Peugeot 308 SW GT HDI – Ensaio

By on 14 Junho, 2017

PEUGEOT 308 SW GT 2.0 BlueHDI

Texto: José Luís Abreu ([email protected])

Bem aproveitado

De ‘peito cheio’ com o Prémio de “Carro Europeu do Ano 2014”  a Peugeot quis reforçar a ‘aura’ do 308 com esta SW GT, que surge  com mais classe, qualidade e ‘desportividade’. Mas é cara para a performance que consegue…

Já lá vai há muito o tempo em que as carrinhas eram vistas como instrumento de trabalho. Hoje em dia, tratam-se apenas de preferências pessoais, hatchback ou carrinha, mas são, em muitos casos, as mais vendidas da própria gama. O Peugeot 308 não foi por acaso “Carro Europeu do Ano 2014”, e por isso a ideia que acrescentar valor ao que já é bom, ‘Prémio dixit’, é lógica.

É nesse contexto que surgiram modelos como a 308 SW com uma nova versão dinâmica GT, ‘apimentada’ especialmente para quem tem de levar os filhos à escola ou de vez em quando ir à ‘terra’, mas que na maior parte das vezes quer apenas desfrutar do puro prazer de guiar. Design desportivo, performances dinâmicas ‘revistas’ e ‘aumentadas’ para uma experiência de condução diferente… para melhor. Se a gama 308 se pode considerar bastante feliz em termos estéticos, que dizer desta carrinha Peugeot 308 SW, que no caso desta GT ainda junta (alguma) performance à equação. Com concorrentes muito fortes como são a Focus SW, Astra Sports Tourer e a Golf Variant, a 308 SW tem argumentos mais do que suficientes para ser considerada das melhores propostas do mercado, até como se comprova pelos números de vendas, e isso sai reforçado nesta versão GT.

Mas se pensa que terá nas mãos um desportivo, esqueça. Para falar em verdadeiro prazer de condução teríamos de acrescentar o ‘i’ ao GT, mas ainda assim não é difícil ser seduzido por este modelo bem mais desportivo que a 308 ‘normal’.

A única versão diesel surge com o motor de 2.0-litros BlueHDi de 180 cv e cx. automática de 6 velocidades EAT6. Na estrada esta GT tem um chassis mais virado para o conforto do que para a performance. Nunca deixa de ser um carro confortável, mas não se espere dele uma performance dinâmica de exceção.

O carro tem alguns problemas de maneabilidade, tendo provavelmente faltado aqui um melhor ajuste entre a potência do motor e a suspensão. De qualquer modo estamos a falar de um nível elevado, e nesse contexto a 308 SW GT é uma carrinha muito agradável, leve, ágil, para além de que tem um habitáculo soberbo. É aí que vivemos quando guiamos e a Peugeot entende isso. De qualquer modo, falar em “rodar confortavelmente” numa carrinha que tem a sigla GT, não é o que se esperaria, mas é o que acontece.

De resto, há um pormenor que acho fantástico neste excelente i-Cockpit da Peugeot. Para além dos poucos botões, o volante compacto é soberbo, parece o da minha Playstation de tão pequeno e agradável que é. Como conclusão há um pormenor complicado, que tem a ver com o elevado preço face à concorrência com níveis de potência semelhantes. Ficamos melhor, sem dúvida, mas também gastamos um bom bocado mais.

MAIS – Habitáculo e estética.

MENOS – Motor e suspensão.

 

FICHA TÉCNICA

Motor – 4 cil. linha, inj. direta common rail, turbo, intercooler, diesel

Cilindrada – 1997 cm3

Transmissão – Dianteira

Cx Vel – 6 vel. automática EAT6

Potência – 181 cv

Binário – 300 Nm/2000 rpm

Vel máx – 218 km/h

Aceleração – 8,6 s (0-100 km/h)

Consumo – Médio 4,1 l/100 km, AutoSport 5,8 l/100 km

Suspensão dianteira – Tipo McPherson

Suspensão traseira – Eixo de torção

Travões dianteiros – Discos ventilados

Travões traseiros – Discos

Peso – 1500 kg

Depósito – 53 l

Mala – 556-1606 l

Emissões – 107 g/km CO2