Range Rover Velar D180 – Ensaio Teste

By on 25 Junho, 2018

Range Rover Velar D180 AWD Auto R-Dynamic S

Texto: Francisco Cruz

Quando da melodia nasce a música

Nem toda a melodia serve para fazer música, mas uma boa melodia é meio caminho andado para uma música que entre no ouvido. Assim parece pensar também a Land Rover, que decidiu criar uma nova melodia, menos exuberante, para o Range Rover Velar. Resta saber se valerá mesmo a pena ouvir…


Mais:

Conforto / Habitabilidade / Capacidades no todo-o-terreno

 

 

Menos:

Motor apenas suficiente / Comandos no volante / Preço

Exterior

/10

Verdadeiro exercício de estilo da parte dos designers da Land Rover, o Range Rover Velar é, se assim lhe podemos chamar, uma das músicas mais arrebatadoras daquilo que é o reportório da marca britânica de veículos todo-o-terreno de luxo.

Envolvente na estética e nas linhas, sedutor nos pormenores e na postura, o Velar é, por estes dias, um dos SUV de características assumidamente mais estradistas que maior impacto causa. Prometendo emoções incontidas fruto também de motores que, invariavelmente, se desejam grandes e arrebatadores.

Algo que não será, à partida, o caso daquela que é a nova versão de entrada na família Velar, equipada com um mais modesto quatro cilindros 2,0 litros de 180 cv. Bloco que, no entanto, só a designação D180, no portão da mala, denuncia, já que o equipamento, nomeadamente exterior, pode ser em tudo igual ao das versões V6 ou V8.

Assim e quando equipada com os pacotes R-Dynamic e S, a garantia da mesma estética melodiosa e arrebatadora, graças também a pormenores como os faróis LED Premium, a pintura exterior bicolor, as pegas das portas que recolhem após o trancamento automático, as jantes em liga leve de 19″ na cor Satin Dark Grey e uma traseira tão sólida quanto desafiante. Isto, a par de tecnologias como a iluminação de aproximação, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, ou a câmara auxiliar traseira.

Em suma, a mesma música que nos preenche os sentidos, ainda que tendo na base uma melodia ligeiramente diferente, mas, nesta etapa, ainda não perceptível…

Interior

/10

Se por fora o Range Rover Velar D180 AWD Auto R-Dynamic S consegue enlear-nos na música, no interior, o transe continua, graças à manutenção do mesmo ritmo já conhecidos das versões mais caras. A começar pela elevada qualidade de construção, excelentes materiais, um toque tecnológico e vanguardista que arrebata o olhar, além de numa ergonomia que facilmente convence – mesmo com um volante de dimensões generosas e comandos não muito funcionais, ainda que de excelente pega…

De resto, sobre a posição de condução, elogie-se a forma correcta como é posicionado o condutor (é mesmo a posição de condução mais baixa de que é possível disfrutar num Range Rover…), nomeadamente, face aos principais comandos, ao painel de instrumentos totalmente digital, e até mesmo aos dois generosos ecrãs tácteis a cores, que preenchem a consola central. No caso destes, ambos funcionais e intuitivos, apesar de concentrarem todas as tradicionais funções do sistema de info-entretenimento, além de praticamente todas as tecnologias offroad. E – reconheça-se – a contrariarem a má imagem com que havíamos ficado aquando do primeiro contacto com o modelo, já que, desta feita, funcionaram sem qualquer interrupção, primorosamente!

Quanto à visibilidade para o exterior, a dificuldade já conhecida, atenuada pelas muitas ajudas electrónicas, a partir de um banco que, tal como volante, apresenta todas as regulações possíveis. Mas não o necessário apoio lateral.

Falando dos ocupantes, têm à disposição muito conforto e espaço, mesmo com um túnel de transmissão generoso também atrás. O mesmo acontecendo com a bagageira, com acesso amplo através de um portão de accionamento elétrico e chapeleira não muito prática no accionamento, assim como com óptima capacidade – 673 litros é o valor anunciado à partida, mas que pode chegar aos 1.731 litros, mediante o rebatimento na perpendicular das costas dos bancos traseiros (40:20:40).

Equipamento

/10

Mesmo fazendo ecoar uma música um pouco diferente, a verdade é que a melodia que perpassa toda a família Velar, faz-se notar igualmente nesta versão D180. A qual não abdica dos excelentes revestimentos, os bancos dianteiros em couro e Alcantara com 10 ajustes eléctricos e memória, pedais desportivos em alumínio, sistema de som Meridian de 380W, assim como da forte vertente tecnológica, concentrada nos dois grandes ecrãs tácteis que congregam praticamente todos os sistemas de apoio à condução. Solução em vidro que não garante a mesma sensibilidade e percepção dos comandos analógicos; mas a verdade é que, hoje em dia, esta é a tendência generalizada… e, também neste domínio, a Land Rover está, sem dúvida, na vanguarda!

Numa proposta com sistemas de segurança como o Sensor de Reconhecimento de Sinais de Trânsito e Limitador de Velocidade Inteligente com Aviso de Saída de Faixa, além do Monitor de Atenção do Condutor, tudo de série, nem mesmo nos opcionais, a escolha é menor. Com este Velar a poder acrescentar ainda mais-valias como o Drive Pack (663,18€), roda de reserva de aço de secção reduzida e já com kit de ferramentas ( 249,92€), tejadilho panorâmico fixo (1.463,28€), vidros “Privacy” (488,09), volante com ajuste eléctrico (434,29€), pontos de carregamento USB (2) na segunda fila de bancos e ficha de 12 V na primeira fila (303,22€), barras de tejadilho longitudinais em preto (325,72€), tapetes dianteiros e traseiros (108,57€), pintura de tejadilho contrastante com a carroçaria Santorini Black (704,25€) e barras para separação e fixação na bagageira (162,37€). Tudo coisas que o “nosso” Velar possuía…

Consumos

/10

Sem diferenças substanciais em aspectos como a imagem, o ambiente interior, o conforto e qualidade, é quando se chega ao motor que a melodia, diferente, deste Velar D180, se começa a fazer notar. Desde logo, por apresentar uma versão menos potente do já conhecido quatro cilindros 2,0 litros turbodiesel, com apenas 180 cv e 430 Nm de binário. E que, combinado com a mesma caixa automática ZF de oito velocidades já conhecida das restantes versões, acaba soando ligeiramente… diferente.

Não abdicando sequer da tracção integral permanente que ajuda a garantir competência acima da média em qualquer terreno, mas também nunca mostrando o mais pequeno sinal de insuficiência, a verdade é que esta motorização D180 nunca consegue fazer aquele “click” que nos arrebata de vez. Pautando-se antes por um desempenho mais racional, com acelerações e recuperações agradáveis, uma insonorização excelente, mas também uma certa falta de verdadeira emoção, que só os blocos V6 ou V8 parecem conseguir assegurar!

Naturalmente, esta maior racionalidade, acaba por ter as suas vantagens em outros aspectos, como os consumos. Definitivamente, bem mais apetecíveis que nas motorizações maiores, ao garantir médias que, apesar das quase duas toneladas do conjunto, não chegam aos 8 litros. Valor que, decididamente, convence, ainda que não sendo suficiente para arrebatar…

 

Ao Volante

/10

Mesmo equipado com uma nova motorização de entrada, menos potente, o Range Rover Velar não prescinde, ainda assim, de tudo aquilo que faz de um Range Rover uma música diferente. A começar, pelo excelente sistema Terrain Response 2, que adequa a resposta do conjunto consoante se trate de piso em gravilha, neve, lama ou areia, ou ainda o sistema de modos de condução, com três opções - Eco, Comfort e Dynamic -, a alterar o comportamento do motor, caixa de velocidades, direcção e suspensão – neste último caso, de amortecimento variável, mas já não com amortecedores pneumáticos, só disponíveis nas motorizações mais altas…

Apetrechado como poucos, e com um compêndio de electrónica capaz de tocar praticamente sozinho qualquer melodia, o Velar faz, invariavelmente e a exemplo dos “irmãos”, do conforto, palavra de ordem, assim como da eficácia, princípio a seguir. Esquecendo, inclusivamente, epítetos como “o Range Rover mais estradista de sempre”, para se assumir também como uma proposta quase imbatível, no afrontar dos terrenos mais inóspitos. Onde até mesmo a direcção, também ela mais aveludada que precisa, revela argumentos em prol do bem-estar e descontracção do condutor.

Aproveitando a capacidade de funcionamento do 2,0 litros ainda na primeira metade do conta-rotações (sempre são 430 Nm…), mas também a quase perfeita gestão que a caixa ZF faz das capacidades do motor, torna-se fácil deixarmo-nos levar ao som da música, sentindo-nos verdadeiros privilegiados, imunes às agressões do exterior. Mesmo com as forças gravitacionais a causarem algumas oscilações de carroçaria, notas mais agudas e desagradáveis, quando a roçar os limites.

Balanço Final

/10

Verdadeira sinfonia dos sentidos, o Range Rover Velar é um SUV desportivo que facilmente marca a paisagem por onde passa, causando reacções de admiração e até inveja, pela forma natural como se destaca dos restantes. É certo que, nesta nova versão de entrada D180, a música final poderá ser um pouco mais pobre; o que, no entanto, não significa que se tenha tornado menos agradável de ouvir…

Concorrentes

Audi Q5 Sport 2.0 TDI quattro S tronic, 190 cv, 7,9s 0-100 Km/h, 218 km/h velocidade máxima, 5,1 l/100 km, 133 g/km, 67.124,39€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Mercedes-Benz GLE 250d 4MATIC, 204 cv, 8,6s 0-100 km/h, 210 km/h velocidade máxima, 5,9 l/100 km, 156 g/km, 79.950,00€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Porsche Macan 2.0 Diesel, 252 cv, 6,7s 0-100 km/h, 229 km/h velocidade máxima, 7,4 l/100 km, 172 g/km, 80.380,00€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Ficha Técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.999

Diâmetro x curso (mm): 83.0×92.35

Taxa compressão: 15.5:1

Potência máxima (cv/rpm): 180/4.000

Binário máximo (Nm/rpm): 430/1.500

Transmissão / direcção:

Tipo: Integral, com caixa automática de oito velocidades

Direcção: de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Duplos triângulos sobrepostos; Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,9

Velocidade máxima (km/h): 209

Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,9/6,2/5,4

Emissões de CO2 (g/km): 142

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,803/1,930/1,665

Distância entre eixos (mm): 2,874

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.640/1.657

Peso (kg): 1.829

Capacidade da bagageira (l): 673/1.731

Depósito de combustível (l): 60

Pneus (fr/tr): 255/55 R19/255/55 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 83.245€ (sem opcionais)

Mais/Menos


Mais

Conforto / Habitabilidade / Capacidades no todo-o-terreno

 

 

Menos

Motor apenas suficiente / Comandos no volante / Preço

Preços


Preço da versão ensaiada (Euros): 83245€

Preço da versão base (Euros): 68330€

Exterior
Interior
Equipamento
Consumos
Ao volante
Concorrentes
Balanço final
Ficha técnica

Exterior

Verdadeiro exercício de estilo da parte dos designers da Land Rover, o Range Rover Velar é, se assim lhe podemos chamar, uma das músicas mais arrebatadoras daquilo que é o reportório da marca britânica de veículos todo-o-terreno de luxo.

Envolvente na estética e nas linhas, sedutor nos pormenores e na postura, o Velar é, por estes dias, um dos SUV de características assumidamente mais estradistas que maior impacto causa. Prometendo emoções incontidas fruto também de motores que, invariavelmente, se desejam grandes e arrebatadores.

Algo que não será, à partida, o caso daquela que é a nova versão de entrada na família Velar, equipada com um mais modesto quatro cilindros 2,0 litros de 180 cv. Bloco que, no entanto, só a designação D180, no portão da mala, denuncia, já que o equipamento, nomeadamente exterior, pode ser em tudo igual ao das versões V6 ou V8.

Assim e quando equipada com os pacotes R-Dynamic e S, a garantia da mesma estética melodiosa e arrebatadora, graças também a pormenores como os faróis LED Premium, a pintura exterior bicolor, as pegas das portas que recolhem após o trancamento automático, as jantes em liga leve de 19″ na cor Satin Dark Grey e uma traseira tão sólida quanto desafiante. Isto, a par de tecnologias como a iluminação de aproximação, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, ou a câmara auxiliar traseira.

Em suma, a mesma música que nos preenche os sentidos, ainda que tendo na base uma melodia ligeiramente diferente, mas, nesta etapa, ainda não perceptível…

Interior

Se por fora o Range Rover Velar D180 AWD Auto R-Dynamic S consegue enlear-nos na música, no interior, o transe continua, graças à manutenção do mesmo ritmo já conhecidos das versões mais caras. A começar pela elevada qualidade de construção, excelentes materiais, um toque tecnológico e vanguardista que arrebata o olhar, além de numa ergonomia que facilmente convence – mesmo com um volante de dimensões generosas e comandos não muito funcionais, ainda que de excelente pega…

De resto, sobre a posição de condução, elogie-se a forma correcta como é posicionado o condutor (é mesmo a posição de condução mais baixa de que é possível disfrutar num Range Rover…), nomeadamente, face aos principais comandos, ao painel de instrumentos totalmente digital, e até mesmo aos dois generosos ecrãs tácteis a cores, que preenchem a consola central. No caso destes, ambos funcionais e intuitivos, apesar de concentrarem todas as tradicionais funções do sistema de info-entretenimento, além de praticamente todas as tecnologias offroad. E – reconheça-se – a contrariarem a má imagem com que havíamos ficado aquando do primeiro contacto com o modelo, já que, desta feita, funcionaram sem qualquer interrupção, primorosamente!

Quanto à visibilidade para o exterior, a dificuldade já conhecida, atenuada pelas muitas ajudas electrónicas, a partir de um banco que, tal como volante, apresenta todas as regulações possíveis. Mas não o necessário apoio lateral.

Falando dos ocupantes, têm à disposição muito conforto e espaço, mesmo com um túnel de transmissão generoso também atrás. O mesmo acontecendo com a bagageira, com acesso amplo através de um portão de accionamento elétrico e chapeleira não muito prática no accionamento, assim como com óptima capacidade – 673 litros é o valor anunciado à partida, mas que pode chegar aos 1.731 litros, mediante o rebatimento na perpendicular das costas dos bancos traseiros (40:20:40).

Equipamento

Mesmo fazendo ecoar uma música um pouco diferente, a verdade é que a melodia que perpassa toda a família Velar, faz-se notar igualmente nesta versão D180. A qual não abdica dos excelentes revestimentos, os bancos dianteiros em couro e Alcantara com 10 ajustes eléctricos e memória, pedais desportivos em alumínio, sistema de som Meridian de 380W, assim como da forte vertente tecnológica, concentrada nos dois grandes ecrãs tácteis que congregam praticamente todos os sistemas de apoio à condução. Solução em vidro que não garante a mesma sensibilidade e percepção dos comandos analógicos; mas a verdade é que, hoje em dia, esta é a tendência generalizada… e, também neste domínio, a Land Rover está, sem dúvida, na vanguarda!

Numa proposta com sistemas de segurança como o Sensor de Reconhecimento de Sinais de Trânsito e Limitador de Velocidade Inteligente com Aviso de Saída de Faixa, além do Monitor de Atenção do Condutor, tudo de série, nem mesmo nos opcionais, a escolha é menor. Com este Velar a poder acrescentar ainda mais-valias como o Drive Pack (663,18€), roda de reserva de aço de secção reduzida e já com kit de ferramentas ( 249,92€), tejadilho panorâmico fixo (1.463,28€), vidros “Privacy” (488,09), volante com ajuste eléctrico (434,29€), pontos de carregamento USB (2) na segunda fila de bancos e ficha de 12 V na primeira fila (303,22€), barras de tejadilho longitudinais em preto (325,72€), tapetes dianteiros e traseiros (108,57€), pintura de tejadilho contrastante com a carroçaria Santorini Black (704,25€) e barras para separação e fixação na bagageira (162,37€). Tudo coisas que o “nosso” Velar possuía…

Consumos

Sem diferenças substanciais em aspectos como a imagem, o ambiente interior, o conforto e qualidade, é quando se chega ao motor que a melodia, diferente, deste Velar D180, se começa a fazer notar. Desde logo, por apresentar uma versão menos potente do já conhecido quatro cilindros 2,0 litros turbodiesel, com apenas 180 cv e 430 Nm de binário. E que, combinado com a mesma caixa automática ZF de oito velocidades já conhecida das restantes versões, acaba soando ligeiramente… diferente.

Não abdicando sequer da tracção integral permanente que ajuda a garantir competência acima da média em qualquer terreno, mas também nunca mostrando o mais pequeno sinal de insuficiência, a verdade é que esta motorização D180 nunca consegue fazer aquele “click” que nos arrebata de vez. Pautando-se antes por um desempenho mais racional, com acelerações e recuperações agradáveis, uma insonorização excelente, mas também uma certa falta de verdadeira emoção, que só os blocos V6 ou V8 parecem conseguir assegurar!

Naturalmente, esta maior racionalidade, acaba por ter as suas vantagens em outros aspectos, como os consumos. Definitivamente, bem mais apetecíveis que nas motorizações maiores, ao garantir médias que, apesar das quase duas toneladas do conjunto, não chegam aos 8 litros. Valor que, decididamente, convence, ainda que não sendo suficiente para arrebatar…

 

Ao volante

Mesmo equipado com uma nova motorização de entrada, menos potente, o Range Rover Velar não prescinde, ainda assim, de tudo aquilo que faz de um Range Rover uma música diferente. A começar, pelo excelente sistema Terrain Response 2, que adequa a resposta do conjunto consoante se trate de piso em gravilha, neve, lama ou areia, ou ainda o sistema de modos de condução, com três opções - Eco, Comfort e Dynamic -, a alterar o comportamento do motor, caixa de velocidades, direcção e suspensão – neste último caso, de amortecimento variável, mas já não com amortecedores pneumáticos, só disponíveis nas motorizações mais altas…

Apetrechado como poucos, e com um compêndio de electrónica capaz de tocar praticamente sozinho qualquer melodia, o Velar faz, invariavelmente e a exemplo dos “irmãos”, do conforto, palavra de ordem, assim como da eficácia, princípio a seguir. Esquecendo, inclusivamente, epítetos como “o Range Rover mais estradista de sempre”, para se assumir também como uma proposta quase imbatível, no afrontar dos terrenos mais inóspitos. Onde até mesmo a direcção, também ela mais aveludada que precisa, revela argumentos em prol do bem-estar e descontracção do condutor.

Aproveitando a capacidade de funcionamento do 2,0 litros ainda na primeira metade do conta-rotações (sempre são 430 Nm…), mas também a quase perfeita gestão que a caixa ZF faz das capacidades do motor, torna-se fácil deixarmo-nos levar ao som da música, sentindo-nos verdadeiros privilegiados, imunes às agressões do exterior. Mesmo com as forças gravitacionais a causarem algumas oscilações de carroçaria, notas mais agudas e desagradáveis, quando a roçar os limites.

Concorrentes

Audi Q5 Sport 2.0 TDI quattro S tronic, 190 cv, 7,9s 0-100 Km/h, 218 km/h velocidade máxima, 5,1 l/100 km, 133 g/km, 67.124,39€

(Veja o ensaio AQUI e conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Mercedes-Benz GLE 250d 4MATIC, 204 cv, 8,6s 0-100 km/h, 210 km/h velocidade máxima, 5,9 l/100 km, 156 g/km, 79.950,00€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

 

Porsche Macan 2.0 Diesel, 252 cv, 6,7s 0-100 km/h, 229 km/h velocidade máxima, 7,4 l/100 km, 172 g/km, 80.380,00€

(Conheça todas as versões e motorizações AQUI)

Balanço final

Verdadeira sinfonia dos sentidos, o Range Rover Velar é um SUV desportivo que facilmente marca a paisagem por onde passa, causando reacções de admiração e até inveja, pela forma natural como se destaca dos restantes. É certo que, nesta nova versão de entrada D180, a música final poderá ser um pouco mais pobre; o que, no entanto, não significa que se tenha tornado menos agradável de ouvir…

Mais

Conforto / Habitabilidade / Capacidades no todo-o-terreno

 

 

Menos

Motor apenas suficiente / Comandos no volante / Preço

Ficha técnica

Motor

Tipo: quatro cilindros em linha, injecção directa Common-Rail, turbocompressor de geometria variável e intercooler

Cilindrada (cm3): 1.999

Diâmetro x curso (mm): 83.0×92.35

Taxa compressão: 15.5:1

Potência máxima (cv/rpm): 180/4.000

Binário máximo (Nm/rpm): 430/1.500

Transmissão / direcção:

Tipo: Integral, com caixa automática de oito velocidades

Direcção: de pinhão e cremalheira, com assistência eléctrica

Suspensão (fr/tr): Duplos triângulos sobrepostos; Multibraços

Travões (fr/tr): Discos ventilados/Discos ventilados

Prestações e consumos 

Aceleração: 0-100 km/h (s): 8,9

Velocidade máxima (km/h): 209

Consumos Extra-urb./urbano/misto (l/100 km): 4,9/6,2/5,4

Emissões de CO2 (g/km): 142

Dimensões e pesos

Comprimento/Largura/Altura (mm): 4,803/1,930/1,665

Distância entre eixos (mm): 2,874

Largura das vias (fr/tr) (mm): 1.640/1.657

Peso (kg): 1.829

Capacidade da bagageira (l): 673/1.731

Depósito de combustível (l): 60

Pneus (fr/tr): 255/55 R19/255/55 R19

Preço da versão ensaiada (Euros): 83.245€ (sem opcionais)

Preço da versão ensaiada (Euros): 83245€
Preço da versão base (Euros): 68330€