior não mudou muito face aos modelos anteriores ao Restyling. Há muito plástico à vista, nem todo ele muito agradável ao toque, mas nesta versão Esprit Alpine, toda ela em tons escuros, há pormenores agradáveis, com parte do tablier a ser recoberto com tecido, com uma pequena bandeira francesa (também presente nos bancos), para não nos esquecermos da proveniência do carro. A Renault abandonou o uso de peles no seu interior e aposta cada vez mais em materiais reciclados, mas não se denota falta de qualidade no interior e, apesar de alguns plásticos mais duros, o saldo final é positivo. Os bancos são firmes, bonitos, com muito apoio lateral (para quem gosta deste tipo de abordagem). Já no banco traseiro, apesar da filosofia se manter, lamentamos o pouco espaço para as pernas, o que vai prejudicar muito o conforto dos passageiros. A malta tem um volume relativamente bom para o seu segmento (Volume mínimo 301l). A dar um toque de modernidade ao interior, temos luzes ambiente, que circundam o seletor da caixa de velocidade. O painel de instrumentos totalmente digital dá toda a informação necessária sem grandes quebra-cabeças de utilização e o ecrã do sistema de infotainment é generoso apesar da sua integração no conjunto do interior não ser a mais agradável visualmente (questão de gostos). Mas o ecrã e o sistema são de fácil uso, fluido e agradável, tal como os controlos do sistema de climatização, com botões físicos, fáceis de manusear.
Equipamento
O Clio vem recheado de tecnologia. Desde Assistência à travagem de emergência, assistência na transposição involuntária de via, travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas, alerta de excesso de velocidade c/reconhecimento de sinais de trânsito, aviso e prevenção de saída da faixa de rodagem, alerta de tráfego cruzado em manobras de marcha-atrás, alerta de ângulo morto, travão de estacionamento automático, esta versão conta ainda com easy park assist (sensores 360º + estacionamento mãos-livres), câmara de estacionamento com visão 360º caixa de som BOSE e easylink 9,3″ BOSE, com navegação e replicação de smartphone Wifi. O nível de equipamento é ótimo e toda a tecnologia é de fácil uso. O sistema de Infotainment não é complicado de usar, o ecrã faz o que lhe é pedido e a existência de botões físicos para algumas funcionalidades facilita ainda mais o dia a dia no interior do Clio.
Consumos
Os consumos foram muito interessantes e esta versão híbrida revelou-se numa boa aposta para quem pretende fazer durar o seu reservatório de combustível. Com uma média de 5.2l, sem grandes cuidados e sem enfrentar muitas estradas em cidade, ficamos com a clara impressão que o Clio E-Tech poderia fazer ainda menos com uma condução mais poupada. Tínhamos o modo Eco para nos ajudar ainda mais na poupança, o que não foi usado. Mas claramente que em cursos de cidade com uma condução mais cuidada, poderá fazer consumos de 4l/100km (menos até) com relativa facilidade. Preferimos fazer um uso pouco cuidado para mostrar os consumos perto do pior dos cenários.
Ao volante
Não foi difícil encontrar uma posição de condução confortável e os bancos com apoio lateral fazem-nos pensar por breves instantes que estamos num verdadeiro desportivo. Mas depressa voltamos à realidade e entendemos que estamos muito longe desse mundo. Temos quatro modos de condução à escolha (Eco, Confort, Sport e personalizado) cada um dando um caráter diferente ao carro. A suspensão, apesar de firme, mostrou ser capaz absorver a maioria dos ressaltos das estradas percorridas. Não é o compromisso mais confortável que já experimentamos em pisos mais degradados, mas não torna o carro demasiado duro e o conforto é assegurado. Essa suspensão mais firme faz-se notar em traçados mais sinuosos, com a dinâmica de condução a ser amplamente positiva. O volante revelou-se um pouco leve demais, mesmo em modo Sport, mas devolveu uma resposta boa suficiente para não estragar a experiência. A conjugação motor elétrico / motor a combustão não nos dá prestações espantosas, e por vezes parece que não temos 145 CV à disposição. A potência é servida de forma suave, por vezes demais, quando pretendemos emoções mais fortes. O travão exige alguma adaptação, pois a resposta não é gradual, havendo um ponto em que a força de travagem se torna mais forte que o antecipado. No que diz respeito a uma utilização do dia a dia, o Clio dá-nos agilidade, o motor elétrico permite uma resposta despachada em rotundas e cruzamentos. Por vezes o motor tornou-se um pouco barulhento, mas não é algo que seja constante. A condução 100% elétrica não dará para muito mais do que 2 ou 3 quilómetros, mas o sistema não foi concebido para tal. Foi antes pensado para reduzir a carga no motor de combustão nos momentos de maior emissão e para lidar com o para-arranca do dia a dia da cidade. A experiência de condução, no geral, é positiva. Não há comportamento desportivo que acompanhe a pinta deste Clio, mas para a utilização diária, mostrou-se eficiente e capaz.
Concorrentes
Toyota Yaris GR Sport – Desde 29.340,00 € Ford Fiesta ST-Line X 1.0 EcoBoost MHEV 92 kW (125 CV) – Desde 24 200 €
Motor
Pode pensar que se trata “apenas” de um Clio, mas é mais que isso é há uma complexidade inerete a sistema híbrido. E o motivo está na sua unidade motriz, constituída por um motor 1.6 de quatro cilindros atmosférico, acoplado a um motor elétrico de tração (49 cv) e um motor/gerador (25 cv). Tudo junto temos uma potência de 145 CV. À ‘priori’ não vai estar interessado em como este sistema funciona, mas se tiver mesmo curiosidade aqui fica uma breve explicação: No mesmo compartimento estão alojadas duas transmissões: uma caixa de velocidades de dentes direitos (uma solução utilizada em competição pela sua rapidez e precisão) que serve o motor de combustão, enquanto o motor elétrico principal possui duas desmultiplicações, uma para velocidades mais baixas e outra para velocidades elevadas, o que lhe permite funcionar e apoiar o motor de combustão ao longo de uma alargada faixa de utilização e a diferentes velocidades. No arranque, o Clio E-TECH inicia a marcha no modo elétrico (EV), com a bateria a fornecer energia ao motor elétrico principal e mantendo o 1.6 desligado até ser necessário. Mesmo que o sistema detete que a carga nas baterias não é suficiente para arrancar, recorrendo apenas à eletricidade armazenada, o motor de combustão só entra em funcionamento pelo tempo necessário para fornecer alguma energia às baterias e nunca para garantir, por si só, o andamento inicial, que continua a ser assegurado pelo motor elétrico (modo híbrido em série). Com uma maior carga de acelerador ou à medida que a velocidade aumenta, o motor/gerador HSG assegura o arranque do motor de combustão e, mais importante ainda, sincroniza a caixa de quatro velocidades. Já no modo híbrido paralelo, a bateria fornece energia ao motor elétrico principal que trabalha em parceria com o motor de combustão. Ambos transmitem potência às rodas e o motor/gerador elétrico encarrega-se de ir alternando as quatro relações da caixa mecânica disponíveis, de acordo com os diferentes parâmetros. Se precisar de uma capacidade de aceleração suplementar, os três motores trabalham em uníssono para garantir um “boost” de potência instantâneo. Um sistema complexo e que está agora melhor calibrado, não se notado hesitações exageradas.
Balanço final
O balanço final deste Clio é bom. Faz o que se propõe, que é ser um carro vai virado para a cidade, com consumos baixos. O design exterior fazem dele uma proposta agora bem mais interessante e nesta versão Esprit Alpine, os pormenores fazem a diferença, sendo um carro muito agradável visualmente. Nesta versão lamentamos apenas o menor espaço para os passageiros no banco traseiro e a mala com menos capacidade. Ao volante é um carro que apesar de não ser divertido, dá boas sensações, com tecnologia servida de forma simples e sem grandes complicações. Não é um verdadeiro desportivo, apesar da sua “pinta”, mas apresenta a versatilidade suficiente para cumprir com várias tarefas, quer viagens um pouco mais longas, que trajetos curtos pela cidade. O Clio já tinha sofrido um upgrade face à geraçã anterior, mas faltou-lhe mais arrojo nas linhas. Esse arrojo chegou agora e o Clio tem potencial para se manter no topo da tabela de vendas do seu segmento.
Novas linhas exteriores mais agradáveis
Versatilidade
Consumos
MenosPouco espaço no banco traseiro
Espaço da bagageira ficou mais pequeno com as baterias.
Ficha técnica
Velocidade máxima 174 km/h Consumo WLTP Combinado 4,3 l/100 km Número de puertas 5 Comprimento 4.053 mm Largura 1.798 mm Altura 1.439 mM Peso 1.313 kg Depósito de combustivel Gasolina 39 l Volume minimo da mala – 301 Potencia máxima 145 CV / 105 kW Cilindrada 1.598 cm³ Binário máximo 205 Nm Tração Dianteira Personalização exterior: Personalização exterior “shiny black” (pilares dos vidros em preto brilhante) Antena shark Grelha dianteira em cromado Puxadores das portas na cor da carroçaria Deteção da pressão dos pneus Chamada de emergência Renault Assistência à travagem de emergência Sistema de assistência na transposição involuntária de via Sistema de travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas Alerta de excesso de velocidade c/reconhecimento de sinais de trânsito Aviso e prevenção de saída da faixa de rodagem Alerta de tráfego cruzado em manobras de marcha-atrás Alerta de ângulo morto Travão de estacionamento automático Ecrã do painel de instrumentos de 10 Cruise control adaptativo MULTI-SENSE (personalização da condução) ESP + Sistema de ajuda ao arranque em subida (HSA) Retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente c/função de desembaciamento e iluminação Luzes diurnas em LED Comutação automática de luzes de estrada/cruzamento Indicador dinâmico de mudança de direção Sensores de chuva e luminosidade Ar condicionado automático Volante “soft touch” Esprit Alpine Retrovisor interior electrocromático Cartão Renault “Mãos-Livres” Compatível com Android Auto™ e/ou Apple CarPlay™ Consola central com apoio de braço e arrumação Carregador de smartphone por indução Luz ambiente interior frontal & traseira LED Opções:
- Pack City Premium:
Faróis traseiros cristalinos com assinatura em LED 3D Easy park assist (sensores 360º + estacionamento mãos-livres) Câmara de estacionamento com visão 360º
- Pack Bose sound system:
caixa de som BOSE® Easylink 9,3″ BOSE® com navegação e replicação de smartphone Wifi
Preço da versão base (Euros): 28.200€
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